quarta-feira, 19 de março de 2014

Os sete fracassos perfeitos (Mateus 23).


O número sete é o número da perfeição nas Escrituras. A criação foi concluída em sete dias. Cada semana contém um ciclo de sete dias. A cada sete anos, os israelitas deviam deixar os campos descansar, não semeando nada neles. Uma lâmpada de sete ramos no Templo representava a obra de iluminação do Espírito Santo.

Em vista disso, é fascinante notar que as palavras finais de Jesus sobre os fariseus e escribas do seu tempo são resumidas em sete “ais” (“Ai” é uma expressão de tristeza e de acusação). Suponho que por haver sete destas declarações de “ais” indica que os líderes eram fracassos “perfeitos”.  Quais são os sete? (utilizo a versão de Eugene Peterson: A mensagem).


ü Excluir os outros: “A vida de vocês é uma enorme barreira para o Reino de Deus. Voces se recusam a entrar e não permitem que os outros entrem”.

ü Converter as pessoas à nossa própria causa, fazendo com que se tornem semelhantes à nossa própria imagem: “Viajam meio mundo para fazer um convertido e depois que conseguem o transformam numa cópia de vocês mesmo, duplamente condenado”. 

ü Estabelecer regras para os outros, apesar da falta de discernimento espiritual. “Vocês dizem: se alguém faz uma promessa com os dedos cruzados, ela não vale nada, mas, se jurar com a mão sobre a Bíblia, então é sério. Quanta ignorância! O couro da Bíblia é mais importante que a pele das suas mãos? Que tal esta bobagem: “Se você aperta a mão de alguém quando faz uma promessa, a promessa não tem valor, mas, se levanta as mãos, tomando Deus por testemunha, então ela é válida? Que disparate! Que diferença faz apertar ou levantar as mãos? Promessa é promessa.

ü Estudar detalhes religiosos sem importância, e ao mesmo tempo ignorar as verdadeiras prioridades de Deus. “Mantém registros contábeis meticulosos, dão dizimo de cada centavo que ganham, mas, no essencial da Lei de Deus, coisas como justiça, compaixão, compromisso – absolutamente básicas – vocês deixam de lado, sem nenhum remorso.

ü Preocupar-se com as aparências e não com a justiça. “Voces dão polimento ao exterior de suas taças e vasilhas, para que possam brilhar ao sol, enquanto o interior está sujo com sua cobiça  e glutonaria. Fariseus tolos! Esfreguem o interior, e, então, o exterior brilhante fará algum sentido. Voces são como lápides das sepulturas: bem feitas, grama aparada  e flores à volta, mas sete palmos abaixo o que existe são ossos podres e carne comida por vermes. Para quem olha, vocês parecem santos, mas, por baixo desse verniz, são uma fraude. 



ü Encobrir motivos pecaminosos com palavras e ações enganosas. “Voces constroem túmulos de granito para os profetas e monumentos de mármore para os santos. Dizem que, se tivessem vivido no tempo dos seus antepassados, não teriam sangue nas mãos. Conversa! Voces e aqueles assassinos são farinha do mesmo saco, e cada dia acrescentam homicídios à sua ficha criminal.


ü Professar sensibilidade a Deus como um disfarce à hostilidade. “Serpentes! Repteis traiçoeiros! Pensam que vão ficar sem castigo? Acham que vão sair sem pagar? É por causa de pessoas como vocês que envio profetas, guias sábios e mestres, geração após geração – e geração após geração vocês os tratam como lixo, incitando linchamento e abusos contra eles. 

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