terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O batismo com Espírito Santo (Atos 2:1-13).



Introdução: Os movimentos religiosos da atualidade.

IGREJAS PROTESTANTES: São os "crentes" das denominações evangélicas históricas mais antigas (Presbiterianas, Batistas, Congregacional, etc) surgidas na Reforma Protestante ou no tempo dela. São as denominações que deram origem às Missões Modernas e que trouxeram o evangelho ao Brasil. Não creem na experiência pentecostal (batismo no Espírito Santo após a conversão, com manifestações visíveis e audíveis de sinais e dons). São estruturados, possuem uma longa história e representam o início de toda igreja cristã evangélica no mundo.

OS PENTECOSTAIS. São as denominações evangélicas surgidas após o início do fenômeno Pentecostal (Assembleia de Deus, Deus é Amor, Quadrangular, Brasil para Cristo, etc), iniciado nos Estados Unidos, em 1906, na famosa Rua Azuza, onde pela primeira vez na história moderna da igreja foram manifestados os "dons de línguas" como provas de batismo com o Espírito Santo. Esse fenômeno atraiu a atenção de crentes, que, ao presenciarem e admitirem a experiência, originaram novas denominações. Iniciou no Brasil em 1911, com o início da Assembléia de Deus, em Belém do Pará. Hoje são muitas as denominações pentecostais.

NEOPENTECOSTAIS. Surgida do pentecostalismo (Universal do Reino de Deus, Igreja da Graça e Mundial do Poder de Deus), que, unindo-se à filosofia do "poder da mente", passou a explorar a prosperidade como sinal de bênção divina e, em decorrência da fé, a cura de todas as enfermidades. Eles creem em rituais especiais para realizar coisas especiais: Quebra de maldições, determinar pela fé, desafios para prosperidade financeira, oração em montanhas de Israel, amuletos para trazer sorte, etc.

CARISMÁTICOS. São os chamados "católicos carismáticos". Até então um grupo separado dos evangélicos. Contudo, com o império do neopentecostalismo, os carismáticos estão se misturando a eles, com a experiência similar de glossolalia, com canções copiadas dos evangélicos, com uma liturgia praticamente idêntica, mantendo, contudo, o credo católico. Creem em santos, em Santa Maria, na Eucaristia, no Purgatório, fazem orações, pregam parecido com os evangélicos
e falam em línguas estranhas.

1)    A descida do Espírito Santo.
O significado do Pentecoste (Atos 2.1): “Ao cumprir-se o dia de Pentecoste...”. A palavra pentecoste (pentekostos, no grego) significa quinquagésimo dia. Ou seja, o Pentecoste era a festa que acontecia cinqüenta dias após o sábado da semana da Páscoa (Lv 23.15-16). É também chamado de Festa das Semanas (Dt 16.10), Festa da Colheita (Ex 23.16) e Festa das Primícias (Nm 28.26). Essa festividade marcava o fim da colheita do trigo (Ex 23.16), e eram oferecidas a Deus as primícias do sustento básico dos israelistas.
Assim como a Páscoa recordava a Israel que Deus era seu Redentor, de igual maneira a Festa das Semanas lembrava-lhe que o Senhor era também seu Sustentador, o Doador de toda boa dádiva.

A espera do Pentecostes (Atos 2.1): “Estavam todos reunidos no mesmo lugar...”. o horário era antes das nove da manhã (a hora do culto matutino). Os discípulos  estavam  no cenáculo em unânime e perseverante oração, quando, de repente, o Espírito Santo foi derramado sobre eles. Todos estavam no mesmo lugar, com o mesmo propósito, buscando o mesmo revestimento do Espírito.

O derramamento do Espírito (Atos 2:2-4). O derramamento do Espírito Santo foi um fenômeno celestial. Não foi algo produzido, ensaiado, fabricado. Aconteceu algo verdadeiramente do céu. O versículo 1 informa-nos que todos estavam reunidos no mesmo lugar. O termo todos aparece mais uma vez no versículo 4, são os 120 discípulos de Jesus.

2)    O Espírito Santo.
O derramamento do Espírito veio como um som (Atos 2.2). Não foi barulho, algazarra, falta de ordem, histeria, mas um som do céu. A palavra grega echos, usada aqui, é a mesma usada em Lucas 21.25 para descrever o estrondo do mar. Um som que chamou a atenção das pessoas que estavam festejando o Pentecostes.

O derramamento do Espírito veio como um vento (Atos 2.2). O vento é o símbolo do Espírito Santo (Jo 3.8). O Espírito Santo veio em forma de vento para mostrar sua soberania, liberdade. Assim como o vento é livre, o Espírito sopra onde quer, da forma que quer, em quem quer.

