terça-feira, 31 de julho de 2018


ORANDO NO ESPÍRITO - Efésios 6.18


“Orando em todo o tempo com toda oração e suplica no Espírito, e vigiando nisto com toda perseverança e súplica” Ef 6.18

Introdução:
O fato de sermos cristãos significa que estamos inevitavelmente envolvidos numa luta espiritual. E, o Novo Testamento, dá a impressão de que, visto que somos cristãos, devemos esperar ataque contra nós de um modo que nunca conhecemos ou percebemos antes.

“Quanto ao mais...”, “a partir de agora”, “durante o tempo que resta”: é uma chamada emocionante para a batalha...não escutas o clarim e a trombeta?” Estamos sendo despertados, estamos sendo estimulados, estamos sendo colocados em nossos pés. Somos ordenados a ser homens. O tom inteiro é marcial, é varonil, é forte.

1)    “Orando em todo o tempo”
Quando o apostolo Paulo escreveu sobre a armadura, ele tinha em mente o soldado romano, e tomou as varias peças da armadura. Mencionou o cinto, a couraça, as sandálias, o escudo, o capacete e a espada. Parafraseando: “TOMEM ESTAS VÁRIAS PARTES DA ARMADURA E VISTAM-NAS, VISTAM-NAS CUIDADOSAMENTE, E FAÇAM USO DELAS DA MANEIRA DESCRITA...PORÉM, EM ACRÉSCIMO A TUDO ISSO, SEMPRE, EM TODO O TEMPO E EM TODAS AS CIRCUNSTANCIAS, CONTINUEM ORANDO”. Veste a armadura de Deus. Veste cada peça em oração.

Cada peça, isoladamente, por excelente que seja, não nos será suficiente e não terá proveito para nós, a não ser que sempre e o tempo todo estejamos em viva relação com Deus, dele recebendo força e poder.

“Tendo cingido os lombos com a verdade”: é a salvação que temos em Cristo Jesus, é a certeza da salvação(Jo 5.24). “A couraça da justiça”: é a justificação pela fé (Rm 8.1-2). “Calçados os pés na preparação do evangelho da paz”: é caminhar, andando, todos os dias, levando a semente do evangelho ao perdido (Mt 28.19-20). “O capacete da salvação”: é a certeza, é a convicção, é a mente, é a razão que Deus nos deu para usar em instrumento para o reino. “O escudo da fé”: nos defende dos dardos inflamados do maligno, ou seja, pensamentos, duvidas, desanimo, contendas, etc. E, a “espada do Espírito”: a palavra de Deus. 



De acordo com o apostolo Paulo, mesmo tendo todas estas coisas, podemos falhar e ser derrotados completamente. Tendo vestido cuidadosa e completamente cada uma das peças da armadura, não podemos esquecer da injunção: “ORANDO EM TODO O TEMPO”. Pois, conhecemos cristãos que conhecem bem a teologia da Bíblia, porém não acreditam em reuniões de oração, que parecem não ver a total e absoluta necessidade de “ORAR SEMPRE”, “O TEMPO TODO”.

Em 2 Co 3.6, lemos: “Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não de letra, mas do Espírito; PORQUANTO A LETRA MATA, MAS O ESPÍRITO VIVIFICA”. Em Efésios 6:10, encontramos essa exortação: “fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder”. Portanto, NUNCA PODEMOS ESQUECER QUE NA VIDA CRISTÃ A ORAÇÃO É ESSENCIAL.

Veja o exemplo de Jesus. Ele era filho de Deus, sem pecado algum. Possuía um conhecimento maravilhoso; e, todavia, notem a frequência com que ele se isolava para orar a Deus. Ele costumava passar a noite inteira em oração, costumava levantar-se muito antes do alvorecer, a fim de orar a Deus e manter esta comunhão. E por isso não é surpreendente que ele ensinasse os seus discípulos “sobre o dever de orar, e nunca desfalecer” (Lc 18.1).

PERGUNTA. Qual o lugar da oração em sua vida? Que proeminência tem a oração em nossas vidas? Acaso compreendemos que sem ela ficamos desanimados? A NOSSA POSIÇÃO FUNDAMENTAL COMO CRISTÃO É PROVADA PELO CARÁTER DA NOSSA VIDA EM ORAÇÃO. A oração é mais importante que conhecimento e entendimento. Se todo o meu conhecimento não me leva à oração, há algo de errado nalgum lugar.

2)    Oração: 
"Orando em todo o tempo com toda oração e suplica no Espírito, e vigiando nisto com toda perseverança e súplica” (v.18)

Oração é um termo geral, e o apostolo subdivide em duas partes – em primeiro lugar – “toda oração”, e, em segundo lugar, “súplica”. O que entendemos é que devemos orar com todas as formas ou espécies de oração. Devemos orar em particular, devemos orar em público. “TODA ORAÇÃO”. Existe oração secreta ou reservada (Mt 6.6). Há também a oração pública (2 Cro 20.5-6), a oração da igreja (Atos 2, 4), a oração em comum, a oração que fazemos juntos.

No entanto, há outra espécie de oração. Às vezes se faz oração com palavras – oração oral! Mas, pode-se orar sem de fato proferir palavras; a oração pode ser impronunciada. Paulo diz: entregue-se a todos os tipos de oração. As vezes estamos andando pela rua, pode vir a tentação, e começamos a orar em pensamento, em seu coração e em seu espírito. 



Há outro tipo de oração que pode ser igualmente proveitosa. Às vezes é apenas uma exclamação, às vezes um gemido, um brado do coração: “O mesmo Espírito intercede por nós”, diz Paulo, “com gemidos inexprimíveis”. São os nossos gemidos. O Espírito não precisa gemer; nós é que gememos. E às vezes essa é toda a oração que fazemos; apenas um suspiro, apenas um gemido , um “Oh!” Leiam as orações de gente como Isaias “Oh, se fendesse os céus...” (Is 64.1).

