terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Jesus, esperança dos desesperançados. (Mc  5.21-24, 35-43).


Introdução. Jesus é a esperança! Ele acalmou o mar e fez cessar o vento quando os discípulos estavam quase a perecer (4.35-41). Ele libertou um homem enjeitado pela família e pela sociedade de uma legião de demônios e fez dele um missionário (5.1-20). Ele curou uma mulher hemorrágica, depois que todos os recursos humanos haviam se esgotado (5.25-34). Agora, Jesus ressuscita a filha única de um líder religioso, mostrando que Ele também tem poder sobre a morte (5.35-43).

1)    Jairo vai a Jesus levando sua causa desesperadora
·        Em primeiro lugar, o desespero de Jairo levou-o a Jesus com um senso de urgência (5.35). Jairo tinha uma causa urgente para levar a Jesus. Sua filhinha estava à morte. Lucas nos informa que ela era filha única e tinha uns doze anos (Lc 8.42).

·        Em segundo lugar, o desespero de Jairo levou-o a transpor barreiras para ir a Jesus. Jairo precisou vencer duas barreiras antes de ir a Jesus: A barreira da sua posição. Jairo era chefe da sinagoga, um líder na comunidade. A sinagoga era o lugar onde os judeus se reuniam para ler o livro da Lei, os Salmos e os Profetas, aprendendo e ensinando a seus filhos o caminho do Senhor. A posição religiosa, social e econômica de um homem, entretanto, não o livra do sofrimento. Jairo era líder, rico, influente, mas a enfermidade chegou à sua casa. Jairo despojou-se de seu status, e prostrou-se aos pés de Jesus, pois Ele era suficientemente grande para vencer todas as barreiras na hora da necessidade. Muitas vezes, o orgulho pode levar um homem a perder as maiores bênçãos.

·        A barreira da oposição dos líderes religiosos. A essas alturas, os escribas e fariseus já se mancomunavam com os herodianos para matarem a Jesus (3.6). As sinagogas estavam fechando as portas para o rabi da Galiléia.

·        Em terceiro lugar, o desespero de Jairo levou-o a prostrar-se aos pés de Jesus. Há três fatos marcantes sobre Jairo: Jairo humilhou-se diante de Jesus. Ele se prostrou e reconheceu que estava diante de alguém maior do que ele, do que os líderes judaicos, do que a própria sinagoga. Não há lugar na terra mais alto do que aos pés de Jesus. Cair aos pés de Jesus é estar em pé. Aqueles que caem aos seus pés, um dia estarão à sua destra. Jairo clamou com perseverança. Jairo não apenas suplica a Jesus, mas o faz com insistência. Ele persevera na oração. Ele tem uma causa e não está disposto a desistir dela. Não reivindica seus direitos, mas clama por misericórdia. Jairo clamou com fé. Não há nenhuma dúvida no pedido de Jairo. Ele crê que Jesus tem poder para levantar a sua filha do leito da morte. Ele crê firmemente que Jesus tem a solução para a sua urgente necessidade.

2)    Jesus vai com Jairo levando esperança para o seu desespero.
·        Em primeiro lugar, quando Jesus vai conosco podemos ter a certeza que Ele se importa com a nossa dor. Jesus sempre se importa com as pessoas: Ele fez uma viagem pelo mar revolto à região de Gadara para libertar um homem louco e possesso. A palavra da fé. “Não temas, crê somente” (5.36). Era fácil para Jairo crer em Jesus enquanto sua filha estava viva, mas agora a desesperança bateu à porta do seu coração. A palavra da esperança. “A criança não está morta, mas dorme” (5.39). A palavra de poder. “Menina, eu te mando, levanta-te” (5.41).

·        Em segundo lugar, quando Jesus vai conosco os imprevistos humanos não podem frustrar os propósitos divinos. Enquanto a mulher hemorrágica recebia graça, o pai da menina moribunda vivia o inferno. Jairo deve ter ficado aflito quando Jesus interrompeu a caminhada à sua casa para atender uma mulher anônima no meio da multidão. Seu caso requeria urgência. Ele não podia esperar. Jesus não estava tratando apenas da mulher enferma, mas também de Jairo. A demora de Jesus é pedagógica.

·        Em terceiro lugar,      quando Jesus vai conosco não precisamos temer más notícias (5.36). Jairo recebe um recado de sua casa: sua filha já morreu. Agora é tarde, não adianta mais incomodar o mestre. Na visão daqueles amigos as esperanças haviam se esgotado. Eles pensaram: “há esperança para os vivos; nenhuma para os mortos. “No Evangelho de Marcos a fé não resulta dos milagres, mas os milagres vêm da fé, sim, do milagre da fé. Exatamente quando a fé se torna ridícula é que se torna séria” (Joao 11.40).

·        Em quarto lugar, Quando Jesus vai conosco não precisamos nos impressionar com os sinais da morte (5.39). Os que estão ali lamentando, aqueles que informaram Jairo, e os próprios pais, sabem que a criança está morta. Jesus diz que ela está apenas dormindo, pois Ele faz um prognóstico teológico e não um diagnóstico físico. “Ela morreu” é uma palavra à qual Deus não se curva. “Deus não é Deus de mortos, e sim de vivos; porque para ele todos vivem” (Lc 20.38; Mc 12.27).

·        Em quinto lugar, quando Jesus vai conosco, a morte não tem a última palavra (5.40-42). Os mensageiros que foram a Jairo e a multidão que estava em sua casa pensaram que a morte era o fim da linha, uma causa perdida, uma situação irremediável, mas a morte também precisa bater em retirada diante da autoridade de Jesus. : “Tomando-a pela mão, disse: Talita cumi, que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te! Imediatamente, a menina se levantou e pôs-se a andar...” (5.41,42). “Talita cumi” era uma expressão em aramaico, que a pequena menina podia entender, pois o aramaico era a sua língua nativa. Hoje, Ele dá vida aos que estão mortos em seus delitos e pecados. Ele arranca os escravos do diabo do império das trevas e faz deles embaixadores da vida.



Conclusão:  quando Jesus vai conosco, o choro da morte é transformado na alegria da vida (5.42). Aonde Jesus chega, entra a cura, a libertação e a vida. Onde Jesus intervém, o lamento e o desespero são estancados. Diante dele, tudo aquilo que nos assusta é vencido. A morte, com seus horrores não pode mais ter a palavra final. A morte foi tragada pela vitória. Na presença de Jesus há plenitude de alegria. Só Ele pode acalmar os vendavais da nossa alma, aquietar nosso coração e trazer-nos esperança no meio do desespero.

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