terça-feira, 26 de agosto de 2014

A Vez de Nabucodonosor. Dn 4



Introdução

            Deus pra chamar à atenção do Rei Nabucodonosor colocou pessoas piedosas em sua companhia. No palácio estavam Daniel,  Hananias, Misael e Azarias. Estes mesmos quatro jovens destacaram-se pelo fato de temerem a Jeová. Mas o convívio com pessoas crentes, por si só, não converte ninguém.

            Deus mostrou para o rei Nabucodonosor que só o reino de Cristo é eterno. Diante da revelação o rei ficou impressionado, reconheceu que Deus existe, chegou a reconhecer que o “Senhor é o maior de todos os deuses” (Dn 2.47).

            Deus mostrou ao rei que existe somente um libertador (Is 43.2). Nabucodonosor fez uma enorme estátua, representando a si mesmo, e ordenou que todos a adorassem. Agiu em direta contradição às verdades que tão recentemente confessara. “As palavras de sua boca não alcançaram seu coração”.

            “Há muitas pessoas assim. Eles ouvem a verdade do Evangelho. Ela lhes causa profunda impressão. A verdade cativa-os e os entusiasma. Ficam inquietos pelo que ouviram. Mas há algo em seu intimo que não deseja que estas coisas sejam verdadeiras”.

            Sua fúria não contida motivou a lançar os três jovens na fornalha ardente, mas o livramento miraculoso, aliado à sua própria visão do Filho de Deus, levou o rei à confissão apresentada nos versículos 28 e 29, do capítulo 3.

            Porém, a narrativa não fornece a menor indicação de que sua própria vontade foi quebrantada. No intimo de seu coração, permanecia tão obstinado como antes. “OUVIU A VERDADE E A RECONHECEU COMO VERDADE – ACEITOU O FATO DE QUE ELA É A VERDADE. MAS NÃO SE COMPROMETEU COM AQUILO QUE SABIA SER A VERDADE. NÃO DESCANSOU NELA E NÃO A TORNOU O FUNDAMENTO DE SUA CONFIANÇA”.

                            No capítulo 1, Deus se manifestou ao rei indiretamente; abordou-o diretamente no capítulo 2 (visão da estátua) e sacudiu-o no capítulo 3. Deus insistiu, insistiu e insistiu de novo. Deus determinou entrar no coração de Nabucodonosor, e o fará!

1)    A conversão de Nabucodonosor.
O primeiro fato importante é o que Deus realizou. Nos versículos 4 e 5 lemos que, quando tudo ia bem com ele, Deus interveio e lhe deu um sonho terrível.

Os versículos 10 a 16 contam-nos sobre o sonho. Há uma árvore... e cresce...e cresce. Parece alcançar o céu e pode ser vista de onde se estiver, não importando a distancia.  Um anjo desce e ordena que a arvore seja derrubada. Seus ramos serão cortados, suas folhas secadas, seus frutos espalhados. Os animais e pássaros não mais gozarão de seu refúgio. A linda árvore será destruída. Nada será deixado, além de um toco atado com correntes de metal.

O toco nada é, se comparado à arvore original. Ficará no campo, com os animais que lá pastam e será molhado pelo orvalho. O coração lhe será tirado (v.16) e lhe será dado um coração de animal. Ficará assim “sete tempos”, que significa sete períodos definidos, embora não se saiba se estes são meses ou anos. Tudo isso acontecerá por decreto de anjos.

Nos versículos 19 a 27, Daniel, com sua habilidade de interpretar sonhos, que lhe foi dado por Deus (Dn 1.17), revela o significado: “Rei, Nabucodonosor, tu és a árvore. Cresceste e te fortaleceste, mas serás derrubado. Isto não acontecerá por decretos de anjos, e, sim, por decreto de Deus, a quem os anjos servem” (VV.20-24).

Qual é o propósito disto tudo? “Até que conheças que o altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer” (v.25). “MAS”, continuou Daniel, “não perderás todo o teu reino. Depois que tudo isto te acontecer, serás restaurado ao trono. Portanto, arrepende- te! Teu arrependimento não impedirá que o sonho se realize, mas talvez prolongue o período de tua tranquilidade” (VV. 26-27).