     3)    Súplica
Refere-se àquela parte bem definida da oração que chamamos “petição”; é oração referente a pedidos e desejos especiais. Devemos dedicar-nos à oração em geral, em todas as suas formas e tipos – adoração, serviço, louvor e ação de graças. Mas depois passar aos “pedidos”. Paulo faz isso quando escreve aos filipenses, onde ele diz: “Não estejais inquieto por coisa alguma, antes as vossas petições sejam conhecidas diante de Deus pela oração e suplica, com ação de graças” (Fl 4.6). 



    4)    O segredo de toda oração: “...no Espírito”
“Orando em todo o tempo com toda oração e suplica no Espírito”. Em Efesios capitulo 2.18: “Pois por meio dele tanto nós como vós temos pleno acesso ao Pai por um só Espírito”. Em Romanos 8.26: “Do mesmo modo o Espírito nos auxilia em nossa fraqueza, porque não sabemos como orar, no entanto, o próprio Espírito intercede por nós com gemidos impossíveis de serem expressos por meio de palavras”. Em Filipenses 3.3: “A circuncisão somos nós, que servimos a Deus em Espírito”, ou pelo Espírito. “E nos gloriamos em Cristo Jesus e não confiamos na carne”. Diferentemente dos judeus ou judaizantes, adoramos a Deus “em Espírito”.

Em Judas 20,21, lemos: Mas, vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia do nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna”
Por que orar no Espírito? Orar de várias maneiras, oração secreta, oração pública, oração audível ou inaudível, de pé, de joelhos ou em qualquer posição, não é fundamentalmente o elemento vital da oração. Naturalmente, essas coisas tem o seu lugar, acima de tudo, toda a oração deve ser “no Espírito”.

Portanto, “vãs repetições” não é oração. Muito falarem! Os fariseus pensavam que por isso seriam ouvidos. Ele julgavam uma oração pelo seu cumprimento e pela sua publicidade. PODEMOS ORAR POR MERO HÁBITO, OU COSTUME, simplesmente porque acreditamos que é certo dizer as nossas orações de manhã e à noite. Mas muitas vezes isso não é orar! A VERDADEIRA ORAÇÃO É FEITA “NO ESPÍRITO”.

O Espírito Santo dirige a oração, cria a oração dentro de nós, e nos capacita a elevá-la a Deus. “Não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós”. Ele faz isso em nós, cria petições em nós, Ele ordena a nossa mente, Ele nos dá a oração, Ele a dirige, Ele a reveste de poder. 


Conclusão:
“Orai sem cessar” ou “orando em todo o tempo”. “sempre”! “vigiando sempre”! Não caia no sono, fique acordado, esteja atento, esteja vigilante, nunca seja negligente, levante-se, nada de preguiça!

terça-feira, 24 de julho de 2018


Vai tudo bem com você? – 2 Rs 4:8-36
 

Introdução: 

Eu tenho uma predileção muito grande pelos textos do Velho Testamento.
Ele oferece lições de vida para todos nós. E o interessante é que podemos trazer estas lições para o dia de hoje.
É o que vou fazer com a história desta mulher de Suném, ou mulher sunamita. A história dela tem princípios importantes para a vida hoje.
Podemos aprender aqui, algumas coisas muito interessantes.

1) “É um santo homem de Deus”


A primeira está nesse v.8: É que o profeta de Deus, Elizeu, passou várias vezes pela porta daquela mulher. Até que um dia, ela ofereceu uma refeição em sua casa. Está escrito: “Certo dia, Elizeu foi a Suném, onde uma mulher rica insistiu que ele fosse tomar uma refeição em sua casa”. Então, primeiro, ela viu Elizeu passar; ela viu o procedimento de Elizeu, ela viu a maneira de Elizeu se comportar. E depois dela ver isso, ela ousou convidar Elizeu: “Elizeu, chega aqui, venha almoçar conosco” ela disse.

No versículo v.9, essa mulher Sunamita, disse ao marido: “Sei que esse homem que sempre vem aqui é um santo homem de Deus”.A lição é essa: que para você dizer que alguém é um homem de Deus, uma pessoa de Deus, “um santo homem de Deus” como ela falou a respeito de Elizeu, você precisa travar um certo relacionamento com essa pessoa. Há um ditado que diz, que se você quer conhecer alguém, você tem que comer um saco de sal de 60 quilos com ele. Já calculou quanto tempo leva para você consumir um saco de sal de 60 quilos? Este ditado significa o seguinte: pra você saber quem é uma pessoa, você precisa travar um relacionamento, e ficar conhecendo a pessoa.

2)
UNIDADE E UNICIDADE
Agora, escute só o que diz o v.9, 10: “Em vista disso, ela disse ao marido: “Sei que esse homem que sempre vem aqui é um santo homem de Deus. Vamos construir lá em cima um quartinho de tijolos e colocar nele uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma lamparina para ele. Assim, sempre que nos visitar ele poderá ocupá-lo”.

