terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Passos para o avivamento: Joel 1:1-12 e 2:12-13.


Introdução: O Antigo Testamento, entre os livros de Samuel e Neemias, faz referencia a doze  diferentes homens que receberam o nome de Joel. Esse, porém, é  distinguido dos demais pelo nome de seu pai, Petuel. O nome do profeta é mencionado apenas duas vezes na Bíblia (Joel 1.1;  Atos 2.16).

Na cultura hebraica o nome tinha uma conexão com a vida. Os pais escolhiam o nome dos filhos não pela beleza sonora, mas pelo significado espiritual. Joel significa “o Senhor é Deus”. Seu nome é  uma confissão de fé que expressa duas verdades benditas. A PRIMEIRA DELAS É a singularidade da pessoa de Deus. Não há vários deuses. O politeísmo é uma criação da mente humana e não uma revelação divina (Dt 6.4-5; Mt 22:37-38). A SEGUNDA VERDADE destacada pelo nome de Joel é que esse Deus único é o Deus soberano. Ele é o criador do universo. Ele é o Senhor. Ele governa sobre tudo.

1)    Quando Deus disciplina seu povo.


·        A invasão dos gafanhotos (Joel 1.2-4). Joel faz uma descrição forte, vívida e alarmante  de uma invasão avassaladora de gafanhotos em todo o território de Judá. Moisés já tinha profetizado que Deus poderia usar gafanhotos para punir seu povo se ele se tornasse desobediente (Dt 28.38-42).

·        Essa invasão é aterradora (Joel 1.4). Joel fala do gafanhoto CORTADOR, MIGRADOR, DEVORADOR E DESTRUIDOR. Joel está falando sobre quatro tipos de gafanhotos que, em ataques sucessivos, deixam um rastro de total destruição.

·        Essa invasão é incomparável (Joel 1.2). Joel toma a história em suas mãos, olha pelas lentes do retrovisor e relembra aos anciãos, que jamais havia acontecido invasão tão aterradora no passado recente nem  mesmo no passado remoto.

·        Essa invasão é para ser relembrada (Joel 1.3). Quando não aprendemos com os erros do passado, corremos o risco de repeti-los. Quatro gerações são notadas aqui. Seus ouvintes tinham de contar a catástrofe aos filhos, netos e bisnetos. 
1.1)         Uma calamidade assustadora (Joel 1.5-7).

·        Uma insensibilidade notória (VS. 1.5). Joel emboca a trombeta àqueles que viviam entregue aos prazeres, ao vinho e a embriaguez, completamente indiferentes e insensíveis às portas do juízo. O ÁLCOOL É um ladrão de cérebros. Todo pecado é maléfico, mas a embriaguez intoxica a mente, cauteriza a consciência, endurece o coração e faz da sociedade um ambiente sórdido e egoísta (Pv. 23.29-35).

·        Uma devastação irresistível (Jl 1.6-7).

Joel descreve os bandos de gafanhotos como um povo poderoso e numeroso que devasta e assola tudo. Esses insetos cortam as folhas, derrubam os frutos, arrancam a casca e deixam os galhos das plantas esbranquiçados. Em 1889, um enxame de gafanhotos, estimado em 24 bilhões e 420 milhões, voou sobre o mar vermelho provocando uma indescritível devastação na região. 

·        Uma destruição inevitável (1.6b).

Joel descreve esses gafanhotos como tendo dentes de leão e queixais de leoa. Dificilmente uma presa escapa depois de  ser abocanhado por um leão. Tão VORAZ É O APETITE dos gafanhotos e tão fortes são suas mandíbulas que nenhuma fruta,  ramo ou casca consegue sobreviver a seu ataque. Em 1866, uma praga de gafanhotos invadiu a Argélia, e tão grande foi a devastação que duzentas mil pessoas morreram de fome nas semanas seguintes por falta de alimento.

