terça-feira, 28 de julho de 2015

“Combati o bom combate”.  Atos 28:30-31.



Introdução: O testemunho de Paulo de Tarso.

Antes de sua conversão: “Porque ouviste qual foi o meu proceder outrora no judaísmo, como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava. E, na minha nação, quanto ao judaísmo, avantaja-me a muitos na minha idade, sendo extremamente zeloso pelas tradições de meus pais” (Gl 1.13,14). Paulo menciona dois aspectos da sua vida antes da regeneração: a perseguição à igreja e o seu entusiasmo pelas tradições dos seus pais (v.14). Em ambos, diz ele, era fanático. Paulo perseguia a igreja com violência. Ele ia de casa em casa em Jerusalém, prendendo todos os cristãos que encontrasse, homens e mulheres, e arrastando-os para cadeia (Atos 8.3).

Ele fora igualmente fanático em seu entusiasmo pelas tradições judaicas. “Fui um dos judeus mais religiosos do meu tempo e procurava seguir com todo cuidado as tradições dos meus antepassados” (v.14). Ele fora criado de acordo com a “a seita mais severa” da religião judaica (Atos 26.5), ou seja, era um fariseu e vivia como tal.  Um homem, portanto, nessa condição mental e emocional de maneira alguma mudaria de opinião, nem se deixaria influenciar por outras pessoas. Nenhum reflexo condicionado ou qualquer outro artifício psicológico poderia converter um homem assim. Apenas Deus poderia alcançá-lo – e foi o que Deus fez!

Sua conversão: “Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios...”. A diferença entre os versículos 13 e 14, de um lado, e os versículos 15 e 16, do outro, é dramaticamente repentina. Nos versículos 13 e 14 Paulo está falando de si mesmo: “perseguia eu a igreja de Deus ... e a devastava... quanto ao judaísmo avantaja-me ... sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais”. Mas nos versículos 15 e 16 ele começou a falar de Deus. FOI DEUS, escreve “que me separou antes de eu nascer”, DEUS, “me chamou pela sua graça”, e a Deus “aprouve revelar seu filho em mim”. A salvação é um dom de Deus ao homem (Efesios 2:8-10; 1 Tm 2:4-6). Nesses versículos temos duas lições:

Primeiro: Deus me separou antes de eu nascer. Assim como Jacó foi escolhido antes de nascer, em preferência ao seu irmão gêmeo Esau (Rm 9:10-13), e como Jeremias, designado para ser profeta antes de nascer (Jr 1.5). Antes de Jeremias conhecer a Deus, Deus o conhecia: “antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci...”. Muito antes de começarmos a formular perguntas sobre Deus, Ele já nos questionava. Deus nos conhecia antes de sermos concebidos no útero materno. Somos conhecidos antes de conhecer”.

Segundo, essa escolha antes de seu nascimento levou à a sua vocação histórica. Deus me chamou pela sua GRAÇA, isto é, por seu amor totalmente imerecido. Paulo estivera lutando contra Deus, contra Cristo, contra os homens... Vocacionado significa ser colocado em separado para o lado de Deus. Isso significa que somos escolhidos independentemente do curso débil e incerto das circunstancias para participarmos de algo importante que Deus está realizando. E o que Deus está realizando? Ele está salvando, está resgatando, julgando, curando, esclarecendo. Há uma verdadeira batalha em curso. Há uma intensa batalha moral. Deus é a favor do céu e contra o inferno. Não existe zona neutra no universo. Cada centímetro quadrado é área de contestação.

2) O velho apostolo (2 Tm 4:6-8). 



 Este capítulo contém parte das últimas palavras proferidas ou escritas pelo apóstolo Paulo. Foram escritas a semanas, talvez não mais do que poucos dias antes do seu martírio.  Por trinta anos sem parar, Paulo, trabalhara como apóstolo e evangelista itinerante. Fez, na verdade, o que ele mesmo escreve aqui: combateu o bom combate, completou a carreira e guardou a fé (v.7). Agora ele aspira por seu prêmio, “a coroa da justiça”, que já lhe estava reservada no céu (v.8). Estas palavras constituem no legado de Paulo à igreja.
O apostolo Paulo usa duas vividas figuras de linguagem para descrever sua morte próxima, uma tirada da linguagem do sacrifício e outra provavelmente dos barcos.

 “Estou sendo já oferecido por libação” ou “minha vida já está sendo colocada no altar”. Libação era o derramamento de algum liquido, geralmente era vinho, óleo e até mesmo leite, como um ato de culto a Deus. Ele compara a sua vida como um sacrifício e uma oferta.
E prossegue: o tempo da minha partida é chegado”. Partida é um termo que se tornou usual para expressar “morte”. Significa também “desatar”, “desamarrar”, “soltar um bote de suas amarras”. Portanto, as duas imagens combinam-se razoavelmente, porque o fim desta vida (derramada como libação) é o começo da outra (posta ao mar). A âncora já foi levantada, as amarras já estão soltas e o barco está prestes a fazer-se à vela, rumo a outra praia. Ainda, antes do inicio da grande ventura de aproximadamente 30 anos. Ele o descreve com três expressões simples:

Primeiro, “combati o bom combate”. As palavras poderiam igualmente ser traduzidas por “corri a grande corrida”, porque agon denota qualquer contexto envolvendo esforço, seja uma corrida ou uma luta. 