“Deus tem dado muitas oportunidades. Noé pregou durante 120 anos. Sodoma teve o testemunho de Ló. Jerusalém, antes de ser levada cativa, ouviu o brado dos profetas que a convocaram ao arrependimento”.

1.1)         O orgulho do rei (v.30).
 Depois de doze meses o rei se exaltou por causa da magnificência de Babilônia: “Babilônia era a cidade mais rica e poderosa do mundo. Ela tinha 96 Km de muros, com 25 metros de largura, 25 portões de cobre, com uma imagem de Marduque no grande Templo com 22.500 kg de ouro. A cidade estava cheia de prédios, palácios e templos. Lá estavam os jardins suspensos, uma das sete maravilhas do mundo antigo, construídos para sua esposa. Ele era um homem que tinha poder, riqueza e fama”.

            Deus humilhou um homem cujo coração transbordava de orgulho (VV.31-32). O grande rei da Babilônia ficou completamente louco. Deus tirou-lhe o entendimento, dando-lhe um coração de animal. Seu cabelo cresceu até parecerem penas. Suas unhas logo se assemelharam a garras. Vivia como um animal, no campo, alimentando-se de capim e sendo molhado pelo orvalho da manhã.

Doença de Nabucodonosor: “licantropia”, onde a pessoa acredita ser um animal, enquanto, ao mesmo tempo, preserva suficiente consciência interior, para lembrar-se do que realmente é. Pessoas que sofrem desta terrível enfermidade, agem como animal que imaginam ser e emitem os ruídos que os caracterizam.No século XIX, houve um número surpreendentemente alto de casos desta doença nas ilhas britânicas. Certas pessoas acreditavam ser bois ou vacas e agiam exatamente como estes animais, não esquecendo completamente sua identidade.

Os súditos retiraram para fora o soberano enlouquecido e o observavam com espanto, quanto comia capim e rolava no campo, com unhas e cabelos crescidos. Quem imaginaria que tal coisa pudesse acontecer ao rei de Babilônia?

Sete “tempos” se passam – semanas, meses ou quaisquer que sejam estes períodos de tempo. Pouco a pouco, enquanto está revirando no chão e comendo grama, vem a entender uma coisa. Quase totalmente enlouquecido, procedendo e mugindo como o animal que imagina ser, ainda possui consciência interior suficiente para reconhecer verdades que deveria ter assimilado antes.  Não de imediato, mas com firmeza, adquire a convicção de que Deus é o único Deus e o Rei do céu.

Nunca mais viverá como se ele, ou qualquer ser humano, fosse o centro do universo. Jamais cairá na armadilha de pensar que o mundo gira em torno de sua própria pessoa (v.34-37). Finalmente este grande rei está no lugar onde todo homem e mulher deve estar. Curvado ante a face de Deus. Seu coração foi transformado, seu entendimento restaurado. Nabucodonosor volta à sua humanidade plena e à glória anterior.

CONCLUSÃO: duas lições a Aprender.
Primeira, nunca devemos desistir da conversão de qualquer pessoa. Poderíamos imaginar que este poderoso rei, que levou cativo todo o povo de Deus e procurou forçar o remanescente a unir-se a ele na prática da idolatria, estaria, depois, ele mesmo, em comunhão com Deus? Creia na conversão do ateu, do cínico, do apático, do feiticeiro, do idólatra, do viciado, da prostituta, do homossexual, do assassino, do presidiário, do político, do universitário, enfim, de todos.

“Enquanto o Deus de Nabucodonosor continuar sendo Deus, nunca devemos desistir quando à conversão de qualquer pessoa. Muitas vezes somos tentados a questionar se há qualquer razão para prosseguirmos com o trabalho cristão”.

Segunda, por que até o momento você não se converteu, apesar de todo o seu interesse na Bíblia, é esta: VOCE AINDA NÃO ESTÁ SUFICIENTEMENTE HUMILHADO. Você tem um elevado conceito a respeito de si mesmo e não pode ir a Deus, como uma criança. Deus não o salvará se não houver humilhação de sua parte. Aqueles que se achegam a Deus, por meio de Cristo, precisam ir a Ele da mesma forma que o fizeram todos os demais antes deles (Atos 9.6 e Atos 16.30).




sábado, 23 de agosto de 2014

O clack e seus efeitos.



