terça-feira, 25 de agosto de 2015

A benção de ser águia. Is 40:30-31.



“os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos certamente cairão. Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, e subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão”.

“Um certo camponês achou no meio da floresta um ovo de águia, pensando se tratar de um ovo de galinha do mato. Convencido disso, logo que achou um ninho de galinha do mato, colocou nele o ovo para ser chocado com os demais. Aquele ovo, juntos dos outros, no tempo certo deu ensejo ao nascimento de uma avezinha – era uma águia! Mas como fora chocada entre ovos de galinha do mato, veio a ser criada como uma galinha. Certo dia, quando juntamente com outras galinhas do mato se encaminhava ao lixo pra buscar alimento, olhou pra cima e se deparou com uma enorme e linda ave que voava numa altura espetacular. Fascinada, perguntou às suas companheiras:
_  Que ave linda é aquela lá em cima?
_  É uma águia, respondeu uma galinha.
_  Mas que ave linda! – indagou a jovem águia, ignorando sua própria identidade.
_ É a mais linda e poderosa das aves! – disse outra. E acrescentou:
_ Mas você nunca chegará a ser igual a ela. Vamos ao lixo!
Aquela jovem águia, resignada, voltou ao lixo e viveu o restou de sua vida sem nunca descobrir que também era como aquela águia, bonita e altaneira”.

Hoje, quando olhamos para a igreja de Jesus, dois fatos podem ser inferidos da passagem lida: um, que Deus nos chamou para viver na dimensão das águias; outro, nosso estilo de vida parece mostrar que não passamos de galinhas do mato (Fl 4.8)

1)    O que distingue a águia da galinha do mato?


  • 1.1)    A galinha do mato nada tem de excelente.

·        A galinha do mato é uma ave comum. Nada de especial.Se alguém lhe disser que tem em casa uma galinha e uma águia, qual delas você fará questão de ver? Águia! Assim é a vida do cristão; ela chama a atenção de todos quando é verdadeiramente especial e incomum. Outro ponto característico de uma vida de galinha do mato é a falta de visão, de objetivos ou perspectivas. Nada desestimula mais as pessoas que uma igreja destituída de alvos, cujos talentos foram enterrados (II Tm 1:7).

 A vida de Daniel constitui um significativo exemplo bíblico de alguém que resolveu ser como águia. Ele era diferente em tudo. Orava quando ninguém orava, comia o que ninguém comia, e adorava o Deus que ninguém adorava – tanto é, que ser curvou a Deus quando todos adoravam o rei. 

1.2)         A galinha do mato cata no lixo seu alimento.


·        As galinhas do mato gostam de lixo. Mas as águias não. Afigura-se ridículo ver uma águia abaixada , ciscando no meio da lixeira. Assim são os que participam de ambientes fétidos e sujos, que não correspondem em nada à vida de um cristão. Querido irmão, se as coisas desse mundo ainda exercem um poder muito forte de atração sobre a sua vida sua experiência de conversão precisa ser reavaliada. O que é conversão? Mudança de rumo, de direção, de alvos, de enfoque. A salvação de Cristo liberta o homem não apenas da perdição, mas também da escravidão (Jo 8:32-36)

 A Bíblia diz que “sem santificação ninguém verá o Senhor” Hb 12:14). Sem um esforço consciente e deliberado no sentido de aperfeiçoar nossa santificação no temor de Deus (2 Co 7.1) nunca gozaremos de uma comunhão efetiva e real com o Senhor. Afinal, ele é santo (1 Pe 1.15,16).

1.3)         A galinha do mato voa baixo.

·        Galinhas do mato conseguem no máximo pequenos vôos, movendo-se de um galho para o outro. As águias tem vôos longos e altos. Hoje a Igreja, num certo sentido, está voando baixo. Não se arrisca. Não pensa em grandes coisas. Vive de galho em galho, sem alçar grandes alturas.  Lucas 5:4: “Faze-te ao mar alto”. Duas coisas: 1) eles teriam que agir contra a razão e o bom senso; 2) Jesus enquanto homem era carpinteiro e, ao que tudo indica, não sabia de mar e de pesca. Uma simples obediência, trouxe aqueles homens a uma pesca maravilhosa(Lc 5:1-11).

·        Tem muita gente dormindo (Ef 5:14) O morto é o que dorme se parece.  O morto é o perdido sem Cristo, e o “dorminhoco” é o cristão (“virgem louca”) que parece e se identifica com ele (Rm 13:11).

2)    QUAL A IMPORTANCIA DE SER AGUIA?


2.1) A águia tem uma visão acurada.