Segundo, “completei a carreira”. Alguns anos antes, falando aos anciãos da mesma igreja em Éfeso, a qual Timóteo estava agora presidindo, Paulo expressara o desejo de fazer exatamente isto (Atos 20.24). Agora Paulo está em condições de dizer que assim o fez. 


Terceiro, “Guardei a fé”. Ou seja, “Guardei, com toda segurança, como bom guardião ou despenseiro, o tesouro do evangelho confiado aos meus cuidados”. 


Agora nada lhe resta, senão o premio, por ele chamado de “a coroa” da justiça, que lhe está guardada e que lhe será dada no dia da vitória, “naquele dia” (Mt 25.21). 


Conclusão. Imaginando a cena da morte de Paulo:

“O carrasco recebe um pedaço de couro com o nome de um prisioneiro. Munido de uma tocha de fogo e com um pesado molho de chaves, atravessa longos corredores escuros e gelados. Abre uma pesada porta de ferro e grita com voz cavernosa: “Prisioneiro Paulo! Prisioneiro Paulo! Prisioneiro Paulo!”. Do fundo da cela, o velho apóstolo, que trazia marcas de Cristo no corpo e uma paz transcendente na alma, responde com firmeza: “Sou eu, estou aqui”. Paulo é acorrentado e sai da masmorra, atravessando o corredor da morte. Depois de uma longa caminhada, chegam ao patíbulo. Antes de colocar a cabeça de Paulo num tosco cepo de madeira para decepá-la com a guilhotina romana, o capataz da morte lhe dá a chance de proferir suas ultimas palavras. Esperando que o velho prisioneiro soltasse algum gemido de dor ou algum grito de revolta ou desespero, Paulo, de forma impertubável, com alegria na alma, ergue ao céu sua ultima doxologia: “A ele, (O Senhor Jesus Cristo) glória pelos séculos dos séculos. Amém” (2 Tm 4.18b). A guilhotina afiada, impiedosa e implacável faz tombar na terra esse príncipe de Deus. Sua morte, entretanto, não calou sua voz.


terça-feira, 21 de julho de 2015

Paulo testemunha diante  do Rei Agripa – Atos 26:1-32


Introdução: “Dez mil passos”. Esta é a distancia aproximada que nós percorremos, desde o nascer até o pôr-do-sol, todos os dias. Isso significa que em uma vida inteira você percorrerá cerca de 185.000 quilômetros – ou mais de quatro voltas ao redor deste grande planeta azul em que vivemos.  Suponhamos que a distancia média para se atravessar a maioria das salas seja igual a seis metros – cerca de dez metros. Surge uma pergunta: E se dez passos – apenas um milésimo de sua média diária – pudessem realmente causar um impacto na eternidade? Assim, o apostolo Paulo, nesse texto, está prestes a testemunhar ao rei Agripa.


O rei Agripa e sua esposa, Berenice, deviam estar usando seus mantos reais de púrpura e a coroa dourada sobre a cabeça. Sem dúvida, honrando a ocasião, Festo também estava usando o manto vermelho usado pelos governadores em ocasiões oficiais”. Tendo, eles entrado, foram seguidos no esplendor da procissão, pelos oficiais superiores, os comandantes militares que eram membros da equipe do procurador, e pelos homens eminentes da cidade.

Quando se assentaram, Paulo foi trazido por ordem de Festo (v.23). De acordo com a tradição, Paulo era pequeno e pouco atraente, calvo, com sobrancelhas salientes, nariz adunco e pernas tortas, mas mesmo assim “cheio de graça”. Não vestia manto nem coroa apenas algemas e, talvez, uma túnica simples de prisioneiro.

1)    Paulo faz sua defesa (Atos 16:1-23).

·        Quem era Festo? Pórcio Festo foi nomeado novo governador da província (essa província era da Síria, da qual a Palestina fazia parte). Ele era membro de uma família nobre de Roma. Seu governo foi meteórico, uma vez que ele morreu dois anos depois de ter assumido o posto de governador.

·        Quem era o rei Agripa? Era representante da família Herodes. O seu fundador, Herodes o Grande, tentou matar o menino Jesus. O seu filho Antipas, decapitou João Batista, e ganhou do Senhor o título de “raposa”. O seu neto Agripa I assassinou Tiago filho de Zebedeu com a espada.

