terça-feira, 22 de novembro de 2016

O batismo com Espírito Santo (Atos 2:1-13).
  


Introdução: Como estava a igreja primitiva antes de receber o batismo com Espírito Santo?

Em oração perseverante. Em Atos 1.14 diz: “Todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus”. O firme proposito daqueles 120 crentes reunidos no cenáculo até receberem a benção.

Em oração unânime (Atos 1.14; 2.1): é preciso haver união entre os que oram. Onde há união, o Senhor ordena a benção (Sl 133). Desunião e inimizade impedem a resposta às orações (Mt 5.24, Mc 11.25).


Em oração definida. O assunto daquela oração era um só: o cumprimento da promessa do Pai. Atos 1.4,5: Certa ocasião, enquanto comia com eles, deu-lhes esta ordem: "Não saiam de Jerusalém, mas esperem pela promessa de meu Pai, da qual lhes falei. Pois João batizou com água, mas dentro de poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo". Portanto, não deve nunca desviar a nossa mente do proposito da oração.


Em oração com fé. Não ficaram ocupados com discussões estéreis sobre se Jesus realmente batizava, ou não, nem se esta benção era realmente para aquele tempo ou se para um outro. Enquanto oravam, a fé era fortalecida. E é pela fé que recebe o batismo com Espírito Santo.

1)    A descida do Espírito Santo. 
O significado do Pentecoste (Atos 2.1): “Ao cumprir-se o dia de Pentecoste...”. A palavra pentecoste (pentekostos, no grego) significa quinquagésimo dia. Ou seja, o Pentecoste era a festa que acontecia cinqüenta dias após o sábado da semana da Páscoa (Lv 23.15-16). É também chamado de Festa das Semanas (Dt 16.10), Festa da Colheita (Ex 23.16) e Festa das Primícias (Nm 28.26). Essa festividade marcava o fim da colheita do trigo (Ex 23.16), e eram oferecidas a Deus as primícias do sustento básico dos israelitas.

Assim como a Páscoa recordava a Israel que Deus era seu Redentor, de igual maneira a Festa das Semanas lembrava-lhe que o Senhor era também seu Sustentador, o Doador de toda boa dádiva. 

A espera do Pentecostes (Atos 2.1): Estavam todos reunidos no mesmo lugar...”. o horário era antes das nove da manhã (a hora do culto matutino). Os discípulos  estavam  no cenáculo em unânime e perseverante oração, quando, de repente, o Espírito Santo foi derramado sobre eles. Todos estavam no mesmo lugar, com o mesmo propósito, buscando o mesmo revestimento do Espírito. 

O derramamento do Espírito (Atos 2:2-4). O derramamento do Espírito Santo foi um fenômeno celestial. Não foi algo produzido, ensaiado, fabricado. Aconteceu algo verdadeiramente do céu. O versículo 1 informa-nos que todos estavam reunidos no mesmo lugar. O termo todos aparece mais uma vez no versículo 4, são os 120 discípulos de Jesus.

2)    O Espírito Santo desce sobre a igreja. 



O derramamento do Espírito veio como um som (Atos 2.2). Não foi barulho, algazarra, falta de ordem, histeria, mas um som do céu. A palavra grega echos, usada aqui, é a mesma usada em Lucas 21.25 para descrever o estrondo do mar. Um som que chamou a atenção das pessoas que estavam festejando o Pentecostes. 

O derramamento do Espírito veio como um vento (Atos 2.2). O vento é o símbolo do Espírito Santo (Jo 3.8). O Espírito Santo veio em forma de vento para mostrar sua soberania, liberdade. Assim como o vento é livre, o Espírito sopra onde quer, da forma que quer, em quem quer. 

“O Espírito Santo sopra onde jamais sopraríamos e deixa de soprar onde gostaríamos que ele soprasse”.  O Espírito sopra no templo, na rua, no hospital, no campo, na cidade, nos ermos da terra e nos antros do pecado...Quando ele sopra ninguém pode detê-lo.



O derramamento do Espírito veio em línguas como de fogo (Atos 2.3). O fogo também é símbolo do Espírito Santo. Deus se manifestou a Moisés na sarça em que o fogo não se consumia (Ex. 3.2). Quando Salomão consagrou o Templo ao Senhor, desceu fogo do céu (2 Cro 7.1). No Carmelo, Elias orou, e o fogo desceu (1 Rs 18.38,39). Jesus batiza com fogo, e o Espírito desceu em línguas como de fogo. 

Hoje, muitas vezes, a igreja está fria. Parece mais uma geladeira a conservar intacto seu religiosismo do que uma fogueira a inflamar corações. Muitos crentes parecem mais uma barra de gelo do que uma labareda de fogo.

