segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Zinzendorf 

     Neste ano 2000, se completam três séculos que o conde Nicolas Ludwig von Zinzendorf nasceu. A família, luterana muito crente, morava no reinado de Saxônia, em um castelo a poucos quilômetros da fronteira tcheca. Seu pai, que era secretário de Estado em Dresden, morreu depois de consagrar seu filho de 6 semanas para a obra do Senhor. Quatro anos mais tarde, sua mãe casou-se de novo e o menino foi educado por sua avó e uma tia. Ambas apoiavam o movimento pietista, que procurava reavivar a igreja por pequenas reuniões de estudos bíblicos e oração, como “igrejinhas na igreja” (ecclesiolae in ecclesia). O líder era o Dr. Spener, que às vezes visitava a família. O menino amava o Senhor, orava muito e sempre lia a Bíblia e o Catecismo de Lutero. Depois de estudar em famosa escola em Halle, aos 15 anos, seguiu para a Universidade de Wittenberg a fim de preparar-se para o serviço governamental, estudando direito e teologia. 

     Concluídos os estudos, fez uma viagem aristocrata através da Alemanha, Holanda, Bélgica e França. Em Düsseldorf, viram uma pintura de Cristo, coroado de espinhos, com as palavras: “Tudo isto fiz por ti. Que fazes tu por mim?”, que reforçaram sua decisão de viver para Cristo. De volta ao lar, casou-se com a condessa Erdmuth von Reuss, que se tornou a “Mãe Adotiva da Igreja dos Irmãos (morávios)”. Então, aos 22 anos, iniciou seu ofício como conselheiro real em Dresden. Nas tardes de domingo, dirigia estudos bíblicos para interessados. Comprou da sua avó a gleba de Berthelsdorf e, como senhor feudal, instalou seu amigo João Rothe como pastor, orando para que a vila se transformasse em uma real comunidade cristã, sem saber como Deus responderia a este desejo. 

Unitas Fratrum 
  
   Havia uma igreja protestante florescente antes da Reforma na atual República Tcheca (cujas regiões principais eram Boêmia, ao redor da capital Praga, e Morávia, no leste). Estudantes tchecos que freqüentavam a universidade de Oxford ouviam o professor John Wycliffe e levavam seus ensinos bíblicos para casa. Um dos influenciados foi o padre João Hus, professor da Universidade de Praga, que pregava com zelo contra os erros na vida e doutrina da Igreja Católica Romana. Condenado pelo Concílio de Constança, foi queimado vivo em 1415, apesar do salvo-conduto imperial.

     A Boêmia revoltou-se e foi formada uma igreja evangélica conhecida como aUnitas Fratrum, a União dos Irmãos. Quando, porém, em 1620, a Aústria venceu os tchecos, o novo governo decidiu exterminar os evangélicos. Muitos foram mortos. Outros fugiram, entre eles o famoso educador João Amós Comênio, bispo da Unitas Fratrum, que soluçou que a igreja de Roma tinha se tornado vampira dos próprios cristãos. 
Parecia que os evangélicos haviam sido extirpados da Boêmia e da Morávia. Entretanto havia uma semente oculta e Deus usou um jovem pastor de ovelhas, Cristiano David, para reacender o fogo.      Ele era católico fervoroso, mas pela leitura da Palavra de Deus conheceu a verdade e começou a pregar as boas-novas de salvação, causando um despertamento espiritual, o que levou a mais perseguição. Então, procurando uma saída, David encontrou-se providencialmente com Zinzendorf por intermédio de um amigo do pastor Rothe. O conde consentiu em receber crentes perseguidos em sua propriedade e David voltou para Morávia. Assim, cinco famílias deixaram seu lar para atravessar as montanhas e, depois de doze dias, chegaram à vila Berthel em 1722. 