·        Vemos Paulo diante do filho de Agripa – mas Paulo não estava nem um pouco intimidado. Paulo conta a história da sua vida, dirigindo a atenção as três fases principais. Ele se retrata como (1) o fariseu religioso, ( 2 ) o perseguidor fanático e, ( 3 ) o apostolo comissionado.

1.1)         Paulo, o fariseu religioso (Atos 26.4-8).
·        Nascido em Tarso da Cilícia (Atos 22.3), fora criado em Jerusalém, aos pés do grande rabino Gamaliel, neto do rabino Hillel. Dentre os de sua idade destacou-se, tornando-se zelo da tradição de seus pais (Gl 1.14; Fl 3.5-6).

1.2)         Paulo, o perseguidor fanático (Atos 26.9-11).
·        Paulo perseguiu com ódio mortal a religião do caminho (Atos 22.4). Perseguiu com violência o próprio Jesus (Atos 26.9). Prendeu muitos crentes em Jerusalém e dava seu voto quando os matavam (Atos 26.10). Açoitava os crentes dentro das sinagogas e forçava-os a blasfemar, fazendo verdadeiras cruzadas de terrorismo contra os crentes por cidades, além dos limites de Jerusalém (Atos 26.11). Paulo foi comparado a um touro indomável que resiste os aguilhões (Atos 26.14).

1.3)         Paulo, o apostolo comissionado (Atos 26.12-18).
·        Damasco era uma das “cidades estrangeiras” (Atos 26.11) para onde Paulo viajou, equipado com a ordem do sumo sacerdote. Na estrada de Damasco, Paulo viu uma luz (Atos 26.12-13) e ouviu uma voz (Atos 26.14-18): “Saul, Saul, por que razão me persegue”?. E, pergunta: “Quem és tu a quem persigo”? “Eu sou Jesus, a quem tu persegues”! DUAS COUSAS IMPORTANTES: a primeira é que o Jesus crucificado  estava vivo; a segunda é que Jesus se identificou tão intimamente com os cristãos que persegui-los era o mesmo que persegui-lo, portanto devia considerá-los como o próprio povo de Deus.

2)    O chamado de Paulo – sua comissão (Atos 26.16-18).
·        A primeira ordem para ele foi “levanta-te e firma-te sobre teus pés” (v.16). Este texto tem equivalência com o profeta Ezequiel, que caiu “com o rosto em terra” quando viu “a aparência da glória do Senhor (Ez 1.28). Mas Deus lhe ordenou imediatamente, “Filho do homem, põe-te em pé... eu te envio aos filhos de Israel... tu lhes dirás as minhas palavras”.

·        A segunda ordem, livrando-te do povo e dos gentios (v.17). uma promessa semelhante de salvamento foi feita Jeremias. Isso não garantia imunidade ao sofrimento. Pelo contrário, suportar o sofrimento era parte da vocação dos profetas e dos apóstolos (Atos 9.16).

·        Em terceiro lugar, eu te envio (ego apostello se). O ego (“eu”) enfático, o se (“te”) pessoal e o verbo apostello (“enviar”) quase poderiam ser traduzidos “eu mesmo te faço apostolo”; pois esse era o comissionamento de Paulo para ser um apóstolo, em especial um apóstolo aos gentios.

·        Para que Paulo estava sendo enviado? Em essência, “abrir os olhos” (v.18b). Pois o mundo está cego perante a verdade de Deus em Jesus Cristo (2 Co 4.4). Mas “abrir os olhos” não significava apenas um esclarecimento intelectual, mas levar à conversão: para convertê-los das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus (v.18b).

 Pois conversão inclui a mudança radical de um exercito para outro e, por conseguinte, uma mudança de ambiente. É libertar-se da escuridão do reinado satânico para viver em liberdade, dentro da maravilhosa esfera da luz e do poder de Deus. Em outras palavras, significa entrar no reino de Deus. E mais, as bençãos do reino são remissão dos pecados e herança entre os que são santificados pela fé em Cristo (v.18c).

Conclusão: reação dos juízes.

Festo para Paulo:  “estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar (v.24).  Paulo para Festo: “Não estou, ó excelentíssimo Festo; pelo contrário, digo palavras de verdade e de bom senso (v.25). Porque tudo isso é do conhecimento do rei, a quem me dirijo com franqueza, pois estou persuadido de que nenhuma destas coisas lhe é oculta; porquanto nada se passou aí, nalgum recanto (v.26).

Paulo para Agripa: “Acreditas, ó rei Agripa, nos profetas? Bem sei que acreditas (v.27). Agripa para Paulo: “Voce pensa que assim, em pouco tempo, vai me tornar cristão? (v.28). Paulo para Agripa: “Pois eu peço a Deus que, em pouco tempo ou muito, não somente o senhor, mas todos os que estão me ouvindo hoje cheguem a ser como eu, mas sem estas correntes”.




segunda-feira, 20 de julho de 2015

O Foboca Leão virou ovelha.



