terça-feira, 9 de junho de 2015

Passa a Macedônia e ajuda-nos! (Atos 16.1-10).



Introdução: Paulo tinha iniciado sua viagem em Antioquia da Síria, novamente encomendado pela igreja à graça de Deus, para nutrir e fortalecer as igrejas fundadas anos atrás, durante a primeira viagem (Atos 13 e 14). O verbo empregado por visitar (Atos 15.36) é ligado a Episkope, supervisão pastoral. Paulo se preocupava em ver as igrejas e os convertidos amadurecendo.

1)    A segunda viagem missionária.
·        Assim primeiro ele e seus companheiros passaram algum tempo em Derbe e Listra (Paulo conheceu o jovem Timóteo e o carregou com ele; Timóteo tinha uma mãe e uma avó bondosas; quando escreve aos Corintios se refere a ele como “meu filho amado” e quando escreve aos filipenses diz que não há ninguém que tenha uma mentalidade tão afim a sua (Fl 1.1; 2.19), depois em Icônio e Antioquia da Pisídia; era natural que os olhos dos missionários se voltassem ao sudoeste, para a Via Sebaste que levava a Colossos (240 Km) e depois para Éfeso, no litoral. De fato, parecerem ter percorrido um trecho dessa estrada, mas de alguma forma não definida, o Espírito Santo os impediu de pregar a Palavra na Ásia (V.6).



·        Talvez o Espírito Santo tenha dado uma forte convicção interna comum aos missionários, ou talvez tenha falado através de um profeta cristão, quem sabe o próprio Silas (Atos 15.32). Chegaram ao porto de Trôade (v.8), no mar Egeu. Certa noite em Trôade, Paulo teve um sonho ou uma visão na qual VIU um varão macedônico que estava em pé e lhe rogava, em alguma postura e apelo, talvez acenando, dizendo: “Passa à Macedônia, e ajuda-nos” (v.9).

·        Na manhã seguinte, Paulo contou sua visão aos seus companheiros, que juntos discutiram o seu significado e suas implicações, concluindo então que Deus os chamava para pregar o evangelho aos macedônios (v.10).

·        “Uma direção lhes é proibida (“quando chegaram perto do distrito da Mísia, tentaram ir para a província da Bitínia, mas o Espírito de Jesus não deixou”), a outra se lhes abre (“Passa à Macedônia, e ajuda-nos”); de um lado o Espírito diz: “Não vá”; do outro chama: “Venha”. Essa  mesma situação é experimentada por outros missionários no decorrer da história. Livingstone tentou ir para China, mas Deus o enviou para a África. Antes dele, William Carey planejava ir à Polinésia, nos mares do sul, mas Deus o guiou à Índia. Adoniran Judson foi primeiro a Índia, mas depois foi levado para a Birmânia. Portanto, ouçamos a voz do Espírito Santo!

2)    Filipos, a porta de entrada do evangelho na Europa.



·        A localização geográfica da cidade de Filipos, um ponto estratégico para a obra missionária. Situada entre o Oriente e o Ocidente, era a ponte de conexão entre os dois continentes, uma espécie de encruzilhada do mundo.

·        Filipe da Macedônia, pai de Alexandre o Grande, fundou a cidade que leva seu nome por uma razão muito particular. Há ali uma cadeia de montanhosa que divide Europa da Ásia, o oriente do ocidente. Portanto, Filipos domina a rota de Ásia a Europa. Filipe fundou essa cidade para dominar a rota do Oriente ao Ocidente. Alcançar Filipos era abrir caminhos para a evangelização de outras nações.

2.1)         Uma comerciante chamada Lídia (Atos 16:13-15).


·        Ocupava-se da venda de púrpura, um tecido muito apreciado pelos ricos da sua época. Isso significa que a sua clientela pertencia à alta sociedade. Com o seu trabalho, ela tinha condições de garantir o sustento de toda a sua família. Lídia era, também, uma mulher religiosa. O texto sagrado diz que ela era "temente a Deus", ou seja, alguém que levava a sério as questões espirituais.

