O batismo
com Espírito Santo (Atos 2:1-13).
Introdução: Os
movimentos religiosos da atualidade.
IGREJAS
PROTESTANTES: São
os "crentes" das denominações evangélicas históricas mais antigas
(Presbiterianas, Batistas, Congregacional, etc) surgidas na Reforma Protestante
ou no tempo dela. São as denominações que deram origem às Missões Modernas e
que trouxeram o evangelho ao Brasil. Não creem na experiência pentecostal (batismo
no Espírito Santo após a conversão, com manifestações visíveis e audíveis de
sinais e dons). São estruturados, possuem uma longa história e representam o
início de toda igreja cristã evangélica no mundo.
OS PENTECOSTAIS. São as denominações evangélicas
surgidas após o início do fenômeno Pentecostal (Assembleia de Deus, Deus é
Amor, Quadrangular, Brasil para Cristo, etc), iniciado nos Estados Unidos, em
1906, na famosa Rua Azuza, onde pela primeira vez na história moderna da igreja
foram manifestados os "dons de línguas" como provas de batismo com o
Espírito Santo. Esse fenômeno atraiu a atenção de crentes, que, ao presenciarem
e admitirem a experiência, originaram novas denominações. Iniciou no Brasil em
1911, com o início da Assembléia de Deus, em Belém do Pará. Hoje são muitas as
denominações pentecostais.
NEOPENTECOSTAIS. Surgida do pentecostalismo
(Universal do Reino de Deus, Igreja da Graça e Mundial do Poder de Deus), que,
unindo-se à filosofia do "poder da mente", passou a explorar a
prosperidade como sinal de bênção divina e, em decorrência da fé, a cura de
todas as enfermidades. Eles creem em rituais especiais para realizar coisas
especiais: Quebra de maldições, determinar pela fé, desafios para prosperidade
financeira, oração em montanhas de Israel, amuletos para trazer sorte, etc.
CARISMÁTICOS. São os chamados "católicos
carismáticos". Até então um grupo separado dos evangélicos. Contudo, com o
império do neopentecostalismo, os carismáticos estão se misturando a eles, com
a experiência similar de glossolalia, com canções copiadas dos evangélicos, com
uma liturgia praticamente idêntica, mantendo, contudo, o credo católico. Creem
em santos, em Santa Maria, na Eucaristia, no Purgatório, fazem orações, pregam
parecido com os evangélicos
e falam em línguas estranhas.
1) A descida do Espírito Santo.
O significado do
Pentecoste (Atos 2.1):
“Ao cumprir-se o dia de Pentecoste...”. A palavra pentecoste (pentekostos, no
grego) significa quinquagésimo dia. Ou seja, o Pentecoste era a festa que
acontecia cinqüenta dias após o sábado da semana da Páscoa (Lv 23.15-16). É também
chamado de Festa das Semanas (Dt 16.10), Festa da Colheita (Ex 23.16) e Festa
das Primícias (Nm 28.26). Essa festividade marcava o fim da colheita do trigo
(Ex 23.16), e eram oferecidas a Deus as primícias do sustento básico dos
israelistas.
Assim como a Páscoa recordava a Israel que Deus era seu Redentor,
de igual maneira a Festa das Semanas lembrava-lhe que o Senhor era também seu
Sustentador, o Doador de toda boa dádiva.
A espera do Pentecostes
(Atos 2.1): “Estavam todos reunidos no mesmo
lugar...”. o horário
era antes das nove da manhã (a hora do culto matutino). Os discípulos estavam no cenáculo em unânime e perseverante oração,
quando, de repente, o Espírito Santo foi derramado sobre eles. Todos estavam no
mesmo lugar, com o mesmo propósito, buscando o mesmo revestimento do Espírito.
O derramamento do
Espírito (Atos 2:2-4). O derramamento do Espírito Santo foi um fenômeno celestial. Não foi algo
produzido, ensaiado, fabricado. Aconteceu algo verdadeiramente do céu. O
versículo 1 informa-nos que todos estavam reunidos no mesmo lugar.
O termo todos aparece mais uma vez no versículo 4, são os 120 discípulos de
Jesus.
2)
O
Espírito Santo.
O derramamento do
Espírito veio como um som (Atos 2.2). Não foi barulho, algazarra, falta de ordem, histeria, mas um
som do céu. A palavra grega echos, usada aqui, é a mesma usada em Lucas 21.25
para descrever o estrondo do mar. Um som que chamou a atenção das pessoas que estavam
festejando o Pentecostes.
O derramamento do
Espírito veio como um vento (Atos 2.2). O vento é o símbolo do Espírito Santo (Jo 3.8). O Espírito
Santo veio em forma de vento para mostrar sua soberania, liberdade. Assim como
o vento é livre, o Espírito sopra onde quer, da forma que quer, em quem quer.