O que vou lhes contar aconteceu na última viagem que fiz em companhia do pastor Ignácio Pinto, ao sul do estado do Piauí. Dirigindo o seu carro, o pastor deixou a BR e adentrou por uma estrada vicinal, por mim desconhecida, nas proximidades da cidade de Regeneração. Perguntei para onde estávamos indo. “Vou lhe mostrar um homem valente”, respondeu.
Alguns minutos depois, o reverendo para o carro à porta de uma casa, daquelas interioranas mesmo, no meio da mata, cuja vegetação neste período de estiagem parece morta. Dada a ausência da sua folhagem, não oferecia nenhuma sombra e o sol estava muito quente.
“Bom dia, cadê o Foboca?”, cumprimentou meu colega a uma mulher que estava no pátio daquela solitária residência. Era a mulher do Seu Argemiro, um maranhense da gema, há muitos anos morando naqueles interiores. Vi chegar um homem de pequena estatura, franzino, aparentando seus 70 anos. Era o Foboca, que foi logo abraçando o pastor Pinto.
Conversa vai conversa vem, Foboca começou a falar do seu passado. “Fui um homem ruim, mal pra desgraça. Eu tinha prazer em fazer bagunça. Acabei muitas festas naqueles interiores, só na panada de facão”.
Ele conta que gostava de ver homens e mulheres correndo e entrando na mata com medo de morrer. “A primeira coisa que eu fazia”, continua, “metia o facão nas lamparinas aí começava a gritaria: ‘Corre que lá vem o Foboca!”. E eu dizia: “É o Foboca Leão. Assim fiquei conhecido em toda esta região”.
Era pequeno em estatura, porém tinha uma agilidade incrível com muita destreza e desenvoltura no corpo. Só andava armado. O seu maior orgulho era ser temido naquelas plagas.
Segundo ele, certa vez chegou e acabou um terreiro de macumba. Estava no meio do terecô, quando chegou, puxou o seu inseparável facão e fez sangue em alguém. Com medo de ser denunciado pelo chefe à delegacia de Polícia da cidade, fingiu que estava possesso de espírito mau. Chegou à frente do “pai de santo” e disse: “Paizim, o que foi isto que aconteceu?”. “Ele então rezou em mim”, graceja.
Um dia recebeu em sua casa o seu amigo Monteiro. Convidou o velho companheiro para meter umas e outras, mas Monteiro respondeu: “Amigo, agora sou outro homem, sou crente. Aceitei Jesus e Ele mudou a minha vida. Agora quero lhe falar sobre a minha nova vida”. E continuou: “Jesus também pode lhe transformar em outro homem”. Monteiro apresentou o caminho da salvação para o Foboca.
Naquela noite ia acontecer um culto de evangelização numa localidade próxima. À noite, ambos compareceram ao culto, mas o Foboca Leão estava desconfiado, com um pé na frente e outro atrás. “Quero ver se essa cabra é crente mesmo”, pensava consigo mesmo. Mas o valente não quis entrar, ficou lá no terreiro ouvindo… O pastor dizia: “Amigos, o céu é um lugar maravilhoso. Lá não há dor nem tristeza, lá não entra pecado, é a morada dos salvos”. E descrevia a beleza do lugar. O Foboca Leão pensava: “Eu quero ir para esse lugar”. “De repente perdi a cabeça”, confessa ele. “Entrei na casa do culto e fui direto ao pregador e disse: ‘Você está mentindo cara. Tu já foi lá para saber?’. Confesso que tive vontade de meter o facão nele, mas o Monteiro não deixou”.
Enquanto ele contava a sua história, eu me mantinha calado ouvindo. Passado mais alguns dias, através do testemunho do irmão Monteiro, o Argemiro, o Foboca, foi liberto da escravidão de Satanás.
Alcançado pelo Evangelho [agora é ovelha de Jesus Cristo]. Hoje é outro homem e vive a contar a sua história. Já esteve em Goiânia dando seu testemunho e em tantas outras igrejas proclamando sua fé em Jesus Cristo. Hoje, Argemiro está com 78 anos com boa saúde e bem esperto.
– Texto publicado originalmente na 2ª edição do Jornal PróSertão. Clique aqui para acessar o jornal.


terça-feira, 14 de julho de 2015

De casa em casa- Atos 20:17-21.


