terça-feira, 2 de setembro de 2014

Belsazar: morreu sem estar preparado. Dn 5.


Introdução

 A linha invisível de Deus!

Há um tempo, não sabemos quando,
Um lugar, não sabemos onde,
Que marca o destino do homem
Em glória ou desespero.

Há uma linha, para nós invisível,
Que atravessa cada caminho, 
A fronteira oculta entre
A paciência e a ira de Deus.

Oh, qual é aquela misteriosa linha
Que atravessa o caminho do homem,
Além da qual, Deus mesmo jurou,
A alma que for, estará perdida?

Quanto tempo poderei continuar em pecado?
Quanto tempo Deus me poupará?
Onde termina a esperança e Começam os limites do desespero?

A resposta dos céus está enviada:
Vós que de Deus vos afastais,
Enquanto o dia é hoje, arrependei-vos
E não endureçais o coração.

Os que persistem em andar no caminho que escolheram um dia cruzam aquela linha invisível. Cruzam a fraca fronteira entre a paciência e a ira de Deus. Finalmente Ele diz: “Basta!”, e desiste deles. Não há caminho especial que conduz ao inferno. É Necessário apenas permanecer, por tempo suficiente, em nosso próprio caminho.

1)    Belsazar – “Bel proteja o rei”.
·        Nabucodonosor, seu pai (v.2). fontes históricas fidedignas atestam que o pai de Belsazar foi Nabonidus, o ultimo dos reis da Babilônia (556-539 a. C). Portanto, Belsazar não era filho do rei Nabucodonosor em sentido físico.

·        Decerto, Belsazar vivenciara, quando menino ou moço, os eventos relatados nos primeiros quatro capítulos de Daniel. Ele devia ter a idade de Daniel e viu seu testemunho, bem como o testemunho de seus amigos. Viu como Deus libertou os amigos de Daniel da fornalha, como Nabucodonosor foi arrancado do trono para tornar-se um animal, até que seu coração foi humilhado e convertido.

“Foi um homem que viu Deus tratando de modo pessoal com alguém próximo a ele. Sabia o que era conversão, pois contemplara seu próprio pai tornar-se um servo de Jeová. O verdadeiro Deus fora louvado e adorado no palácio que agora ele ocupava, como rei”.

·        Sem que Belsazar saiba, mais um passo no caminho da incredulidade o fará ultrapassar aquela linha invisível. Dará somente mais um passo para longe de Deus, e Deus apresentará a sua conta. O dia da oportunidade para arrepender-se está terminando rapidamente. NÃO PODEMOS ir até onde desejamos em nosso pecado, e a história de Belsazar nos mostrará isso.

2)    O grande banquete (VV.2-4).

ü Belsazar estava fazendo uma festa grandiosa no dia mais fatídico de sua vida. “Quanto maior a festa, maior a glória do festeiro”. Eles querem diversão e prazeres. Mas, a maior cidade do mundo estava sendo tomada, e o rei e os nobres estavam bebendo e se divertindo.

ü Belsazar lidera seus nobres em uma festa dissoluta, de embriaguez e de sensualidade na noite de seu juízo (Dn 5.2-3). Outro erro do rei foi o abuso da bebedeira. A bebedeira promove a dissolução (Ef 5.18).

ü Belsazar promove uma festa de profanação das coisas sagradas (Dn 5.3). O rei além de se embriagar dissolutamente, manda trazer os vasos do templo para profaná-los de forma estúpida e infame. Profanas as coisas de Deus é um grave pecado. A cena é um desprezo ao Deus do céu, o Deus  a respeito de quem Belsazar ouvira desde a meninice, e de rejeição ao testemunho que recebera.

ü Belsazar promove uma festa idolátrica ao dar louvor aos deuses fabricados por mãos humanas (Dn. 5.4). Canções são entoadas em louvor aos ídolos babilônicos.

3)    Os dedos de Mão humana (VV. 5-9).

