terça-feira, 26 de junho de 2018


A sina de Jefté – Jz 11.1-11


Introdução: compreendendo uma cultura...

Depois que “Josué despediu o povo... para ocupar a terra” (Jz 2.6), “o povo cultuou o Senhor”. Durante a vida de Josué e de seus líderes. Essa geração havia “visto os grandes feitos que o Senhor havia realizado em favor de Israel” (v.7). Ao introduzi-lo e ao derrotar seus inimigos. Josué foi um “SERVO DO SENHOR” (v.8). Ele teve o privilégio de morrer  ser enterrado “no território de sua herança” (v.9). “Ele morreu com cento e dez anos e sepultaram no termo de sua herança, em Timnate Heres, no monte de Efraim”.

No entanto, Josué advertiu o povo: “Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servi ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Js 24.15. E mais, “Não podereis cultuar o Senhor... se abandonardes o Senhor e cultuardes deuses estrangeiros, então ele virá contra vós, vos punirá e vos destruirá. Jogai fora os deuses estrangeiros, que há no meio de vós; e inclinai o coração ao Senhor, Deus de Israel” (Js 24.19).

O capítulo 2.10,11 descreve uma rebelião que aconteceu em dois estágios. PRIMEIRO, a geração que veio depois de Josué “não CONHECIA o Senhor, nem o que ele havia feito por Israel” (v.10). O verbo “conhecia” não significa que esses israelitas não sabiam nada sobre o Êxodo, o Mar vermelho, a travessia do Jordão e a derrubada das muralhas de Jericó, mas, sim, que os atos salvadores de Deus haviam deixado de ser preciosos ou importantes aos olhos deles. OU SEJA, essa geração se esqueceu do “EVANGELHO” de que foi salva da escravidão no Egito e levado a terra prometida por meio do poder e da bondade de Deus.

SEGUNDO, como resultado de terem esquecido o evangelho, eles “fizeram o que era mau aos olhos do Senhor e cultuaram os Baalins” (v.11). O QUE É MAU AOS OLHOS DO SENHOR? Amar e servir aos ídolos, deuses pífios, deuses inexistentes. “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra”. “BAAL” é um termo cananeu para “Senhor”. Portanto, a nova geração se esqueceu de tudo sobre o Senhor e passou a adorar senhores insignificantes. Aliás, o lema de Juízes era: “Naqueles dias não havia rei em Israel, cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos” (Jz 17.6). 


“Serviram aos Baalins, às imagens de Astarote, aos deuses de Arã, aos deuses de Sidom, aos deuses de Moabe, aos deuses dos amonistas e aos deuses dos filisteus” (Jz 10.6). Os baalins e as imagens de Astarote eram deuses dos cananeus “nativos”. Mas, os deuses de Arã (ao nordeste) e de Sidom (ao norte) ou de Amom e Moabe (ao leste) e dos filisteus (ao sul) eram adorados pelas nações que invadiram Canaã e oprimiram os israelitas. Quando adoravam os ídolos de uma nação acabava sendo oprimidos pela nação. Desta vez, Israel adorou os deuses dos amonistas e dos filisteus -,e como resultado, os israelistas foram oprimidos por esses povos (Jz 10.7).

1)    Jefté – o rejeitado.
Jefté fora rejeitado por seus irmãos. Era filho de Gileade, que era muito importante, possuía riquezas e projeção social. Mas, “era, então, Jefté, o gileadita, homem valente, porém, filho de uma prostituta; Gileade gerara Jefté” (Jz 11.1). A palavra PORÉM é significativa. Ele era um homem valoroso, filho de um cidadão respeitado e influente, porém SUA MÃE ERA PROSTITUTA. Ainda quando estava no ventre materno, já carregava o estigma de ser filho ilegítimo e isso deveria acompanha-lo até o seu último dia na face da terra. 