Introdução: A experiência da igreja primitiva, na época dos apóstolos, os cultos ocorriam nas casas. Em  Atos 2 a igreja estava reunida em uma casa, e de repente o Espírito Santo desceu sobre os discípulos e todos ficaram cheios do poder de Deus. Atos 2.46, a igreja partia estava no templo e em casa. Em Atos 8.3, Saulo assolava toda a igreja, entrando pelas casas. Em Atos 9.11, depois da experiência que Saulo passou na estrada de Damasco, ele estava na casa de Judas, orando. Em Atos 11, nos conta que Pedro estava em Jope, na casa de Simão (Atos 9.43) e recebe o chamado para ir a casa de Cornélio, em Cesaréia. Em Atos 12.12, a igreja está reunida em oração, na casa de Maria, mãe de João Marcos, em favor de Pedro. Em Atos 16, Paulo e seus companheiros se reúnem na casa de Lidia (v.15); no v. 34, Paulo e seus companheiros vão pra casa do carcereiro e participam de uma mesa farta. Atos 18, Paulo está reunido na casa de um homem chamado (v.7)Tício Justo, que era temente a Deus. Em Atos 21.8, Paulo vai a casa de Filipe e lá recebe uma profecia sobre o que iria acontecer com ele em Jerusalém (Rm 16.5 e Cl 4.15). Portanto, a igreja se reunia em casas até o século III, com a conversão de Constantino ao cristianismo, nesse século iniciou a edificação de igrejas.

1)    O que é a igreja? o termo igreja provém do grego ecclesia, de ek kaleo, “chamar”, “chamar para fora”, “convocar”. No novo testamento, o termo assume várias acepções: 



·         Igreja local – círculo de crentes de uma localidade definida, independentemente do fato de esses cristãos estarem reunidos para culto ou não (Atos 5: 11; 11:26; 1 Co 11:18; 14.19,28,35; 16.1, etc);

·         Igreja doméstica – a palavra indica o que se pode denominar ekklesia doméstica, igreja na casa de alguém (Rm 16:23; 1 Co 16:19; Cl 4:15; Fm 2);

·         Igreja como totalidade do corpo – a palavra denota a totalidade do corpo em todo o mundo, daqueles que professam exteriormente a Cristo e se organizam para fins de culto, sob a direção de oficiais designados (1 Co 10:32; 11:22; 12:28; Ef 4:11-16);

·         Igreja Universal – a palavra se refere a todo o corpo de fiéis, quer no céu quer na terra, que se uniram ou que se unirão a Cristo como seu salvador (Ef 1.22; 3:10,21; 5.23-25,27,32; Cl 1.18,24).

            Neste sentido, a igreja é vista como um organismo espiritual, composto de todos os regenerados através da fé em Cristo. Logo, podemos afirmar que a essência da igreja repousa no poder do evangelho de Jesus Cristo e, conseqüentemente, na atuação do Espírito Santo na vida dos regenerados. Desse modo, a igreja tem como meta a indicação do caminho da salvação, a advertência dos ímpios sobre a condenação que lhes sobrevirá, a consolação dos santos através das promessas de salvação, bem como o fortalecimento e encorajamento dos fracos e desanimados.

2)    O que vem a ser o pequeno grupo? 


·        o que vem a ser o pequeno grupo? É uma  nova estrutura de vida congregacional que viabilize encontros genuínos entre pessoas, despidas de suas máscaras e desconfianças, num ambiente em que os relacionamentos interpessoais se dão no nível da verdadeira humanidade de Cristo. O objetivo do pequeno grupo é: em ambiente de comunhão, com propósitos diversos, como os de estudar a Palavra de Deus, compartilhar experiências de vida e orar, tendo como em vista a formação de verdadeiros seguidores de Jesus Cristo.

·         O que gera um pequeno grupo:  maior intimidade, que gera e fortalece amizades; maior flexibilidade, que propicia a adequação do grupo a cada realidade; maior integração social, que contribui para a formação de uma relação familiar dentro de uma sociedade onde a família está sucumbindo; maior mobilidade, que possibilita a presença da igreja na comunidade; e maior sensibilidade, que evidencia à igreja os problemas que ocorrem na comunidade, possibilitando sua intervenção nestes.


·         Além disso, esse tipo de grupo atua como elo entre os não-cristãos e a igreja, pois aqueles que dificilmente atenderiam a um convite para participar de um culto no templo, provavelmente, estariam mais abertos a um convite para reunir-se em casa de vizinhos ou amigos.

3)    A dinâmica de um pequeno grupo.

·        A dinâmica de apresentação  é o primeiro momento e tem o objetivo de quebrar o gelo, proporcionando maior descontração e envolvimento dos membros nas demais etapas do encontro.

·         A seguir vem o período de louvor e/ou adoração.  Para que ele torna-se mais participativo, recomendamos o uso de instrumentos musicais (preferencialmente violão) e apresentação das letras dos cânticos.

·         O Estudo bíblico. Diferentemente de uma pregação-ensino para um grande grupo, o estudo bíblico em contexto de pequeno grupo tem por objetivo não somente compartilhar a verdade das Escrituras,  mas também estimular a troca de experiências e abordar questões relevantes a seus integrantes.

·         O quarto momento, o compartilhamento de bênçãos e necessidades pessoais, concede espaço aos participantes para compartilhar bênçãos alcançadas como fruto das orações do grupo e apresentar suas necessidades pessoais.







sábado, 11 de julho de 2015

Por que se preocupar em ser membro de uma igreja local?


