terça-feira, 19 de junho de 2018


Um retrato da nossa geração – Gn 19: 30-38.



Introdução:  Há algum tempo, o evangelista Billy Graham escreveu: “A obsessão pelo sexo sempre foi uma marca das civilizações decadentes”.  Nossa cultura ocidental é viciada no sexo. Por exemplo, o que aparece na televisão e nos outdoors costumava ser considerado pornografia. Um pesquisa nos Estados Unidos afirma que “51% dos meninos e 32% das meninas viram pornografia antes dos 13 anos de idade”.

A imutável lei de plantar e colher continua firme e forte. Somos agora infelizes depravados morais, e buscamos em vão uma cura. As ervas daninhas da indulgência cresceram mais do que o trigo do comedimento moral.  Nossos lares sofreram. O divórcio cresceu a ponto de alcançar proporções epidêmicas. Quando os padrões de conduta estão desajustados, a família é a primeira a sofrer. O lar é a unidade básica de nossa sociedade, e uma nação é tão forte quanto seus lares. A ruptura de um lar não costuma aparecer nas manchetes, mas ela corrói como cupim a estrutura da nação”. Billy Graham

1)   Um retrato da nossa geração.

O sociólogo Carle Zimmerman, da Universidade de Harvard examinou a ascensão e a queda de impérios no decorrer do século, deu uma grande atenção à correlação entre a vida familiar e a vida nacional.  Alguns aspectos da pesquisa do sociólogo:

·        O casamento perdera sua sacralidade, o divórcio se tornara lugar comum e formas alternativas de casamento foram aceitas.

·        Os movimentos feministas tinham minado os papéis complementares e cooperativos, uma vez que as mulheres haviam perdido o interesse na maternidade e buscado poder pessoal.

·        Criar filhos tornara-secada vez mais difícil, o desrespeito público pelos pais e pela autoridade aumentara e a delinquência e a promiscuidade haviam se tornado mais comum. 



·        O adultério passara a ser celebrado, não punido; pessoas que tinham rompido seus votos matrimoniais eram admiradas.

·        Havia tolerância crescente em relação ao sexo incestuoso e homossexual, com um aumento nos crimes relacionados ao sexo.

Parece que as conclusões do sociólogo são tão atuais que chegam a ser assustadoras. Na verdade, ele as escreveu em 1947, ao amanhecer daquela que muitos considerariam a era de ouro da família nuclear!

O pecado, depois da queda de Adão e Eva, alcançou uma profundidade maior. Paulo explica a razão disso: “Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem (Adão), e pelo pecado a morte, assim também a morte  veio a todos os homens, porque todos pecaram; (...) por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores” (Rm 5.12,19). Subtende-se que a depravação é um problema universal; todos nós lutamos contra a natureza pecaminosa que nos puxa para baixo.

2)   Ló foge de Sodoma. 

 O anjo instruiu Ló a fugir para as montanhas. Mas, ele retorquiu: “Não posso fugir para as montanhas, senão esta calamidade cairá sobre mim, e morrerei. Aqui perto há uma cidade pequena. Está tão próxima que dá para correr até lá. Deixe-me ir para lá! Mesmo sendo tão pequena, lá estarei a salvo” (Gn 19.19-20). Eles se refugiaram  em Zoar, mas as coisas não deram certo (Gn 19.30). A escolha de Ló para viver em Sodoma não foi baseada na vontade de Deus. A sua esposa resistiu em sair de Sodoma (uma fossa de esgoto)  e se transformou numa estátua de Sal; Ló ofereceu suas duas filhas para serem abusadas pelos cidadãos da cidade, para proteger suas visitas; preferiu viver em cavernas do que voltar a residir com seu tio, Abraão. 


3)   Características de um lar...em Sodoma.
Ausência de uma perspectiva divina. Não sabemos quanto tempo Ló e suas filhas viveram em sua caverna. Tempo suficiente, pelo menos, para que as filhas perdessem a esperança de um dia se casarem. A irmã mais velha virou-se para a mais nova e disse: “Nosso pai já está velho, e não há homens nas redondezas que nos possuam, segundo o costume de toda a terra” (Gn 19.31). A expressão “que nos possuam” é uma conotação para fazer sexo. Deus está ausente da consciência dessas moças. Em vez de confiar no Senhor, preferiram seguir os mesmos costumes de Sodoma. As meninas cresceram lado a lado com as pessoas da comunidade – parecendo-se com eles, conversando com eles, agindo como eles.