·        A visão da águia tem uma precisão e uma alcance fabuloso. Ela consegue avistar sua presa a partir das grandes alturas, onde costuma voar. Se conhece uma pessoa pelos sonhos que alimenta. Você está sonhando com o que? Que visão você tem para sua igreja, sua cidade, seus país, e seu mundo?

2.2) A águia simboliza força e poder.

·        A águia evoca sensações majestáticas, tanto que muito lideres famosos a usavam como símbolo predileto. Certamente Deus tinha isso em mente ao nos chamar de águias, pois sabe que possuímos, estando nEle, uma promessa de poder espiritual (At 1;8).

CONCLUSÃO: AS AGUIAS VOAM AJOELHADOS. As águias, ao voarem, dobram suas pernas como se estivessem ajoelhadas. Talvez seja essa posição que facilite vôos tão altos. 

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A Velha e Nova Cruz





Sem fazer-se anunciar e quase despercebida uma nova cruz introduziu-se nos círculos evangélicos dos tempos modernos. Ela se parece com a velha cruz, mas é diferente; as semelhanças são superficiais; as diferenças, fundamentais.
Uma nova filosofia brotou desta nova cruz com respeito à vida cristã, e desta nova filosofia surgiu uma nova técnica evangélica – um novo tipo de reunião e uma nova espécie de pregação. Este novo evangelismo emprega a mesma linguagem que o velho, mas o seu conteúdo não é o mesmo e sua ênfase difere da anterior.

A velha cruz não fazia aliança com o mundo. Para a carne orgulhosa de Adão ela significava o fim da jornada, executando a sentença imposta pela lei do Sinai. A nova cruz não se opõe à raça humana; pelo contrário, é sua amiga íntima e, se compreendermos bem, considera-a uma fonte de divertimento e gozo inocente. Ela deixa Adão viver sem qualquer interferência. Sua motivação na vida não se modifica; ela continua vivendo para seu próprio prazer, só que agora se deleita em entoar coros e a assistir filmes religiosos em lugar de cantar canções obcenas e tomar bebidas fortes. A ênfase continua sendo o prazer, embora a diversão se situe agora num plano moral mais elevado, caso não o seja intelectualmente.

A nova cruz encoraja uma abordagem evangelística nova e por completo diferente. O evangelista não exige a renúncia da velha vida antes que a nova possa ser recebida. Ele não prega contrastes mas semelhanças. Busca a chave para o interesse do público, mostrando que o cristianismo não faz exigências desagradáveis; mas, pelo contrário, oferece a mesma coisa que o mundo, somente num plano superior. O que quer que o mundo pecador esteja idolatrando no momento é mostrado como sendo exatamente aquilo que o evangelho oferece, sendo que o produto religioso é melhor.

A nova cruz não mata o pecador, mas dá-lhe nova direção. Ela o faz engrenar em um modo de vida mais limpo e agradável, resguardando o seu respeito próprio. Para o arrogante ela diz: "Venha e mostre-se arrogante a favor de Cristo"; e declara ao egoísta: "Venha e vanglorie-se no Senhor". Para o que busca emoções, chama: "Venha e goze da emoção da fraternidade cristã". A mensagem de Cristo é manipulada na direção da moda corrente a fim de torná-la aceitável ao público.

A filosofia por trás disso pode ser sincera, mas na sua sinceridade não impede qe seja falsa. É falsa por ser cega, interpretando erradamente todo o significado da cruz.

A velha cruz é um símbolo da morte. Ela representa o fim repentino e violento de um ser humano. O homem, na época romana, que tomou a sua cruz e seguiu pela estrada já se despedira de seus amigos. Ele não mais voltaria. estava indo para seu fim. A cruz não fazia acordos, não modificava nem poupava nada; ela acabava completamente com o homem, de uma vez por todas. Não tentava manter bons termos com sua vítima. Golpeava-a cruel e duramente e quando terminava seu trabalho o homem já não existia.

A raça de Adão está sob sentença de morte. Não existe comutação de pena nem fuga. Deus não pode aprovar qualquer dos frutos do pecado, por mais inocentes ou belos que pareçam aos olhos humanos. Deus resgata o indivíduo, liquidando-o e depois ressucitando-o em novidade de vida.

O evangelismo que traça paralelos amigáveis entre os caminhos de Deus e os do homem é falso em relação à bíblia e cruel para a alma de seus ouvintes. A fé manifestada por Cristo não tem paralelo humano, ela divide o mundo. Ao nos aproximarmos de Cristo não elevamos nossa vida a um plano mais alto; mas a deixamos na cruz. A semente de trigo deve cair no solo e morrer.