O feto (no latim FETUS significa pequenino, o dicionário define feto como “filho no ventre), embora não seja capaz de falar ou pensar, e ainda não tenha sido totalmente formado, ou seja é um ser humano nos primeiros estágios do seu desenvolvimento. Ele já é capaz de perceber os sentimentos e expectativas que seus pais carregam no que se tange à aprovação ou rejeição. O profeta Isaias afirmou: “Ouvi-me, terras do mar, e vós povos de longe, escutai! O Senhor me chamou desde o meu nascimento, desde o ventre de minha mãe fez menção do meu nome” (Is 49.1).

Aos olhos do mundo, líderes são pessoas que estudaram em universidades, tem linhagem familiar centenária e poderosa, sem antecedentes criminais. Então, os “filhos legítimos” de Gileade expulsaram Jefté de casa “Não herdarás na casa de nosso pai, porque és filho doutra mulher”, disseram-lhe (v.2).

2)    As consequências da rejeição
A Bíblia diz que Jefté fugiu para a terra de TOBE, um principado aramaico situado a leste do rio Jordão e ao norte de Gileade. Tobe era um deserto, um lugar árido, inóspito, selvagem e solitário.  Assim, nos dias atuais, várias pessoas ao sentirem-se rejeitadas, abandonam a família, os amigos e a igreja, passando a frequentar lugares perigosos e deprimentes, como que dizendo no seu interior: “Eu não mereço coisa melhor”.

Há feridas que não são vistas, mas que podem se alojar profundamente em nossa alma e conviver conosco pelo resto das nossas vidas. São as feridas emocionais, as marcas das dificuldades vividos na infância e que determinam, muitas vezes, como será nossa qualidade de vida quando adultos. Uma das feridas emocionais mais profundas é a da rejeição, porque quem sofre com ela se sente rejeitado internamente. Rejeitar significa resistir, desprezar ou recusar.



ADEMAIS, o texto conta que ‘homens levianos se ajuntaram com ele e com ele saiam” (v.3). Ele enveredou pelo caminho da marginalidade, do crime. Juntos passaram a assaltar as caravanas, os viajantes e os pequenos povoados, espalhando medo e terror por onde iam. Essa era a sua resposta à sociedade, aos pais, aos irmãos, aos conterrâneos e a todos que o haviam feito sofrer. Era a sua vingança. “O CORAÇÃO CONHECE A SUA PROPRIA AMARGURA, E DA SUA ALEGRIA NÃO PARTICIPARÁ O ESTRANHO” (Pv 14.10). As ruas de nossas cidades estão hoje cheias de “Jeftés”. Gente que foi desprezada, magoada, feridas e que fez da revolta e da rebeldia o seu jeito de sobreviver.

Eis o pensamento de Jefté:
Todos me rejeitaram – rejeitarei todos!
Deus me rejeitou – rejeitarei a Deus!

No entanto, Deus escolheu Jefté para ser libertador. Quando os amonistas “entraram em guerra contra Israel” (v.4), os líderes de Gileade (seus irmãos) “foram buscar Jefté” e pediram que ele comandasse seu exército na luta contra o inimigo (v. 5,6).  NOSSO DEUS É AQUELE QUE JOGA POR TERRA TODAS AS PREVISÕES, DIAGNÓSTICOS, PROGNÓSTICOS, EXPECTATIVAS E PROFECIAS DOS HOMENS.

Tudo quanto não pode ser
Tudo quando os homens ignoravam em mim
Disso fui digno diante de Deus
Cujas rodas amoldaram o vaso.

Conclusão: respostas à rejeição

O filosofo Jean Paul Satre disse certa vez: “Não importa o que os outros fizeram de você; importa o que você fez com que os outros fizeram de você”.


A resposta a rejeição dos pais é o fato de que estávamos nos planos de Deus. “O Senhor “nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos” ( Tm 1.9). No Salmo 139, vemos: “Tu formaste o intimo do meu ser e me fizeste no útero de minha mãe (...) Meus ossos não te eram encobertos, quando fui formado ocultamente e tecido nas profundezas da terra. Teus olhos viam meu embrião, e em teu livro foram registrados todos os meus dias; prefixados, antes mesmo que um só deles existisse”. (Sl 139.13-16).