Com custo relativamente baixo e alto potencial para gerar dependência química, o crack é, dentre as substâncias entorpecentes, aquela que tem causado as consequências mais nefastas em nossa sociedade. A droga atinge grave e diretamente a saúde física e mental dos usuários. Mais do que isso, e de forma muito rápida, debilita laços familiares e relações sociais. Nesta medida, constitui indiscutível fator de aumento das taxas de criminalidade, violência e outros problemas.

O crack mata


Segundo a bióloga Mariana Araguaia, “cerca de 30% dos usuários [de crack] perdem a vida em um prazo de cinco anos -- ou pela droga em si ou em consequência de seu uso (suicídio, envolvimento em brigas, ‘prestação de contas’ com traficantes, comportamento de risco em busca da droga)”.

O suicídio é a terceira maior causa de morte entre jovens. E muitos deles se matam em decorrência da dependência do álcool e outras drogas.

O crack mente



Ele promete fornecer ao usuário sensações de grande prazer, de grande euforia, de extrema autoconfiança, de poder e de ausência de cansaço. E cumpre sua palavra. Só que tudo dura apenas de 5 a 10 minutos, quando muito. Porém, o crack esconde o que vem junto: a agitação, a irritabilidade, as alterações de percepção e de pensamento, a taquicardia, os tremores, a perda de apetite e de sono, a perda da saúde e, em alguns casos, a perda da vida.

O crack escraviza


Porque a sensação foi boa, mas durou pouco, a pessoa tem vontade de usar mais uma vez, mais outras vezes e, em muito pouco tempo, o uso do crack se torna compulsivo e incontrolável. Em outras palavras, o usuário é levado a um consumo desenfreado da droga e passa a integrar o triste rol dos dependentes químicos. Por toda a vida. Por toda a vida mesmo, a não ser que ele aceite fazer um tratamento para abster-se do crack, o que nem sempre acontece. Nem sempre acontece porque essa dependência exige um tratamento difícil e complexo, pois é uma doença crônica e grave que deve ser acompanhada por longo tempo.

O crack é caro


O crack cobra um preço altíssimo de seus usuários. A dependência química afasta as pessoas de seus pais, cônjuges, filhos e amigos. Ela os faz perder o emprego, a projeção social, os bens, a saúde e, às vezes, até a fé. Quase sempre os dependentes químicos são levados a fazer coisas que jamais imaginaram, como furtos, roubos, assaltos e assassinatos. Às vezes, a dependência obriga-os a se comprometerem com o tráfico e com o crime de seduzir alguém às drogas. Mais ainda: o crack pode levar as suas vidas muito prematuramente.

Fonte: Revista Ultimato.


terça-feira, 19 de agosto de 2014

A fornalha ardente. Dn 3


Introdução
ü Um dos mistérios deste capítulo é a ausência de Daniel. Ninguém sabe o motivo desta ausência. Onde estava e o que fazia Daniel nesta ocasião não é revelado.

ü O principal ensino desse capítulo não é o livramento miraculoso. Não temos dificuldades em acreditar em milagres, temos? Mas, esse capítulo, nos ensina que os três jovens piedosos são tentados a praticar o mal e recusam-se a fazê-lo. “Transigir” não é uma palavra do vocabulário deles. O pecado é pecado, e eles não o cometerão, ainda que corram perigo.

ü O que acontece quando uma força irresistível (Nabucodonosor) encontra um objeto irremovível (na verdade, são três objetos: Sadraque, Mesaque e Adebe-Nego)?

1)    A força irresistível (v.1).
·        A força irresistível é o rei Nabucodonosor. A  narrativa se inicia com o rei erigindo uma imagem. Depois de Daniel revelar o sonho (capítulo 2), possivelmente a descrição “cabeça de ouro”, encheu o coração do rei de soberba, edificando uma imagem de verdade. Também, essa imagem era uma forma de adorar as divindades da Babilônia.

·        O custo de fabricação desta imagem deve ter sido muito alto. Folheada a ouro, erguia-se sobre um pedestal e tinha mais de trinta metros de altura, mas sua largura era apenas dois metros e setenta centímetros.

·        “Campo de dura”. A palavra campo em aramaico se refere a uma área de plana entre montanhas. Provavelmente seria visível a dezenas de Km, especialmente quando seu revestimento dourado brilhasse ao sol.

