terça-feira, 12 de maio de 2015

Quando Deus não recebe nossa adoração. Ml 1:6-14.


Introdução.

Esses versículos do Profeta Malaquias falam dos pecados dos sacerdotes que eram responsáveis pela condução moral e espiritual da nação. Eram líderes decadentes, quer do ponto de vista moral, quer do ponto de vista espiritual. UM DOS MAIORES PERIGOS PARA O POVO DE DEUS,  AINDA HOJE, É O DE UMA LIDERANÇA RELAXADA, LIDERES ACOMODADOS, SEM VISÃO ALGUMA.

1)    Quando Deus não é honrado.
“O filho honra ao pai, e o servo ao seu amo”. Aqui, Deus levanta duas questões. Ele é Pai e Senhor. Onde estão a honra e o temor que lhe são devidos pelo filho e servo Israel?

“Se eu, pois, sou o pai, onde está a minha honra?” O hebraico nos traz KÂBHÔDH, que é traduzido por GLÓRIA. Veja a história da arca tomada pelos filisteus (1 Sm 4.21) que o filho de Finéias recebeu o nome de ICABÔDE que significa “foi-se a glória”. KÂBHÔDH, literalmente, tem o sentido de “dar peso”, “mostrar atenção”, “considerar como importante” (Ex 20.12; Dt 5.16). O Senhor esperava que o seu povo o considerasse como importante, que lhe desse atenção. No entanto, ele é um pai desprezado (Ex 4.22; Dt 32.6).

1.1)         Cinismo da liderança.

“Em que temos nós desprezado o teu nome?”. É uma pergunta que equivale a “Não, nós não temos desprezado o teu nome. Tu estás exagerando!”. Então vejamos:

·        “ofereceis sobre o meu altar pão profano, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que pensais, que a mesa do Senhor é desprezível”. O desprezo ao nome de Deus é mostrado pelo oferecimento de pão profano, ou “alimentos impuros”, ou “sacrifícios impuros”. Os sacerdotes pensavam que a mesa do Senhor era “desprezível”. A palavra hebraica traduzida por “desprezível” é a mesma encontrada em Daniel 11.21 e ali é traduzida por “vil”, numa referencia a Antíoco Epifânio, um rei Sírio que sacrificou um porco dentro do templo de Jerusalém. Era um conceito muito baixo de Deus que os sacerdotes estavam fazendo.

·        A impureza ou o caráter profano da oferta fica patente nos versículos 8,13 e 14. “Cego, coxo, doente e roubado” são os adjetivos empregados para mostrar o que estava sendo dado ao Senhor. Esclareça-se que “roubado” o hebraico traz Gazûl, que significa “dilacerado pela fera” que provavelmente o roubara do rebanho. O que estava sendo oferecido a Deus era a carniça! A que ponte descera o povo! E como os sacerdotes compactuavam com isso, aceitando oferecer tais coisas ao Senhor! (Lv 22.18-22).

“Com muita freqüência, os cristãos acham que podem ofertar qualquer coisa a Deus. Contanto que alguém ou alguma atividade seja dedicada a Deus, mesmo sem entusiasmo, imaginam que Deus ficará contente.  Temos dado o melhor para Deus, ou, como os judeus, temos dado o resto? Tem ele o melhor das nossas emoções, o melhor do nosso tempo, o melhor dos nossos bens? Ou cuidamos da nossa vida e lhe damos o restolho?”.

·        Aborrecido, Deus lhes diz que ofereçam animal doente ao governador (v.9). Era também costume presentear autoridades com animais e cereais. E pergunta: “terá ele agrado em ti? Ou aceitará ele a tua pessoa”? A resposta a ambas as perguntas é um sonoro não.

·        O versículo 9, NOS ENSINA que Deus não aceita nada menos do que o melhor. Ele não precisa de restos, ou seja, “vocês me dão o que não presta e querem receber a benção por isso? Supliquem para ver se eu dou!

·        No versículo 10, Deus prefere o ter o seu templo fechado a receber nele um culto hipócrita! Deus não precisa do nosso culto. Quando nós o cultuamos, não o tornamos melhor porque ele não tem como melhorar. JÁ É TOTALMENTE BOM. Se o deixarmos de cultuar, não o fazemos piorar. Simplesmente porque ele nunca pode deixar de ser totalmente bom. Nós é que precisamos cultuá-lo!

·        “...eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão” (Is 1.13). Mais do que ofertas, mais do que culto, Deus espera obediência do seu povo (1 Sm 15.22). Obedecer é mais valioso do que cultuar.


Conclusão:  O adorador de Malaquias estava prometendo um macho e oferecendo ao Senhor um animal imprestável. A expressão com mácula indica doente ou defeituoso, aquele que o dono do rebanho sabe que vai perder logo e no qual não vale a pena investir. E, “quando fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. O que votares, paga-o. Melhor é que não votes do que votares e não pagares (Ec 5.4-5). 

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