O derramamento do Espírito veio em línguas como de fogo (Atos
2.3). O fogo também
é símbolo do Espírito Santo. Deus se manifestou a Moisés na sarça em que o fogo
não se consumia (Ex. 3.2). Quando Salomão consagrou o Templo ao Senhor, desceu
fogo do céu (2 Cro 7.1). No Carmelo, Elias orou, e o fogo desceu (1 Rs
18.38,39). Jesus batiza com fogo, e o Espírito desceu em línguas como de fogo.
Hoje, muitas vezes, a
igreja está fria. Parece mais uma geladeira a conservar intacto seu
religiosismo do que uma fogueira a inflamar corações. Muitos crentes parecem
mais uma barra de gelo do que uma labareda de fogo.
Certa vez alguém perguntou
a Moody: “Como podemos experimentar um reavivamento na igreja?”. O grande
avivalista respondeu: “Acende uma fogueira no púlpito; quando gravetos secos
pegam fogo, até lenha verde começa a arder”.
A experiência pentecostal de Moody: “Moody
não duvidava de que recebera o batismo com o Espírito Santo. Quando ele era
moço esforçava-se muito e tinha um desejo tremendo de conseguir alguma coisa,
porém faltava-lhe poder. Estava trabalhando na força da carne. Nesse tempo
havia duas humildes senhoras metodistas que costumavam assistir às reuniões por ele dirigidas na Associação
Cristã de Moços. Elas, no final do culto, muitas vezes se despediam de Moody
dizendo: “Estamos orando a seu favor”. Afinal ele ficou um tanto sentido com
isto e uma noite perguntou-lhes: “porque estão orando por mim? Porque não oram
em favor dos perdidos?” Responderam:
“estamos pedindo que Deus lhe conceda poder”. Ele não compreendeu esta
declaração, mas começou a meditar e depois procurou as senhoras, pedindo
esclarecimento sobre a questão. Elas lhe falaram, então, a respeito do batismo
com o Espírito Santo. Em seguida, Moddy pediu licença para orar juntamente com
elas. Uma das mulheres me contou que ele orou intensíssimo fervor naquela
ocasião. Orou não somente com elas, mas também orou sozinho. Pouco tempo
depois, quando Moddy estava na cidade de Nova Iorque, a caminho da Inglaterra,
andando um dia pela rua, no meio do tumulto e da confusão da grande cidade,
recebeu a resposta à sua oração: o poder de Deus desceu sobre ele. Moody foi às
pressas para a casa de um amigo e pediu permissão para retirar-se para um
quarto onde pudesse estar a sós por algum tempo. Ali passou umas horas em
comunhão com Deus, enquanto o Espírito derramou sobre ele um imenso gozo, que
transbordava. Saiu daquele lugar definitivamente cheio do Espírito Santo”.
A EXPERIÊNCIA PENTECOSTAL DE GUNNAR VINGREN
Gunnar Vingren, pioneiro da obra pentecostal no
Brasil, foi para Chicago em 1904, a fim de estudar quatro anos de teologia no
seminário sueco. Em maio de 1909, foi diplomado e, no mês seguinte, assumiu o
pastorado da 1ª Igreja Batista em Menominee, Michigam. No verão desse mesmo
ano, Deus o encheu de uma grande sede de receber o batismo com o Espírito Santo
e com fogo. Em novembro de 1909, Vingren dirigiu-se até Chicago a fim de
participar de uma conferência realizada pela Igreja Batista Sueca. Foi com o firme
propósito de buscar o batismo com o Espírito Santo. Depois de cinco dias
buscando o Senhor, Jesus o batizou com o Espírito Santo e com fogo, falando em
novas línguas conforme está escrito em Atos 2. Assim se expressou Vingren em
seu diário: ‘É impossível descrever a alegria que encheu meu coração.
Eternamente o louvarei, pois Ele me batizou com o seu Espírito Santo e com
fogo’. Depois que recebeu o batismo com o Espírito Santo na conferência em
Chicago, retornou para a Igreja da qual era pastor em Menominee, Michigan.
Vingren começou a ensinar a verdade pentecostal de que Jesus batiza com o
Espírito Santo e com fogo. Alguns creram, outros duvidaram, mas alguns não
desejaram aceitar a mensagem. O grupo que recusou a pregação, obrigou o jovem
pastor a deixar a congregação. Deixando-a, Gunnar dirigiu-se a igreja em South
Bend, Indiana. Nessa Igreja, todos receberam a verdade e creram nela. Na
primeira semana Jesus batizou dez pessoas com o Espírito Santo e com fogo, e
naquele verão, vinte. Assim, afirma Vingren: ‘Deus transformou a igreja batista
de South Bend em uma igreja pentecostal’.
