terça-feira, 22 de abril de 2014

A segunda vinda de Cristo (Marcos 13:1-37).



Introdução: A segunda vinda de Cristo é o assunto mais enfatizado em toda a Bíblia. Há cerca de trezentas referências sobre a primeira vinda de Cristo na Escritura e oito vezes mais sobre a segunda vinda, ou seja, há mais de 2.400 referências sobre a segunda vinda em toda a Bíblia.

1)   A questão do templo (Marcos 13:1-2).
·        Os discípulos ficaram admirados com a magnificência do templo. Aquele majestoso templo de mármore branco, bordejado de ouro, o terceiro templo de Jerusalém era um dos mais belos monumentos arquitetônicos do mundo. O grande e belo templo era o centro da vida nacional de Israel, o símbolo da relação da nação com Deus.

·        A predição de Jesus de que não ficaria pedra sobre pedra cumpriu-se no ano 70 d.C., literalmente. O templo foi arrasado pelos romanos quarenta anos depois no terrível cerco de Jerusalém. Devemos aprender dessa solene profecia de Jesus que a verdadeira glória da igreja não consiste em seus prédios de adoração pública, mas na fé e piedade de seus membros.

2)   A destruição do templo e a segunda vinda de Cristo (Mc 13:3-4).

·        A DESTRUIÇÃO DO TEMPLO: O cumprimento da profecia de Jesus se deu  quando os judeus se rebelaram contra os romanos. Jerusalém foi invadida e dominada por Tito, filho do imperador Vespasiano (69-79 d.C.). O templo foi destruído. Alguns historiadores crêem que mais de um milhão de judeus, que tinham ocupado a cidade como refugiados, pereceram. Flavio Josefo, no seu livro História da Guerra Judaica, diz que enquanto o santuário ardia em chamas [...] não se demonstrava nenhuma piedade ou respeito para com a idade das pessoas. Muito ao contrário. Crianças e anciãos, leigos e sacerdotes, todos eram massacrados.

·        A SEGUNDA VINDA DE CRISTO. Alguns sinais:
2.1)     o sinal que mostra a graça de Deus (13.10). Jesus disse: “Mas é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações”. Observe alguns pontos importantes aqui: O evangelho deve ser pregado a todas as nações. Desde o início, os gentios foram incluídos no plano de Deus. Cristo morreu para salvar os que procedem de todas as nações. A Igreja precisa fazer discípulos de todas as nações. O campo de ação da Igreja é o mundo. Jesus morreu para comprar aqueles que procedem de toda tribo, raça, povo, língua e nação (Ap 5.9).

2.2)     sinais que indicam oposição a Deus. Destacamos dois sinais que indicam oposição a Deus:

2.2.1)       A perseguição religiosa (13.9,11,12,13,19,20). A perseguição religiosa (13.9) tem estado presente em toda a História: os judaizantes, os romanos, a intolerância romana, os governos totalitários, o nazismo, o comunismo, o islamismo, as religiões extremistas. No século 20, tivemos o maior número de mártires da História. A real causa da perseguição é afirmada em Marcos 13.13: “Sereis odiados de todos por causa do meu nome”. Quando nos identificarmos com Jesus Cristo, o mundo passará a nos odiar como odiou a Cristo (Jo 15.20).

2.2.2)       O engano religioso (13.5,6,21-23). É significativo que o primeiro sinal que Cristo apontou para a sua segunda vinda tenha sido o surgimento de falsos messias, falsos profetas, falsos cristãos, falsos ministros, falsos irmãos, pregando e promovendo um falso evangelho nos últimos dias. Cristo declarou que um falso cristianismo vai marcar os últimos dias.

Vivemos hoje a explosão da falsa religião. O islamismo domina mais de um bilhão de pessoas. O catolicismo romano também tem um bilhão de seguidores. O espiritismo Kardecista e os cultos afro-brasileiros proliferam. As grandes religiões orientais: budismo, hinduísmo e xintoísmo mantêm milhões de pessoas num berço de cegueira espiritual”.

·        O misticismo está tomando conta das igrejas hoje. A verdade é torcida. A igreja está se transformando numa empresa, o púlpito num balcão, o templo numa praça de barganha, o evangelho num produto de consumo, e os crentes em consumidores.

3)   sinais que indicam o juízo divino. Três são os sinais que indicam o juízo de Deus:
3.3.1)  As guerras (13.7,8). Ao longo da História tem havido treze anos de guerra para cada ano de paz. Desde 1945, após a Segunda Guerra Mundial, o número de guerras tem aumentado vertiginosamente. Nos últimos cem anos já morreram mais de 200 milhões de pessoas nas guerras.