A resposta a rejeição dos homens é o fato de que Jesus também conheceu a rejeição. Seus irmãos disseram que ele estava louco e os fariseus o tacharam de endemoninhado. Em Isaias 53.3, vemos: “Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum”. “PORQUE NÃO TEMOS UM SUMO SACERDOTE QUE NÃO POSSA COMPADERCER-SE DAS NOSSAS FRAQUEZAS; ANTES, FOI ELE TENTADO EM TODAS AS COUSAS, A NOSSA SEMELHANÇA, MAS SEM PECADO” (Hb 4.15).

E, por fim, Deus transforma a rejeição em benção. “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos” (Sl 118.22-23).  Foi necessário Jefté ser expulso da casa dos seus irmãos; porque ele aprendeu a lutar, aprendeu a malicia, aprendeu a se virar no deserto. Tudo isso estava preparando Jefté para esse momento 







terça-feira, 19 de junho de 2018


Um retrato da nossa geração – Gn 19: 30-38.



Introdução:  Há algum tempo, o evangelista Billy Graham escreveu: “A obsessão pelo sexo sempre foi uma marca das civilizações decadentes”.  Nossa cultura ocidental é viciada no sexo. Por exemplo, o que aparece na televisão e nos outdoors costumava ser considerado pornografia. Um pesquisa nos Estados Unidos afirma que “51% dos meninos e 32% das meninas viram pornografia antes dos 13 anos de idade”.

A imutável lei de plantar e colher continua firme e forte. Somos agora infelizes depravados morais, e buscamos em vão uma cura. As ervas daninhas da indulgência cresceram mais do que o trigo do comedimento moral.  Nossos lares sofreram. O divórcio cresceu a ponto de alcançar proporções epidêmicas. Quando os padrões de conduta estão desajustados, a família é a primeira a sofrer. O lar é a unidade básica de nossa sociedade, e uma nação é tão forte quanto seus lares. A ruptura de um lar não costuma aparecer nas manchetes, mas ela corrói como cupim a estrutura da nação”. Billy Graham

1)   Um retrato da nossa geração.

O sociólogo Carle Zimmerman, da Universidade de Harvard examinou a ascensão e a queda de impérios no decorrer do século, deu uma grande atenção à correlação entre a vida familiar e a vida nacional.  Alguns aspectos da pesquisa do sociólogo:

·        O casamento perdera sua sacralidade, o divórcio se tornara lugar comum e formas alternativas de casamento foram aceitas.

·        Os movimentos feministas tinham minado os papéis complementares e cooperativos, uma vez que as mulheres haviam perdido o interesse na maternidade e buscado poder pessoal.

·        Criar filhos tornara-secada vez mais difícil, o desrespeito público pelos pais e pela autoridade aumentara e a delinquência e a promiscuidade haviam se tornado mais comum. 



·        O adultério passara a ser celebrado, não punido; pessoas que tinham rompido seus votos matrimoniais eram admiradas.

·        Havia tolerância crescente em relação ao sexo incestuoso e homossexual, com um aumento nos crimes relacionados ao sexo.

Parece que as conclusões do sociólogo são tão atuais que chegam a ser assustadoras. Na verdade, ele as escreveu em 1947, ao amanhecer daquela que muitos considerariam a era de ouro da família nuclear!

O pecado, depois da queda de Adão e Eva, alcançou uma profundidade maior. Paulo explica a razão disso: “Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem (Adão), e pelo pecado a morte, assim também a morte  veio a todos os homens, porque todos pecaram; (...) por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos pecadores” (Rm 5.12,19). Subtende-se que a depravação é um problema universal; todos nós lutamos contra a natureza pecaminosa que nos puxa para baixo.

2)   Ló foge de Sodoma. 