Podemos aprender também mais outras coisas aqui.
Veja o emprego do plural. “vamos construir”; a mulher diz ao marido: “vamos fazer, vamos colocar uma cadeira, vamos fazer uma mesa, vamos construir um quarto...”. Ela diz isto para o marido, porque casamento é unicidade; casamento não é unidade – unidade é duas partes que se juntam, mas unicidade é duas partes que se fundem para ser uma (Deus diz que no casamento, homem e mulher tornam-se uma só carne).
Quando Deus fez a mulher, da costela do homem, Adão exclama: essa é ossos dos meus ossos e carne da minha carne”. Ele poderia ter exclamado quando viu a mulher: meu encaixe, minha metade, parte do meu “eu”, minha unicidade. A mulher não é uma unidade com o homem mas sim uma UNICIDADE, pois uma UNIDADE É DUAS COISAS OU DOIS SERES QUE SE UNEM,  A UNICIDADE SÃO DUAS COISAS OU DOIS SERES QUE SE FUNDEM. PORTANTO, NO CASAMENTO, HÁ UMA FUNDIÇÃO DE SENTIMENTOS, PENSAMENTOS, PROPÓSITOS, METAS, SONHOS, CORPO... “Ossos dos meus ossos e carne da minha carne”: carne significa tudo o que é passageiro, o dia a dia, as questões terrenas, o rotineiro, etc...osso fala de algo duradouro, o amor, a fé, e a esperança. 



E essa mulher aqui, ela não faz nada sozinha. E olha que, pelo texto, ela é uma mulher de posição, de liderança, daquelas que idealizam, que criam e que diz “vamos fazer”! Mas mesmo ela sendo uma mulher de liderança e de posição, ela não vai em cima do marido. Todas as decisões que envolvam nossa casa, tem que ser compartilhadas entre o marido e a esposa. Ela não deve tomar decisões sem a minha participação e ele não pode decidir sem a participação dela.

É desses maridos que se conta, teve um, que vivia apanhando da esposa, mas que não dava o braço à torcer. Um dia ele se enfiou debaixo da cama, e enquanto a mulher dizia: “Saia já daí!”, ele respondia: “Não saio, não; não saio porque quem manda aqui sou eu”.

3) “
Vamos construir um quarto ao santo homem de Deus”
“Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto ao muro, e ali lhe ponhamos uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro; e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se recolherá” 2 Reis 4:10 



Uma outra coisa que podemos aprender aqui (v.10), é que quando uma pessoa quer fazer o bem para outra, então ela deve tratar de fazer algo que sirva para a outra pessoa. Diz aqui, que esta mulher sunamita, desejou construir “um quartinho de tijolos” onde o profeta de Deus pudesse descansar sempre que a visitasse. Que coisa nobre! ...um quarto, como seria útil para o profeta!

Diferente do que acontece em nossas igrejas. Se, por exemplo, tem uma campanha para donativos aos pobres, parece que a igreja se transforma numa companhia de limpeza. A pessoa traz camisa rasgada, sapato com ar condicionado (que é aqueles que vêm com um buraco bem embaixo, na sola), ventilador sem hélice, ferro elétrico sem resistência... A pessoa diz: “Eh! Eu vim trazer pro serviço social...”.

Por que, você sabe o que acontece? Veja que coisa linda tem aqui, no v.11: “Um dia, quando Eliseu chegou, subiu ao seu quarto e deitou-se. 12 Ele mandou o seu servo Geazi chamar a sunamita. Ele a chamou e, quando ela veio, 13 Eliseu mandou Geazi dizer-lhe: “Você teve todo este trabalho por nossa causa. O que podemos fazer por você?...”.

4)
Um filho desejado
No v.13, lemos: “Você teve todo este trabalho por nossa causa” ou “...você tem nos tratado com desvelo”. É assim que aparece em algumas versões da Bíblia. Sabe o que significa isso, “desvelo”? Significa grande ajuda; “você tem nos tratado com amizade, com dedicação, com cordialidade”, é o que Elizeu diz. O profeta, nesse v.13, percebeu que aquela mulher o tratava com carinho, com dedicação, desvelo..

Agora, uma coisa importante que aprendemos aqui é: Veja o que o profeta fala no v.13: “O que podemos fazer por você? ...haveria alguma coisa que eu poderia fazer por você?” ...e a mulher era rica, heim!, mas mesmo assim, Elizeu pergunta isso pra ela. O que aprendemos? ...a lição do reconhecimento, da gratidão, da reciprocidade. Mas olha aqui, no v.13, para o que o profeta está fazendo: reconhecimento, gratidão e reciprocidade.

O profeta Elizeu tinha um assistente, um auxiliar, chamado Geazi. Lemos no v.12 que Elizeu “mandou o seu servo Geazi chamar a sunamita”. Então, quando ela veio, o v.13 diz: “Eliseu mandou Geazi dizer-lhe: “Você teve todo este trabalho por nossa causa. O que podemos fazer por você?” Mas a mulher responde, no final do verso: “Estou bem; eu não preciso de nada”. Aí, Geazi faz esse comentário: “Bem, ela não tem filhos, e seu marido é idoso”. Então, veja o v.15: “Eliseu mandou chamá-la de novo”. Geazi a chamou e ela veio até a porta do quarto do profeta... E agora veja o que vai acontecer.

O que é que diz o homem de Deus, no v.16: “ele [Elizeu] disse: “Por volta desta época, no ano que vem, você estará com um filho nos braços”. No v.16, Elizeu falou: “Por volta desta época, no ano que vem, você estará com um filho nos braços”. E lemos no v.17: aconteceu conforme Elizeu havia dito: “a mulher engravidou e, no ano seguinte, por volta daquela mesma época, deu à luz um filho”. Ela teve um filho! 



5) Meu filho...quando o desespero bate em nossa porta
Agora olha para o v.18 e 19 e veja o que vai acontecer: “O menino cresceu e, certo dia, foi encontrar-se com seu pai, que estava com os ceifeiros. 19 De repente ele começou a chamar o pai, gritando: “Ai, minha cabeça! Ai, minha cabeça!” O pai disse a um servo: “Leve-o para a mãe dele”. Então olhe o v.19: o filho adoeceu, ficou doente, e o paizão, fortão, grandão, ele diz: “leva pra mãe dele”. Leva pra mãe! ...porque ninguém pode cuidar melhor de um filho do que a mãe.