·        Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), 10 milhões de pessoas foram trucidadas. Ninguém poderia imaginar que no mesmo palco dessa barbárie, vinte anos depois, explodisse outra guerra mundial. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) ceifou 60 milhões de pessoas. Foram gastos mais de um trilhão de dólares.

3.3.2)  Os terremotos (13.8,24,25). Os terremotos sempre existiram, mas alguns deles devem ser vistos como evidência da ira de Deus (Ap 6.12; 8.5; 11.13; 16.18). De acordo com a pesquisa geológica dos Estados Unidos:
a)     De 1890 a 1930 – houve apenas 8 terremotos medindo 6.0 na escala Rischter.
b)     De 1930 a 1960 – Houve 18.
c)     De 1960 a 1979 – Houve 64 terremotos catastróficos.
d)     De 1980 a 1996 – Houve mais de 200 terremotos dramáticos.

·        O mundo está sendo sacudido por terremotos em vários lugares. Os tufões e maremotos têm sepultado cidades inteiras: Desde o ano 79 d.C., no século 1, quando a cidade de Pompéia, na Itália foi sepultada pelas cinzas do Vesúvio, o mundo está sendo sacudido por terremotos, maremotos, tufões, furacões e tempestades. Em 1755, 60 mil pessoas morreram por um terrível terremoto em Lisboa. Em 1906, um terremoto avassalador destruiu a cidade de São Francisco na Califórnia. Em 1920, a província de Kansu na China foi arrasada por um terremoto. Em 1923, Tóquio foi devastada por um terremoto. Em 1960, o Chile foi abalado por um terremoto que deixou milhares de vítimas. Em 1970, o Peru foi arrasado por um imenso terremoto.

·        Apocalipse 6.12-17 fala que as colunas do universo são todas abaladas. O universo entra em colapso. Tudo o que é sólido é balançado. Não há refúgio nem esconderijo para o homem em nenhum lugar do universo. O homem desesperado busca fugir de Deus, esconder-se em cavernas e procurar a própria morte, mas nada nem ninguém podem oferecer refúgio para o homem. Ele terá de enfrentar a ira de Deus.

3.3.3)  As fomes (13.8). Gastamos hoje mais de um trilhão de dólares com armas de destruição. Esse dinheiro daria para resolver o problema da miséria no mundo. A fome hoje mata mais do que a guerra. O presidente americano Eisenhower, em 1953, disse: “O mundo não está gastando apenas o dinheiro nas armas. Ele está despendendo o suor de seus trabalhadores, a inteligência dos seus cientistas e a esperança das suas crianças. Nós gastamos num único avião de guerra 500 mil sacos de trigo e num único míssil o equivalente a casas novas para 800 pessoas”.

4 ) A presença do Anticristo (Mc 13:14-23).
4.1 ) O anticristo é identificado (13.14). ). O sacrílego desolador de que fala Daniel (Dn 9.27; 11.31; 12.11) aplicou-se primeiro a Antíoco Epifânio no século 2 a.C., precisamente no ano 168 a.C. Ele sacrificou um porco a Zeus no altar do templo de Jerusalém. Esse fato provocou a guerra dos Macabeus. Nos ultimos dias se dará quando o anticristo cometerá o último sacrilégio, exigindo adoração de si mesmo como se fosse Deus (2Ts 2.4; Ap 13.14,15).

·        O anticristo não é um partido, não é uma instituição nem mesmo uma religião. É um homem sem lei, uma espécie de encarnação de Satanás, que vai agir na força e no poder de Satanás. Ele será levantado em tempo de apostasia. Vai governar com mão de ferro. Vai perseguir cruelmente a Igreja. Vai blasfemar contra Deus. Contudo, no auge do seu poder, Cristo virá em glória e o matará com o sopro da sua boca. Ele será quebrado sem esforço humano. Nessa batalha final, o Armagedom, a única arma usada, será a espada afiada que sairá da boca do Senhor Jesus.

4.2)os cuidados preventivos contra a perseguição (13.15-18). Quando os romanos invadiram Jerusalém, no ano 70 d.C., todos os que estavam dentro da cidade pereceram. A única maneira de pouparem a vida era fugir ou não entrar na cidade (13.14-16). Com isso, Jesus nos ensina que a prudência para poupar nossa vida é uma atitude recomendável.

4.3)a grande tribulação (13.19). Os filhos de Deus experimentam tribulações durante a sua vida na Terra (Jo 16.33; Rm 8.18; 2Co 4.17; 2Tm 3.12), mas em Marcos 13.19,20, Jesus está falando acerca de uma tribulação que caracteriza “aqueles dias”, ou seja, um período definido de profunda angústia, de curta duração, que ocorrerá imediatamente antes do retorno do Senhor.