 O anjo instruiu Ló a fugir para as montanhas. Mas, ele retorquiu: “Não posso fugir para as montanhas, senão esta calamidade cairá sobre mim, e morrerei. Aqui perto há uma cidade pequena. Está tão próxima que dá para correr até lá. Deixe-me ir para lá! Mesmo sendo tão pequena, lá estarei a salvo” (Gn 19.19-20). Eles se refugiaram  em Zoar, mas as coisas não deram certo (Gn 19.30). A escolha de Ló para viver em Sodoma não foi baseada na vontade de Deus. A sua esposa resistiu em sair de Sodoma (uma fossa de esgoto)  e se transformou numa estátua de Sal; Ló ofereceu suas duas filhas para serem abusadas pelos cidadãos da cidade, para proteger suas visitas; preferiu viver em cavernas do que voltar a residir com seu tio, Abraão. 


3)   Características de um lar...em Sodoma.
Ausência de uma perspectiva divina. Não sabemos quanto tempo Ló e suas filhas viveram em sua caverna. Tempo suficiente, pelo menos, para que as filhas perdessem a esperança de um dia se casarem. A irmã mais velha virou-se para a mais nova e disse: “Nosso pai já está velho, e não há homens nas redondezas que nos possuam, segundo o costume de toda a terra” (Gn 19.31). A expressão “que nos possuam” é uma conotação para fazer sexo. Deus está ausente da consciência dessas moças. Em vez de confiar no Senhor, preferiram seguir os mesmos costumes de Sodoma. As meninas cresceram lado a lado com as pessoas da comunidade – parecendo-se com eles, conversando com eles, agindo como eles.


Distorção do discernimento moral. 
Fazendo uso de uma expressão antiga, VOCE PODE TIRAR UMA MOÇA DE SODOMA, mas é difícil tirar Sodoma dessa moça. A filha mais velha de Ló sugeriu uma solução que ela considerava natural e razoável: “Nosso pai já está velho, e não há homens nas redondezas que nos possuam, segundo o costume de toda a terra. Vamos dar vinho a nosso pai e então nos deitaremos com ele para preservar a sua linhagem (Gn 19-31,32).  QUEM SABE QUANTOS AMIGOS DAQUELAS MOÇAS VIVIAM EM LARES INCESTUOSOS? Com que regularidade elas ouviram colegas falando sobre experiências sexuais com membros da família? Ao que parece, com regularidade suficiente para considerarem tal comportamento normal. 



Colapso da autoridade paterna. 
Nenhuma das filhas de Ló tinha consciência do mal que está praticando em deitar com o próprio pai. Elas queriam se tornar mães. Uma mãe precisa de um homem para engravidá-la, e Ló estava convenientemente disponível. Ló, com certeza, não fora um líder espiritual durante os anos do crescimento dessas meninas, e não era de perto um espelho a ser seguido. “Naquela noite deram vinho ao pai, e a filha mais velha entrou e se deitou com ele. E ele não percebeu quando ela se deitou nem quando se levantou” (Gn 19.33). 


Aumento da insensibilidade moral. Filhos que são expostos à imoralidade durante longos períodos de tempo perdem a sensibilidade. Tornam-se emocionalmente insensíveis e espiritualmente indiferentes. Se a exposição começar no inicio de sua formação, eles nunca desenvolvem a consciência. (Gn 19.34-35). Em Sodoma Ló conseguira tudo: conforto, riqueza, bens, estabilidade e poder. Ele estava entre os líderes prósperos e influentes da comunidade e possuía uma casa na cidade. Mas, na verdade seu sucesso era completamente superficial, havia apostado tudo em Sodoma e perdera tudo.

   2) Consequências.
“Assim, as duas filhas de Ló engravidaram do próprio pai” (Gn 19.36). De acordo com os dois versículos seguintes, ambas deram à luz meninos.

Nove meses (vss. 36,37) ...e não vemos nem ouvimos nada sobre Ló. Nenhuma vergonha; nenhuma confrontação; nenhuma tristeza; nenhum arrependimento; nenhuma confissão ou nenhum reconhecimento que seja. Até mesmo o nome dado a cada um dos meninos mostra a atitude insolente daquelas moças.