1.2)         Uma lamentação constrangedora (Jl 1.8-10).

·        A natureza da lamentação. O povo devia lamentar como uma noiva que ficou viúva antes mesmo de casar-se. As pessoas deviam chorar amargamente pela perda da comunhão com Deus, como uma viúva chora no funeral do seu marido. “PIOR DO QUE O PECADO É A FALTA DE  CONSCIENCIA DELE. PIOR DO QUE A TRANSGRESSÃO É A FALTA DE ARREPENDIMENTO”.

·        A RAZÃO DA LAMENTAÇÃO (Jl 1.9,10). O profeta Joel aponta duas razões pelas quais o povo deveria lamentar:  _ O TEMPLO FOI ABANDONADO. Os sacerdotes estão de luto porque o culto foi suspenso, uma vez que os gafanhotos devoraram as vinhas, os olivais e tudo aquilo que constituía as ofertas de comida e bebida na casa de Deus.

·        A terra foi devastada (jl 1.10). A desolação não deixou nada por tocar; tudo foi atingido: o campo, o cereal, a vide, a oliveira, o trigo, a cevada, a figueira, a romeira, a palmeira, a macieira, todas as arvores. Em resumo, tudo havia sofrido o efeito maléfico do flagelo dos gafanhotos.

“A igreja enfrenta a perseguição e o sofrimento com alegria indizível e cheia de glória quando caminha em santidade. Porém, quando o povo de Deus se rende ao pecado, a tristeza é a sua porção diária. O aparente prazer do pecado tem gosto de enxofre”.

2)    TOCAI A TROMBETA EM SIÃO (Joel 2.1). 


·        O lugar do alarme. Sião era o lugar da morada de Deus e onde se adora a Deus. A trombeta toca em Sião e para Sião; e dali deveria reverberar para todos os  moradores da terra.

·        O significado do alarme. “... e dai voz de rebate no meu santo monte..”.  O alarme deveria soar não apenas para fora dos muros  de Jerusalém, mas, sobretudo, para dentro dos muros da cidade santa. Deus está declarando guerra ao seu povo. Deus é o agente da guerra. Quando o povo deixa de acolher a graça, recebe  juízo.

·        A razão do alarme. O perigo é iminente. “Pertubem-se todos os moradores da terra, porque o dia do Senhor vem, já está próximo”(Joel 2.1).

Conclusão: Passos para o avivamento (Joel 2.12...)

·        É uma volta para uma relação pessoal  com Deus (2.12). “...diz o Senhor: convertei-vos  a mim”. O povo de Deus é como o filho pródigo que precisa voltar ao lar do Pai celestial.

·        É uma volta com profundidade (2.12). “...de todo o vosso coração”. O povo vivia para si, para os seus prazeres e não se importavam com as exortações ao Senhor. Deus não aceita coração dividido.

·        É uma volta com diligência (2.12). “...e isso com jejuns...”. quem jejua tem pressa. Quem jejua está dizendo que a volta para Deus é mais importante e mais urgente que o sustento do corpo (Mt 4.4).

·        É uma volta com quebrantamento (2.12). “...com choro e com pranto”. A restauração espiritual começa com choro e com lágrimas. Se compreendemos o estado da igreja e a nossa situação e não choramos é porque já estamos endurecidos.

·        É uma volta com sinceridade (2.13). “Rasgai o vosso coração e não as vossas vestes...”. O Senhor não aceita encenação. Ele não  se deixa enganar pelos nossos gestos, palavras bonitas e emoções sem  quebrantamento. Deus vê o coração (1 Sm 16.7). Diante dele não adianta “rasgar  seda”. É  preciso rasgar o coração.



2 comentários:

  1. Prezado irmão, parabéns pelo texto, mas parece-me que o mesmo foi extraído do comentário expositivo sobre o livro de Joel, autoria de Hernandes Dias Lopes. Corrija-me se estiver errado. Grato!

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