·        “Uma grande cerimônia de dedicação”: oficiais importantes vieram dos lugares mais distantes do império babilônico: governadores regionais, os prefeitos, os governadores das províncias, os juízes, os tesoureiros, os magistrados, os conselheiros e todas as outras autoridades viessem à cerimônia de inauguração da estátua.

·        “O arauto apregoava em alta voz” (v.4). Depois do som da “trombeta” e o pífaro – instrumentos usados por judeus -, da “harpa” e do “saltério” – instrumentos gregos - , o arauto proclamava que, quando a orquestra tocasse, todos, quem quer que fosse onde quer que estivesse, deveriam adorar em terra e adorar a imagem erigida. NÃO SE CURVAR PODERIA SER INTERPRETADO COMO UM ATO DE INFIDELIDADE; era traição (v.6).

·        No entanto, para Sadraque, Mesaque e Adebe-Nego o primeiro mandamento era de suprema importância para eles (Ex. 20.3; Mt 22.37). Haviam recusado comer alimentos oferecidos aos ídolos e, portanto, certamente não se dobrariam diante de uma imagem.

·        “Voce não conseguirá entrar sorrateiramente no céu, acompanhado de Cristo, sem conflitos e uma cruz”. Pessoas ao nosso redor nos pressionam para que nos unamos a elas em seus pecados. Insistem repetidamente: “todos fazem, porque não você? Por que ser diferente? Vamos, apenas esta vez: só esta vez”.  O mundo tem sua própria fornalha (v.6) ardente à espera daqueles que não se conformam em adorar seus ídolos. É a fornalha de ser desprezado, ridicularizado, escarnecido, repudiado e ignorado.

2)    Três objetos irremovíveis – Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.
·        Pensemos na imensa multidão, a agitação e o ambiente de expectativa. Finalmente, a orquestra toca, e, como ordenado, a multidão se ajoelha diante da estatua. Ali, tão visíveis quanto era possível, encontram-se apenas três pessoas ainda de pé!

“todos haviam se curvado, mas três, somente três, corajosamente permaneceram de pé”.

·        Os versículos 13 a 15 contam-nos como o rei, na sua fúria, ordenou que os três fosse imediatamente trazidos a ele.

“é verdade?” – perguntou-lhes Nabucodonosor. Então lhes assegurou, como o fazem as pessoas ao nosso redor, que se for verdade, ainda há tempo para mudarem de atitude e tornarem-se como os demais (v.15). E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?

·        Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego: “Ó Nabucodonosor, quanto a isso não necessitamos de te responder. Sim, as denuncias são verdadeiras. Não temos nenhuma defesa, escusa ou desculpa a apresentar. Confirmamos os fatos. É perfeitamente verdadeiro que não nos curvamos ante a imagem de ouro. Se tu nos lançares na fornalha ardente, que assim seja. Nosso Deus pode livrar-nos. Realmente, ele o fará. PORÉM, SE EM SUA SOBERANA VONTADE, escolher não nos livrar, ainda assim não cometeremos o pecado que estás ordenando” (VV. 16-18).

·        VEJAM, ELES NÃO DECRETAM: Eles não dizem: “Eu não aceito isto”; “Eu rejeito aquilo”; “Eu repreendo o fogo”; “O rei está amarrado”. O patriarca Jó, no auge da sua dor gritou: “ainda que me mate, eu ainda confiarei nele” (Jó 13.15).
“é melhor ser morto prematuramente e encontrar o reto juiz em paz do que viver um pouco mais com vida repreensível e encontrá-lo em terror”.

CONCLUSÃO: O que aconteceu?
·        A intensidade da fúria de Nabucodonosor alterou até mesmo sua aparência (v.19). Ordenou que a fornalha fosse aquecida sete vezes mais do que o normal. Os jovens foram amarrados e lançados na fornalha de fogo ardente.

·        “Quantos homens foram lançados na fornalha?” “Três”? “Em que condição?” “Atados”. “Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses” (v.25). Era Jesus, andando com os discípulos no meio da fornalha (Is 43.2).