Nesse trecho, aprendemos sobre o procedimento quando o impossível bater em nossa porta. Escute bem: quando o impossível bater na sua porta, quando não houver mais esperança de nada, quando o homem for incapaz de resolver o problema, quando o impossível bater na sua porta, essa mulher nos dá a dica.

Primeiro: quando o impossível bater na sua porta, não entre em desespero, porque se você entrar em desespero, você vai perder o equilíbrio emocional e o equilíbrio da razão e vai fazer bobagem. O texto diz que o filho morreu, mas ela (a mãe) não entrou em desespero; pegou o garoto e levou ele pro quarto (para aquele quarto que ela e o marido construíram para o profeta Elizeu).

Segundo, sabe o que podemos aprender? É que quando o impossível bate a nossa porta, mesmo sendo o impossível (até parece estranho dizer), mas há algo que eu posso fazer. Essa coisa de dizer: “É, se é impossível eu não posso fazer nada”, isso é engano. Mesmo que o impossível bata na sua porta, você pode fazer alguma coisa. Sim, mesmo que o impossível bata na sua porta, você poderá fazer algo.

Olhe para o que a Bíblia ensina pela história dessa mulher!
Nº 1, ela não entra em desespero, ela não perde o equilíbrio. Ela não diz: “O que é que eu vou fazer, o que vai ser de mim?

Nº 2, ela toma uma atitude. Não adianta ficar parado arrancando cabelos, chorando, gritando, berrando... por que isso não vai resolver os problemas... Deus está falando com alguém aqui. Não adianta, você vai chorar, vai berrar e não vai resolver nada. Você tem que tomar atitude!

Nº 3, o que aprendemos com essa mulher é que, essa mulher, é uma mulher otimista, ela é cheia de fé – ela é otimista e cheia de fé.  “Não, eu vou lá naquele homem de Deus, que me falou, que Deus me daria um filho; é lá que eu vou; não vou enterrar não!” Ela é uma mulher otimista, uma mulher de fé. Na hora que o impossível bater na sua porta,  Pv 24.10 diz: “Se você vacila no dia da dificuldade, como será limitada a sua força!” 


Nº 4, essa mulher é sábia. No v.23, o marido vendo a mulher ia falar com o homem de Deus e, não era sábado, não era dia de culto, então por que está indo? O que era sábado pra eles, é o domingo pra nós hoje – era o dia do senhor. Mas nesse v.23, o marido diz: “Vem cá, porque você está indo hoje até o homem de Deus, se não é o dia?” E no final desse v.23, olhe que mulher sábia, ela diz. “Não faz mal. Não se preocupe. Está tudo bem”.

Olha o que ainda podemos aprender com essa mulher: ela não entra em desespero, ela toma uma atitude, é uma mulher cheia de fé, é uma mulher sábia. Veja o v.22. Sabe o que ela faz? Ela diz: “Preciso de uma jumenta para ir falar com o homem de Deus.” Ela quer ir ao encontro do homem de Deus. E sabe quantos quilômetros essa mulher precisou andar até encontrar o profeta Elizeu? ...50 km, de jumento! Já viu jumento? ...50km, subindo até o monte Carmelo!

6) Monte Carmelo, lugar de confissão
O monte Carmelo é símbolo da presença de Deus, é o lugar onde Deus enviou poder para desmoralizar o diabo e os inimigos do Seu povo. Ouça: aqui é o Carmelo de Deus! Você veio ao lugar certo – se a coisa tá feia, você tem que ir ao lugar certo. Aqui é o lugar certo, aqui é a casa de Deus, a igreja, e nesse lugar, o diabo e todos os inimigos são desmoralizados!  



Agora escute o restante do v.25: “Assim ela partiu para encontrar-se com o homem de Deus no monte Carmelo. Quando ele a viu à distância, disse a seu servo Geazi: “Olhe! É a sunamita!” Considere: quem é que viu a mulher primeiro, Geazi ou Elizeu? ...Elizeu. Nós lemos aqui no v.25, que Geazi não viu a mulher se aproximar, mas Elizeu viu!  

No v.25, que o homem de Deus viu a mulher primeiro. E o que é que Elizeu falou para Geazi, o seu assitente? (v.26): ...vai lá ao encontro dela e pergunta se vai tudo bem com ela, se vai tudo bem com o marido dela, e se vai tudo bem com o filho dela. O verdadeiro homem de Deus está preocupado com a pessoa, está preocupado com a família, está preocupado com o casamento, ele quer ver você feliz aqui, ele quer ver a sua família estabilizada, ele quer ver o seu casamento bem.

Agora, que mulher sábia! Lemos no v.26, que Geazi chegou e perguntou pra ela: “Vai tudo bem contigo? Vai tudo bem com teu marido, vai tudo bem com teu filho? Vai tudo bem?” E o que ela respondeu pra Geazi? Lemos no final do v.26: “vai tudo bem”. Mas, interessante que no v.27, lemos: “Ao encontrar o homem de Deus no monte, ela se abraçou aos seus pés. Geazi veio para afastá-la, mas o homem de Deus lhe disse: “Deixe-a em paz! Ela está muito angustiada...”. Hummm! Pra Geazi vai tudo bem, mas para o homem de Deus, ela chora.

Vemos no v.27, que ele, como homem de Deus, ele tem a percepção que ela está com dificuldade, mas como ele é humano e não sabe-tudo, ele diz pra Geazi: “olha, a alma dela está amargurada, mas eu não sei o que é, porque o senhor não me revelou”. Que honestidade!  Mas olhe, nesse v.27, a honestidade do homem de Deus: “Esta mulher está com um problema, [diz Elizeu], eu sei, eu tenho percepção espiritual; eu não sei o que é, mas ela está com um problema”.