Nós, os que pregamos o evangelho, não devemos julgar-nos agentes ou relações públicas enviados para estabelecer boa vontade entre Cristo e o mundo. Não devemos imaginar que fomos comissionados para tornar Cristo aceitável aos homens de negócio, à imprensa, ao mundo dos esportes ou à educação moderna. Não somos diplomatas mas profetas, e nossa mensagem não é um acordo mas um ultimato.

Deus oferece vida, embora não se trate de um aperfeiçoamento da velha vida. A vida por Ele oferecida é um resultado da morte. Ela permanece sempre do outro lado da cruz. Quem quiser possuí-la deve passar pelo castigo. É preciso que repudie a si mesmo e concorde com a justa sentença de Deus contra ele.
O que isto significa para o indivíduo, o homem condenado quer encontrar vida em Cristo Jesus? Como esta teologia pode ser traduzida em termos de vida? É muito simples, ele deve arrepender-se e crer. Deve esquecer-se de seus pecados e depois esquecer-se de si mesmo. Ele não deve encobrir nada, defender nada, nem perdoar nada. Não deve procurar fazer acordos com Deus, mas inclinar a cabeça diante do golpe do desagrado severo de Deus e reconhecer que merece a morte.

Feito isto, ele deve contemplar com sincera confiança o salvador ressurreto e receber dEle vida, novo nascimento, purificação e poder. A cruz que terminou a vida terrena de Jesus põe agora um fim no pecador; e o poder que levantou Cristo dentre os mortos agora o levanta para uma nova vida com Cristo.
Para quem quer que deseje fazer objeções a este conceito ou considerá-lo apenas como um aspecto estreito e particular da verdade, quero afirmar que Deus colocou o seu selo de aprovação sobre esta mensagem desde os dias de Paulo até hoje. Quer declarado ou não nessas exatas palavras, este foi o conteúdo de toda pregação que trouxe vida e poder ao mundo através dos séculos. Os místicos, os reformadores, os revivalistas, colocaram aí a sua ênfase, e sinais, prodígios e poderosas operações do Espírito Santo deram testemunho da operação divina.

Ousaremos nós, os herdeiros de tal legado de poder, manipular a verdade? Ousaremos nós com nossos lápis grossos apagar as linhas do desenho ou alterar o padrão que nos foi mostrado no Monte? Que Deus não permita! Vamos pregar a velha cruz e conhecermos o velho poder.


A. W. Tozer




terça-feira, 18 de agosto de 2015

Davi e o pecado. 2 Samuel 12:1-14.



Introdução: O ultimo verso do capítulo onze diz: “Porém isto que Davi fizera, foi mal aos olhos do Senhor”. O que foi errado há mais de três mil anos continua errado hoje, mesmo que muitos o pratiquem. Estragar um casamento com uma relação adultera continua sendo um pecado deliberado, embora muitos façam isso. É possível que ninguém mais notasse, mas Deus notou (Gl 6.7). “As rodas do moinho de Deus andam devagar, mas moem extraordinariamente bem”.

Para que você não pense que a vida de Davi tornou-se agradável e que ele teve longas noites de prazer com sua nova esposa, livre de remorsos, e para que não pense que Davi se sentia maravilhosamente bem disposto durante os meses que se seguiram, analisemos alguns salmos.

1)     Salmos 32:2-4:“Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava...”

·        O trisavô de todos os pecados é a negação do pecado, a recusa em reconhecer o próprio pecado. A Bíblia viva interpreta esses versículos assim: Eu tentei, por algum tempo, esconder de mim mesmo o meu pecado. O resultado foi que fiquei fraco, gemendo de dor e aflição o dia inteiro. De dia e de noite sentia a mão de Deus pesando sobre mim, fazendo com as minhas forças o que a seca faz com um pequeno riacho. O sofrimento continuou até  que admiti minha culpa e confesse a ti o meu pecado”. Dois tipos de culpa: culpa verdadeira e culpa falsa. A falsa culpa é produzida pelos juízos e sugestões humanas. A culpa verdadeira surge quando a pessoa deliberada e conscientemente desobedece a Deus, que é o caso de Davi.

·        A verdadeira culpa se compara com a luz de aviso no painel do carro. Enquanto você está dirigindo, a luz vermelha pisca dizendo: “Cuidado! Há defeitos sob o capô”. Nesse momento, temos que fazer uma escolha: parar, sair do carro, abrir a tampa do motor e ver o que está errado, ou pode manter um pequeno martelo no porta-luvas e, quando a luz vermelha acender, você a quebra com o martelo e continua dirigindo. Ninguém notará a diferença por algum tempo – até que o carro pegue fogo.