Herrnhut 
   
  Foram recebidos com carinho. O administrador indicou uma colina distante para os refugiados se estabelecerem. Neste lugar nasceu o lugarejo de “Herrn -hut”, debaixo da “guarda do Senhor”. Mais famílias chegaram no decorrer dos anos seguintes, especialmente herdeiros da Unitas Fratrum. Além destes, foram recebidos anabatistas, calvinistas e outros, o que causou tensões. De fato, Herrnhut era uma congregação da Igreja Luterana de Berthel, mas o líder da confusão conclamou a todos a deixarem-na, xingando-a de ‘Babilônia’. Muitas pessoas foram levadas pela pregação inflamada, até mesmo o próprio pioneiro David. Embora o líder da desavença tenha endoidado e sido internado em um manicômio, o mal cresceu. 

     Zinzendorf continuava seu trabalho como conselheiro real em Dresden, no inverno, e cuidava da sua propriedade rural, no verão. A igreja na vila Berthel florescia com o trabalho do pastor Rothe. Em sua casa senhorial, o próprio conde explicava a mensagem aos seus arrendatários. Enquanto as coisas iam bem, Zinzendorf não se incomodava com Herrnhut, onde somente perseguidos por causa da fé eram recebidos, prometendo fidelidade à confissão luterana de Augsburg. Em 1727, porém, o radicalismo pediu intervenção. 

     Depois de muita preparação, convocou a todos para uma reunião na casa-grande em Herrnhut. Ensinou sobre o pecado do separatismo e, depois, como senhor feudal, explicou suas “ordens e proibiçõe s”. Finalmente, submeteu uns “Estatutos” como base para uma (futura) sociedade religiosa voluntária. A reunião foi longa, mas o resultado foi positivo. Todos lhe deram a mão, prometendo seguir as normas. Ele, por sua vez, garantiu que seus arrendatários nunca seriam seus servos feudais nem sua propriedade pessoal, mas poderiam viver como homens livres, algo especial para a época. No mesmo dia da reunião, foram eleitos doze anciãos para a supervisão da congregação. Destes, quatro foram indicados para servirem como ancião-mor, entre eles o próprio Cristiano David. Posteriormente, foram eleitos guardas-noturnos, inspetores de serviços públicos, ajudantes dos enfermos, cuidadores dos necessitados etc. Também foram organizados grupos pequenos para edificação mútua. 

Avivamento 

    Depois de receber licença da corte real, Zinzendorf dedicou seu tempo a Herrnhut, deixando seus negócios na mão da esposa. Pelas freqüentes reuniões com os refugiados e com os anciãos, ele percebeu a profunda preocupação dos tchecos em ressuscitar a sua igreja. Mas o conde sabia muito bem que as leis do Estado de Saxônia não permitiriam uma igreja independente. Chegou à conclusão de que a melhor solução seria organizar em Herrnhut uma congregação, uma “igrejinha dentro da igreja” (luterana) de Berthel com características da antiga igreja tcheca. Para isto, quase todos os habitantes de Herrnhut assinaram aC oncórdia 

     Fraterna, documento que muito ajudou na paz e no crescimento espiritual. As reuniões de oração, cânticos ou estudos bíblicos era diário. O movimento era de calmo regozijo no Senhor, sem tentativas de estimular as emoções, pois o conde alertara: “Criar excitação religiosa é tão fácil como excitar as paixões carnais. E, freqüentemente, a primeira leva à segunda”. 

     Depois que as brigas cessaram, o pastor Rothe convidou a todos para participar da Santa Ceia na igreja central de Berthel, marcada para o dia 13 de agosto. Ele enfatizou que, depois de tantas dificuldades, os irmãos estavam sendo convidados pelo Senhor para sentarem com Ele à mesa. Em meio às lágrimas de muitos, o conde fez a oração de confissão pública, pedindo perdão mediante o sangue de Cristo, o livramento de toda cisão e a bênção de uma união de coração, para que pudessem ser bênção para outros, perto e longe. A liturgia sobre o perdão dos pecados foi dirigida por um pastor vizinho que, então, administrou os elementos. Todos sentiram paz e alegria no Espírito Santo e profunda comunhão com Cristo e com os outros. Depois disseram: “Aprendemos a amar” (Rm 5.5). Não houve man ifestações especiais, mas foi um avivamento autêntico. Este foi o dia do renascimento da Igreja dos Irmãos, a Unitas Fratrum. 