Antigamente, no Oriente Médio, o nome de uma pessoa carregava significado. O nome Isaque siginifica “ele ri”. Um convidado para um jantar seria levado a perguntar: “Por que seus pais lhe deram o nome de “sorriso”? o que levaria a contar a história. Um nome, portanto, era um legado. A filha mais velha de Ló colocou em seu filho o nome de Moabe, que significa “do pai”. A filha mais nova chamou seu filho de Ben-Ami, “filho do meu parente”!

Conclusão:  Cuidado com a contracorrente? É um puxão silencioso com que as correntes marítimas sugam os banhistas para baixo. Os nadadores não sabem delas até que são carregados para longe da costa, sob o risco de se afogarem.

a)   Ninguém está imune aos perigos. Ló mudou-se para Sodoma, talvez por estar completamente alheios aos perigos dali ou por pensar que poderia suportar a pressão para que se conformasse ao ambiente. Em Sodoma, a influencia puxou sua família para baixo da correnteza à medida que distanciava de Deus. 


b)   Preste atenção aos sinais sutis. Permaneça alerta. Não ignore indicações de que alguma coisa está errada quando você passa tempo com a família ou com os amigos. Crie o hábito de perguntar a si mesmo: Esse tipo de coisa vai me tornar mais saudável? Meus filhos vão se beneficiar disto? Isto é espiritualmente benéfico e sadio? Não passe tempo com pessoas que profanam o que é bom ou que zombam do que é correto.

 c)  Declare seu padrão repetidamente e sirva de exemplo. Ló nunca fez isso; ele não tinha padrão. Ele pode ter evitado envolver-se no estilo de vida pecaminoso de Sodoma, mas, de maneira impensada, plantou sua família bem no meio dele. Declare sua fé e então viva coerentemente de acordo com ele. Estabeleça culto doméstico em sua casa, sempre que possível.

  d)  Previna-se contra a passividade. Nossa cultura é suja. É fácil vivar os olhos, dar de ombros e pensar: “Ah, isso não é nada. Esse tipo de coisa acontece. Já fui criança também e fiquei bem”. Então, eu lhe pergunto: Sua geração era parecida em algum aspecto com a geração atual? Interesse pelos filmes a que eles assistem, pelas músicas de que gostam, pelo tipo de jogo eletrônico com que brincam. Participem com eles. 




terça-feira, 12 de junho de 2018

PARA ONDE CAMINHA TODAS ESSAS COISAS? (Ap 6)
  

Introdução:  Hoje vimos uma imagem que parou o mundo. O Presidente dos Estados Unidos e o Imperador da Coréia do Norte, DE MÃOS DADAS, PASMEM! Porque até pouco tempo,  havia um clima pesado por causa dos testes nucleares coreanos.  E, os americanos e a Coréia do Sul faziam simulações de guerra, perto da Coréia do Norte. Então, será que essa paz é duradora?

Preambulo:
 O texto em questão fala de cavaleiros montados em seus cavalos e tem um paralelo com os textos de Marcos 13, Lucas 21 e o famoso sermão de Mateus 24. Que poderia ser resumido assim:

O evangelho tem que ser pregado em todos os cantos da terra (Mc 13.10).  Haverá perseguição religiosa (Mc 13.9) – hoje 100 milhões de cristãos são perseguidos por causa de sua fé. Engano religioso: falsos messias, falsos profetas, falsos cristãos, falsos ministros, falsos irmãos, pregando e promovendo um falso evangelho nos últimos dias. Haverá guerras, terremotos, fome, e por fim, a manifestação do anticristo 666.

        
1)       Os quatro cavaleiros do Apocalipse (Ap.  6:1-8). 
O Cavalo branco. Uma figura de Cristo, Alfa e Ômega. “Olhei, e diante de mim estava um cavalo branco. Seu cavaleiro empunha um arco, e foi-lhe dado uma coroa; ele cavalgava como vencedor e determinado a vencer”.  