No v.28, aquela mulher vai dizer o que é que está se passando com ela: “Acaso eu te pedi um filho, meu senhor? Não te disse para não me dar falsas esperanças?” A mulher foi direta!!

Essa mulher procurou o profeta Elizeu como que dizendo: “Você é homem de Deus, então vamos ver se é mesmo. Eu te pedi alguma coisa? Eu te pedi um filho?” Se o homem é de Deus mesmo, olha só o que Elizeu vai fazer. Ele disse para Geazi, v.29: “Ponha a capa por dentro do cinto, pegue o meu cajado e corra. Se você encontrar alguém, não o cumprimente e, se alguém o cumprimentar, não responda. Quando lá chegar, ponha o meu cajado sobre o rosto do menino”. Ai vem o v.30, que diz assim: “Mas a mãe do menino disse: “Juro pelo nome do SENHOR e por tua vida que, se ficares, não irei”. Então ele foi com ela”. 




Elizeu falou pra Geazi, v.29: “Tome aqui o meu bordão, o meu cajado” (o cajado era de Elizeu)... Vai lá e toca no menino”. E aí, o v.31 diz que Geazi acabou correndo e chegou na frente. E que chegando lá no garoto, tocou o rosto dele, tocou de novo, e de novo... mas o garoto nada. Sabe porquê? ...porque cajado na mão de Geazi não funciona, só funciona na mão de quem está revestido da autoridade de Deus. Então, lemos nos v.31 e 32, que não funcionou. Geazi não obteve sucesso.

Então, Elizeu entrou no quarto, veja comigo o v.33: “Ele entrou, fechou a porta e orou ao SENHOR”. O v.34 diz que Elizeu foi lá, corpo com corpo, boca com boca, olho com olho, em cima do garoto Elizeu transferiu poder de Deus e o garoto, diz o v.34: “foi se aquecendo”, tornou a ter vida. Porque quando o homem de Deus fala respaldado por Deus, vai acontecer!

Conclusão:

Você já parou para pensar? ...o que é para uma mulher pegar um garotão de 15 ou 16 anos, morto, com o corpo todo inerte e levar para um quarto em cima? ...você já imaginou o esforço daquela mulher? Ela não mediu nada! Ela é uma pessoa que não desistiu do que era seu. Quero perguntar a você que está aqui hoje: o que é que você está desistindo que é seu? 



Essa mulher, que coisa linda, que determinação, que esforço, que fé, que otimismo, que visão! Ela disse: “Não, eu não vou desistir não. Senhor, eu quero o meu filho na tua casa. Eu quero meu filho e minha filha liberta, eu não vou ver o diabo rebentar minha família, eu tenho um Deus soberano, o meu Deus pode, o meu Deus tem poder!”.




terça-feira, 17 de julho de 2018


A família de José – 1 Cronicas 7.20-26



Introdução: Profetizar e Pré-fatizar

No capítulo 49 de Genesis, vemos Jacó, diante dos seus filhos, profetizando ou pré-fatizando. O QUE É PROFECIA? OU, O QUE É PRÉ-FATIZAR?

Profecias introjetam conteúdo no ser daquele que as recebe. Uma projeção, uma esperança para o futuro. PROFECIA e futuro. É ASSIM QUE VAI SER.

Pré-fatizar: relaciona-se com uma observação que e feita à luz do contexto presente de alguém. É negativo. Não tem nenhuma esperança. PREFECIA: “Do jeito que nasceu torto, vai morrer torto”.

PROFECIAS: JUDÁ. “Judá, seus irmãos o louvarão, sua mão estará sobre o pescoço dos seus inimigos; os filhos de seu pai se curvarão diante de você...O cetro não se apartará de Judá, nem o bastão de comando de seus descendentes, até que venha aquele a quem ele pertence” (vss. 8,10).

Profecia: ZEBULOM: “Zebulom morará à beira-mar e se tornará um porto para os navios; suas fronteiras se estenderão até Sidom”. (v.13).

Dã. Profecia (benção): “Dã defenderá o direito do seu povo como qualquer das tribos de Israel” (v.16). Préfecia (peçonhento): “Dã será uma serpente à beira da estrada, uma víbora à margem do caminho”.

PRÉFECIAS: RUBEN: “Voce é meu primogênito, minha força, o primeiro sinal do meu vigor, superior em honra, superior em poder. Turbulento como as aguas, já não será superior, porque você subiu à cama de seu pai, ao meu leito, e o desonrou”. (vss. 3,4).

Préfecias: Simeão e Levi: “Simeão e Levi são irmãos; suas espadas são armas de violência. Que eu não entre no conselho deles... porque em sua ira mataram homens e a seu bel-prazer aleijaram bois, cortando-lhes o tendão. Maldita seja sua ira, tão tremenda, e a sua fúria, tão cruel! PROFECIA: “Eu os dividirei pelas terras de Jacó dispersarei em Israel” (vvs. 5,6,7).

PRÉFECIA e profecia: Issacar “Issacar é um jumento forte, deitado entre as suas cargas. Quando ele percebe como é bom o seu lugar de repouso e como é aprazível a sua terra, curvará seus ombros ao fardo e se submeterá a trabalhos forçados” (vss. 14, 15).PESSOA ACOMODADA, QUE NÃO GOSTA MUITO DE TRABALHAR, QUE GOSTA É DE DESCANSAR “SOMBRA E AGUA FRESCA”.

JOSÉ:  “José é uma arvore frutífera a beira de uma fonte, cujos galhos passam por cima do muro. Com rancor arqueiros o atacaram, atirando-lhes flechas com hostilidade. Mas o seu arco permanece firme, os seus braços fortes, ágeis para atirar, pela mão do Poderoso de Jacó, pelo nome do pastor, Rocha de Israel... que todas essas bênçãos repousem sobre a cabeça de José, sobre a fonte daquele que foi separado de entre os seus irmãos”. (vss. 22-26) 



 1)    Família de José do Egito.

