O Espírito Santo em Atos dos Apóstolos (At 1.8).
“Se olharmos para a história da igreja,
veremos que sempre que houve derramamento do Espírito Santo, o resultado foi um
grande movimento de missões mundiais”. (Edison Queiroz).
“Só existem missões de acordo com Deus
e com a Bíblia, se o Espírito Santo estiver no comando. O Espírito é
indispensável à obra missionária”.
“Assim como um corpo sem respiração é
um cadáver, a igreja sem o Espírito
Santo é morta. Pois é o Espírito
que produz o novo nascimento, o caráter cristão (o fruto do Espírito) e a unidade do corpo. É o Espírito quem concede os dons para o
serviço e o poder para a realização do trabalho”.
Introdução:
·
A
promessa de poder ou capacitação: o Espírito Santo, a terceira pessoa da
Trindade, seria enviada pessoalmente, para capacitar os crentes (Lc 24.49).
·
O
resultado de uma vida cheia do Espírito Santo é o testemunho. A ênfase de Jesus
é “minhas testemunhas” ou testemunhas escolhidas por ele escolhidas.
1) O Espírito Santo em Atos dos
Apóstolos.
·
Atos afirma que o Espírito Santo é
Deus (Atos 5.3-4). O
pecado de Ananias e Safira foi uma ofensa a Deus. O Espírito Santo é Deus, a
terceira pessoa da Trindade. Por
divindade do Espírito Santo se entende que Ele é um com Deus, fazendo parte da
Divindade, Coigual, Coeterno e consubstancial com o pai e com o Filho (Mt
28.19; Jo 14.16). Em Jo 14.16 a palavra “Advogado” vem do latim advocatus, que
é o equivalente exato do adjetivo verbal passivo grego parakletos (1 Jo 2.1), formado pelas palavras gregas PARA (ao lado de) e KLETOS (chamado). Quando Jesus se refere ao
outro (em gregos allos – outro da mesma espécie e tipo), quer dizer que o outro
advogado é igual a ele em tudo, mas viverá dentro dos crentes para orientá-los
e defende-los para sempre. O Espírito Santo é onisciente (1 Co 2.10,11),
onipresente (Sl 139.7-8) e onipotente (Gn 1.1-2; Sl 104.30).
·
Podemos constatar sua divindade nos títulos
e nomes que lhe são atribuídos: o Espírito de Deus (Gn 1.2); o Espírito do Senhor (Lc 4.18 e
Atos 5.9); o Espírito do nosso Deus ( 1 Co 6.11); o Espírito do Deus vivente (2
Co 3.3); o Espírito de Cristo (Rm 8.9); o Espírito de seu Filho (Gl 4.6); o
Espírito eterno (Hb 9.14); Espírito da vida (Rm 8.2); Espírito da verdade (Jo
14.17); e o Consolador (Jo 14.16).
·
Foi por essa razão que Jesus proibiu
os seus discípulos de iniciarem o cumprimento da “Grande Comissão” sem que antes o Espírito Santo
viesse (Atos 1.4). Observe que Jesus DETERMINOU-LHES. O problema não era sair
de Jerusalém, mas sair em que do alto
sejais revestidos de poder (Lc 24.49).
2)
O ESPIRITO SANTO É UMA PESSOA.
·
“E
eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro consolador, a fim de que esteja sempre
convosco (Jo 14.16)”. A expressão “outro consolador” indica que o Espírito
Santo é alguém como Jesus, uma personalidade distinta do Pai e do Filho. Em
Atos, o Espírito aparece como o Deus pessoal, que atribui ao Espírito Santo
traços de personalidade: inteligência (1 Co 2.10,11; Rm 8.27), vontade (1 Co
12.11 e Atos 13.1-3) e emoções ou sentimentos (Ef 4.30 e Rm 15.30), ele age
como uma pessoa (Ap 2.7), intercede (Rm 8.27), testemunha (Jo 15.26), ensina
(Jo 16.12-14), chama e envia pessoas (Atos 20.28), convence (Jo 16.8), guia e
orienta (At 16.6-7).
3)
O ESPIRITO SANTO É QUEM PRODUZ A
CONVERSÃO DOS INCRÉDULOS.
·
A
Igreja prega, mas é o Espírito que converte ou regenera (Jo 3.3-7). É o Espírito
que vivifica (Jo 6.63; Ef 2.1). Jesus já havia declarado: “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo
(Jo 16.8). O verbo “convencer” (elegesi) significa “Trazer à luz”, “expor”,
“mostrar”, “persuadir”, “convicção interior” (Jo 3.20; Jo 8.46). O Espírito é o
responsável pelo convencimento interno das pessoas quanto ao verdadeiro sentido
do pecado, da justiça e do juízo. A obra de convencimento é tríplice: do pecado,
pois somos pecadores por natureza (Rm 3.23); da justiça salvadora que nos é
oferecida em Cristo Jesus (Rm 5.1); e do juízo que será o julgamento daqueles
que rejeitam a salvação em Jesus (Jo 3.18-19).
4)
O ESPÍRITO SANTO PRODUZ O CARÁTER
CRISTÃO (Atos 6.3,5).
·
Ser
cheio do Espírito Santo significa caráter espiritual. É o andar no Espírito
segundo Paulo (Gl 5.16). Quando andamos cheios do Espírito, o fruto do Espírito
é produzido em nós (Gl 5.22,23).
5)
O ESPIRITO SANTO DIRIGE O TRABALHO
MISSIONÁRIO EM TODAS AS SUAS NECESSIDADES.
·
Respondeu-lhe Pedro: arrependei-vos,
e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos
pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo (Atos 2.38). Após o Pentecostes, o Espírito
Santo que produz a conversão e batiza o
crente com o Espírito Santo (Atos 10.44-46).
·
O
Espírito Santo orienta a vida dos missionários. Ele deu uma ordem a Filipe (Atos 8.29,39). Após encerrar a missão,
o Espírito o levou de volta para o seu lugar de origem.
·
O
Espírito Santo nos dá a visão missionária de Deus. Ele comunicou sua vontade a
Pedro (Atos 10.19-20). Pedro relata o acontecido aos irmãos de Jerusalém (Atos
11.12).
·
O
Espírito Santo separava ou indicava as pessoas que Ele queria usar em novos
projetos missionários (Atos 13.2 e 4).
·
O
Espírito Santo fortalecia a igreja para que os irmãos continuassem pregando a
Palavra, em meio a oposição (Atos 4.31). Observe: três detalhes: Todos ficaram
cheios do Espírito e não alguns; Todos ficaram cheios em resposta à oração que
fizeram; Todos ficaram cheios para anunciar com coragem a Palavra (Atos 9.17).
Conclusão: toda igreja cheia do Espírito Santo é uma igreja missionária. Toda
igreja que não cumpre a sua obrigação missionária é vazia do Espírito.
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