O sonho de
Nabucodonosor – Daniel 2:1-36
Introdução:
Um garoto de 14 anos foi tirado de sua casa, família e amigos
e forçado a marchar até uma terra estranha. Esteve rodeado pelo mal, na
juventude, na maturidade e na velhice. Quase não há tentação conhecida que ele
não tenha enfrentado.
Daniel: “Deus é meu juiz”. Deram-lhe o nome de Beltessazar, cujo
significado é : bel proteja o rei.
Hananias: Jeová é misericordioso. Passou a ser chamado de Sadraque, que
significa iluminado pela deusa do sol.
Misael: “quem é como Deus?”. Deram-lhe o nome de Mesaque, que significa
“quem é como Vênus?”.
Azarias: “Jeová ajuda”. Lhe chamaram de Abednego, cujo significado é:
servo de nego.
Assim, seus nomes foram trocados e
vinculados às divindades pagãs de Bel, Marduque, Vênus e Nego.
1) O que Nabucodonosor viu? (Dn 2:1-13).
1.1)
Nabucodonosor teve um sonho, que ele recusou a
relatar ou descrever.
·
Nabucodonosor
era cabeça de um imenso império; e era
bem natural que, como último pensamento do dia, houvesse ansiedade a respeito
do que aconteceria no futuro (v.29).
·
O
SONHO ERA INCOMUM! Foi dado por Deus. Sua vivacidade era intensa, e o rei ficou
apavorado. A palavra “pertubou” significa golpear. O rei foi golpeado e
encheu-se de ansiedade, insegurança e medo.
LOGO, o rei convocou as pessoas que acreditava poderem interpretar seu
sonho e esclarecer seu significado (v.2). São eles:
ü Os magos: eram possuidores de
conhecimento dos mistérios sagrados e das ciências ocultas.
ü Os encantadores: eram astrólogos, ou
seja, aqueles que se dedicavam a contemplar o céu e buscar sinais nas
estrelas/planetas com o propósito de predizer o futuro.
ü Os feiticeiros: eles usavam a magia,
invocando o nome de espíritos malignos.
ü Caldeus: uma casta sacerdotal de
homens sábios.
·
O
versículo 4 registra a resposta dos homens da corte ao pedido do rei. Respondem
com outro pedido. O rei declarou: “uma
coisa é certa”, ou seja, “se não me fizerdes saber o sonho e a sua
interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas em monturo”.
(v.5).
·
As
honras extravagantes, no versículo 6, também eram típicas dos governantes
daquela época. O fracasso em contar o sonho e interpretá-lo significaria morte
certa.
1.2)
Nabucodonosor viu os astrólogos tentando ganhar tempo (VV.
7-11).
·
Disse
o rei: “Eu sei o que estão tentando fazer. Vocês só querem ganhar tempo. Sabem
que estão numa enrascada e, se não conseguirem me contar o sonho, estarão numa
fria. Estou até vendo: vocês vão inventar uma história qualquer e me enrolar
até que eu mude de ideia. NADA DISSO! Primeiro me contem o sonho, e, então, vou
saber se são capazes de me dar a interpretação ou se estão só me enrolando”.
·
IMAGINE
A CENA: O mais poderoso homem do mundo num acesso de raiva! “matem a todos!”,
disse o rei da Babilônia. Daniel,
Hananias, Misael e Azarias haviam sido educados pelos sábios de Babilônia, e
estavam, portanto, no sentido mais
amplo, incluídos na sentença de morte.
1) O que Daniel viu?
2.1 ) Daniel viu
quem é Deus (Dn. 2:14-23).
·
Daniel
vai ao rei e pede tempo (v.16). “Dá-me tempo e satisfarei o teu pedido e
dar-te-ei a interpretação”.
·
Daniel
vai aos amigos e pede oração (v.17). Quando, para o mundo, só resta o
desespero, para os filhos de Deus ainda há o recurso da oração. Daniel
compreendeu a importância de termos um grupo de oração.
“Senhor és o nosso pastor. Foi decretado a execução de todos os sábios de
Babilônia, e estamos incluídos entre eles. Se o decreto foi cumprido, teus
servos morrerão. Ó Senhor, mostra tua misericórdia para conosco. Dá-nos um
relato do sonho e uma compreensão do que significa”.
·
Deus
responde a oração de Daniel. Deus lhe deu o sonho de Nabucodonosor e o seu
significado (v.19). A reação de Deus à revelação foi explodir em louvor a Deus.