Já me fizeram essa pergunta antes. Às vezes, ela é feita com uma genuína curiosidade: “Explique-me o que ser membro significa”. Outras vezes, ela é feita com um quê de suspeita: “então, diga-me, mais uma vez, porque eu devo me tornar um membro” – como se fazer parte da igreja colocasse a pessoa automaticamente na lista de dízimos por débito automático.

Para muitos cristãos, membresia soa como algo rígido, algo que você tem em um banco ou em um clube de campo, mas que é formal demais para a igreja. Mesmo quando se aceita que o Cristianismo não é uma religião solitária e que nós precisamos de uma comunidade e de comunhão com outros cristãos, nós, ainda assim, receamos nos tornar oficialmente parte de uma igreja. Para que isso? Por que encaixotar o Espírito Santo em categorias de membro/não membro? Por que se dar ao trabalho de pertencer a uma igreja local quando eu já sou membro da Igreja universal?

Alguns cristãos – por causa da tradição da igreja ou da bagagem que possuem – podem não ser convencidos sobre a membresia, não importa quantas vezes a palavra “membro” apareça no Novo Testamento. Mas muitos outros estão abertos a ouvir sobre algo que eles não conhecem direito.

Aqui vão algumas razões pela qual a membresia importa.

1. Ao fazer parte de uma igreja, você demonstra visivelmente seu compromisso com Cristo e com seu povo

Membresia é uma das formas de se levantar a bandeira da fé. Você assume perante Deus e os outros que você é parte desse corpo local de crentes. É fácil falar em termos quentinhos sobre a igreja invisível – o corpo de crentes que estão perto ou longe, vivos ou mortos –, mas é na igreja visível que Deus espera que você viva a sua fé.

Às vezes eu acho que nós não ficaríamos clamando por viver em comunidade se já tivéssemos realmente experimentado passar por isso. A verdadeira comunhão é algo difícil, pois temos de lidar com pessoas muito parecidas conosco: egoístas, mesquinhas e orgulhosas. Mas é para esse corpo que Deus nos chama.

Quantas cartas Paulo escreveu para apenas uma pessoa? Apenas um punhado, as quais, em sua maioria, foram voltadas para pastores. A maior parte de suas epístolas foram escritas a um corpo local de crentes. Nós vemos a mesma coisa em Apocalipse. Jesus falou com congregações individuais, como a de Esmirna, Sardes e Laodicéia. No Novo Testamento, não há cristãos flutuando na terra do “só eu e Jesus”. Crentes pertencem a igrejas.

2. Fazer um compromisso é uma declaração poderosa, em uma cultura de poucos compromissos

Muitas ligas de boliche exigem mais de seus membros do que a igreja. Onde isso é algo real, então a igreja é um triste reflexo da sua cultura. A nossa cultura consumista faz com que tudo seja feito com o fim de atender as nossas preferências. Quando essas necessidades não são atendidas, nós sempre podemos experimentar um outro produto, trabalho ou esposa.

Juntar-se a uma igreja, nesse tipo de ambiente, é uma afirmação contracultural. É dizer: “estou comprometido com esse grupo de pessoas e eles estão comprometidos comigo. Estou aqui mais para dar do que para receber”.

Mesmo que você vá ficar na cidade por apenas alguns anos, não é uma má ideia participar de uma igreja. Isso faz com que a sua igreja de origem (se você está estudando longe de casa, por exemplo) saiba que você está sendo cuidado e faz com que a sua igreja atual saiba que você quer ser cuidado por ela.

Mas a questão não é apenas sobre ser cuidado, é sobre fazer uma decisão e ser fiel a ela – algo que a minha geração, com a sua variedade de opções, acha difícil. Nós preferimos namorar a igreja – tê-la por perto em eventos especiais, chamá-la para sair quando nos sentimos sozinhos ou mantê-la por perto em dias chuvosos. A membresia é a única forma de parar de namorar igrejas e se casar com uma.

3. Nós podemos ser excessivamente independentes

No ocidente, isso é uma das melhores e piores coisas sobre nós. Nós somos livres e pensadores críticos. Nós temos uma ideia, e corremos em direção a ela. Mas quem está correndo conosco? E será que estamos todos correndo na mesma direção? A membresia afirma formalmente: “eu sou parte de algo maior do que eu. Eu não sou apenas um dentre três mil indivíduos. Eu sou parte de um corpo”.

4. A membresia nos coloca sob supervisão

Quando participamos de uma igreja, estamos nos oferecendo uns aos outros para sermos encorajados, repreendidos, corrigidos e servidos. Estamos nos colocando sob líderes e nos submetendo a sua autoridade (Hebreus 13.7). Estamos dizendo: “Estou aqui para ficar. Eu quero ajudá-lo a crescer em santidade. Você me ajuda a fazer o mesmo?”.