José, filho amado de Jacó, temente a Deus, fiel ao seu pai,  fiel à Faraó, fiel em toda a sua vida. No Egito, Deus dá a benção a José se casar e ter dois filhos (Gn 41.50-52).

E nasceram a José dois filhos (antes que viesse um ano de fome), que lhe deu Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om.
E chamou José ao primogênito Manassés, porque disse: Deus me fez esquecer de todo o meu trabalho, e de toda a casa de meu pai.
E ao segundo chamou Efraim; porque disse: Deus me fez crescer na terra da minha aflição. 
Gênesis 41:50-52

Significados dos nomes: Manassés e Efraim. Recapitulando: José foi para o Egito com 17 anos, com 30 anos tornou-se governador do Egito. Depois, passaram-se sete anos de fartura. Portanto, é nesse período que os filhos de José nasceram.

Manassés: perdão (Deus me fez esquecer o que os meus irmãos fizeram comigo).



Efraim (frutífero): Deus me fez prosperar na terra da minha aflição. Duplamente frutífero.


Em Genesis capitulo 48.1: “E aconteceu, depois destas coisas, que alguém disse a José: Eis que teu pai está enfermo. Então tomou consigo os seus dois filhos, Manassés e Efraim”.

Havia o costume de receber a benção de Jacó.  No versículo 5, Jacó está dizendo que os filhos de José seriam seus. E, na hora de abençoar os meninos, ao invés de abençoar o mais velho, abençoo o mais novo (v.14-20).

Mas Israel estendeu a sua mão direita e a pôs sobre a cabeça de Efraim, que era o menor, e a sua esquerda sobre a cabeça de Manassés, dirigindo as suas mãos propositadamente, não obstante Manassés ser o primogênito.

E abençoou a José, e disse: O Deus, em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia; O anjo que me livrou de todo o mal, abençoe estes rapazes, e seja chamado neles o meu nome, e o nome de meus pais Abraão e Isaque, e multipliquem-se como peixes, em multidão, no meio da terra”. 

Reação de José: “Vendo, pois, José que seu pai punha a sua mão direita sobre a cabeça de Efraim, foi mau aos seus olhos; e tomou a mão de seu pai, para a transpor de sobre a cabeça de Efraim à cabeça de Manassés. 



E José disse a seu pai: Não assim, meu pai, porque este é o primogênito; põe a tua mão direita sobre a sua cabeça. Mas seu pai recusou, e disse: Eu o sei, meu filho, eu o sei; também ele será um povo, e também ele será grande; contudo o seu irmão menor será maior que ele, e a sua descendência será uma multidão de  nações”.  
Gênesis 48:17-19.

2)    Os filhos de Efraim: Ezer e Eleada.

No capítulo 7.21, está dizendo que  seus  filhos Ezer e Eleada foram mortos por serem ladrões de gado. Que mãe que pai, quer ter um filho ladrão, ladino. Um avô mais respeitado do mundo e os netos roubando gado.  As coisas estavam acontecendo no seio da família mas FALTOU DISCERNIMENTO aos pais, diante do mau que os meninos estavam praticando. 



José ainda era vivo (Gn 50.23).E viu José os filhos de Efraim, da terceira geração; também os filhos de Maquir, filho de Manassés, nasceram sobre os joelhos de José”.Gênesis 50:23-23

Alguns princípios: nem sempre os filhos andam nos caminhos dos pais, ou no caminho dos avos. Faltou obediência. Resultado: “Por isso Efraim, seu pai, por muitos dias os chorou; e vieram seus irmãos para o consolar” .1 Crônicas 7:22-22. Angustia, dor, tristeza, perdeu a vontade de viver.

 E, acontece outro fato (v.23), nasce outro filho. Chamou-lhe   Berias (as coisas iam mal em sua casa),  significa fracasso. A única certeza de fato é que as coisas não caminhavam bem na casa de Efraim. Elas iam tão mal que ele pôs o nome do filho recém-nascido de Berias, que em hebraico tem um som parecido com o da palavra “desastre” (NEB), “tribulação” (GNB) ou “desgraça” (NVI). 



O que Efraim estava fazendo era perpetuar a desgraça em sua família.  Os pais na hora da angustia, dor, acaba jogando em cima dos filhos a dor daquele que morreu. QUE CULPA TINHA ESSE MENINO DA TRAGÉDIA DOS IRMÃOS QUE MORRERAM!

A filha de Efraim, no entanto, construiu duas cidades: E sua filha foi Seerá, que edificou a Bete-Horom, a baixa e a alta, como também a Uzém-Seerá. 1 Crônicas 7:24. Essa menina diferente dos seus irmãos é empreendedora. Constrói duas cidades. Como pais, sofremos tanto com aquele que é problemático, que não nos alegramos com aquele que está dando certo.  Efraim, não percebe que Seerá está crescendo em projetos, sonhos, realizações dentro da sua casa. O significado dos nomes das cidades era “vazio”, um reflexo do seu lar.

Conclusão: da desgraça para graça, vss 25-27

Esse menino, Berias, de acordo com o nome seria um fracasso, do mesmo modo que seus irmãos que morreram. Quem foi Josué? Exatamente o homem que Deus levantou pra ser o sucessor de Moisés; é o homem que vai levar o povo pra conquistar a terra prometida.  O nome significa Jesus, Jesus e Josué são nomes análogos.