Resultado 
   
  Duas semanas depois, Herrnhut iniciou a “Intercessão de Hora em Hora”. Durante 24 horas por dia havia oração e cada irmão tomava seu lugar no rodízio. Foi a reunião de oração mais longa da história, pois durou mais de um século. Algum tempo depois, jovens solteiros começaram a estudar juntos (a Bíblia, geografia, medicina, línguas etc.), pois sentiram que Deus queria prepará-los para uma outra obra. A chamada macedônica veio em 1731 e, no ano seguinte, começou o imenso trabalho missionário morávio. “Os seguidores do Cordeiro” foram por toda parte e, em 20 anos, Herrnhut mandaria mais missionários do que as igrejas protestantes em seus 200 anos de existência. Lembremo-nos do seu lema: Vicit Agnus Noster. Eum Sequamur! (Venceu o nosso Cordeiro! Vamos segui-lo)

terça-feira, 24 de setembro de 2013

As bençãos do novo céu e da nova terra.





“Apague do dicionário do ser humano a idéia do céu, e logo ele estará reduzido a um ambiente de uma só dimensão, vivendo sem qualquer meio de apoio invisível”. Paul Minear.

Introdução:

§  A história já fechou as suas cortinas. O juízo final já aconteceu. Os inimigos do Cordeiro e da igreja já foram lançados no lago de fogo. Os remidos já estão na festa das Bodas do Cordeiro.

§  Winston Churchill disse que a decadência moral da Inglaterra era devido ao fato que os pregadores tinham deixado de pregar sobre o céu e o inferno.

§  A pregação sobre o céu traz profundas lições morais para igreja hoje: 1) Jesus alerta para ajuntarmos tesouros no céu (Mt 6.20); Paulo diz que devemos pensar no céu (Cl 3.1); Jesus ensinou que devemos orar: “Seja feita Tua vontade na terra como no céu” (Mt 6:10); o céu nos estimula à santidade (2 Pe 3.14); O Céu nos ajuda a enfrentar o sofrimento(Rm 8.18); o céu nos ensina a renunciar agora em favor da herança futura (Hb 11:10, 26); O céu nos livra do medo da morte (Fl 1:21,23).

§  “O céu é um lugar preparado para aqueles que foram preparados para ele”. “Não há dor na terra que o céu não possa curar” Adolf Pohl.

1)    Comunhão com Deus (Ap. 21-3-4).
§  Deus construirá o seu tabernáculo   com os homens. Há duas idéias principais que merecem ser destacadas: Em primeiro lugar,  Trata-se do  tabernáculo (Skene)  que os judeus levantavam no deserto  enquanto viajavam à terra prometida.  O tabernáculo era o lugar da presença de Deus no meio de seu povo. Neste mundo, em meio das experiências que nos traz a vida cotidiana, a presença de Deus conosco está submetida aos vaivens tanto de nossa própria espiritualidade como das condições da realidade em que vivemos.  Mas no céu a presença de Deus será permanente.

§  Em segundo lugar, o outro termo hebraico é shequiná, que significa glória. Pela semelhança nos sons, nenhum judeu ou cristão poderia deixar de pensar na glória de Deus quando se falava do tabernáculo. Dizer que Deus fará o seu tabernáculo com os homens, portanto, equivalia a dizer que a glória de Deus morará entre os homens. Nos tempos antigos a shekiná era uma espécie de nuvem luminosa que vinha e ia embora (1 Reis 8:10-11).

