terça-feira, 18 de fevereiro de 2020


A igreja una e seus dons– Efesios 4.1-6


Introdução: Paulo, o apostolo.

“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro do Senhor” (v.1).  Paulo é um prisioneiro de Cristo como um prisioneiro por amor a Cristo, não somente vinculado a Ele pelas correntes do amor como também detido por causa da sua lealdade ao evangelho.

“...andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados”. Como é esta dignidade? Primeiro, é um só povo, composto igualmente de judeus e gentios “...não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28), a única família de Deus. Segundo é um povo santo, distinto do mundo secular para pertencer a Deus. Portanto, visto que são de Deus são chamados para ser um só povo, devem manifestar a sua união, e porque são chamados para ser um povo santo, devem manifestar sua pureza. A UNIÃO E A PUREZA SÃO DOIS ASPECTOS FUNDAMENTAIS DE UMA VIDA DIGNA DO CHAMAMENTO DIVINO DA IGREJA.

1)    Cinco pedras fundamentais da unidade.

Humildade
Os gregos nunca empregaram a palavra “humildade” num contexto de aprovação, muito menos de admiração. Mas, expressavam com ela uma atitude abjeta, servil “a submissão bajulante de um escravo”. Foi somente na vinda de Cristo que se reconheceu a humildade verdadeira “...embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! (Fl 2.6-8).


A palavra que Paulo emprega aqui é “humildade de mente”, o reconhecimento da dignidade e do valor de outras pessoas. O orgulho fica espreitando por detrás de toda discórdia, ao passo que o maior segredo individual da concórdia é a humildade. É fácil comprovar isto pela experiência. As pessoas de quem gostamos imediata e instintivamente, e com que temos facilidade de conviver, são aquelas que nos tratam com o respeito que julgamos merecer, ao passo que as pessoas com as quais instintivamente antipatizamos são as que nos tratam como lixo. EM OUTRAS PALAVRAS, A VAIDADE PESSOAL É UM FATOR-CHAVE EM TODOS OS NOSSOS RELACIONAMENTOS.

Mansidão
O meio termo ente ser irado demais e nunca ficar irado. É como o homem que trabalha no porto carregando fardos pesados o dia todo e quando chega em casa, abraça carinhosamente sua filhinha. Assim, mansidão não é sinônimo de fraqueza; pelo contrário, é a suavidade dos fortes, cuja força está sob controle. É a qualidade de uma personalidade forte que é, mesmo assim, senhora de si mesma e servas de outras pessoas (1 Co 4.21, 2 Tm 2.25).


HUMILDADE E MANSIDÃO FORMAM UMA PAR NATURAL. É O QUE HOMEM MANSO PENSA BEM POUCO NAS SUAS REINVINDICAÇÕES PESSOAIS, ASSIM COMO O HOMEM HUMILDE PENSA BEM POUCO NOS SEUS MÉRITOS PESSOAIS”. Essas duas pedras harmonizam-se com o caráter do Nosso Senhor Jesus: “manso e humilde de coração” (Mt 11.29).

Paciência e longanimidade
Longanimidade é aguentar com paciência pessoas provocantes, tal como em Cristo Deus nos considerou: “...despreza a imensa riqueza da bondade, tolerância e paciência...” (Rm 2.4). Ao passo que suportando-vos uns aos outros fala daquela mútua tolerância sem a qual nenhum grupo de seres humanos pode conviver em paz. O amor é a qualidade final, é a coroa e a soma de todas as virtudes (Cl 3.14).



2)    A unidade da fé
“Há um só corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos” (Ef 4.4-6).

A palavra “um” ou “uma” ocorre sete vezes. Uma leitura cuidadosa revela que três destas sete unidades fazem alusão às três pessoas da trindade (um Espírito, v.4); um só Senhor, v.5, isto é, O Senhor Jesus; e um só Deus e Pai de todos, v.6). Ao passo que as outras quatro dizem respeito à nossa experiência cristã com relação as três pessoas da trindade.   



Primeiro, há somente um corpo porque, há somente um Espírito (v.4). Este único corpo é a igreja de Cristo (Ef 1.23), que é composta por crentes judeus e gentios; e sua unidade ou coesão é devida ao único Espírito Santo que habita nele e que o anima “Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito” (1 Co 12.13).

Segundo, há uma só esperança que pertence à nossa vocação (v.4), uma só fé, um só batismo (v.5) porque há um só Senhor. O Senhor Jesus, pois, é o único objeto da fé “Creia no Senhor Jesus Cristo, e serão salvos, você e os de sua casa” (Atos 16.31), “olhando para Jesus, autor e consumador da nossa fé...” (Hb 12.2). Ele é o único objeto da fé, da esperança e do batismo de todos os cristãos. Cremos em Jesus Cristo, esperamos sua volta e vivemos com uma Viva Esperança.

Terceiro, há uma só família cristã, que abrange todos que vivem dessa esperança (v.6), porque há um só Deus e Pai... o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.

Então a ordem, seria: Primeiro, o único pai cria a única família. Segundo, o único Senhor cria a única fé, a única esperança e o único batismo. Terceiro, o único Espírito cria o único corpo. Portanto, devemos afirmar que só pode haver uma única família cristã, uma só fé, uma só esperança e um só batismo cristãos, e um só corpo cristão, porque há um só Pai, Filho e Espírito Santo. Logo, multiplicar a igreja é tão absurdo como multiplicar a Deus.

EXORTAÇÃO: “procurando cuidadosamente manter a unidade do Espírito no vinculo da paz”. Ou, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vinculo da paz”. Ou seja, NÃO DEVEMOS POUPAR ESFORÇO ALGUM, E POR ISSO CABE BEM A PALAVRA ADICIONAL “DILIGENTEMENTE”. O MODO IMPERATIVO EU SE ACHA NO TEXTO EXCLUI PASSIVIDADE, O QUIETISMO, UMA ATITUDE “VAMOS VER COMO FICA”. MAS, FAÇA-O AGORA! SEJA SINCERO! VOCE DEVE FAZÊ-LO!

Conclusão: a diversidade da igreja nos dons
“Mas a graça foi dada a cada de nós segundo a medida do dom de Cristo” (v.7). Os versículos 8 a 11 falam da morte e da ressureição de Cristo e sua vitória “subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens”. 


“Ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (v.11)

Para que? “Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (v.12)

Para que não sejamos mais como meninos inconstantes, levado em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente”. 





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