A EXPERIÊNCIA PENTECOSTAL DE DANIEL BERG
Daniel Berg, outro pioneiro da obra pentecostal no
Brasil, nasceu no dia 19 de abril de 1884, na cidade de Vargon, na Suécia. Em
1889, converteu-se na Igreja Batista sueca e foi batizado nas águas. Em 25 de
março de 1902, Berg desembarcouem Boston a procura de novas oportunidades de
emprego. Quando estava em Boston, soube que um de seus amigos de infancia, L.
Pethrus, recebera o batismo com o Espírito Santo e com fogo. A convite de sua
mãe, Berg viajou até a Suécia para encontrar-se com Pethrus. Depois do
encontro, ao regressar aos Estados Unidos, em 1909, Daniel Berg orou
insistentemente a Deus pedindo o batismo com o Espírito Santo. Antes de chegar
ao seu destino, Deus ouviu a oração batizando-o com o Espírito Santo. Nesse
mesmo ano, encontrou-se com Gunnar Vingren. Os dois conversaram muito tempo a
respeito da convicção que tinham no batismo com o Espírito Santo, nas Sagradas
Escrituras e na chamada missionária. Os dois missionários não tinham qualquer
dúvida de que Deus os havia unido para um propósito específico. Foi assim, que
após quatorze dias de viagem, no dia 19 de novembro de 1910, Daniel Berg e
Gunnar Vingren aportaram em Belém, Pará. Em 1911, a irmã Celina de Albuquerque
recebe o batismo com o Espírito Santo, seguida da irmã Nazaré que ao ser
batizada, cantou um hino espiritual. No dia 18 de junho de 1911, a Igreja
Evangélica Assembleia de Deus é fundada.
O derramamento do Espírito Santo traz uma experiência pessoal
de enchimento do Espírito Santo (Atos 2.4). Os discípulos já eram salvos. Por três vezes Jesus
havia deixado isso evidente (Jo 13.10; Jo 15.3; Jo 17.12). Uma coisa é ter o
Espírito Santo, outra é o Espírito ter alguém. Uma coisa é ser habitado pelo
Espírito, outra é ser cheio dele. Uma coisa é ter o Espírito presente, outra é
tê-lo como presidente.
Certa feita, David
Hume, ateu, foi visto correndo pelas ruas de Londres. Alguém o abordou: “Para
onde você vai, com tanta pressa? O filósofo respondeu: “Vou ver George
Whitefield pregar”. O questionador lhe perguntou: “Mas você não acredita no que
ele prega, acredita?”. Hume respondeu: “Eu
não acredito, mas ele acredita”.
3) A multidão do Pentecostes (VS. 5-11).
Lucas enfatiza a natureza internacional da multidão que se
reuniu. Todos eram
judeus, homens piedosos e todos estavam habitando em Jerusalém (v.5). Mas eles não
tinham nascido naquela cidade: vinham da dispersão, de todas as nações debaixo
do céu. PRIMEIRO, Lucas menciona os
Partos, Medos e Elamitas e os naturais da Mesopotâmia (v.9), ou seja, os povos
a oeste do Mar Cáspio; SEGUNDO, nos versículos
9b e 10 a, Lucas se refere a cinco áreas que chamamos de Asia Menor ou Turquia:
Capadócia (leste), Ponto (norte) e Asia (oeste), Frigia e Panfilia (sul); TERCEIRO, norte da Africa (10 b): do Egito
e as regiões da Líbia nas imediações de Cirene; QUARTO (VS. 10-11) é
composto por Romanos que aqui residem, e o QUINTO, que mais se parece um acréscimo,
são cretenses e arábicos (v. 11 b).

ü O milagre das línguas (Atos 2:4-7). Não foram sons incoerentes, mas uma habilidade
sobrenatural para falar em língua reconhecíveis. Assim a expressão outras
línguas poderia ser traduzido por “línguas diferentes da sua língua materna”.
ü
A
perplexidade da multidão (Atos 2.6-7). A multidão foi atraída pelo
extraordinário fenômeno do Pentecostes. Algo sobrenatural estava acontecendo, e
eles não tinham explicações razoáveis para aquele fato.
CONCLUSÃO: reações da
multidão.
ü
PRECONCEITO
(Atos 2.7). Os galileus eram recebidos em Jerusalém com grande preconceito. Eram
pessoas de segunda categoria.
ü
CETICISMO
(Atos 2.12). Estes ficaram atônitos e perplexos, ansiosos por uma explicação
razoável para aquele extraordinário acontecimento.
ü ZOMBARIA (Atos 2.13). Um grupo dentre
a multidão rotulou o fenômeno das línguas como resultado da embriaguez.