Cristo está na história reinando e vencendo. As palavras só podem aplicar-se a Cristo: BRANCO + COROA + SAIU VENCENDO E PARA VENCER. Cabelos brancos (1:14), pedrinha branca (2:17), roupas brancas (3:4,5,18), nuvem branca (14:14), trono branco (20:11). Branco não pode ser usado nem  para o diabo nem para o anticristo (Ap. 19:11-16). Neste texto Jesus está montado em seu cavalo branco e se chama fiel e verdadeiro, julga e peleja com justiça,  e  seus olhos são como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas. E estava vestido de veste tingida de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus... E no seu manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores.

O Cavalo vermelho: “E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada (v. 4)”.   



 Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), 10 milhões de pessoas foram trucidadas. Ninguém poderia imaginar que no mesmo palco dessa barbárie, vinte anos depois, explodisse outra guerra mundial. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) ceifou 60 milhões de pessoas. Foram gastos mais de um trilhão de dólares. 

        O futuro será um período de guerras e rumores de guerras, de conflitos e perseguição até à morte. Perseguição pelos judeus, pelos romanos, pela inquisição, perseguição na época da reforma protestante.  O maior número de mártires da história foi morto no século XX.

        Esse cavaleiro tinha uma grande espada. Essa espada machaira era o cutelo sacrificador. A palavra grega para a espada contém a idéia de matança. Onde chega Cristo, chega também a perseguição aos que são de Cristo (Mt 5:10,11: Lc 21:12; Atos 4:1). Pense em Estevão, Paulo, Policarpo, Perpétua, a Inquisição, a Noite de São Bartolomeu, as perseguições movidas pelo comunismo, Nazismo e Islamismo radical.        A guerra é um cavalo vermelho, sangrento e cruel, que torna a vida miserável e horrenda. Decorre dos atos de gente faminta pelo poder, é o engano do orgulho doentio, expressão da cobiça desenfreada (Tg 4:1-2).

 O cavalo preto: “O seu cavaleiro tinha uma balança na mão. Ouvi o que parecia ser uma voz, que vinha do meio dos quatro seres vivos e dizia: — Meio quilo de trigo custa o que vocês ganham num dia inteiro de trabalho; e um quilo e meio de cevada custa a mesma coisa. E não misturem água no vinho, nem falsifiquem o azeite” (vs.5-6). Uma figura da pobreza, da escassez e da fome. 


       Este cavalo preto representa fome, pobreza, opressão e exploração. Esse cavalo fala do empobrecimento da população. Só pode alimentar a família com cevada, o cereal dado aos animais. O racionamento leva um homem a gastar tudo que ganha para alimentar-se.  Essa pobreza virá também pelo fato dos crentes não fazerem concessões, não aceitarem a marca da besta e não poderem comprar nem vender.

       O planeta terra para alcançar o primeiro bilhão de habitantes o homem levou desde o inicio dos tempos até 1850. De 1850 a 1930 ele alcançou a marca de dois bilhões. De 1930 a 1960 chegou aos três bilhões. E levou apenas desde 1960 a 1975 para alcançar o quarto bilhões. Hoje somos 8 bilhões de habitantes.

       Entretanto, a pobreza não atinge a todos. O  azeite e o vinho, produtos que descrevem vida regalada, não são danificados. Os ricos sempre sabem garantir o seu luxo, enquanto a população passa fome.

 O cavalo amarelo: “E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra. (.v 8) Uma figura da morte .  




 O inferno sempre vem atrás da morte. A morte derruba e o inferno recolhe os mortos. A morte pede o corpo, enquanto que o inferno reclama a alma do morto.       A morte usa quatro instrumentos para sacrificar suas vitimas:  A ESPADA: aqui não é maichara, mas rhomphaia espada comprida usada na guerra. Aqui trata-se da morte provocada pela guerra. A FOME: fome é derivado da guerra, cidades sitiadas, falta de transporte com alimentos. PESTILENCIA OU MORTANDADE: as pragas, as pestilências crescem com a pobreza, a fome, as guerras. AS BESTAS FERAS: despedaçam e devoram tudo que encontram.

