terça-feira, 24 de março de 2015

Um cristão chamado Barnabé (At 4:32-37).



Introdução:  O Espírito Santo tem nos movido a alcançar os perdidos, cumprindo assim nossa missão, a grande comissão dada por Jesus. Quando uma criança nasce, traz alegria para a sua família. Gerar filhos para Deus, também, nos dá muita alegria! Queremos chamar sua atenção neste estudo para um princípio: quem gera, cuida. Não podemos apenas nos alegrar quando as vidas se rendem a Jesus e esquecê-las: “Se em uma semana dois deixaram de ir, na próxima, outros virão…”.
Este pensamento errado tem ocupado a mente de muitos. É preciso fechar a porta dos fundos, e se for preciso, soldá-la! É necessário cuidar das vidas, não se ocupando apenas em ganhar, mas empenhando-se para não perder ninguém, fazendo como o Senhor Jesus ensinou: “Quando estava com eles no mundo, eu os guardava pelo poder do teu nome, o mesmo nome que me deste. Tomei conta deles; e nenhum se perdeu, a não ser aquele que já ia se perder para que se cumprisse o que as Escrituras Sagradas dizem” (Jo 17.12).
Pessoas não são números, pois cada um tem valor diante de Deus. Quando cada pessoa é cuidada, consequentemente se torna sadia na fé, e como já disse alguém: “Ovelha sadia, sempre dá cria (filhotes)!”.
1)     Quem era Barnabé?

·        Na Igreja Primitiva encontramos um homem que destacava-se no meio dos irmãos. Ele chamava-se José, um nome muito comum na época. Suas atitudes chamavam a atenção de todos, a ponto de lhe darem um segundo nome: Barnabé. Este sobrenome passou a ser o seu principal nome, em virtude do que ele fazia. O prefixo grego “bar”, significa filho e encontramos no Novo Testamento alguns nomes com esse prefixo: Bartimeu (filho de Timeu); Bartolomeu (filho de Tolmeu ou Ptlomeu). O nome Barnabé, por sua vez, significa “filho da consolação” e está associado ao Espírito Santo, quem em João 14.26, é chamado de consolador (no grego parakletos): “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”.
·        Portanto, o nome Barnabé, poderia ser também entendido, como filho do Espírito Santo! É claro que todo filho de Deus tem o Espírito Santo dentro de si, mas a ênfase neste caso é para o caráter e atitudes. O povo via em Barnabé, coisas inerentes ao Espírito Santo, como: apoio, consolo, doação e instrução. Ele era natural de Chipre 



 A ilha de Chipre fica no Mediterrâneo oriental, cerca de 97 Km  a oeste da costa da Síria, e a cerca da mesma distância da costa turca. A ilha possui 225 quilômetros de comprimento por 97 quilômetros na parte mais larga, e de acordo com At 13.4-13, Paulo e Barnabé atravessaram a ilha desde Salamina até Pafos, no início da primeira viagem missionária de Paulo e segundo o historiador Clemente de Alexandria, era um dos 70 discípulos, que Jesus enviou a pregar. Barnabé também é um dos poucos chamados de apóstolos além dos doze que Jesus escolheu (Atos 14.14).

1) Qualidades de Barnabé.

1.1)          Um homem generoso. 



Em Atos 4.36,37, encontramos Barnabé vendendo a sua propriedade a fim de ajudar a Igreja no desempenho de sua missão. Ele era um homem bom, de coração disposto e de larga visão. Além de todos os outros belos traços de seu caráter, devemos acrescentar seu forte espírito de fraternidade para com seus irmãos em Cristo, pois era guiado pelo Espírito Santo ao ofertar para suprir a necessidade daqueles que não tinham.

 Barnabé e Saulo levam socorro aos irmãos que habitavam na Judéia por ocasião da fome que aconteceu no tempo de Cláudio César. Depois disto, eles retornam para Antioquia (At 11.27-30; 12.25).

1.2)          Ele acreditava na mudança das pessoas.

“E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse discípulo. Então, Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos e lhes contou como no caminho ele vira ao Senhor, e este lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de Jesus” (At 9.26-27). 


