terça-feira, 20 de março de 2018


Com quem acha que está falando? Apocalipse 1: 10-18



Introdução:  .O bondoso amigo (hino 200) essa canção foi composta por um jovem, num dos momentos mais delicados de sua vida, onde, literalmente, pôde contar com a amizade de Cristo para superá-los. O irlandês Joseph tinha 25 anos e estava para se casar. Porém, um dia antes do seu casamento, a noiva morreu, vítima de afogamento. Triste, ele decidiu começar nova história no Canadá. No novo país, ele começou a dar aulas e conheceu Eliza Roche, que era parente de um de seus alunos. Ele se apaixonou por ela e decidiram ficar noivos. O inesperado aconteceu! Eliza ficou doente e faleceu antes que pudessem se casar. Assim, as esperanças deste jovem pareciam desfalecer. Embora possuísse razões para estar confuso e com a fé abalada, Joseph encontrou consolo em Deus para começar em uma igreja Batista em Plymouth. Ele não se casou, e passou o resto da vida dando seu tempo, dinheiro e roupas para ajudar os menos afortunados, espalhando o amor e compaixão de Jesus onde quer que fosse. Simultaneamente à morte de Eliza, Joseph recebeu a notícia de que sua mãe estava doente na Irlanda. Ele não podia estar com ela, então escreveu uma carta de conforto, intitulada “Que amigo nós temos em Jesus”. Muitos anos depois, um amigo estava conversava com Joseph, que estava adoentado, e ficou muito impressionado quando o ouviu falar dos cartas, inclusive “Que amigo nós temos em Jesus”. O resultado da visita foi que quase 30 anos depois de Joseph escrever a carta de conforto para a mãe, o conteúdo foi publicado num livro chamado “Hinos e outros versos”. Pouco tempo depois, o músico Charles C. Converse (1834-1918) decidiu colocar música na letra de “Que amigo nós temos em Jesus”.



1)    A oração ...


Que imagem de Deus lhe vem à mente quando você ora? Com que ele se parece? Talvez perceberá que não tem idéia alguma de quem é Deus. NENHUMA IMAGEM VEM À TONA. Às vezes oramos de forma mais significativa quando não temos nenhuma sensação de que ele esteja presente ou sequer exista. É ENTÃO QUE UMA FÉ DELIBERADA, UM poderoso ato de vontade, sustenta nossas orações.  As orações MAIS RICAS SURGEM com frequência de um coração emocionalmente vazio.

Em seu livro “Cartas do diabo ao jovem aprendiz”, C. S. Lewis faz um demônio experiente aconselhar seu protegido, sobre ás táticas do “inimigo” , que, do ponto de vista do inferno, é, naturalmente, Deus.  “Nunca somos nós mesmos em medida maior que quando seguimos a Deus, quer sintamos quer não. É durante períodos como esse que o homem está se tornando o tipo de criatura que Deus quer. Daí as orações oferecidas nesse estado de aridez são as que lhe agradam mais”. 

E continua, o velho demônio aconselhando seu pupilo: “Não se engane, nossa causa nunca é mais perigosa que quando um humano, não mais desejando, mas ainda tencionando fazer a vontade do inimigo (Deus), olha ao redor para um universo do qual todo traço dele parece ter desaparecido, pergunta por que foi abandonado e ainda assim obedece”. 


2)    Falsa imagem de Deus
Alguma idéia de Deus está fixa em nossa mente que provém menos de uma revelação direta de Deus que de contatos anteriores com a igreja e com nossos pais terrenos.  Perguntado sobre qual era a imagem de Deus, enquanto falava com ele, um cristão respondeu: “Um pigmeu numa cadeira de rodas”. Depois, explicou: “Às vezes me sinto como se estivesse conversando com uma pessoa minúscula e incapacitada demais, mesmo sendo bem intencionada para fazer muita coisa”.

Outra disse: “Eu nunca havia pensado nisso antes, mas acho que visualizo Deus como um furioso homem grisalho de toga comprida, braços estendidos e fogo saindo dos olhos: o tipo de pessoa que é mais provável você encontrar num pesadelo”. Um outro cristão tem orado há dois anos por um emprego que nunca vem e disse: “Quando oro, tudo o que vejo é um olhar sem expressão”.

Ou, quando estamos diante da televisão e o pregador da prosperidade nos exorta calorosamente: “Aproprie-se do favor de Deus e prepare-se para as bênçãos. Ele ama derramar coisas boas sobre seus filhos. Creia em Deus quando as coisas não estiverem fáceis, e elas vão melhorar. Ele lhe dará a casa nova que você quer, um emprego melhor, um chefe mais compreensivo. É isso que ele ama fazer”. 