Mark Dever, no livro Nove Marcas de uma Igreja Saudável (Editora Fiel, páginas 12 e 13), escreve:

Identificando-nos com uma igreja particular, permitimos que os pastores e demais membros daquela igreja local saibam que nós pretendemos manter um compromisso na frequência, na oferta, na oração e no serviço. Nós ampliamos as expectativas de outros em relação a nós mesmos nessas áreas, e tornamos claro que estamos sob a responsabilidade desta igreja local. Nós asseguramos a igreja quanto ao nosso compromisso com Cristo ao servir com eles, e pedimos o compromisso deles quanto a nos servir em amor e nos encorajar em nosso discipulado.

5. Juntar-se à igreja ajudará seu pastor e os seus presbíteros a serem pastores fiéis

Hebreus 13.7 diz: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles”. Essa é a sua parte como “leigo”. E essa é a nossa parte como líderes: “pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas”. Como pastor, eu levo muito a sério minha responsabilidade perante Deus de cuidar das almas. Em quase todas as reuniões de presbíteros o Manual de Instruções das Igrejas Reformadas da América – RCA Book of Church Order – nos orienta a “procurar descobrir se qualquer membro da congregação está em necessidade de cuidados especiais em relação a sua condição espiritual e/ou não tem feito o uso adequado dos meios de graça”. Isso já é algo bem difícil de se fazer em uma igreja como a nossa, onde há uma constante rotatividade. Mas é ainda mais difícil quando nós não sabemos quem realmente é parte desse rebanho.

6. Juntar-se à igreja lhe dá a oportunidade de fazer promessas

Quando alguém se torna membro da University Reformed Church, a igreja que eu pastoreio, ele promete orar, ofertar, servir, comparecer aos cultos, aceitar a liderança espiritual da igreja, obedecer aos ensinamentos e procurar as coisas que trazem unidade, pureza e paz. Nós não devemos fazer essas promessas de qualquer jeito. Elas são votos solenes. E nós devemos ajudar uns aos outros a nos mantermos fiéis a elas. Se você não faz parte de uma igreja, você perde a oportunidade de fazer essas promessas publicamente, convidando os presbíteros e o resto do corpo a ajudarem você a se manter firme nessas promessas. Isso fará com que você, seus líderes e toda a igreja percam grande benefícios espirituais.

Membresia é mais importante do que muita gente pensa. Se você realmente quer ser um revolucionário contracultural, aliste-se em uma classe de membresia, encontre-se com seus presbíteros e junte-se a uma igreja local.

Por Kevin Deyoung

O que é pregar? 



No Novo Testamento temos quatro palavras para pregação:

Kerusso: é usada mais de 60 vezes no NT; Significa “declarar”, como o faz um arauto. Refere-se à mensagem de um rei. Quando um soberano tinha uma mensagem para seus súditos, ele a entregava aos arautos. Estes a transmitiam às pessoas sem mudá-las ou corrigi-las. Portanto, O Novo Testamento usa este verbo para enfatizar que o pregador deve anunciar sua própria mensagem. Palavras de Kerusso são usadas para descrever a pregação de Jonas (Mt 12.41), de João Batista (Mt 3.1) e de nosso Senhor Jesus Cristo (“proclamar” e “apregoar” Lc 4.18-19) e de seus apóstolos (1 Tm 2.7; 2 Tm 1.11).

Euangelizo: Esta é a palavra do qual obtivemos a nossa palavra “evangelizar”. O verbo grego significa “trazer boas noticias” ou anunciar boas novas. Em Lucas 2.10, onde lemos que o anjo disse: “Eis que vos trago boa nova...”, ele usou este verbo.  Precisamos considerar com atenção Lucas 4.18-19; no versículo 18a, evangelizar é uma forma do verbo euagelizo, enquanto nos versículos  18b e 19, “proclamar e anunciar”  são formas do verbo Kerusso. Portanto, Nosso Senhor usou ambos os verbos para descrever o seu ministério. Ao fazer um, Ele fazia também o outro. “Proclamar” é “evangelizar”, que, por sua vez, é “proclamar”.

Martureo: Este verbo significa “dar testemunho dos fatos”. Hoje, porém, quando os crentes falam sobre testemunhar, o que eles geralmente querem dizer? Com freqüência, usam esta palavra a fim de descrever aqueles momentos em que contam aos outros sua experiência pessoal com o Senhor. Esse verbo se refere completamente à objetividade, e não à subjetividade; refere-se a contar às pessoas fatos e acontecimentos, e não os meus sentimentos ou o que aconteceu a mim. Um estudo do Novo Testamento nos leva rapidamente à mesma conclusão. No relato de João, quando a mulher usou martureo (“anunciara” Jo 4.39), ela se referiu ao conteúdo de uma conversa. Em 1 Jo 1.2, quando o apostolo empregou martureo (“damos testemunho”), ele falava do que vira e ouvira. Em Atos 26.5, quando Paulo usou martureo ( “testemunhar” ), ele o fez porque estava apelando a um testemunho diante da corte.  No livro de Lucas 24.44-48, Nosso Senhor ressuscitado está dizendo aos discípulos  o que deveriam fazer. Deveriam sair por todo o mundo pregando (Kerusso) o arrependimento e a remissão dos pecados (v.47 – “pregasse”) e sendo testemunhas dos grandes fatos do evangelho , que eles mesmos presenciaram (v.48). Ou seja, aqueles que proclamam dão testemunho; e aqueles que dão testemunho proclamam.