O derramamento do Espírito veio em línguas como de fogo (Atos 2.3). O fogo também é símbolo do Espírito Santo. Deus se manifestou a Moisés na sarça em que o fogo não se consumia (Ex. 3.2). Quando Salomão consagrou o Templo ao Senhor, desceu fogo do céu (2 Cro 7.1). No Carmelo, Elias orou, e o fogo desceu (1 Rs 18.38,39). Jesus batiza com fogo, e o Espírito desceu em línguas como de fogo.

Hoje, muitas vezes, a igreja está fria. Parece mais uma geladeira a conservar intacto seu religiosismo do que uma fogueira a inflamar corações. Muitos crentes parecem mais uma barra de gelo do que uma labareda de fogo.
 Certa vez alguém perguntou a Moody: “Como podemos experimentar um reavivamento na igreja?”. O grande avivalista respondeu: “Acende uma fogueira no púlpito; quando gravetos secos pegam fogo, até lenha verde começa a arder”.

A experiência pentecostal de Moody: “Moody não duvidava de que recebera o batismo com o Espírito Santo. Quando ele era moço esforçava-se muito e tinha um desejo tremendo de conseguir alguma coisa, porém faltava-lhe poder. Estava trabalhando na força da carne. Nesse tempo havia duas humildes senhoras metodistas que costumavam assistir  às reuniões por ele dirigidas na Associação Cristã de Moços. Elas, no final do culto, muitas vezes se despediam de Moody dizendo: “Estamos orando a seu favor”. Afinal ele ficou um tanto sentido com isto e uma noite perguntou-lhes: “porque estão orando por mim? Porque não oram em favor dos perdidos?”  Responderam: “estamos pedindo que Deus lhe conceda poder”. Ele não compreendeu esta declaração, mas começou a meditar e depois procurou as senhoras, pedindo esclarecimento sobre a questão. Elas lhe falaram, então, a respeito do batismo com o Espírito Santo. Em seguida, Moddy pediu licença para orar juntamente com elas. Uma das mulheres me contou que ele orou intensíssimo fervor naquela ocasião. Orou não somente com elas, mas também orou sozinho. Pouco tempo depois, quando Moddy estava na cidade de Nova Iorque, a caminho da Inglaterra, andando um dia pela rua, no meio do tumulto e da confusão da grande cidade, recebeu a resposta à sua oração: o poder de Deus desceu sobre ele. Moody foi às pressas para a casa de um amigo e pediu permissão para retirar-se para um quarto onde pudesse estar a sós por algum tempo. Ali passou umas horas em comunhão com Deus, enquanto o Espírito derramou sobre ele um imenso gozo, que transbordava. Saiu daquele lugar definitivamente cheio do Espírito Santo”.

A EXPERIÊNCIA PENTECOSTAL DE GUNNAR VINGREN
Gunnar Vingren, pioneiro da obra pentecostal no Brasil, foi para Chicago em 1904, a fim de estudar quatro anos de teologia no seminário sueco. Em maio de 1909, foi diplomado e, no mês seguinte, assumiu o pastorado da 1ª Igreja Batista em Menominee, Michigam. No verão desse mesmo ano, Deus o encheu de uma grande sede de receber o batismo com o Espírito Santo e com fogo. Em novembro de 1909, Vingren dirigiu-se até Chicago a fim de participar de uma conferência realizada pela Igreja Batista Sueca. Foi com o firme propósito de buscar o batismo com o Espírito Santo. Depois de cinco dias buscando o Senhor, Jesus o batizou com o Espírito Santo e com fogo, falando em novas línguas conforme está escrito em Atos 2. Assim se expressou Vingren em seu diário: ‘É impossível descrever a alegria que encheu meu coração. Eternamente o louvarei, pois Ele me batizou com o seu Espírito Santo e com fogo’. Depois que recebeu o batismo com o Espírito Santo na conferência em Chicago, retornou para a Igreja da qual era pastor em Menominee, Michigan. Vingren começou a ensinar a verdade pentecostal de que Jesus batiza com o Espírito Santo e com fogo. Alguns creram, outros duvidaram, mas alguns não desejaram aceitar a mensagem. O grupo que recusou a pregação, obrigou o jovem pastor a deixar a congregação. Deixando-a, Gunnar dirigiu-se a igreja em South Bend, Indiana. Nessa Igreja, todos receberam a verdade e creram nela. Na primeira semana Jesus batizou dez pessoas com o Espírito Santo e com fogo, e naquele verão, vinte. Assim, afirma Vingren: ‘Deus transformou a igreja batista de South Bend em uma igreja pentecostal’.

