terça-feira, 24 de maio de 2016

Cuidado com a ansiedade Fl 4.6-7


Introdução:  E o meu futuro? Vou sobreviver a essa epidemia? será que essa vacina vai sair, quando? Então, tantas perguntas, indagações, medos... o que fazer? É isso que o apostolo Paulo irá nos ensinar nesses versículos de Felipenses. 

O Salmo 3  expressam isso com perfeição. “Senhor, muitos são os meus adversários” (Sl 3.1). O salmista estava enfrentando dificuldades em três dimensões: os inimigos são numerosos, sobrepujando-me com sua quantidade (“muitos são”); agressivos, tornando minha situação urgente (“muitos se rebelam contra mim”) e estão fazendo pouco de mim, desprezando a minha fé e desmoralizando o meu espírito (“muitos os que dizem a meu respeito: Deus nunca o salvará!”).  Mas, diz o salmista:  “Eu me deitei e dormi”, diz o salmista. Qualquer pessoa pode se deitar, mas a pergunta é: ela pode dormir? O Salmista conta que estava cercado por inimigos, e por dificuldades e provações, e o seu poderoso testemunho é que, apesar de tudo isso, ele podia se deitar e dormir, e acordar seguro e confiante de manhã, porque confiava no Senhor. Por quê? Porque o Senhor estava com ele, guardando-o.


1)    Não estejais inquietos.
“Não estejais inquietos por coisa alguma”. Essa é uma injunção negativa – algo a evitar. Versões: Não andeis ansiosos por coisa alguma (Almeida Revisada); Não andeis cuidadosos de coisa alguma (Sociedade Biblica Britanica). “Não andeis ansiosos”. “Inquieto” significa “sem quietude”, sem tranqüilidade, todo nervoso, com a tendência de preocupar demais com as coisas.  É a mesma palavra que Jesus usou no Sermão do monte, na passagem de Mateus, capitulo seis: “Não andeis cuidadosos...”. Siginifica que não devemos andar ansiosos, preocupados, que não devemos ponderar ou meditar demais nas circunstancias, não ter essa nervosa solicitude a respeito da situação.


E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”(v.7). Ou, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus. É a mente e o coração que produzem esse estado de ansiedade, de preocupação e solicitude mórbida. Aqui o “coração” não significa apenas a sede das emoções; significa a parte central da nossa personalidade. A “mente” pode ser traduzida, pelo termo “pensamento”.

 O que Paulo afirma é que podemos controlar muitas coisas em nossa vida, e muitas das circunstâncias ao nosso redor, mas não podemos controlar nosso coração e nossa mente. “Este estado de ansiedade, é algo que de certa forma está fora do controle; acontece apesar de nós mesmos” (Sl 77.1-4). A ansiedade é negativa: “E se tal coisa acontecer? Tudo está razoavelmente sob controle hoje, mas e se amanhã de manhã, acontecer isso e aquilo? E ficamos pensando nisso por horas, agitados por essas imaginações. E, assim, nossos corações nos mantém acordados.

2)    O que fazer, diante da inquietude?

O que o apostolo diz que devemos fazer quando ameaçados pela ansiedade? Ele não se limita a dizer: “Parem de preocupar”. Isso é o que o senso comum e a psicologia nos dizem: “Parem de se preocupar, tenham domínio próprio”. O apostolo não diz isso, pela simples razão que é inútil dizer a uma pessoa nessa condição que pare de se preocupar. A psicologia chama esse mecanismo de REPRESSÃO.  Mas, se reprimimos a inquietude, desemboca-se no subconsciente.  Mas não só isso – é perda de tempo, dizer à pessoa comum que pare de se preocupar. É como dizer a um alcoólatra consumado que pare de beber. Ele não pode porque é prisioneiro desse vicio, dessa paixão. Da mesma forma, A BIBLIA NÃO DIZ: “NÃO SE PREOCUPE, ISSO TALVEZ NUNCA ACONTEÇA”.

Alguns aconselham  essas pobres pessoas infelizes que estão inquietas e preocupadas: “Não deve se preocupar, meu amigo, a preocupação é pecado, e toda a preocupação do mundo não vai fazer qualquer diferença”. Isso é verdade, e é bom senso, sadio e correto. Os psicólogos, por sua vez, dizem: “Não desperdice suas energias”. Mas alguém responderá: “Concordo com o que você diz,  que a preocupação não vai mudar em nada a situação permanece, e é ela que está meu causando esta ansiedade. O que você está dizendo é verdade, mas não resolve a minha dificuldade particular”.

O que nos recomenda Paulo?  “Vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus”. ESSA É A RESPOSTA! Talvez você indague: “Ah, mas eu já tentei, eu já orei; e não encontrei a paz de que você fala. Não obtive resposta. Não adianta me dizer para eu orar”. Mas, Paulo afirma: “NÃO ESTEJAIS INQUIETOS POR COISA ALGUMA; ANTES AS VOSSAS PETIÇÕES SEJA EM TUDO CONHECIDAS DIANTE DE DEUS PELA ORAÇÃO E SÚPLICAS, COM AÇÃO DE GRAÇAS”.


ORAÇÃO. Primeiro, ele diz que devemos orar. Paulo estabelece uma diferença entre oração, súplica e ação de graças. O que ele quer dizer com oração? Oração significa adoração e louvor. Antes de tornar suas petições conhecidas diante de Deus, orem, louvem, adorem. Entrem na presença de Deus, e esqueçam as suas dificuldades por um pouco. É só lembrar que está face a face com Deus.

SÚPLICA. Mas depois da oração vem a súplica. Agora estamos avançando. Depois de adorar a Deus porque Ele é Deus, tendo oferecido nossa adoração e louvor de forma geral, passamos agora as nossas súplicas, e o apostolo aqui nos encoraja a apresentar as nossas súplicas. Então trazemos nossas petições, aquelas circunstâncias que estão nos preocupando de forma particular.

AÇÃO DE GRAÇAS. Devemos agradecer a Deus pela sua bondade, seu amor, sua longanimidade. Não podemos ter qualquer dúvida em nosso coração sobre a bondade de Deus. Não pode haver qualquer indagação ou desconfiança; devemos ter razões positivas para dar graças a Deus.

CONCLUSÃO: “Orem e tornem os seus pedidos conhecidos diante de Deus, e Deus fará alguma coisa”. Não é a sua oração que vai fazer algo, nem vocês que vão fazer alguma coisa acontecer – é Deus. “A paz de Deus, que excede todo entendimento guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”.


Guardará, essa expressão significa “pôr guarda à volta”. O que vai acontecer é que esta paz de Deus vai andar em volta dos muros e das torres da nossa vida. Nós estamos dentro, e as atividades da mente e do coração estão produzindo essas ansiedades e pertubações do lado de fora. Mas a paz de Deus as manterá do lado de fora, e nós mesmos, do lado de dentro, estaremos em perfeita paz.


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