·        O livramento NO FOGO É A ESTRATÉGIA DE DEUS. Só temos duas escolhas: ou ficamos fora da fornalha com Nabucodonosor ou dentro dela com Cristo. O lugar do calor da prova é o mesmo lugar da comunhão intima com Cristo.





terça-feira, 12 de agosto de 2014

O sonho de Nabucodonosor – Daniel 2:1-36



Introdução:
Um garoto de 14 anos foi tirado de sua casa, família e amigos e forçado a marchar até uma terra estranha. Esteve rodeado pelo mal, na juventude, na maturidade e na velhice. Quase não há tentação conhecida que ele não tenha enfrentado.

Daniel: “Deus é meu juiz”. Deram-lhe o nome de Beltessazar, cujo significado é : bel proteja o rei.
Hananias: Jeová é misericordioso. Passou a ser chamado de Sadraque, que significa iluminado pela deusa do sol.
Misael: “quem é como Deus?”. Deram-lhe o nome de Mesaque, que significa “quem é como Vênus?”.
Azarias: “Jeová ajuda”. Lhe chamaram de Abednego, cujo significado é: servo de nego.
Assim, seus nomes foram trocados e vinculados às divindades pagãs de Bel, Marduque, Vênus e Nego.

1)    O que Nabucodonosor viu? (Dn 2:1-13).

1.1)         Nabucodonosor teve um sonho, que ele recusou a relatar ou descrever.
·        Nabucodonosor era  cabeça de um imenso império; e era bem natural que, como último pensamento do dia, houvesse ansiedade a respeito do que aconteceria no futuro (v.29).

·        O SONHO ERA INCOMUM! Foi dado por Deus. Sua vivacidade era intensa, e o rei ficou apavorado. A palavra “pertubou” significa golpear. O rei foi golpeado e encheu-se de ansiedade, insegurança e medo.  LOGO, o rei convocou as pessoas que acreditava poderem interpretar seu sonho e esclarecer seu significado (v.2). São eles:

ü Os magos: eram possuidores de conhecimento dos mistérios sagrados e das ciências ocultas.
ü Os encantadores: eram astrólogos, ou seja, aqueles que se dedicavam a contemplar o céu e buscar sinais nas estrelas/planetas com o propósito de predizer o futuro.
ü Os feiticeiros: eles usavam a magia, invocando o nome de espíritos malignos.
ü Caldeus: uma casta sacerdotal de homens sábios.

·        O versículo 4 registra a resposta dos homens da corte ao pedido do rei. Respondem com outro pedido. O rei declarou: “uma coisa é certa”, ou seja, “se não me fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas em monturo”. (v.5).
·        As honras extravagantes, no versículo 6, também eram típicas dos governantes daquela época. O fracasso em contar o sonho e interpretá-lo significaria morte certa.

1.2)         Nabucodonosor viu os astrólogos tentando ganhar tempo (VV. 7-11). 
·        Disse o rei: “Eu sei o que estão tentando fazer. Vocês só querem ganhar tempo. Sabem que estão numa enrascada e, se não conseguirem me contar o sonho, estarão numa fria. Estou até vendo: vocês vão inventar uma história qualquer e me enrolar até que eu mude de ideia. NADA DISSO! Primeiro me contem o sonho, e, então, vou saber se são capazes de me dar a interpretação ou se estão só me enrolando”.

·        IMAGINE A CENA: O mais poderoso homem do mundo num acesso de raiva! “matem a todos!”, disse o rei da Babilônia.         Daniel, Hananias, Misael e Azarias haviam sido educados pelos sábios de Babilônia, e estavam, portanto,  no sentido mais amplo, incluídos na sentença de morte.

1)    O que Daniel viu?

2.1 ) Daniel viu quem é Deus (Dn. 2:14-23).
·        Daniel vai ao rei e pede tempo (v.16). “Dá-me tempo e satisfarei o teu pedido e dar-te-ei a interpretação”.

·        Daniel vai aos amigos e pede oração (v.17). Quando, para o mundo, só resta o desespero, para os filhos de Deus ainda há o recurso da oração. Daniel compreendeu a importância de termos um grupo de oração.

“Senhor és o nosso pastor. Foi decretado a execução de todos os sábios de Babilônia, e estamos incluídos entre eles. Se o decreto foi cumprido, teus servos morrerão. Ó Senhor, mostra tua misericórdia para conosco. Dá-nos um relato do sonho e uma compreensão do que significa”.

·        Deus responde a oração de Daniel. Deus lhe deu o sonho de Nabucodonosor e o seu significado (v.19). A reação de Deus à revelação foi explodir em louvor a Deus.