ü Daniel bendiz a Deus, porque ele
conjuga poder e sabedoria (v.20). SABEDORIA é a capacidade de tomar a decisão
certa, e o PODER, a capacidade de torná-la efetiva.
ü Daniel bendiz a Deus porque ele é o
Senhor do tempo (v.21).
ü Daniel bendiz a Deus porque ele é o
Senhor da história (v.21). As rédeas da história estão nas mãos de Deus, não
nas mãos dos poderosos deste mundo.
ü Daniel bendiz a Deus porque ele é o
Senhor dos mistérios (v.22).
2.2 ) O que Daniel viu na visão da noite (Dn
2:24-25).
·
“podes”,
pergunta o rei. “podes tu fazer-me saber o que vi no sonho e a sua
interpretação? (v.26). Nem encantadores, nem magos, nem astrólogos o podem
revelar ao rei; mas há um Deus nos céus, o qual revela mistérios; pois fez
saber ao rei o que há de ser nos últimos dias”.
·
O
rei em seu sonho contemplou uma imensa estátua (v.31). Sendo quase totalmente
metálica, brilhava ao sol. A estátua era composta de diferentes materiais,
todos metais, menos um: a cabeça era feita do melhor do ouro (v.32). O peito e
os dois braços eram de prata. O ventre e os quadris, de bronze. As pernas, dos
joelhos para baixo, eram de ferro (v.33). Mas os pés eram, em parte, de ferro
e, em parte, de barro.
·
Em
direção a estátua veio uma pedra insignificante. Talvez fosse como uma das
pequenas pedras que achamos na estrada. Não há indicação de onde a pedra veio;
parecia vir do nada. A pedra caiu sobre os pés da imagem (v.34). Imediatamente,
toda imagem desmoronou e foi reduzida a pó. ENTÃO... a pedra começou a
crescer... tornando-se maior que uma casa, maior que o prédio mais elevado e
maior que os montes. De fato, tornou-se uma grande montanha, que enchia toda a
terra (v.35).
2.3 ) Daniel interpreta o sonho.
·
“A cabeça, ó rei Nabucodonosor, és tu! És um
poder mundial. És um reino. És um império. Tu és a cabeça de ouro”.
(VV.37-38). Ele governou durante 41 anos.
·
“O peito e o braços são também um império,
menos poderoso, que te sucederá”. (v.39). Simboliza o império medo-persa.
Os dois braços ligados pelo peito representam um império que seria formado pela
união de dois povos: OS MEDOS E OS PERSAS. Alguns reis: Ciro, Dario, Xerxes,
etc.
·
“O ventre e as coxas são outro império que
sucederá àquele” (v.39). Representa o império grego estabelecido por
Alexandre Magno, em 333 a.C. Alexandre,
o grande, dominou o mundo inteiro, mas esse reino desintegrou com sua morte
prematura (33 anos).
·
“As pernas de ferro e dos pés de
ferro e barro”.
Trata-se do império Romano. Era o mais forte dos quatro. Terá a força do ferro
e será constituído de uma mistura de ferro com barro. Seus dois elementos
finalmente serão impossibilitados de permanecerem ligados e se tornarão um
reino dividido. Uma das partes permanecerá forte, mas a outra será frágil e
mais facilmente destruída.
·
E A PEDRA PEQUENA? Bem, durante o governo deste quarto
poder mundial, ocorrerá um evento de grande significado nos dias destes reis, o
Deus do céu levantará um reino que não será jamais abalado. Subsistirá para
sempre (v.44).
2.4 ) Daniel viu o
rei Nabucodonosor humilhado diante dele (v.46).
·
Quem
esperaria ver o mais poderoso homem da terra cair sobre seu rosto, em atitude
de homenagem? O rei caiu aos pés de Daniel, não porque o estava adorando como
Deus, mas porque reconheceu Daniel como um porta-voz de Deus. Então, o
verdadeiro Deus foi glorificado.
·
Daniel
foi colocado como governador da província de Babilônia e como o chefe supremo
de todos os sábios.
·
Os
seus três amigos de oração foram promovidos a sub-chefes, para servir sob a
autoridade de Daniel.
Conclusão:
Uma Pedra, Jesus é a pedra (Ef.
2.20; 1 Pedro 2.6). João Batista proclamou a respeito dEle: “o que vem depois
de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de mim” (Jo 1.15).
O eterno Filho de Deus veio a Belém como um insignificante menino, a fim de
estabelecer um reino que permanecerá para sempre.
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