 ·        Davi afirma: “Quando vivia na culpa verdadeira da minha alma, não podia ficar silencioso no intimo. Gemia o dia todo”. E como se: “eu sentia uma terrível opressão, minha consciência não me deixava em paz. Dia e noite a pesada mão de Deus sobre mim. Não conseguia lidar com as pressões do meu trabalho. Não sabia enfrentar as situações. Fiquei doente. Meu corpo enfraqueceu”.

2)    Salmos 38: “Não há saúde nos meus ossos por causa do meu pecado”.


·        O pecado nos torna infelizes. Apesar de ser tão inevitável, tão presente, ele não é conforme a nossa índole como seres criados à imagem de Deus. O pecado introduz uma substancia estranha em nossa alma.

·        Todo o meu corpo está doente, não há saúde nos meus ossos, minhas feridas cheiram mal e supuram, estou encurvado e muitíssimo abatido, estou ardendo em febre, sinto-me muito fraco e totalmente esmagado, meu coração geme de angustia, meu coração palpita, as forças me faltam, até a luz dos meus olhos se foi”(vs. 4-10). Oito referencias ao corpo em si, duas as posturas do corpo.  O pecado e os efeitos do pecado não são questões exclusivamente do espírito, ou desvio de vontade, ou atos desobedientes. Eles envolvem a pessoa por inteiro. Interior e exterior estão envolvidos nas questões do pecado.

·        Além disso, há freqüentes referencias a outras pessoas que estão envolvidas em pecado. Amigos, companheiros, vizinhos, os que desejam matar-me, os que querem me prejudicar, os que planejam traição, meus inimigos, os que me odeiam, os que retribuem em bem com o mal, meus caluniadores: dez referencias a outras pessoas cujo pecado me afeta (vs. 11,12,16 e 19).

·        Então, o que nos resta? É Deus que nos resta. É com Deus que devemos lidar (v. 15). O salmista certamente assume a responsabilidade pelas conseqüências pessoais de seu pecado (meu pecado, minhas culpas, minha insensatez, v,18).

3)    Salmo 102: “Responderá à oração dos desamparados; as suas suplicas não desprezará”. 


·        Uma conseqüência conhecida do pecado – uma de várias – é o isolamento. O salmo dá testemunho dessa experiência de isolamento. Há uma sucessão de imagens de confinamento solitário: rejeitado por Deus, fechado numa fornalha ardente, relva arrancada de suas raízes e ressequida, uma coruja no deserto, um pássaro solitário no telhado, zombado por inimigos, sobrevivendo com uma dieta de cinzas e lágrimas, com o olhar afastado, os ouvidos surdos. Isolado, sozinho, desprezado, abandonado. Sem deus e sem amigos.

4)    Salmos 130: “Espero no Senhor com todo o meu ser, e na sua palavra ponho a minha esperança”.

·        “Das profundezas” abre a oração. “Profundezas” é um termo do vocabulário da geografia – vale, ravina, águas profundas, fosso, vala e sheol (Jn 2.2) – que em geral é usado como metáfora: insondável, profundidade de corrupção, angustia, apostasia. Certamente há uma referencia implícita ao pecado em todas essas profundezas. “O pecado não responde a tratamento cosméticos; ele exige uma operação na fundação de nossa vida”.

5)    Confronto.

·        “O Senhor enviou Nata a Davi”.Quando Natã foi enviado?  Alguns eruditos do Antigo Testamento crêem que houve pelo menos um intervalado de doze meses antes que Nata fizesse a sua visita. Deus esperou pela oportunidade certa. Ele permitiu que as rodas trituradoras do pecado completassem a sua obra e então entrou em cena. Tu és o homem!  O queixo de Davi caiu! Ele piscou e ficou olhando para Natã enquanto seus pecados desfilavam silenciosamente pela sua cabeça (Pv 27:6).  Por causa do seu pecado “não se apartará a espada jamais da tia casa”.
·         
·        CONCLUSÃO:. Vemos quatro coisas no Salmo 51 que nos ajudam a identificar o verdadeiro arrependimento: 


 1) Quando o arrependimento é verdadeiro, haverá confissão aberta. Pequei contra ti e contra ti apenas, e fiz o que era mau.

·        2) Quando há verdadeiro arrependimento, há o desejo de deixar completamente o pecado. (Pv. 28:13). 

·         3) Quando há verdadeiro arrependimento,o espírito se mostra quebrantado e humilde (v.17).

·        4) Arrependimento verdadeiro é pedir perdão e a restauração de Deus. Você não morrerá, mas haverá conseqüências. 




terça-feira, 11 de agosto de 2015

Davi e BatSeba. 2 Sm 11:1-5



Introdução: A Bíblia nunca lisonjeia os seus heróis. Todos os homens e mulheres da escritura tem os pés de barro e quando o Espírito Santo pinta um retrato de suas vidas, ele é um artista deveras realista. Não ignora, nega, ou esquece o lado escuro.