ü Daniel bendiz a Deus, porque ele conjuga poder e sabedoria (v.20). SABEDORIA é a capacidade de tomar a decisão certa, e o PODER, a capacidade de torná-la efetiva.
ü Daniel bendiz a Deus porque ele é o Senhor do tempo (v.21).

ü Daniel bendiz a Deus porque ele é o Senhor da história (v.21). As rédeas da história estão nas mãos de Deus, não nas mãos dos poderosos deste mundo.

ü Daniel bendiz a Deus porque ele é o Senhor dos mistérios (v.22).

2.2  ) O que Daniel viu na visão da noite (Dn 2:24-25).
·        “podes”, pergunta o rei. “podes tu fazer-me saber o que vi no sonho e a sua interpretação? (v.26). Nem encantadores, nem magos, nem astrólogos o podem revelar ao rei; mas há um Deus nos céus, o qual revela mistérios; pois fez saber ao rei o que há de ser nos últimos dias”.

·        O rei em seu sonho contemplou uma imensa estátua (v.31). Sendo quase totalmente metálica, brilhava ao sol. A estátua era composta de diferentes materiais, todos metais, menos um: a cabeça era feita do melhor do ouro (v.32). O peito e os dois braços eram de prata. O ventre e os quadris, de bronze. As pernas, dos joelhos para baixo, eram de ferro (v.33). Mas os pés eram, em parte, de ferro e, em parte, de barro.


·        Em direção a estátua veio uma pedra insignificante. Talvez fosse como uma das pequenas pedras que achamos na estrada. Não há indicação de onde a pedra veio; parecia vir do nada. A pedra caiu sobre os pés da imagem (v.34). Imediatamente, toda imagem desmoronou e foi reduzida a pó. ENTÃO... a pedra começou a crescer... tornando-se maior que uma casa, maior que o prédio mais elevado e maior que os montes. De fato, tornou-se uma grande montanha, que enchia toda a terra (v.35).

2.3 ) Daniel interpreta o sonho.


·        A cabeça, ó rei Nabucodonosor, és tu! És um poder mundial. És um reino. És um império. Tu és a cabeça de ouro”. (VV.37-38). Ele governou durante 41 anos.

·        O peito e o braços são também um império, menos poderoso, que te sucederá”. (v.39). Simboliza o império medo-persa. Os dois braços ligados pelo peito representam um império que seria formado pela união de dois povos: OS MEDOS E OS PERSAS. Alguns reis: Ciro, Dario, Xerxes, etc.

·        O ventre e as coxas são outro império que sucederá àquele” (v.39). Representa o império grego estabelecido por Alexandre Magno, em 333 a.C.  Alexandre, o grande, dominou o mundo inteiro, mas esse reino desintegrou com sua morte prematura (33 anos).

·        “As pernas de ferro e dos pés de ferro e barro”. Trata-se do império Romano. Era o mais forte dos quatro. Terá a força do ferro e será constituído de uma mistura de ferro com barro. Seus dois elementos finalmente serão impossibilitados de permanecerem ligados e se tornarão um reino dividido. Uma das partes permanecerá forte, mas a outra será frágil e mais facilmente destruída.

·        E A PEDRA PEQUENA? Bem, durante o governo deste quarto poder mundial, ocorrerá um evento de grande significado nos dias destes reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais abalado. Subsistirá para sempre (v.44).

2.4 ) Daniel viu o rei Nabucodonosor humilhado diante dele (v.46).
·        Quem esperaria ver o mais poderoso homem da terra cair sobre seu rosto, em atitude de homenagem? O rei caiu aos pés de Daniel, não porque o estava adorando como Deus, mas porque reconheceu Daniel como um porta-voz de Deus. Então, o verdadeiro Deus foi glorificado.

·        Daniel foi colocado como governador da província de Babilônia e como o chefe supremo de todos os sábios.

·        Os seus três amigos de oração foram promovidos a sub-chefes, para servir sob a autoridade de Daniel.


Conclusão:  


Uma Pedra, Jesus é a pedra (Ef. 2.20; 1 Pedro 2.6). João Batista proclamou a respeito dEle: “o que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de mim” (Jo 1.15). O eterno Filho de Deus veio a Belém como um insignificante menino, a fim de estabelecer um reino que permanecerá para sempre.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Ouse ser como Daniel. Dn 1:1-21.