ü Apareceram “dedos de mão de homem e escreviam” (v.5). O clima é de alegria, sensualidade e deboche, quando vozes ébrias entoam cânticos abjetos em louvor a divindades pagãs. Então, sobrevem um silêncio atordoante e estarrecedor: SÃO DEDOS DE UMA MÃO HUMANA, NENHUMA PESSOA, NENHUM BRAÇO, NENHUMA MÃO, SOMENTE ALGUNS DEDOS!!

“Os ruídos dos copos e das taças cessou. Silêncio absoluto. As mãos ficaram imóveis. Em poucos segundos todo o ambiente estava transformado num palco de medo e horror”.
“Num piscar de olhos, tudo terminou para o monarca arrogante. Deus anotou todos seus pensamentos, palavras e obras. Agora, encontra-o e apresenta-lhe a conta”.
Quatro palavras confrontam todos os rostos. A parede real parece a lápide de um túmulo, e viram:  MENE, MENE, TEQUEL E PARSIM (V.25).
4)    Daniel  - diante de Belsazar.
ü No versículo 13, confirma que Belsazar já sábia bastante a respeito de Daniel.  Nos versículos 14 a 16, o rei explica a situação ao profeta e prometendo recompensá-lo, se interpretasse o que estava escrito na parede. Muitos estão aterrorizados e calados, aqueles que há pouco zombavam do Deus vivo estão calados, pálidos.

ü No versículo 17, Daniel, informa sua rejeição aos presentes do rei. Ele não dava interpretações visando o ganho pessoal. Não procurava recompensa ou favores. Não fazia isso por dinheiro.

ü “Tu, Belsazar, agiste como se fosses a maior pessoa que já existiu. Porém, teu pai foi maior do que tu e Deus é maior do que ele! Foi Deus quem lhe deu tudo o que ele possuía. Há um Deus altíssimo, e, embora sejas, na terra, o homem a quem todos prestam contas, tu mesmo e responsável perante Deus. Ele te deu tudo o que tens e, da mesma forma, pode toma-lo. Isto se aplica até mesmo ao teu entendimento”. (veja mais, versículos 18-23).

5)    A condenação: MENE, MENE, TEQUEL, URFASIM-PERES (VV.24-26).
ü Deus contou seu reino e deu cabo dele: Mene. Essas três palavras fundamentalmente significam número, peso, divisão. O rei de Belsazar foi contado, pesado, dividido e dado aos medos e persas.

ü MENE, MENE. Trata-se de uma repetição de ênfase. Mene significa tanto “contar”  como “fixar o limite de algo”. De modo que a repetição sugere que Deus havia fixado o limite de Belsazar. Deus havia contado o reino de Belsazar e lhe havia posto um fim. Agora Deus diz: “Basta! Acabou!” (v.26).

ü TEQUEL: Deus o pesou na balança e o achou em falta (Dn 5.27). Deus pesou cada ato de sua vida. Ele tomou notas das oportunidades que Belsazar rejeitara desde sua juventude. Anotou todos os convites que ele desprezara. Seus pecados ocultos e conhecidos, suas desordens e bebedeiras, sua rejeição às coisas santas e resistência às coisas espirituais foram todos pesados na balança de Deus.

ü PERES. Deus dividiu o seu reino e o destruiu (Dn 5.28-31). O reino de Belsazar foi dividido. Seu reino seria dividido e destruído. Isso aconteceu pelo poder dos medos e dos persas. O mesmo Deus que dera o reino a Nabucodonosor (v.18), agora o dará aos medos e aos persas (v.28).

“Naquela noite, Dario desviou o Rio Eufrates para o novo canal e, guiado por dois desertores, marchou pelo leito seco rumo à cidade, enquanto os babilônios farreavam numa festa a seus deuses”. Heródoto.
 CONCLUSÃO:  a ordem de Deus para você é: Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos; volte-se ao Senhor, que se compadecerá dele; e para o nosso Deus, porque é generoso é perdoar” (Is 55.6-7).

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