terça-feira, 7 de março de 2017

Sete marcas de uma igreja ideal – Ap 1.1-11.


Introdução: O capítulo 1 de apocalipse nos apresenta Jesus, o ressurreto (Ap. 1.12-17). Já, no capítulo 2 temos as igrejas da sete igrejas da Asia Menor.  Nota-se de imediato que todas as sete cartas às sete igrejas tem estrutura idêntica.

Primeiro, vem um anúncio do destinatário e do autor da carta. O destinatário é o “anjo” de cada igreja. O autor é, Cristo, mas ele se descreve de diferentes maneiras em cada carta, tomando uma ou duas frases adequadas da visão de abertura. Por exemplo, ele escreve a Esmirna (Ap. 2.8): “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver...”

Segundo, vem uma afirmação que começa em cada caso com a palavra conheço. Cristo conhece intimamente sua igreja, pois aquele “cujos olhos são como chama de fogo” (Ap 2.18)”, “aquele que sonda mentes e corações” (2.23) e “anda entre os sete candelabros de ouro” (2.1). Quando inspeciona e supervisiona suas igrejas, conhece tudo a respeito delas, diferente em cada caso: “conheço as suas obras”, diz cinco vezes, mas então faz afirmações como: “conheço o seu trabalho árduo e a sua perseverança”; “conheço as suas aflições e a sua pobreza”; “sei onde você vive”; “conheço o seu amor, a sua fé, o seu serviço”; conheço a sua fama”; “conheço as suas oportunidades”; conheço a sua complacência”. 



Terceiro, Cristo envia a cada igreja uma mensagem adaptada a sua situação, pois cada uma é digna de louvor e de censura, recebendo elogios ou criticas, conforme o caso. A maioria recebe um chamado ao arrependimento e, como ele, um alerta e uma exortação.

Quarto, cada carta conclui com UMA PROMESSA para os cristãos vencedores. Éfeso: arvore da vida; Esmirna: coroa da vida; Pérgamo: pedra branca; Tiatira: estrela da manhã;  Sardes: vestes brancas; Filadélfia: coluna do templo; Laodicéia: comer e reinar com Cristo.

1)    Amor. 

Essa é a primeira marca de uma igreja ideal. A igreja de Éfeso possuía muitas qualidades: trabalho árduo,   perseverança, intolerância ao mal e discernimento teológico. Mas, “você abandonou o primeiro amor” (2.4). Não há dúvida de que na época da conversão o amor deles por Cristo havia sido ardente e vivo, mas agora as chamas haviam definhado (Jr 2.2).  Jesus termina dizendo: “Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no principio” (2.5). Sem amor tudo é nada!

2)    Sofrimento. 

A disposição de sofrer por Cristo prova a genuinidade de nosso amor por ele. Cristo conhecia as aflições, a pobreza e injuria que a igreja de Esmirna estava tendo de enfrentar. Esmirna orgulhava-se de seu Templo em homenagem ao Imperador Tibério. De tempos em tempos, os cidadãos eram convocados para jogar incenso no fogo que queimava  diante do busto do Imperador e confessar que César era o senhor.

No ano de 156 d.C., o venerável Policarpo era pastor de Esmirna. Ele enfrentou esse mesmo dilema. No anfiteatro lotado, o governador obrigou-o a reverenciar o gênio de César e insultar Cristo, mas Policarpo recusou-se, dizendo: “Por oitenta e seis anos o tenho servido, e ele nenhum dano me causou; como então poderia eu blasfemar meu rei que me salvou?” Ele preferiu ser queimado numa estaca a negar a Cristo (Ap 2.10).

3)    Verdade.

A igreja de Pérgamo era dedicada à verdade. Assim, Jesus se apresenta como aquele que tem uma espada afiada de dois gumes saindo da boca, simbolizando sua palavra. Ele descreve a igreja de Pérgamo vivendo “onde está o trono de Satanás”, pois Pérgamo era um centro de culto pagão. Apesar da oposição e até do martírio de Antipas, a igreja permanecera leal ao nome de Cristo e não havia renunciado a fé nele.

4)    Santidade. 

Jesus inicia elogiando a igreja de Tiatira, pois conhece o amor, a fé, o serviço e a perseverança deles. Essas são quatro virtudes superiores e incluem a tríade de fé, esperança e amor. MAS,  a igreja tolerava uma pretensa profetisa maligna, simbolicamente chamada Jezabel por causa da esposa perversa de Acabe, que estava desviando servos de Cristo, levando-os à imoralidade sexual bem como à idolatria. Cristo lhe havia dado tempo para se arrepender, mas ela não se dispunha a tanto, de modo que o julgamento recairia sobre ela  (1 Pe 1.16).

5)    Sinceridade.  

A carta de Cristo a Sardes é a única que não contém nenhum elogio de nenhuma espécie. Antes, ele reclama: “VOCE TEM FAMA DE ESTAR VIVO, MAS ESTÁ MORTO”. Ela apresentava todo sinal de vida e vigor. Mas a reputação era falsa.

As Escrituras tem muito a dizer sobre a diferença entre a reputação e realidade, entre aquilo que os seres humanos veem e o que Deus vê (1 Samuel 16.7). SER OBCECADO PELA APARENCIA E REPUTAÇÃO LEVA NATURALMENTE À HIPOCRISIA (QUE JESUS ODIAVA) e nos ensina que a sinceridade caracteriza uma igreja viva e verdadeira.

6)    Missão. 

Ao escrever para Filadélfia, Jesus descreve-se como alguém que detém a chave de Davi com que era capaz de abrir portas fechadas e fechar portas abertas. Assim, ele podia dizer à igreja de Filadélfia: “Eis que coloquei diante de você uma porta aberta que ninguém pode fechar (3.8)”. O significa mais provável é que se trata da porta da oportunidade, como quando Paulo escreveu que em Éfeso “se abriu para mim uma porta ampla e promissora” (1 Co 16.9).

A cidade de Filadélfia estava situada num vale amplo e fértil que dominava rotas mercantis em todas as direções. Assim, Filadélfia era uma cidade missionária desde o inicio.

7)    Integridade. 

Não pode haver dúvidas acerca da mensagem de Cristo à igreja de Laodicéia: ele quer que sua igreja seja caracterizada pela INTEGRIDADE. Ele é muito franco. Cristo prefere que seus discípulos seja ou quentes em sua devoção a ele ou gelados em sua hostilidade, e não mornos em sua indiferença. Ele considera a mornidão nauseante.

O adjetivo “laodiceno” entrou no vocabulário para denotar pessoas mornas quanto à religião. Laodicéia parece  representar uma igreja que por fora é respeitável, mas superficial por dentro, uma das igrejas puramente nominais com que estamos familiarizados.

Conclusão: Quando a metáfora (Laodicéia) muda para mendigos nus e cegos, começamos a perguntar se os membros de Laodicéia eram de algum modo cristãos genuínos. Então ela muda de novo para a de uma casa vazia. Cristo coloca-se à porta, bate, fala e espera. Se abrirmos a porta, ele entra, não só para comer conosco, mas para tomar posse da nossa vida.






Um comentário:

  1. benção pura! que o Senhor Jesus Cristo continue lhe abençoando com toda sabedoria que dEle vem, para que sempre estudos como este,continuem sendo aplicados, abençoando e edificando as nossas vidas em Cristo Jesus nosso Senhor. Deus abençoe meu pastor!

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