·        Tinha uma vida boa, porém incompleta. Agostinho de Hipona: : "Ó Deus, tu nos criaste para ti, e nossas al­mas não encontram descanso enquanto não descansar em ti". Assim, como os passaros foram feitos para voar, o homem foi feito para se relacionar com Deus. O exemplo de Lídia nos mostra que não existe vida tão boa que não precise ser melhorada. De igual modo, não há existên­cia tão ruim que Deus não possa melhorar. . "Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração",  (Jr 29-13)

·        Quando os missionários começaram a anunciar a Palavra de Deus, muitas mulheres que estavam à beira do rio escutaram. Lídia escutou também. Mas houve uma diferença essencial: ela creu. A Bíblia diz que "o Senhor lhe abriu o coração para aten­der às coisas que Paulo dizia" (At 16.14).

·        Lídia teve a felicidade de se batizar. Ela cumpriu o man­damento do Senhor e passou a fazer parte de sua igreja. Lídia teve a satisfação de ver sua família salva. O texto diz que foi batizada "ela e toda a sua casa" (At 16.15). Lidia teve a alegria de servir a Deus. . Ela colocou sua casa e seus bens à disposição do Senhor, convidando Paulo, Silas, Lucas e Timóteo para serem seus hóspedes. Trabalhar na obra de Deus é uma das grandes venturas cristãs.

2.2)         Uma jovem escrava anônima (Atos 16.16-18). 

·        Paulo e seus amigos estavam indo para o lugar de oração; lhes saiu ao encontro uma jovem. Lucas nos conta duas coisas a seu respeito. Primeiro, ela era possessa de espírito adivinhador, ou, literalmente, ela tinha “um espírito de píton”. Tinha o espírito de clarividência.  A jovem escrava era possessa de um espírito mau.O diabo falava pela boca dela. As coisas do diabo parecem funcionar. A moça adivinhava mesmo, e seus donos ganhavam dinheiro. O diabo enriquece mas rouba a alma. O diabo oferece prazeres, mas destrói a pessoa. Segundo, sendo escrava, ela era explorada pelos seus donos, para os quais ganhava muito dinheiro adivinhando (v.16). À medida que Paulo e seus amigos seguiam seu caminho , ela corria atrás deles, gritando: Esses homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação.

·        Os gritos da jovem continuaram por muitos dias até que, finalmente, Paulo resolveu agir. Ele estava indignado, o que certamente significa que ele estava profundamente perturbado. Essa indignação o fez voltar-se para a jovem e ordenar ao espírito mau que saísse dela em nome de Jesus, o que ele fez imediatamente.

2.3)         O carcereiro romano (Atos 16:19-40). 

·        O carcereiro era visto como homem frio, cruel, capataz, enfim, procurava cumprir sua missão. No entanto, era pai de família, lutava aí para a sobrevivência deles.

·        O que será que levou esse homem se converter a Cristo? Primeiro, O carcereiro ficara sabendo que tinham expulsado os demônios daquela moça adivinhadora. Segundo, Paulo e Silas haviam apanhados, chicoteados, estavam sangrando, ninguém apareceu para livrá-los, enfrentaram tudo aquilo, por causa do nome de Jesus. Terceiro, os pés dos apóstolos estavam amarrados no tronco, estavam famintos, humilhados, sangrando, no entanto, cantavam e louvavam ao Senhor. Era uma fé que ele não conhecia, além da circunstancia, era maior do que qualquer tragédia. Quarto, a pratica da oração (v.25). Paulo tinha as pernas tortas, cabelos e olhos negros, sobrancelhas muita cheia que se emendava uma a outra, mas que tinha um olhar sublime,era ousado, agressivo ao pecado. De repente, um terremoto... Quinto, o v.28 nos mostra que o carcereiro quando percebeu que os presos iam fugir ia se matar, mas Paulo bradou para não fazer tamanho mal, pois nenhum deles iam fugir. Quando existe integridade em nossas vidas em relação ao mundo causamos impressões no mundo sem Deus.


Conclusão: O cabeça de uma casa judaica fazia a mesma oração matinal todos os dia, dando graças a Deus por não ser gentio (carcereiro), nem mulher (Lídia), nem escravo (jovem escrava). Mas aqui, os representantes de todas essas três categorias desprezadas, estavam remidos e unidos em Cristo.  

Um comentário:

  1. Muito edificante, explicado de uma forma tão fácil de intender, que me senti mais um na comitiva evangelística de Paulo, que Deus continue te abençoando, Pr. João Vicente. O senhor é benção de Deus!

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