Introdução: Um pouco de história de Israel.

·        Deus chamou Abraão. Ele constituiu uma família. A família tornou-se uma nação. A nação desceu ao Egito, onde permaneceu quatrocentos anos. Deus tirou Israel do cativeiro com mão forte e poderosa. Dez pragas vieram sobre o Egito, desbancando as divindades do maior império do mundo. Israel perambulou no deserto quarenta anos sob a liderança de Moisés. Durante sete anos conquistou a terra, sob a liderança de Josué.

·        Surge a Teocracia (governo de Deus) – 120 anos – no período dos juízes. Israel oscilou entre pecado, juízo, arrependimento e restauração.

·        Depois vem a Monarquia – governo de um rei. Foram cento e vinte anos de Reino Unido sob Saul, Davi e Salomão. Com a morte de Salomão em 931 a.C., sob o governo de seu filho Roboão se dividiu em: Reino Norte e Reino do Sul.

·        O Reino Norte, formado por dez tribos teve dezenove reis, com 8 dinastias e nenhum rei piedoso. Por causa do pecado em 722 a.C, esse reino é tomado pela Assíria, e jamais foram restaurados.

·        O Reino Sul, formado pelas tribos de Judá e Benjamin, procedia da linhagem de Davi. Esse reino teve vinte reis e experimentou altos e baixos, momentos de glória e tempos de calamidade, reis piedosos no trono e reis perversos e maus. Por causa do pecado, o Rei Nabucodonozor, invadiu a cidade no ano de 606 a.C., levando consigo os nobres (dentre eles Daniel) e os vasos do templo.

ü LIÇÃO PRINCIPAL QUANTO A DANIEL: é possível viver para Deus quando as circunstancias lhe são totalmente adversas? Um garoto de 14 anos foi tirado de sua casa, família e amigos e forçado a marchar até uma terra estranha. Esteve rodeado pelo mal, na juventude, na maturidade e na velhice. Quase não há tentação conhecida que ele não tenha enfrentado. É POSSÍVEL, SIM, VIVERMOS PARA DEUS EM UM MUNDO HOSTIL. A VERDADEIRA SANTIDADE PODE DESENVOLVER-SE E FLORESCER DIANTE DE CONDIÇÕES NÃO-IDEAIS.

ü Qual era o segredo de Daniel? É simples. Antes de interpretar o sonho de Nabucodonozor, o que Daniel fez? (Dn 2.17-19). O que ele estava fazendo, quando houve conspiração que resultou em ser lançado na cova dos leões? (Dn 6.10). OUTRO SEGREDO DE DANIEL É BEM SIMPLES. No capitulo 9 encontramos Daniel examinando e entendendo os livros (v.2). Quais livros? Os livros proféticos do Velho Testamento. Nos versos 11 e 13, vemos Daniel se referindo à “lei de Moisés”. Daniel lia e conhecia a Bíblia. Seu segredo é fácil definir, mas nem sempre fácil de praticar.

1)    Daniel – um jovem fiel a Deus apesar de um passado de dor.
ü No meio de uma geração que se corrompia, Daniel possuía valores absolutos. Ele era ainda um adolescente, mas conhecia a Deus. Era um jovem que tinha coragem de ser diferente.  Vivia no meio de uma geração que estava colhendo o que seus pais haviam semeado (Dn 1.2). os judeus tinham confiado no templo (Jr 7.7). Confiar no templo não era um substituto para o arrependimento.

ü Daniel perdeu sua liberdade. Ele saiu de casa não como estudante, mas como escravo. Ele estava debaixo de um jugo. Sua cidade foi cercada. A fome desesperadora tomou conta do seu povo até  o ponto das mães comerem seus próprios filhos (Lm 2.20).

ü Daniel perdeu sua religião. O templo do Senhor foi derrubado. Seu povo estava debaixo da vergonha. Longe de casa: país estranho, língua diferente, sem a Palavra de Deus nas mãos, sem o templo, sem sacerdotes e sem os rituais do culto. TODAVIA, Daniel não era um jovem influenciado, mas um influenciador.