Deus ainda não terminou de escrever a sua biografia. Deus ainda não terminou de escrever o ultimo capitulo da sua vida. O seu filho que tem sido motivo de sua lágrima, para ser um grande instrumento nas mãos de Deus.



terça-feira, 10 de julho de 2018


Isaque - exemplo de resiliência.    Gn 26.1-6; 12-33


Introdução: o óvulo feminino. 
Quando a menina está no quinto mês, dentro da barriga da mãe, tem 7 milhões de células tronco, produtoras de óvulo. As células mães se transformam em óvulos; ou seja, eram sete milhões de células troncos que se tornaram sete milhões de óvulos. Quando nasce, esses 7 milhões viraram um milhão e meio, ou seja, perdem 80% dos óvulos ainda na barriga da mãe. Quando chega na puberdade (12 anos) somente restam 500 mil óvulos, vai diminuindo; cada mês que passa (menstruação) uma mulher joga no lixo oitocentos óvulos, para ovular um!  Ou seja, da puberdade a menopausa a mulher vai ter 500 óvulos para ovular, o resto é jogado fora. Os óvulos tem a mesma idade das mulheres mais os cinco meses que ficaram na barriga da mãe.  



    1)    O nascimento de Isaque
“O Senhor foi bondoso com Sara, como lhe dissera, e fez por ela o que prometera. Sara engravidou e deu um filho a Abraão em sua velhice” (Gn 21.1-2). Cerca de um ano antes, o Senhor prometera que Sara conceberia e daria à luz um filho. Isso aconteceu “na época fixada por Deus em sua promessa” (v.2). Sara estava com 90 anos, e Abraão, com 100 anos!  



A expressão “na época fixada” vem de uma única palavra hebraica que pode ser usada para descrever um tempo ou um lugar designado para um propósito especifico (Gl 4.4). o conceito de “época fixada” guarda enorme importância para os hebreus. Em Eclesiastes, livro escrito por Salomão, esse sábio rei reflete sobre eventos mundiais e como eles estão relacionados ao cuidado soberano de Deus:

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar; Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora; Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempoe falar; Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz. Eclesiastes 3:1-8

O poema prossegue usando 28 vezes a palavra hebraica traduzida por “tempo”, em referência a praticamente todas as atividades humanas que pudermos citar. Nada acontece fora do plano de Deus, e tudo acontece exatamente no tempo que ele planejou. PORQUE CADA EVENTO OCORRE EM UMA ÉPOCA FIXADA, NADA SURPREENDE O SENHOR. Isso é SOBERANIA.

O nascimento de Isaque, um verdadeiro milagre. Por que foi um milagre? Porque quando o anjo apareceu que Sara ia ter um filho ela tinha 89 anos de idade e Abrão 99 anos de idade; além disso, Sara era estéril. Ao ouvir a promessa de que Sara daria à luz um filho, Abraão riu-se; e o riso de Abraão seria secundado pelo riso de Sara (Gn.18:12). O riso de Abraão pôs em dúvida a capacidade geradora de si mesmo e de sua esposa - “Então, caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? E conceberá Sara na idade de noventa anos? E disse Abraão a Deus: Tomara que viva Ismael diante de teu rosto! E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque...” (Gn.17:17-19). Parecia inacreditável que Abraão e Sara, em idade avançada (99 e 89 anos, respectivamente – Gn.17:1), além da esterilidade de Sara (Gn.11:30), pudessem ter um filho. Mas, Deus disse a Abraão: “Haveria coisa alguma difícil ao Senhor?" (Gn.18:14). Deus queria que eles soubessem que o cumprimento da promessa não seria o resultado de esforços humanos, mas da pura graça, um milagre. Por ter rido, o nome do menino seria Isaque, que significa "riso" ou "aquele que ri". 


     2)    Isaque – não desça ao Egito
Depois da morte de seu pai, já casado com Rebeca, e pai de Esaú e Jacó (Gn 25.19-23), Isaque foi buscar abrigo em Gerar, na terra dos filisteus, para escapar da fome que ocorreu onde morava. Ali, Deus lhe falou que não descesse ao Egito."[...] em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto Abraão obedeceu ã minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis. Assim, habitou Isaque em Gerar". 



Quando chegou em Gerar, os filisteus havia tampado todos os poços que seu pai, Abraão, tinha cavado. E, Deus apareceu à Isaque, dando-lhe conforto e segurança. No Salmo 139, Davi expressa sobre Deus: “Senhor tu me conheces, o meu deitar, o meu levantar, ainda palavras não vem em minha boca, tu já conheces”. Deus nos conhece, no mais profundo do nosso ser. E a presença do Senhor se dá de duas formas: primeiro, quando buscamos a Ele: “Buscar-me-ei, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração. E sereis achado de vós, diz o Senhor” (Jr 29.13). E, quando Deus nos procura, é o caso de Isaque.

A situação estava difícil, porque toda agricultura dependia de agua e também todos os rebanhos. O que fazemos diante da dificuldade? Desistimos? Paramos? Mudamos de cidade? No entanto, Deus apareceu para Isaque e lhe dá dois direcionamentos: 1) Não desça ao Egito, procure estabelecer na terra em que eu lhe indiquei”.  Assim, como Deus provou Abraão, quando lhe disse: “Deixa a sua terra e da tua parentela e vai para uma terra que eu lhe mostrarei” (Gn 12.1). ISAQUE NÃO TINHA ESTABILIDADE FINANCEIRA E ECONOMICA COMO SEU PAI, ABRAÃO. 2) “Permaneça nesta terra mais um pouco e te abençoarei”. Duas promessas: eu estarei com você e o abençoarei.
  