 Davi, era um homem que amava a Deus “um homem segundo o coração de Deus”. Ele pecou, mas o pecado de Davi não foi maior do que o seu ou o meu; os nossos, porém, não foram registrados para todos lerem. A Bíblia nos adverte: “Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia” (1 Co 10.12).Espremida entre “de pé” e “caia” estão as palavras “veja que” (preste atenção). Precisamos fazer isso regularmente. Se não “prestarmos atenção” fugindo tão depressa quanto pudermos desse tipo de tentação, iremos cair, como fez Davi.

1)    Como iniciou a queda de Davi.
·        Davi tinha cerca de 50 anos. Ele reinara aproximadamente 20 anos e se distinguira como um homem de Deus, compositor de Salmos, pastor fiel de ovelhas, guerreiro valente no campo de batalha e líder do seu povo. Vale ressaltar, que Davi não caiu de repente, algumas brechas já tinham começado a se abrir em sua armadura espiritual (2 Sm 5.12-13). Embora a benção de Deus estivesse sobre ele, sobre o povo e sobre as suas decisões e liderança, ele aumentou o numero de esposas e concubinas. Eis uma advertência contra esse comportamento (Dt 17:14-17).

·        Deus disse que havia pelos menos três coisas que o rei de Israel não deveria fazer: multiplicar cavalos para si mesmo; não deveria multipicar mulheres para si mesmo; e não deveria aumentar muito o seu tesouro de prata e ouro. Davi foi fiel ao primeiro e ao terceiro mandamentos, mas, por ser um homem de paixões, fracassou no segundo.

“O fato em si é que a paixão sexual não se satisfaz com um HARÉM repleto de mulheres; ELA AUMENTA. Ter várias mulheres (homens) não reduz, mas excita e estimula a libido masculina. Uma das mentiras de nossa sociedade secular é que se você satisfizer esse impulso, ele diminuirá”.

·        Eis uma pergunta: Por quê o coração do rei se desviou do Senhor? Primeiro, a sensualidade e a poligamia de Davi começaram a corroer secretamente a sua integridade. Segundo, porque isso o tornou vulnerável. Entre os capítulos 5 e 11 não vemos nada além de uma história de sucesso. Davi está no seu apogeu: tem muito dinheiro, poder, autoridade e fama notável.

“O estilo de vida de Davi é semelhante uma flecha subindo cada vez mais para as nuvens, como a subida rápida de um jato depois de decolar, aumentando a atitude. A vida de Davi foi subindo de tal maneira, que ficou vulnerável”.


·        Nossos períodos mais difíceis não são aqueles em que as coisas estão complicadas. Os tempos difíceis geram indivíduos dependentes. Você não se deixa levar pelo orgulho quando depende de Deus. O orgulho surge quando tudo está indo bem na sua vida. Nesta situação, Davi não só é vulnerável, como também não precisa prestar contas a ninguém.

2)    A queda de Davi.

·        É primavera, a estação chuvosa foi embora e brisas mornas sopram por sobre a cidade de Jerusalém (2 Sm 11.1). Davi estava na cama e não na batalha. Nossas maiores batalhas geralmente não acontecem quando estamos trabalhando duro; mas, sim, quando temos algum lazer, quando temos tempo ocioso, quando estamos entediados.

·        Ele experimentara o que qualquer um pode experimentar de vez em quando: uma noite insone. Uma noite em que os pensamentos parecem correr e pular como cabritos selvagens, recusando-se a acalmarem. Davi levantou-se da cama e foi dar uma volta no terraço do palácio – para analisar a sua dificuldade. Desinteressadamente, ele olhou em várias direções, notando que a cidade estava dormindo melhor do que ele. De repente, à distancia, ouve alguém fazendo ruídos na água e talvez o cantarolar dessa linda mulher que mora junto ao palácio, bem à vista do seu quintal. O versículo diz ( Sm 11.2).

·        A Bíblia nunca suaviza o registro. Quando ela diz que uma mulher é formosa, é porque é fabulosa.  Quando diz que é bonita, ela é extraordinariamente bela, fisicamente atraente, além de qualquer descrição. Isto significa que nós devemos pensar em nossas ações, roupas, aparência e conduta. Portanto, ao defrontar-se com algo sedutor, vire as costas e se recuse a ficar. Davi parou. Davi olhou. Davi cobiçou. Davi a procurou. Davi perdeu o seu controle sobre a sua paixão. Ele deitou-se com ela.