3)    Imagens comuns de Deus
O Deus que encontramos de Genesis a apocalipse, incluindo o Deus que vemos de perto nos quatro evangelhos, é difícil de classificar. Quanto mais lemos, mais profundo se torna o mistério. Ele é ao mesmo tempo afetuoso (Zc 2.8), enfurecido (Ex 32.10), sensível (Is 49.15), arredio (Ex 19.12), brincalhão (Lc 7.34: comilão e beberrão), santo (Is 6), acolhedor (Mt 11.28), aterrorizante (Ex 3: esta terra é santa), responsivo e imprevisível.

O COMPANHEIRO SORRIDENTE. Ele é imanente sem transcendência, está conosco mas não acima de nós – um Deus que só gosta de estar com a gente sem fazer nenhuma exigência, nenhuma obediência, só diversão. “Pense em Deus como um companheiro sorridente e a oração não se tornará mais que um pedido de favores a um camarada”.

O RELOJEIRO DOS BASTIDORES. As vezes sentimos que estamos num universo indiferente, projetado e posto a funcionar por um artesão que nuca deixa sua oficina. Ele fez o relógio, e agora tem outras coisas para fazer.

O REI APREENSIVO. Imaginamos Deus ocupado com questões mais importantes do que os nossos pedidos corriqueiros. Nossas orações parecem pequenas, indignas de atenção do rei apreensivo.

O PATRIARCA SEVERO. Deus pode ser obedecido mas não apreciado. A ideia de dançar com a trindade torna-se quase ridícula, blasfema. (No Cristianismo Deus não é algo estático, mas sim dinâmico, uma atividade pulsante, uma vida, quase que uma espécie de drama. Quase que, se você não me achar irreverente, uma espécie de dança” C.S.Lewis). A oração é rígida, desconfortável, resultado de transcendência (Deus acima de nós) sem qualquer imanência (Deus conosco). A adoração carece de paixão, e pedidos são feitos com voz tímida.

O AVÔ BONDOSO. O trabalho do avô é permitir que os netos deixem de lados os legumes e vão direto para o sorvete. Uma garotinha abraça seu pescoço. Uma menininho cutuca seu braço “tudo bem, você pode comer doce antes do jantar, mas só um, está bom, talvez dois”.

4)       Quem é Deus?
João, autor de Apocalipse, um ancião com cerca de oitenta anos, fora exilado no campo de prisioneiros da ilha de Patmos, sob acusação de traição. Ele se recusou a derramar uma porção de incenso diante da imagem de Domiciano e, assim, honrar o imperador romano Domine e Deus (Senhor e Deus) e por essa razão foi considerado ateu e inimigo do estado. João foi abandonando para morrer na ilha de Patmos.  Eis como ele saudou seus irmãos por carta: “Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Ap 1.9).

Voltei-me e vi um semelhante a filho do homem”. Centenas de anos antes Daniel tivera uma visão de “um como o Filho do homem” que se dirigiu ao “Ancião de Dias” (Dn 7.13). A expressão “filho do homem” refere-se à pessoa mais importante da história. Jesus Cristo, o Filho de Deus! 



Com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro”. Jesus usava a túnica cumprida de um sacerdote e uma faixa na altura do peito. Jesus é o nosso sacerdote, a ponte entre o homem e Deus, a rodovia que leva à presença do Pai. A faixa que está ao redor do peito, significa que sua obra já esta concluída. Podemos agora adentrar a passos largos a sala do trono do céu. ESTÁ CONSUMADO!

A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve”. João, sem dúvida, folheou as paginas da mente até chegar a Isaias 1:18: “Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã”.

Os olhos como chama de fogo”. Nada muda de forma mais profunda o coração humano que se sentir mal na presença do amor, ser observado com tudo o que é perversamente repugnante e ainda assim ser desejado – mais que isso, ser motivo de deleite. Isso é graça. 


os pés semelhante ao bronze polido, como que refinado numa fornalha”. Mais uma vez, a mente de João recua, desta vez até Daniel. A estatua de Nabucodonosor: tinha cabeça de ouro, peito de prata, pernas de bronze e pés de ferro misturado com barro. Os pés não eram capazes de sustentar o peso do que os seres humanos haviam construído. NOSSA AUTO-OBSSESSÃO ACABA DESTRUINDO TODA COMUNIDADE, TODA CIVILIZAÇÃO. Mas, os pés de Jesus eram de BRONZE PROVADO PELO FOGO. Apesar de toda nossa falha, a igreja nunca irá desaparecer. JESUS É CAPAZ DE SUSTENTAR NOSSO PESO, TODO ELE. 



Conclusão: “O seu rosto brilhava como o sol na sua força”.   “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê paz” (Nm 6.24-26).  JESUS ESTÁ OLHANDO PARA MIM. SINTO SEU CALOR. ESTOU EM PAZ”.

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