     3)    Crise – perigo e oportunidade
A crise financeira e econômica castigou com ímpeto a família de Isaque. Mas, ele não se abateu, porque sabia que o Senhor Deus de Abraão estava com ele e lhe tinha feito promessas, não somente visíveis, mas, também, invisíveis, para a posteridade (Gn.26:24). Esse é o perfil de quem confia em Deus e não se desespera diante das crises. Como bem diz o Rev. Hernandes Dias Lopes, “a crise é um tempo de oportunidade: uns olham para ela como a porta da esperança, e outros olham por sobre os ombros dos gigantes para os horizontes largos. Na crise, uns fracassam, e outros triunfam. É na crise que surgem os grandes vencedores”. Em Eclesiastes 11:4: “Quem observa o vento, nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca segará”.

Mesmo no olho do furacão da crise, Isaque não ficou parado, moveu-se. Ele esforçou-se sobremaneira e trabalhou com afinco e destemor; semeou na terra onde Deus disse para ele ficar, ainda que todos duvidassem que isso seria um sucesso (Gn.26:12) – “E semeou Isaque naquela mesma terra e colheu, naquele mesmo ano, cem medidas, porque o SENHOR o abençoava”. Muitos podiam dizer: “O lugar é deserto; aqui não chove; a terra é seca; aqui não tem água; não dará certo; outros já tentaram e fracassaram; não tem jeito; jamais sairemos dessa crise”. Todavia, Isaque se recusou a aceitar a decretação do fracasso em sua vida; ele desafiou o tempo, as previsões, os prognósticos, a lógica: "Isaque semeou naquela terra".  



Davi podia pensar o mesmo diante de Golias; durante quarenta dias, o exército de Saul correu daquele gigante, com as pernas bambas de medo, mas Davi, em vez de correr do gigante, correu para vencer o gigante e triunfou sobre ele.

Eu conclamo você a parar de reclamar, semeie em sua “terra”, semeie em seu casamento, semeie em seus filhos, semeie em seu trabalho, semeie em sua igreja. Não importa se hoje o cenário é de um deserto, apenas lute, seja esforçado e semeie em seu deserto; ande pela fé em nome de Jesus. Faça como Davi, agarre seu “gigante” pelo pescoço, porque "maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo” (1João 4:4). Paulo pergunta: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm.8:31).

   4)    Isaque – resiliente apesar dos obstáculos
A palavra resiliência vem do latim “resílio” que significa voltar ao estado natural; é um termo tomado de empréstimo da Física, que se refere à propriedade que alguns materiais têm de se deformar quando submetidos a pressões e em seguida voltar ao estado anterior, sem alterações. Para as Ciências Humanas é “a capacidade de uma pessoa possuir uma conduta sã num ambiente insano, ou seja, capacidade do indivíduo sobrepor-se e construir-se positivamente frente às adversidades”. 



Cavaram, pois, os servos de Isaque naquele vale, e acharam ali um poço de águas vivas. E os pastores de Gerar porfiaram com os pastores de Isaque, dizendo: Esta água é nossa. Por isso chamou aquele poço Eseque (CONTENDA), porque contenderam com ele. Gênesis 26:19,20  Água de contenda tem um gosto muito amargo. Por isso Isaac deixou aquele poço valioso para quem estava brigando beber seu amargor. Pessoas invejosas não sabem cavar, mas quando você encontra água, logo dizem ‘eu quero’. Assim como fez Isaque, deixe pra lá o poço de contendas de Eseque e continue sua caminhada cavando poços por onde for. Deus tem águas melhores para você.

vv.21 “Então, cavaram outro poço e também por causa desse contenderam. Por isso, recebeu o nome de Sitna”. Depois que deixou o poço de Eseque, Isaque mandou cavar outro poço, mas seus inimigos insistiram em querer a água só para eles. Por isso este poço foi chamado de Sitna que significa inimizade, acusação, briga, ódio. A palavra Sitna é da mesma raiz do nome Satanás, inimigo ou adversário.

vv.22 “Partindo dali, cavou ainda outro poço; e, como por esse não contenderam, chamou-lhe Reobote e disse: Porque agora nos deu lugar o SENHOR, e prosperaremos na terra”.  Desta vez ninguém o perturbou e por isso chamou o poço de Reobote, que significa lugar espaçoso, lugar de descanso e de alívio. Aquele era um local muito aberto e largo. Certamente Deus é quem mostrou aquele lugar para Isaque e lhe dava a direção para encontrar água.

vv.32-33 “Nesse mesmo dia, vieram os servos de Isaque e, dando-lhe notícia do poço que tinham cavado, lhe disseram: Achamos água. Ao poço, chamou-lhe Seba; por isso, Berseba é o nome daquela cidade até ao dia de hoje” Berseba significa ‘lugar de juramento’ de aliança ou promessa (Gênesis 21.31). Ali em Berseba, Isaque e Abimeleque “juraram de parte a parte; Isaque os despediu, e eles se foram em paz” (Gênesis 26.31). Berseba foi um lugar de bênçãos definitivas para o resto da vida de Isaac. Persevere pela fé porque as promessas de Deus vão se cumprir em sua vida no tempo oportuno. Berseba é lugar de Promessa e de paz. Foi em Berseba que Isaac armou sua tenda (v.25) e construiu sua vida em família. 

Conclusão:  Antes de Berseba, pode ser que precisamos ir para Gerar. Depois de Gerar, estaremos prontos para habitar em Berseba, que simbolizava o final de uma contenda em torno dos poços de água. Isaque percebeu que, se Gerar não era a sua pátria, Eseque (contenda, em hebraico) e Sebna (briga) não eram sues métodos, porque Deus lhe daria Reobote (lugar espaçoso), que antecipava Berseba (sete poços). Quando chegarmos a Berseba, devemos saber que nossas lutas cessaram. Podemos celebrar a paz, gratos a Deus que nos deu a vitória, às vezes, sem termos que lutar.