terça-feira, 12 de agosto de 2014

O sonho de Nabucodonosor – Daniel 2:1-36



Introdução:
Um garoto de 14 anos foi tirado de sua casa, família e amigos e forçado a marchar até uma terra estranha. Esteve rodeado pelo mal, na juventude, na maturidade e na velhice. Quase não há tentação conhecida que ele não tenha enfrentado.

Daniel: “Deus é meu juiz”. Deram-lhe o nome de Beltessazar, cujo significado é : bel proteja o rei.
Hananias: Jeová é misericordioso. Passou a ser chamado de Sadraque, que significa iluminado pela deusa do sol.
Misael: “quem é como Deus?”. Deram-lhe o nome de Mesaque, que significa “quem é como Vênus?”.
Azarias: “Jeová ajuda”. Lhe chamaram de Abednego, cujo significado é: servo de nego.
Assim, seus nomes foram trocados e vinculados às divindades pagãs de Bel, Marduque, Vênus e Nego.

1)    O que Nabucodonosor viu? (Dn 2:1-13).

1.1)         Nabucodonosor teve um sonho, que ele recusou a relatar ou descrever.
·        Nabucodonosor era  cabeça de um imenso império; e era bem natural que, como último pensamento do dia, houvesse ansiedade a respeito do que aconteceria no futuro (v.29).

·        O SONHO ERA INCOMUM! Foi dado por Deus. Sua vivacidade era intensa, e o rei ficou apavorado. A palavra “pertubou” significa golpear. O rei foi golpeado e encheu-se de ansiedade, insegurança e medo.  LOGO, o rei convocou as pessoas que acreditava poderem interpretar seu sonho e esclarecer seu significado (v.2). São eles:

ü Os magos: eram possuidores de conhecimento dos mistérios sagrados e das ciências ocultas.
ü Os encantadores: eram astrólogos, ou seja, aqueles que se dedicavam a contemplar o céu e buscar sinais nas estrelas/planetas com o propósito de predizer o futuro.
ü Os feiticeiros: eles usavam a magia, invocando o nome de espíritos malignos.
ü Caldeus: uma casta sacerdotal de homens sábios.

·        O versículo 4 registra a resposta dos homens da corte ao pedido do rei. Respondem com outro pedido. O rei declarou: “uma coisa é certa”, ou seja, “se não me fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas em monturo”. (v.5).
·        As honras extravagantes, no versículo 6, também eram típicas dos governantes daquela época. O fracasso em contar o sonho e interpretá-lo significaria morte certa.

1.2)         Nabucodonosor viu os astrólogos tentando ganhar tempo (VV. 7-11). 
·        Disse o rei: “Eu sei o que estão tentando fazer. Vocês só querem ganhar tempo. Sabem que estão numa enrascada e, se não conseguirem me contar o sonho, estarão numa fria. Estou até vendo: vocês vão inventar uma história qualquer e me enrolar até que eu mude de ideia. NADA DISSO! Primeiro me contem o sonho, e, então, vou saber se são capazes de me dar a interpretação ou se estão só me enrolando”.

·        IMAGINE A CENA: O mais poderoso homem do mundo num acesso de raiva! “matem a todos!”, disse o rei da Babilônia.         Daniel, Hananias, Misael e Azarias haviam sido educados pelos sábios de Babilônia, e estavam, portanto,  no sentido mais amplo, incluídos na sentença de morte.

1)    O que Daniel viu?

2.1 ) Daniel viu quem é Deus (Dn. 2:14-23).
·        Daniel vai ao rei e pede tempo (v.16). “Dá-me tempo e satisfarei o teu pedido e dar-te-ei a interpretação”.

·        Daniel vai aos amigos e pede oração (v.17). Quando, para o mundo, só resta o desespero, para os filhos de Deus ainda há o recurso da oração. Daniel compreendeu a importância de termos um grupo de oração.

“Senhor és o nosso pastor. Foi decretado a execução de todos os sábios de Babilônia, e estamos incluídos entre eles. Se o decreto foi cumprido, teus servos morrerão. Ó Senhor, mostra tua misericórdia para conosco. Dá-nos um relato do sonho e uma compreensão do que significa”.

·        Deus responde a oração de Daniel. Deus lhe deu o sonho de Nabucodonosor e o seu significado (v.19). A reação de Deus à revelação foi explodir em louvor a Deus.

