terça-feira, 8 de agosto de 2017


Maridos e Esposas.  Ef 5.22-33



Introdução: V.18: “...Enchei-vos do Espírito Santo”. Quatro coisas para sermos cheios do Espírito Santo. 1) falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; 2) cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; 3) Dando sempre graças por tudo ao Nosso Deus e Pai e 4) sujeitando-vos uns aos outros no temor do Senhor.

1)    Submissão 


As mulheres são mencionadas antes do maridos, para serem instruídas a serem submissas as eles (v.22); os filhos são mencionados antes dos pais, e instruídos a lhes obedecer (6.1) e os escravos são chamados antes dos seus senhores, e instruídos a obedecer a eles (6.5).  Diante disso, aprendemos três verdades relevantes: 1) a dignidade da condição da mulher, da criança e do servo; 2) a igualdade diante de Deus de todos os seres humanos, independentes da raça, de posição, de classe, de cultura, de sexo ou de idade, porque todos são feitos à sua imagem (Gl 3.28); terceiro, unidade ainda mais profunda de todos os crentes cristãos, como membros em comum da família de Deus e do corpo de Cristo (Rm 12.5).

Surge uma pergunta: de onde vem a autoridade do homem? Em primeiro lugar, vem de Deus. O DEUS DA BIBLIA É UM DEUS DE ORDEM, e no seu ordenar da vida humana estabeleceu certos papéis de liderança e autoridade. Manda as esposas serem submissas aos respectivos maridos como ao Senhor; os filhos serem obedientes aos seus pais no Senhor (6.1); e os escravos serem obedientes aos seus senhores terrenos como a Cristo (6.5). OU SEJA, por trás do marido, do pai e do senhor DEVEM DISCERNIR O PROPRIO SENHOR que lhes deu autoridade que tem. Então, se quiserem submeter-se a Cristo, SUBMETER-SE-ÃO A ELES, visto que é a autoridade de Cristo que exercem.

Mas, se ABUSAREM da autoridade que Deus lhes deu, então o nosso dever já não é submeter-nos conscientemente mas, sim, conscientemente recusarmo-nos a fazê-lo. Submetermo-nos em tais circunstancias, pois, seria desobedecer a Deus. O PRINCIPIO É ESTE: devemos nos submeter até ao ponto em que a obediência à autoridade humana envolva a desobediência a Deus (Atos 5.29).
  
2)    O dever da esposa (vs. 22-24). 


As mulheres sejam submissas a seus próprios maridos, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher”. Podemos ratificar esse texto com os outros textos de Paulo (1 Co 11.3-12; 1 Tm 2.11-13). Nestas duas passagens, Paulo volta a narrativa de Genesis 2  e ressalta que a mulher foi feita depois do homem, da parte do homem e para o homem. A liderança do homem, portanto, tem base criacionista, portanto, aquilo que a criação estabeleceu, NENHUMA CULTURA PODERÁ DESTRUIR.

MASCULINIDADE E A FEMINILIDADE representam uma distinção profunda que é PSICOLOGICA e também FISIOLÓGICA. Deus criou o homem a sua semelhança, masculino e feminino. Desta maneira, ambos levam igualmente a sua imagem (Gn 1.26-27), mas cada um também complementa o outro. A Bíblia sustenta simultaneamente a igualdade e o complemento dos sexos; O HOMEM ACHA-SE A SI MESMO POR SER HOMEM, E A MULHER ACHA-SE A SI MESMO POR SER MULHER.

Quais as distinções? O ensino bíblico é que Deus deu ao homem uma certa liderança, e que a sua esposa se achará a si mesma e a seu verdadeiro papel dado por Deus, numa submissão voluntária e alegre. Aliás, submissão é frequentemente exposta como se fosse um sinônimo de “sujeição” de “subordinação” e até mesmo “subjugação”.