4.4)o perigo da sedução (13.21-23). O tempo da grande tribulação será também um tempo de grande sedução religiosa. O diabo enviará os seus agentes: falsos profetas e falsos cristos, com vestes sagradas, operando sinais e prodígios para enganar se possível os eleitos. Tanto Jesus quanto os apóstolos Paulo e João advertiram sobre os falsos profetas (Mt 7.15-20; At20.28-31; 1Jo 4.1-6).

5)   Como se dará a segunda vinda de Cristo.

5.1 ) será precedida por grandes convulsões cósmicas (13.24,25). A segunda vinda de Cristo será precedida por grandes convulsões naturais. Tudo aquilo que é firme e sólido no universo estará abalado. As colunas do universo estarão bambas e o universo inteiro estará cambaleando (2 Pe 3.10). Isso atinge e causa pânico em pessoas que tinham nos elementos da criação o seu deus (Lc 21.25s.; Ap 6.12-17).

5.2 ) será visível (13.26). A segunda vinda de Jesus será pessoal, visível e pública. Todo o olho o verá (Ap 1.7). Depois que o telhado do mundo tiver sido abalado e retirado, as pessoas olharão fixamente como que para um buraco negro. “Então, verão o Filho do Homem vir nas nuvens” (13.26).

5.3) será gloriosa (13.26). Não haverá um arrebatamento secreto e só depois uma vinda visível. Sua vinda é única, poderosa e gloriosa. Jesus aparecerá no céu. Ele estará montado em um cavalo branco. Ele virá acompanhado de um séqüito celestial. Virá do céu ao soar da trombeta de Deus. Aquele será um dia de trevas e não de luz para eles. Será o dia do juízo, onde sofrerão penalidade de eterna destruição. As tribos da terra, conscientes de sua condição de perdidas, se golpearão nos peitos atemorizadas pela exibição da majestade de Cristo em toda a sua glória. O terror dos iníquos descreve-se graficamente em Apocalipse 6.15-17.

5.4 ) será vitoriosa (13.27).  Os anjos recolherão os escolhidos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus. Os eleitos de Deus serão chamados. A Bíblia diz que quando Cristo vier, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro, com corpos incorruptíveis, poderosos, gloriosos, semelhantes ao corpo da glória de Cristo. Então, os que estiverem vivos serão transformados e arrebatados para encontrar o Senhor nos ares e assim estaremos para sempre com o Senhor.

Conclusão: Como devemos esperar a vinda de Cristo?
será precedida por avisos claros (13.28-31). Quando essas coisas começarem a acontecer devemos saber que está próxima a nossa redenção. A figueira já começou a brotar, os sinais já estão gritando aos nossos ouvidos (v.28).
será imprevisível (13.32). Ninguém pode decifrar esse dia. Ele pertence exclusivamente à soberania de Deus. Quando os discípulos perguntaram a Jesus sobre esse assunto, Ele respondeu: “A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria autoridade” (At 1.6,7).
será inesperada (13.33-36). Jesus contou a parábola do homem que saiu de casa e deu ordens e obrigações aos seus servos e ordem ao porteiro para vigiar. Ele diz que o porteiro deve vigiar porque não sabe se seu senhor vem na primeira, segunda, terceira ou quarta vigília da noite. Achar o porteiro dormindo na volta seria um sinal de negligência e despreparo do porteiro.

Quando Jesus voltar, os homens vão estar desatentos como a geração diluviana (Mt 24.38,39). Vão estar entregues aos seus próprios interesses sem se aperceberem da hora. Comer, beber, casar e dar-se em casamento não são coisas más. Fazem parte da rotina da vida. Contudo, viver a vida sem se aperceber que Jesus está prestes a voltar é viver como a geração diluviana. Quando o dilúvio chegou, pegou a todos de surpresa”.


será necessária vigilância (13.37). A palavra de ordem de Jesus é: Vigiai! A vigília aqui não tem o sentido de ficar esperando meio adormecido na sala de espera, pois no versículo 34 Jesus a deixou como “obrigação”, “trabalho”, caracterizando-a como função muito ativa e cheia de responsabilidade.

Um comentário:

  1. Ainda é necessário a construção do terceiro templo em Jerusalém onde o homem ímpio ou anticristo irá se assentar querendo ser Deus. 2 Tes. cap. 2.

    Alguns acham que a mesquita Al Aqsa é que está impedindo a manifestação dele, pois ela está no lugar do segundo templo.

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