“Existe em nós uma inclinação latente para o desejo, a qual desperta súbita e ardentemente. Com poder irresistível, o desejo domina a carne. De repente, um fogo secreto, sem chamas, se acende. A carne queima e arde. Não faz diferença que seja um desejo sexual, ambição, vaidade, desejo de vingança, amor pela fama e poder, ou cobiça pelo dinheiro... Neste momento Deus é praticamente irreal para nós. Ele perde toda a realidade e só o desejo pela criatura é real. A única realidade é o diabo. Satanas não nos enche aqui com ódio de Deus, mas nos faz esquecer dele...A cobiça assim despertada envolve a mente e a vontade do homem na mais profunda escuridão. Os poderes da discriminação e das decisões claras são tiradas de nós. Portanto, a Bíblia ensina que em tempos de tentação da carne, HÁ UM SÓ MANDAMENTO: FUJA DA FORNICAÇÃO. FUJA DA IDOLATRIA. FUJA DAS PAIXÕES DA JUVENTUDE. FUJA DA SENSUALIDADE DO MUNDO”. Dietrich Bonhoeffer.

·        Davi não deu apenas uma segunda olhadela, ele ficou olhando por tempo indeterminado. Em sua mente, alimentada pelo desejo, imaginou o prazer do sexo com aquela linda mulher. Cego de desejo por ela, foi dominado pela imaginação. Queria aquela mulher... agora! ( Sm 11.3).Em outras palavras, “A mulher é casada”.

·        Descontrolado, disse não a todas as coisas às quais deveria ter dito sim e sim a tudo que deveria ter dito não. A essa altura, seu desejo do prazer sexual com aquela mulher vinha em primeiro lugar. Agiu rapidamente, ignorando quaisquer advertências e todas as consequências ( 2 Sm 11.4).


·        “as águas roubadas são doces (Pv 9.17)”. O prazer acabou dentro de semanas, pois Bate-Seba “concebeu e mandou dizer a Davi: estou grávida”.  

·        O diabo nunca mostra as cartas da tentação. Ele só lhe mostra a beleza, o êxtase, o divertimento, a excitação, a aventura estimulante dos desejos roubados. Mas nunca diz ao embriagado: _ Voce vai ficar com ressaca amanhã. Acabará arruinando a sua família. No inicio ele nunca diz ao viciado em drogas: _Este é o começo de uma estrada longa, triste e sem saída. Ele nunca diz ao ladrão: _ Voce vai ser apanhado, amigo. Faça isso e vai acabar atrás das grades. Ele certamente não avisa o adultero: _Voce sabe que há uma boa certeza de ocorrer uma gravidez – ou – você pode contrair uma doença e correr o risco de vida. Quando o pecado é cobrado, o diabo nunca se encontra por perto. Ele sorri quando você cai... mas não dá a você qualquer encorajamento quando surgem as consequências. 

Conclusão:O fato de ter vivido uma mentira uma noite, se não for confessado, completamente, requer muitas mentiras para encobri-lo”. Viver uma mentira torna fácil o desencadeamento de outras mentiras; de fato, elas se tornam necessárias.


“Este é o primeiro segredo que escondi de minha esposa em dezoito anos”, confessou um esposo infiel. “Eu me sinto um miserável, tendo que inventar tantas mentiras, visto que nunca fiz isso antes”. A estratégia é sempre a mesma. As táticas imemoráveis: proteja-se, culpe os outros, elimine as evidencias. Através dos séculos, o homem ainda não inventou maneiras novas de se esconder. 

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Os sonhos não envelhecem. Js 14.6-12


Introdução: Atitudes negativas diante da vida.

·        Sensação de inutilidade. “Eu não sirvo para ajudar ninguém. Sou um estorvo na vida dos outros. Por que continuo a viver?” O poeta alemão Goethe escreveu: “Vida inútil é morte prematura”.

·        Autopiedade. Ninguem se preocupa mais comigo. Porque ainda não morri? Por que devo me preocupar com os outros? Se alguém precisasse de mim, teria vindo pedir ajuda”. Autopiedade produz acusação. Acusação produz amargura. E a amargura afasta as outras pessoas.

·        Medo. Eu preciso tomar muito cuidado. Preciso evitar todos os riscos e perigos. O mundo é um lugar perigoso, com toda a sorte de maldades: doenças, crimes, tragédias causadas pela natureza. O medo, porém, é um ladrão que rouba a nossa alegria e nossa paz.

·        Remorso. Trata-se de uma mistura de culpa e arrependimento por escolhas mal feitas, ou, uma “angustia corrosiva que surge de um sentimento de culpa por erros passados: autocensura”. É a atitude de sempre olhar por cima dos ombros para o passado com um longo e profundo suspiro, pensando: Se ao mesmo eu tivesse... Se ao menos eu não tivesse...”.