Didasko. Esta palavra significa “pronunciar em termos concretos o que a mensagem significa  em referencia ao viver, ou seja, não deve ser um mero acréscimo à nossa pregação; deve ser uma parte da mensagem que proclamamos. Isto pode ser comprovado ao lermos Atos dos Apóstolos. Em Atos 5.42, lemos que os apóstolos não cessavam de ensinar e pregar (didasko e euangelizo) a Jesus, o Cristo.  Em Atos 15.35, lemos que Paulo e Barnabé demoravam-se em Antioquia, “ensinando e pregando” , (didasko e euangelizo) a palavra do Senhor.

O que significa isso para nós?

 Quando alguém prega, não importa o lugar em que esteja ou para quem está falando, está fazendo todas as quatro palavras mencionadas . No Novo Testamento, não temos uma palavra que signifique pregar para o salvo. Simplesmente não encontramos mensagens conhecidas como “mensagens doutrinárias”, enquanto outras são conhecidas como “mensagens evangelísticas”. A pregação, toda a pregação, envolve fazer quatro coisas de uma vez. Um bom exemplo é 2 Tm 4:1-5. Nestes  versículos, Paulo escreveu suas palavras finais a alguém que, mesmo sendo jovem, já era um importante líder cristão. Paulo o instrui solenemente a pregar  “a Palavra”! Nesse ponto, ele usou o verbo Kerusso. Mas por que Timóteo devia fazer isso? Porque viria tempo em que as pessoas não suportariam a “sã doutrina” (uma palavra da família de didasko) e se cercariam de “mestres”. É obvio que Paulo estava dizendo a Timóteo pregar (Kerusso) é a maneira de ensinar (didasko) a igreja e protegê-la do erro.  Mas isso não é tudo. Paulo exortou Timóteo a fazer o trabalho de um “evangelista” (uma palavra da família euangelizo). É claro que Paulo queria dizer, à medida que Timóteo pregasse (Kerusso), e, consequentemente , ensinasse (didasko), deveria assegurar de que o verdadeiro evangelho (euangelizo)  fosse mantido em primeiro plano. Assim, em um único parágrafo, vemos que três de nossas quatro palavras foram usadas para descrever a tarefa de Timóteo. Se ele era um verdadeiro pregador, não faria apenas uma dessas coisas e sim todas elas.  Onde quer que encontremos a verdadeira pregação, várias coisas acontecem ao mesmo tempo.

Três característica particular da verdadeira pregação.

A primeira é compulsão. Existe algo no intimo do pregador que o impulsiona à sua obra. Ele possui um constrangimento em seu interior que é maior do que ele. Em seu coração, há um fogo que se recura a extinguir-se. Ele tem de pregar. “Ai de mim, se não pregar o evangelho!” (1 Co 9.16; Atos 4.20 e Mc 1.38). Na Bíblia, o homem que proclama, anuncia, dá testemunho dos fatos e deseja atingir a consciência é um homem impulsionado.

Clareza. Os arautos sempre falam na linguagem das pessoas que os ouvem. Estão preocupados em declarar a palavra do Rei; por isso, não atraem a atenção para si mesmos. O apostolo Paulo falou por todos os verdadeiros pregadores da Palavra. Ele decidiu “pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a Cruz de Cristo” (1 Co 1.17 e 1 Co 2.1-5).


Cristocêntrica. Toda escritura fala sobre a pessoa de Cristo. Implícita  ou explicitamente, direta ou indiretamente, cada parte da Bíblia nos revela  Cristo. 

Jesus é o Alfa e o Omega: A até Z.
        A: Alfa Omega                  
        B: O bom pastor
        C: Criador de todas as coisas
        D: Deus Todo Poderoso
        E: Emanuel
        F: Filho do Deus Vivo
        G: Grande Eu Sou
        H: Homem de Dores
        I: Intercessor
        J: Juiz dos Juízes
        K: Kaiser _ Imperador dos Imperadores.
        L: Lírio dos Vales
        M: Messias
        N: Nazareno
        O: Onipotente Deus
        P: Pão da Vida
        R: Redentor
        S: Sumo Bom Pastor
        T: Todo Poderoso
        U: Único Mediador entre Deus e os homens
        V: Videira Verdadeira
        X:  da equação da Vida, sem ele nada faz sentido.
        Z: Zeloso.

Fonte: Stuart Olyott