ü Daniel bendiz a Deus, porque ele conjuga poder e sabedoria (v.20). SABEDORIA é a capacidade de tomar a decisão certa, e o PODER, a capacidade de torná-la efetiva.
ü Daniel bendiz a Deus porque ele é o Senhor do tempo (v.21).

ü Daniel bendiz a Deus porque ele é o Senhor da história (v.21). As rédeas da história estão nas mãos de Deus, não nas mãos dos poderosos deste mundo.

ü Daniel bendiz a Deus porque ele é o Senhor dos mistérios (v.22).

2.2  ) O que Daniel viu na visão da noite (Dn 2:24-25).
·        “podes”, pergunta o rei. “podes tu fazer-me saber o que vi no sonho e a sua interpretação? (v.26). Nem encantadores, nem magos, nem astrólogos o podem revelar ao rei; mas há um Deus nos céus, o qual revela mistérios; pois fez saber ao rei o que há de ser nos últimos dias”.

·        O rei em seu sonho contemplou uma imensa estátua (v.31). Sendo quase totalmente metálica, brilhava ao sol. A estátua era composta de diferentes materiais, todos metais, menos um: a cabeça era feita do melhor do ouro (v.32). O peito e os dois braços eram de prata. O ventre e os quadris, de bronze. As pernas, dos joelhos para baixo, eram de ferro (v.33). Mas os pés eram, em parte, de ferro e, em parte, de barro.


·        Em direção a estátua veio uma pedra insignificante. Talvez fosse como uma das pequenas pedras que achamos na estrada. Não há indicação de onde a pedra veio; parecia vir do nada. A pedra caiu sobre os pés da imagem (v.34). Imediatamente, toda imagem desmoronou e foi reduzida a pó. ENTÃO... a pedra começou a crescer... tornando-se maior que uma casa, maior que o prédio mais elevado e maior que os montes. De fato, tornou-se uma grande montanha, que enchia toda a terra (v.35).

2.3 ) Daniel interpreta o sonho.


·        A cabeça, ó rei Nabucodonosor, és tu! És um poder mundial. És um reino. És um império. Tu és a cabeça de ouro”. (VV.37-38). Ele governou durante 41 anos.

·        O peito e o braços são também um império, menos poderoso, que te sucederá”. (v.39). Simboliza o império medo-persa. Os dois braços ligados pelo peito representam um império que seria formado pela união de dois povos: OS MEDOS E OS PERSAS. Alguns reis: Ciro, Dario, Xerxes, etc.

·        O ventre e as coxas são outro império que sucederá àquele” (v.39). Representa o império grego estabelecido por Alexandre Magno, em 333 a.C.  Alexandre, o grande, dominou o mundo inteiro, mas esse reino desintegrou com sua morte prematura (33 anos).

·        “As pernas de ferro e dos pés de ferro e barro”. Trata-se do império Romano. Era o mais forte dos quatro. Terá a força do ferro e será constituído de uma mistura de ferro com barro. Seus dois elementos finalmente serão impossibilitados de permanecerem ligados e se tornarão um reino dividido. Uma das partes permanecerá forte, mas a outra será frágil e mais facilmente destruída.

·        E A PEDRA PEQUENA? Bem, durante o governo deste quarto poder mundial, ocorrerá um evento de grande significado nos dias destes reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais abalado. Subsistirá para sempre (v.44).

2.4 ) Daniel viu o rei Nabucodonosor humilhado diante dele (v.46).
·        Quem esperaria ver o mais poderoso homem da terra cair sobre seu rosto, em atitude de homenagem? O rei caiu aos pés de Daniel, não porque o estava adorando como Deus, mas porque reconheceu Daniel como um porta-voz de Deus. Então, o verdadeiro Deus foi glorificado.

·        Daniel foi colocado como governador da província de Babilônia e como o chefe supremo de todos os sábios.

·        Os seus três amigos de oração foram promovidos a sub-chefes, para servir sob a autoridade de Daniel.


Conclusão:  


Uma Pedra, Jesus é a pedra (Ef. 2.20; 1 Pedro 2.6). João Batista proclamou a respeito dEle: “o que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de mim” (Jo 1.15). O eterno Filho de Deus veio a Belém como um insignificante menino, a fim de estabelecer um reino que permanecerá para sempre.

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