A EXPERIÊNCIA PENTECOSTAL DE DANIEL BERG
Daniel Berg, outro pioneiro da obra pentecostal no Brasil, nasceu no dia 19 de abril de 1884, na cidade de Vargon, na Suécia. Em 1889, converteu-se na Igreja Batista sueca e foi batizado nas águas. Em 25 de março de 1902, Berg desembarcouem Boston a procura de novas oportunidades de emprego. Quando estava em Boston, soube que um de seus amigos de infancia, L. Pethrus, recebera o batismo com o Espírito Santo e com fogo. A convite de sua mãe, Berg viajou até a Suécia para encontrar-se com Pethrus. Depois do encontro, ao regressar aos Estados Unidos, em 1909, Daniel Berg orou insistentemente a Deus pedindo o batismo com o Espírito Santo. Antes de chegar ao seu destino, Deus ouviu a oração batizando-o com o Espírito Santo. Nesse mesmo ano, encontrou-se com Gunnar Vingren. Os dois conversaram muito tempo a respeito da convicção que tinham no batismo com o Espírito Santo, nas Sagradas Escrituras e na chamada missionária. Os dois missionários não tinham qualquer dúvida de que Deus os havia unido para um propósito específico. Foi assim, que após quatorze dias de viagem, no dia 19 de novembro de 1910, Daniel Berg e Gunnar Vingren aportaram em Belém, Pará. Em 1911, a irmã Celina de Albuquerque recebe o batismo com o Espírito Santo, seguida da irmã Nazaré que ao ser batizada, cantou um hino espiritual. No dia 18 de junho de 1911, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus é fundada.



O derramamento do Espírito Santo traz uma experiência pessoal de enchimento do Espírito Santo (Atos 2.4). Os discípulos já eram salvos. Por três vezes Jesus havia deixado isso evidente (Jo 13.10; Jo 15.3; Jo 17.12). Uma coisa é ter o Espírito Santo, outra é o Espírito ter alguém. Uma coisa é ser habitado pelo Espírito, outra é ser cheio dele. Uma coisa é ter o Espírito presente, outra é tê-lo como presidente.
Certa feita, David Hume, ateu, foi visto correndo pelas ruas de Londres. Alguém o abordou: “Para onde você vai, com tanta pressa? O filósofo respondeu: “Vou ver George Whitefield pregar”. O questionador lhe perguntou: “Mas você não acredita no que ele prega, acredita?”.  Hume respondeu: “Eu não acredito, mas ele acredita”.

3)    A multidão do Pentecostes (VS. 5-11).
Lucas enfatiza a natureza internacional da multidão que se reuniu. Todos eram judeus, homens piedosos e todos estavam habitando em Jerusalém (v.5). Mas eles não tinham nascido naquela cidade: vinham da dispersão, de todas as nações debaixo do céu. PRIMEIRO, Lucas menciona os Partos, Medos e Elamitas e os naturais da Mesopotâmia (v.9), ou seja, os povos a oeste do Mar Cáspio; SEGUNDO, nos versículos 9b e 10 a, Lucas se refere a cinco áreas que chamamos de Asia Menor ou Turquia: Capadócia (leste), Ponto (norte) e Asia (oeste), Frigia e Panfilia (sul); TERCEIRO, norte da Africa (10 b): do Egito e as regiões da Líbia nas imediações de Cirene; QUARTO (VS. 10-11) é composto por Romanos que aqui residem, e o QUINTO, que mais se parece um acréscimo, são cretenses e arábicos (v. 11 b).



ü O milagre das línguas (Atos 2:4-7). Não foram sons incoerentes, mas uma habilidade sobrenatural para falar em língua reconhecíveis. Assim a expressão outras línguas poderia ser traduzido por “línguas diferentes da sua língua materna”.

ü A perplexidade da multidão (Atos 2.6-7). A multidão foi atraída pelo extraordinário fenômeno do Pentecostes. Algo sobrenatural estava acontecendo, e eles não tinham explicações razoáveis para aquele fato.

CONCLUSÃO: reações da multidão.
ü PRECONCEITO (Atos 2.7). Os galileus eram recebidos em Jerusalém com grande preconceito. Eram pessoas de segunda categoria.

ü CETICISMO (Atos 2.12). Estes ficaram atônitos e perplexos, ansiosos por uma explicação razoável para aquele extraordinário acontecimento.


ü ZOMBARIA (Atos 2.13). Um grupo dentre a multidão rotulou o fenômeno das línguas como resultado da embriaguez. 

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