Distorção do discernimento moral. 
Fazendo uso de uma expressão antiga, VOCE PODE TIRAR UMA MOÇA DE SODOMA, mas é difícil tirar Sodoma dessa moça. A filha mais velha de Ló sugeriu uma solução que ela considerava natural e razoável: “Nosso pai já está velho, e não há homens nas redondezas que nos possuam, segundo o costume de toda a terra. Vamos dar vinho a nosso pai e então nos deitaremos com ele para preservar a sua linhagem (Gn 19-31,32).  QUEM SABE QUANTOS AMIGOS DAQUELAS MOÇAS VIVIAM EM LARES INCESTUOSOS? Com que regularidade elas ouviram colegas falando sobre experiências sexuais com membros da família? Ao que parece, com regularidade suficiente para considerarem tal comportamento normal. 



Colapso da autoridade paterna. 
Nenhuma das filhas de Ló tinha consciência do mal que está praticando em deitar com o próprio pai. Elas queriam se tornar mães. Uma mãe precisa de um homem para engravidá-la, e Ló estava convenientemente disponível. Ló, com certeza, não fora um líder espiritual durante os anos do crescimento dessas meninas, e não era de perto um espelho a ser seguido. “Naquela noite deram vinho ao pai, e a filha mais velha entrou e se deitou com ele. E ele não percebeu quando ela se deitou nem quando se levantou” (Gn 19.33). 


Aumento da insensibilidade moral. Filhos que são expostos à imoralidade durante longos períodos de tempo perdem a sensibilidade. Tornam-se emocionalmente insensíveis e espiritualmente indiferentes. Se a exposição começar no inicio de sua formação, eles nunca desenvolvem a consciência. (Gn 19.34-35). Em Sodoma Ló conseguira tudo: conforto, riqueza, bens, estabilidade e poder. Ele estava entre os líderes prósperos e influentes da comunidade e possuía uma casa na cidade. Mas, na verdade seu sucesso era completamente superficial, havia apostado tudo em Sodoma e perdera tudo.

   2) Consequências.
“Assim, as duas filhas de Ló engravidaram do próprio pai” (Gn 19.36). De acordo com os dois versículos seguintes, ambas deram à luz meninos.

Nove meses (vss. 36,37) ...e não vemos nem ouvimos nada sobre Ló. Nenhuma vergonha; nenhuma confrontação; nenhuma tristeza; nenhum arrependimento; nenhuma confissão ou nenhum reconhecimento que seja. Até mesmo o nome dado a cada um dos meninos mostra a atitude insolente daquelas moças.

Antigamente, no Oriente Médio, o nome de uma pessoa carregava significado. O nome Isaque siginifica “ele ri”. Um convidado para um jantar seria levado a perguntar: “Por que seus pais lhe deram o nome de “sorriso”? o que levaria a contar a história. Um nome, portanto, era um legado. A filha mais velha de Ló colocou em seu filho o nome de Moabe, que significa “do pai”. A filha mais nova chamou seu filho de Ben-Ami, “filho do meu parente”!

Conclusão:  Cuidado com a contracorrente? É um puxão silencioso com que as correntes marítimas sugam os banhistas para baixo. Os nadadores não sabem delas até que são carregados para longe da costa, sob o risco de se afogarem.

a)   Ninguém está imune aos perigos. Ló mudou-se para Sodoma, talvez por estar completamente alheios aos perigos dali ou por pensar que poderia suportar a pressão para que se conformasse ao ambiente. Em Sodoma, a influencia puxou sua família para baixo da correnteza à medida que distanciava de Deus. 


b)   Preste atenção aos sinais sutis. Permaneça alerta. Não ignore indicações de que alguma coisa está errada quando você passa tempo com a família ou com os amigos. Crie o hábito de perguntar a si mesmo: Esse tipo de coisa vai me tornar mais saudável? Meus filhos vão se beneficiar disto? Isto é espiritualmente benéfico e sadio? Não passe tempo com pessoas que profanam o que é bom ou que zombam do que é correto.

 c)  Declare seu padrão repetidamente e sirva de exemplo. Ló nunca fez isso; ele não tinha padrão. Ele pode ter evitado envolver-se no estilo de vida pecaminoso de Sodoma, mas, de maneira impensada, plantou sua família bem no meio dele. Declare sua fé e então viva coerentemente de acordo com ele. Estabeleça culto doméstico em sua casa, sempre que possível.

  d)  Previna-se contra a passividade. Nossa cultura é suja. É fácil vivar os olhos, dar de ombros e pensar: “Ah, isso não é nada. Esse tipo de coisa acontece. Já fui criança também e fiquei bem”. Então, eu lhe pergunto: Sua geração era parecida em algum aspecto com a geração atual? Interesse pelos filmes a que eles assistem, pelas músicas de que gostam, pelo tipo de jogo eletrônico com que brincam. Participem com eles. 




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