2)    Daniel – não quis dividir sua adoração.
ü ELE FOI ESCOLHIDO PARA ESTUDAR NA UNIVERSIDADE DA BABILÔNIA. O vestibular era composto de três exames: 1) qualidades sociais: linhagem real e dos nobres; 2) qualidades físicas e morais: jovens sem nenhum defeito e de boa aparência; 3) qualidades intelectuais: instruídos em toda sabedoria, doutos em ciência, competentes para assistir no palácio. Era um curso intensivo (Daniel 1.5), pois durava apenas três anos. Depois do curso ia estar servido Nabucodonozor. ERA TUDO O QUE QUALQUER JOVEM QUERIA NA VIDA!

2.1 ) Perigos – sinal vermelho: pare!

ü ACULTURAÇÃO.  O primeiro perigo foram as iguarias do mundo. Os jovens além de ter a melhor universidade do mundo de graça, ainda teriam comida de graça, e da melhor qualidade. As iguarias do rei eram comidas sacrificadas aos ídolos. DITADO: “todas as maçãs do diabo são bonitas, mas elas têm bichos”.  Os banquetes do mundo são atraentes, mas o mundo jaz no maligno.

ü MUDANÇA DE VALORES. Seus nomes foram trocados. Com isso a Babilonia queria que eles esquecessem o passado. Queria remover os marcos e arrancar as raízes.  ENTRE OS HEBREUS O NOME ERA RESULTADO DE UMA EXPERIENCIA COM DEUS.  “Quando olhamos os quatro nomes originais, vemos que dois deles terminal em “El”, que indica um dos nomes de Deus, e dois terminam em “ias”, uma versão abreviada de Jeová”.

Daniel: “Deus é meu juiz”. Deram-lhe o nome de Beltessazar, cujo significado é : bel proteja o rei.
Hananias: Jeová é misericordioso. Passou a ser chamado de Sadraque, que significa iluminado pela deusa do sol.
Misael: “quem é como Deus?”. Deram-lhe o nome de Mesaque, que significa “quem é como Vênus?”.
Azarias: “Jeová ajuda”. Lhe chamaram de Abednego, cujo significado é: servo de nego.
Assim, seus nomes foram trocados e vinculados às divindades pagãs de Bel, Marduque, Vênus e Nego.

ü OFERTAS VANTAJOSAS! Muitos judeus se dispuseram a aceitar as ofertas generosas da Babilônia. Pensaram: é melhor esquecer Sião. É melhor esquecer os absolutos de Deus. Estamos estudando ciências. Além do mais, a Babilônia oferece riquezas, prazeres e Jerusalém era muito repressora.

 “As pessoas dizem para voce: que nada! Os tempos mudaram,  sexo antes do casamento, roupas indecorosas, corpo com tatuagens e piercing, dançar nas noitadas não tem nada a ver, ficar com um rapaz ou moça hoje e com outro isso é normal. Visitar sites pornográficos na internet, etc., (Mt 5.29)”. “Pessoas caem em pecados sérios somente porque aprenderam a tolerar pecados menores”.

“Não! Não comerei, e me absterei de qualquer aparência do mal. Embora signifique grande perigo pessoal e possa custar-me a vida, é melhor apodrecer em uma masmorra ou morrer executado e associar-me à idolatria”.

ü O QUE ESTÁ POR TRÁS DAS OFERTAS VANTAJOSAS. A guerra das idéias, a lavagem cerebral, a relativização da moral, a filosofia “nada tem nada a ver” é procedente do maligno. Daniel não negociou seus valores. Ele não se corrompeu.

CONCLUSÃO: Resultados da fidelidade de Daniel e seus amigos.
ü Daniel ganhou a confiança do chefe dos enucos. “Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias; e que nos dêem legumes a comer e água a beber”. Daniel e seus amigos se tornaram maus robustos que os outros estudantes.

ü Daniel foi aprovado com grande honra. Foram tidos dez vezes mais sábios que os outros estudantes. Como resultado, cada um dos quatro foi colocado em um alto cargo(v.19).

ü Daniel passou a servir diante do rei. Tornou-se representante da Rei da Babilônia. Muitos crentes anseiam por posições mais altas, mas para isso negociam valores, vendem a consciência, se corrompem e envergonham o nome de Deus.

ü Daniel foi maior que a própria Babilônia. A Babilônia caiu, mas Daniel continuou em pé (v.21).