O quinto selo: o clamor no céu:  (Ap 6:9-11) “E vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos porque haviam anunciado a mensagem de Deus e tinham sido fiéis no seu testemunho. Eles gritavam com voz bem forte: — Ó Todo-Poderoso, santo e verdadeiro! Quando julgarás e condenarás os que na terra nos mataram? Cada um deles recebeu uma roupa branca. E foi dito a eles que  descansassem um pouco mais, até que se completasse o número dos seus companheiros no trabalho de Cristo, que eram seus irmãos e que iam ser mortos como eles tinham sido.

       As almas que morreram pela fé estão no céu (6:9). As almas sobrevivem sem o corpo e são conscientes. Elas não estão dormindo, estão no céu. Essa é nossa gloriosa convicção. Morrer é estar com Cristo. É deixar o corpo e habitar com o Senhor. É entrar na posso do reino. A morte não os havia separado de Deus.

        Jesus deixou isso claro no sermão profético (Mt 24:9-10). Muitos mártires conhecidos e desconhecidos morreram e ainda morrem por causa da sua fidelidade a Cristo e Sua Palavra.          As almas dos fiéis pedem não vingança pessoal, mas a vindicação da glória do Deus santo. Sua pergunta não é a mesma de Jesus: “Por quê?”, mas “Até quando?”. Eles não perguntam: “Se”, mas “Até quando?”. Não é o grito de lamentação, mas o lamento pela honra de Deus.

        As almas dos fieis recebem vestes brancas, representando retidão, santidade e alegria. Estar no céu é bem-aventurança, glorificação. Os réus e condenados vestiam-se de preto. Os fieis foram condenados na terra, mas não no céu. Deus os veste de branco. Estão absolvidos, justificados, salvos. 





Conclusão: O clamor sobre a terra – o juízo chegou (Ap 6:12-17). 
Houve um violento terremoto, o sol se tornou negro como uma roupa de luto, e a lua ficou toda vermelha como sangue. As estrelas caíram do céu sobre a terra, como os figos verdes caem da figueira sacudida por um vento forte. O céu desapareceu como um rolo de papel que se enrola de novo, e todos os montes e ilhas foram tirados dos seus lugares. Então os reis do mundo inteiro, os governadores e os chefes militares, os ricos e os poderosos e todas as outras pessoas, escravas ou livres, se esconderam nas cavernas e debaixo das rochas das montanhas. E gritavam para os montes e para as rochas: — Caiam sobre nós e nos escondam dos olhos daquele que está sentado no trono e nos protejam da ira do Cordeiro! Pois já chegou o grande dia da ira deles, e quem poderá aguentá-la?



       O sexto selo introduz o dia do juízo. O medo, o terror, o espanto e a consternação daquele dia se descrevem sob dois simbolismos: um universo sendo sacudido e os homens completamente aterrorizados, tentando se esconder.

         O JUÍZO CHEGOU: o próprio universo está abalado (6:12-14). O sol, a lua, as estrelas, o céu, os montes, as ilhas; tudo aquilo que se considerava sólido, firme, está abalado. A antiga criação está se desintegrando (2 Pe 3:10;  Lc 21:25-27).

         O JUÍZO CHEGOU: os homens está em profundo desespero (6:15-17). Há seis classes de pessoas descritas: reis, grandes, comandantes, ricos, poderosos, escravo e livre. Os homens estão buscando um lugar para se esconder. Mas para onde o homem pode fugir e se esconder de Deus? Do que estão fugindo? Eles estão fugindo do Deus irado!! 


      O JUIZO DE DEUS SE APROXIMA. Mas hoje ainda é o dia aceitável. Ainda voce poder voltar para Deus e encontrar o perdão. Voce quer vir para Cristo agora mesmo? Voce está preparado para encontrar-se com Cristo?