Portanto, esse texto da Palavra de Deus está num momento muito especial da história de Israel. Pois os israelitas haviam deixado quatrocentos anos de escravidão, indo em direção em direção a Canaã. Depois de três meses de viagem e, as portas de Canaã, Moisés envia doze espias, para que avaliem a condição da terra que receberiam como herança da parte de Deus. Dos doze, dez voltam assustados em virtude dos gigantes que viram na terra, enquanto que dois espias, Josué e Calebe, disseram ao povo que Deus daria aquela terra que manava leite e mel. Agora, depois de quarenta anos, a segunda geração, está diante da terra de Canaã, não mais Moisés que lidera o povo, mas,  sim, Josué.

1)    Calebe – Homem da montanha.
·        Calebe aparece pela primeira vez ao lado de Josué e mais dez homens (Nm 13:1-2 e 6). Deus acabara de livrar a nação de Israel da escravidão no Egito e conduzira o povo através do deserto sob a liderança de Moisés. Eles acamparam em uma região deserta chamada Cades-Barnéia, ao sul da terra prometida, a terra de Canaã. Lá, a nação escolheu 12 homens que fariam o reconhecimento do território a ser conquistado. 



·        Os homens voltaram quase um mês e meio depois. Os lideres de Israel se reúnem para ouvir o relatório. Os doze homens chegam à reunião carregados de uvas, romãs e histórias fantásticas sobre a incrível diversidade de frutos e riquezas daquela terra. 



“Lugares altos com chuva abundante para regar os vinhedos; desertos para os rebanhos; colinas para arvores frutíferas, grãos e azeitonas; vales viçosos para colheitas; vales áridos para figos; um imenso lago de águas frescas com peixes em profusão; uma fértil planície costeira, um grande número de fonte de água límpida”. 

1.2) Mas ... (Nm 13.28).
·        Os enaquins eram pessoas de grande estatura. Diante disso, os cananeus criaram esta expressão: “QUEM É CAPAZ DE ENFRENTAR OS FILHOS DE ENAQUE?”. E, como isso não bastasse, aqueles homens de grande estatura construíram cidades enormes com muros gigantescos e impenetráveis. E mais: havia um grande numero deles. E além deles havia as tribos dos amalequitas, hititas, Jebuseus e amorreus...


·        Em meio ao desespero, um homem de quarenta anos chamado Calebe deu um passo à frente e calou a multidão, e disse: “Subamos e tomemos posse da terra. É certo que venceremos, em verdade temos a capacidade de conquistar essa terra!” (Nm 13.30).  Mas os dez homens incrédulos disseram (Nm 13.31-33).

·        Podemos tentar imaginar a conversa durante a reunião: _Calebe, você viu as mesmas coisas que os outros viram? _ Sim. _ Faz ideia do tamanho daqueles homens? _ Sim. Mas vocês se esqueceram da grandiosidade de Deus? Lembram-se do que ele fez com os egípcios? Lembram-se do mar Vermelho? Deus disse que nos daria essa terra. Então, porque estamos com os joelhos bambos, medindo os inimigos e preocupando-nos com cidades fortificadas? Temos Deus ao nosso lado.

·        Os homens, porém, que haviam ido com ele disseram: “não podemos atacar aquele povo; é mais forte do que nós” (Nm 13.31). “Vimos também os gigantes (...) diante de quem parecíamos gafanhotos, a nós e a eles” (Nm 14.6-9). Mas, o povo não quis ouvir Calebe e Josué, por isso toda essa geração iria perecer no deserto, menos Josué e Calebe.

2) Calebe: Dê-me aquela região montanhosa!

·        A primeira e a mais importante qualidade de Calebe era a sua devoção incondicional ao Senhor. Observe o que Josué diz acerca de Calebe, nada menos que tres vezes. Nos versículos 8,9 e 14, lemos que Calebe foi inteiramente fiel ao Senhor. Entre todos os grandes homens e mulheres da Bíblia, Calebe é a única pessoa de quem foi dito: “você foi inteiramente fiel ao Senhor”.

·        A segunda qualidade era a fé inabalável nas promessas de Deus. No versículo 6, Calebe inicia seu discurso desta forma: “você sabe o que  o Senhor disse a Moisés, homem de Deus, em Cades-Barnéia, sobre mim e você”. Deus prometera dar a terra de Canaã a Israel, e prometera uma parte especial dela a Calebe. Isso era tudo que ele necessitava para por o exercito em marcha. Durante 45 anos, Calebe sonhou com Hebrom! 


 Ou seja, somente quem tem o Hebrom sabe porque está se sacrificando hoje,do que deve abrir mão e quem direção deve caminhar.