 Certa vez alguém perguntou a Moody: “Como podemos experimentar um reavivamento na igreja?”. O grande avivalista respondeu: “Acende uma fogueira no púlpito; quando gravetos secos pegam fogo, até lenha verde começa a arder”.

A experiência pentecostal de Moody: “Moody não duvidava de que recebera o batismo com o Espírito Santo. Quando ele era moço esforçava-se muito e tinha um desejo tremendo de conseguir alguma coisa, porém faltava-lhe poder. Estava trabalhando na força da carne. Nesse tempo havia duas humildes senhoras metodistas que costumavam assistir  às reuniões por ele dirigidas na Associação Cristã de Moços. Elas, no final do culto, muitas vezes se despediam de Moody dizendo: “Estamos orando a seu favor”. Afinal ele ficou um tanto sentido com isto e uma noite perguntou-lhes: “porque estão orando por mim? Porque não oram em favor dos perdidos?”  Responderam: “estamos pedindo que Deus lhe conceda poder”. Ele não compreendeu esta declaração, mas começou a meditar e depois procurou as senhoras, pedindo esclarecimento sobre a questão. Elas lhe falaram, então, a respeito do batismo com o Espírito Santo. Em seguida, Moddy pediu licença para orar juntamente com elas. Uma das mulheres me contou que ele orou intensíssimo fervor naquela ocasião. Orou não somente com elas, mas também orou sozinho. Pouco tempo depois, quando Moddy estava na cidade de Nova Iorque, a caminho da Inglaterra, andando um dia pela rua, no meio do tumulto e da confusão da grande cidade, recebeu a resposta à sua oração: o poder de Deus desceu sobre ele. Moody foi às pressas para a casa de um amigo e pediu permissão para retirar-se para um quarto onde pudesse estar a sós por algum tempo. Ali passou umas horas em comunhão com Deus, enquanto o Espírito derramou sobre ele um imenso gozo, que transbordava. Saiu daquele lugar definitivamente cheio do Espírito Santo”. 
O derramamento do Espírito Santo traz uma experiência pessoal de enchimento do Espírito Santo (Atos 2.4). Os discípulos já eram salvos. Por três vezes Jesus havia deixado isso evidente (Jo 13.10; Jo 15.3; Jo 17.12). Uma coisa é ter o Espírito Santo, outra é o Espírito ter alguém. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra é ser cheio dele. Uma coisa é ter o Espírito presente, outra é tê-lo como presidente. 

Certa feita, David Hume, ateu, foi visto correndo pelas ruas de Londres. Alguém o abordou: “Para onde você vai, com tanta pressa? O filósofo respondeu: “Vou ver George Whitefield pregar”. O questionador lhe perguntou: “Mas você não acredita no que ele prega, acredita?”.  Hume respondeu: “Eu não acredito, mas ele acredita”. 

3)    A multidão do Pentecostes (VS. 5-11).
Lucas enfatiza a natureza internacional da multidão que se reuniu. Todos eram judeus, homens piedosos e todos estavam habitando em Jerusalém (v.5). Mas eles não tinham nascido naquela cidade: vinham da dispersão, de todas as nações debaixo do céu. PRIMEIRO, Lucas menciona os Partos, Medos e Elamitas e os naturais da Mesopotâmia (v.9), ou seja, os povos a oeste do Mar Cáspio; SEGUNDO, nos versículos 9b e 10 a, Lucas se refere a cinco áreas que chamamos de Asia Menor ou Turquia: Capadócia (leste), Ponto (norte) e Asia (oeste), Frigia e Panfilia (sul); TERCEIRO, norte da Africa (10 b): do Egito e as regiões da Líbia nas imediações de Cirene; QUARTO (VS. 10-11) é composto por Romanos que aqui residem, e o QUINTO, que mais se parece um acréscimo, são cretenses e arábicos (v. 11 b). 



ü O milagre das línguas (Atos 2:4-7). Não foram sons incoerentes, mas uma habilidade sobrenatural para falar em língua reconhecíveis. Assim a expressão outras línguas poderia ser traduzido por “línguas diferentes da sua língua materna”.

ü A perplexidade da multidão (Atos 2.6-7). A multidão foi atraída pelo extraordinário fenômeno do Pentecostes. Algo sobrenatural estava acontecendo, e eles não tinham explicações razoáveis para aquele fato.

CONCLUSÃO: reações da multidão.

ü PRECONCEITO (Atos 2.7). Os galileus eram recebidos em Jerusalém com grande preconceito. Eram pessoas de segunda categoria.

ü CETICISMO (Atos 2.12). Estes ficaram atônitos e perplexos, ansiosos por uma explicação razoável para aquele extraordinário acontecimento. 


ü ZOMBARIA (Atos 2.13). Um grupo dentre a multidão rotulou o fenômeno das línguas como resultado da embriaguez. 

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