Exemplos: no judaísmo a mulher tinha um baixo conceito, em que todo homem judeu, todas as manhãs, dava graças a Deus por não ter feito dele “um gentio, um escravo ou uma mulher”. Na lei judaica, a mulher não era uma pessoa, mas um objeto. Na Grécia: não havia companheirismo entre marido e mulher. O grego esperava que sua esposa cuidasse do seu lar e criasse os filhos legítimos, mas achava seus prazeres e seu companheiros noutros lugares. Em Roma: a jovem era completamente sujeito ao seu pai; a esposa, completamente sujeito ao seu marido. Era escrava dele, sua esposa era descrita como “imbecilitas”, de onde vem a palavra imbecil.

 Devemos desinfetar a palavra destas associações e penetrar no seu significado essencialmente bíblico. Em Genesis, está escrito “Farei para ele alguém que lhe auxilie e lhe corresponda”. Auxilie no hebraico é ezer encerra a idéia de suprir algo crucial que está faltando e que lhe corresponde. Matthew Henry faz esta observação sobre a mulher: “A mulher foi feita da costela de Adão; não foi feita da cabeça para dominá-lo, nem dos pés para ser pisada por ele, mas de um dos lados para ser igual a ele, ser protegida sob seu braço, e perto do coração para ser amada”.
3)    O dever do marido. 

Se a palavra que caracteriza o dever da esposa é submissão, a palavra que caracteriza o dever do marido é amor. O amor, neste texto, não é phileo, mas agapê. Ou seja, o amor que tem que prevalecer no casamento é o amor sacrificial. Paulo afirma que “o marido deve amar a esposa assim como Cristo tem amado a igreja”. Em 2 Coríntios 11:2, diz: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo”. Ao passo que no Apocalipse temos oportunidades de vislumbrar a igreja glorificada “ataviada como noiva adornada para o seu esposo” e as futuras “bodas do cordeiro” (Ap 19.6-9; 21.2,9).
“Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse”. Cristo amou a igreja e se entregou por ela. Mas por que Jesus Cristo agiu assim? Foi para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra. Depois de santifica-la, o noivo irá apresenta-la a si mesmo. Ele irá apresentar a si mesmo gloriosa; a palavra pode ser uma alusão ao belo vestido da noiva, visto que é usada para roupas. Na terra, a noiva está frequentemente em trapos e farrapos, manchada e feia, desprezada e perseguida. Um dia, porém, será vista pelo que ela é, nada menos do que a noiva de Cristo, “sem mácula, sem ruga, sem qualquer deformação”.
O cabeça da igreja é o noivo da igreja. Ele não oprime a igreja. Pelo contrário, sacrificou-se a fim de servi-la, para que ela se torne tudo quanto ele anseia que ela seja, ou seja: ela mesma na plenitude da sua glória. Assim também o marido nunca deve usar de sua liderança para esmagar ou sufocar a esposa.
v.28: “Assim também os maridos devem amar as suas mulheres como o seus próprios corpos”.  Paulo utiliza a regra áurea que Jesus enunciou, de que devemos tratar os outros conforme nós mesmos desejamos ser tratados (Mt 7.12). “Porque ninguém jamais odiou a sua própria carne, antes a alimenta e dela cuida (v.29). Ou seja, dá-lhe comida e roupas e cuida dela, quaisquer que sejam as circunstâncias. Marido e mulher é uma só CARNE.
Conclusão: 

Antes de casar, é necessário ponderar se você quer, verdadeiramente, assumir os papéis delineados nesse texto. “Mulheres serdes submissas aos vossos maridos”; “Maridos amai vossa vossas esposas assim como Cristo amou a sua igreja”.
Se você já passou por um relacionamento que não deu certo, agora, seja sábio e não cometa os mesmos erros que cometeu no primeiro casamento.
Ou se você errou muito, peça a perdão a Deus pelos erros cometidos com o seu conjugue. E peça perdão ao seu companheiro (a).
Oremos pelo casamento, uma instituição que está sendo atacada ferozmente pela sociedade secularizada, sem Deus.




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