·        A terceira qualidade era a humildade autentica. Humildade é considerar os outros mais importante do que nós. No capitulo 13 de Numeros, Calebe foi a primeira voz a transmitir boas noticias. Josué deu-lhe todo o apoio necessário, mas Calebe  foi corajoso ao dizer que o povo deveria tomar posse da terra e confiar no Senhor. Ao longo dos quarenta anos de peregrinação no deserto, vemos um grande numero de disputas pelo poder, ouvimos falar de muitas murmurações, mas esse líder forte e natural não se envolveu em nada disso.

·        A quarta qualidade é a atitude de entusiasmo. “Dê-me, pois, a região montanhosa...”. Dê-me esse desafio. Eu não fiquei com medo quando tinha quarenta anos, e estou pronto para essa batalha aos 85 anos! Deus era o meu Deus naquele época, e é o meu Deus agora. Deixe-me enfrentá-los!

Conclusão: “Calebe expulsou de Hebrom os tres enaquis: Sesai, Aimã e Talmai, descendentes de Enaque. Dali avançou contra o povo de Debir...” (Js 15.14-15).  



sábado, 1 de agosto de 2015

CEIA DO SENHOR: VOS AJUNTAIS NÃO PARA MELHOR, MAS PARA PIOR. 1 CO 11:17


Introdução

Na Europa nos últimos dez anos foram fechados em médias 200 igrejas por mês. Os templos cristãos tem se transformado em bares, lanchonetes, livraria, etc.
1)    Irrelevancia da igreja.

·        “as portas do inferno não prevalece contra a igreja”. Só uma força capaz de fechar a igreja, a própria igreja. Não poucas vezes a igrejas faz mais mal do que bem. Quando a igreja faz mais mal do que bem é melhor que feche ou sofra uma disciplina de Deus para que mude.

·        No Brasil apesar de experimentarmos no Brasil um crescimento quantitativo não significa que é a igreja de Jesus. A uma diferença abissal entre a igreja evangélica e o evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

·        O texto que acabamos de ler fala de nós que não demos às costas a comunidade mas que estamos fazendo mal para a comunidade. Voces se reúnem e as reuniões de vocês fazem mais mal do que bem. A possível que estamos presente mas a nossa presença não resulta em graça de Deus mas no juízo de Deus contra nós. È por isso que há muitos que estão dormindo, enfermos e uns morreram.

·        A cruz que deveria nos abençoar como oferta do amor de Deus volta contra nós contra os nossos pecados. Estamos reunidos e sermos apenas a soma de indivíduos e não o corpo. Solitários, indivíduos, egoístas...reunidas no mesmo lugar.

2)    Pecados da igreja. 

·        Não discernir o corpo do Senhor. É o corpo do Cristo ressurreto. Nós somos o povo da ressurreição. A igreja é o corpo vivo do Senhor Jesus Cristo. Olhamos para o corpo vivo, que é a igreja do Senhor. A nossa presença não é presença de comunidade, v.20 e 21: quando vocês se reúnem não é pra comer a ceia do Senhor mas cada um come a sua própria ceia. É um ato particular, privativo, individual...cada um preocupado consigo mesmo. Desrespeitamos o corpo do nosso Senhor Jesus. Desprezo, falta de discernimento.

·        PREPOTÊNCIA: EU NÃO PRECISO DE NINGUÉM, EU ME BASTO. Igreja não é atividade, não é ministério, participa dos cultos da igreja. O que é igreja? É gente. É possível que esteja vinte anos na igreja e seja um ilustre desconhecido! Por quê? Porque você nunca se abriu para ninguém! As pessoas não sabem o que vai dentro do teu coração.  As pessoas não sabem nada a teu respeito.

·        ORGULHO. ELES NÃO ME ENTENDEM! Vocês se reúnem e faz a mesinha particular “dos iguais”. E os outros? São simplórios demais, imaturos demais. Eles não têm nada pra ME dar. Eu sei mais que o Pastor. “ a igreja não tem meu nível você esta num nível muito abaixo da igreja”. Participe da igreja, seja presente...

·        Ágape: cada um trazia sua comida. Ao final da refeição comum as pessoas faziam as solenes declarações de Cristo: o pão e o vinho. O pão é o corpo de Cristo e o vinho é o Senhor. O que trazia coisa boa ficava na mesinha do canto e o que trazia coisa ruim, ficava no canto, com fome. Estenda sua mesa....inclua...


CONCLUSÃO: Gente que não se insere na igreja diz assim: Não tenho tempo, estou cansado demais! Temos todos nós tempos. A questão: como você preenche o seu tempo!