Certo dia, um adesivo em um carro me chamou a atenção: “Quanto mais conheço as pessoas, mas gosto do meu cachorro”. Essa frase retrata o sentimento de muitos em não dar valor, nem acreditar nas pessoas. Parece que no senso comum a idéia é :“todo mundo é culpado, até que se prove o contrário”. É lastimável que a sociedade tenha chegado a esse ponto. A Igreja do Senhor, não pode seguir nesta direção! Imagine se não houvesse alguém que acreditasse nas palavras do apóstolo Paulo… Calcule a perda que ele e a Igreja teriam…

Pregamos um evangelho de restauração, mas muitos irmãos não crêem nela, não dão uma chance de mudança e recomeço a outros e rotulam as pessoas como: “o infiel; o desobediente; o caloteiro; o frouxo; o sem visão; o enrolado;o sem pegada etc”. É preciso acreditar na mudança das pessoas, assim como o Senhor fez conosco. Lembremos do diálogo de Jesus, com o homem que há poucos dias, havia negado por três vezes que o conhecia:“E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.15-17). Jesus acreditou tanto na mudança de Pedro, que confiou suas ovelhas a ele! Para muitos, Pedro sequer poderia ser considerado novamente uma ovelha. Pense nisso…
1.3)         Era um homem cheio da graça de Deus.
 A Igreja de Antioquia ( Atos 11.22,23) formou-se por causa dispersão dos judeus depois da morte de Estevão (At 11:19), por apedrejamento. A cidade de Antioquia era  capital da província romana da Síria e também a terceira maior cidade do império, abrigava um santuário dedicado a Apolo, onde eram celebrados ritos orgíacos em nome da religião . No entanto o texto afirma: “A mão do estava com eles, e muitos, crendo se converteram...chegaram aos ouvidos da igreja em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia”. O que Barnabé viu? A graça de Deus. GRAÇA: FAVOR IMERECIDO. Tem que vê somente o que eu faço de errado.

         Experimentar a graça divina é receber uma dádiva que não podemos adquirir por conta própria, e da qual não somos merecedores. Quando recebemos o dom da vida, experimentamos a sua graça. Embora mereçamos o castigo, Ele nos dá a paz e restaura-nos integralmente (Is 53.5; Tt 2.11).

1.4)          Era um homem que criava oportunidades pra outros crescerem.

“E partiu Barnabé para Tarso à procura de Saulo; tendo-o encontrado, levou-o para Antioquia..." (Atos 11.25). Viagem de Antioquia para Tarso levava três meses para ir e três meses para voltar . Entre a conversão de Saulo até esse dias passaram-se 10 anos.
Em Atos 13:1, Fala sobre alguns homens de Antioquia: Barnabé, Simeão, Manaém e Paulo (o primeiro nome era o mais importante), v.7: Barnabé e Saulo; (At 13:2). Barnabé queria que os outros crescessem, desenvolvesse ministerialmente,  não competia e querua anda com eles.

Em  Atos 15:36, naa primeira viagem João Marcos voltou. Amarelou. Desistiu. Na segunda ele quis ir de novo e Paulo não aceitou. (Atos 15..39), separaram. Paulo escolheu Silas e partiu pra segunda viagem.( 2 Tm 4:10-11). Todo mundo me abandonou, Demas e Alexandre. “João Marcos é muito útil no meu ministério”. “Quem é capaz de ver a graça de Deus é capaz de ver quem a gente pode se tornar”. Barnabé não desistiu de João Marcos.

Conclusão: 

·         Quando uma criança nasce, traz alegria para a sua família. Gerar filhos para Deus, também, nos dá muita alegria!
·         Pessoas não são números, pois cada um tem valor diante de Deus. Quando cada pessoa é cuidada, consequentemente se torna sadia na fé.
·         O povo via em Barnabé, coisas inerentes ao Espírito Santo, como: apoio, consolo, doação e instrução. Devemos olhar o exemplo de Barnabé e pedir ao Senhor que nos ajude a imitá-lo, pois com estas qualidades conseguiremos discipular com eficiência e não perderemos as pessoas no meio da caminhada.




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