2)    Quem não vai estar no céu e na nova terra? (Ap. 21.8).

§  Em primeiro lugar, vão ficar de fora os que são indiferentes ao evangelho. Os covardes falam dos indecisos, daqueles que temem o perigo e fogem das conseqüências de confessar o nome de Cristo. Nas paginas da história falam de um jovem covarde que fazia parte do exercito de Alexandre, o Grande. Toda vez que a batalhava se intensificava o jovem recuava. O orgulho do general foi ferido pelo fato desse tímido soldado também levar o nome de Alexandre, Certo dia, Alexandre o Grande dirigiu-se a ele asperamente: “Deixe de ser covarde, ou não use mais esse bom nome”. Os discípulos de Jesus foram chamados de cristãos pela primeira vez em Antioquia, que era sinônimo de perigo (At. 11:26; 2 Tm 1:7). Os incrédulos ficaram de fora, também. São aqueles que buscam outro caminho para a salvação e rejeitam a oferta gratuita do evangelho.

§  Em segundo lugar, vão ficar de fora os que são moralmente corrompidos. Os abomináveis são aqueles que perderam a vergonha, o pudor e se entregaram abertamente ao pecado e aos vícios do mundo. São aqueles que escarnecem da santidade, festejam a desonra, aplaudem o vício, zombam da virtude, vituperam as coisas de Deus. Os assassinos são aqueles que não respeitam o valor da vida e atentam contra o próximo pra tirar-lhe a vida. Os impuros são aqueles que se entrega a toda sorte de luxúria, lascívia e perversão moral: pornografia, sexo antes do casamento e o adultério.

§  Em terceiro lugar, vão ficar de fora os que são religiosamente desobedientes.  Os feiticeiros são aqueles que vivem na prática da feitiçaria, ocultismo e espiritualismo. São aqueles que invocam mortos, os demônios, e desprezam o Senhor. São aqueles que crêem que  são dirigidos pelos astros. Os idolatras adoram e veneram ídolos feitos por mãos humanas.

§  Em quarto lugar, vão ficar de fora os que não são confiáveis na palavra. Os mentirosos são aqueles que falam e não cumprem o que falam. Falam uma coisa e fazem outra. São aqueles em que não se pode confiar. A nossa sociedade é a sociedade da mentira, do engano, do suborno, da propaganda falsa, da balança enganosa, do comércio pirata, da sonegação fiscal, da impunidade moral.

3)    O que não vai entrar no novo céu e na nova terra? (Ap. 21.4).

§  No novo céu e na nova terra não haverá dor.  A dor é conseqüência do pecado. A dor física, moral, emocional, espiritual não vão entrar no céu. Não haverá mais sofrimento. Não haverá mais enfermidade, defeito físico, cansaço, fadiga, depressão, traição, decepção. O céu é céu por aquilo que não vai ter lá.

§  No novo céu e na nova terra não haverá mais lagrimas. Não haverá mais choro nas ruas da nova Jerusalém. Deus é quem vai enxugar as nossas lagrimas.

§  No novo céu e na nova terra não haverá luto nem morte. A MORTE vai morrer e nunca vai ressuscitar. Ela será lançada no lago de fogo. Ela não pode mais nos atingir. Fomos revestidos da imortalidade. No céu não há vestes mortuárias, velórios, enterro, cemitério. No céu não há despedida. No céu não há separação, acidente, morte, hospitais.

4)    Quem vai estar no novo céu e na nova terra? (Ap 21.2).
§  A igreja glorificada composta de todos os remidos, de todos os lugares, de todos os tempos, comprada pelo sangue do Cordeiro, amada pelo Pai, selada pelo Espírito Santo é a cidade santa, a nova Jerusalém em comparação com a grande Babilônia, a cidade do pecado.

§  Essa cidade desce do céu, é do céu, vem de Deus. Não se constrói de baixo pra cima. Toda construção que partia da terra pra cima levou à Babilônia nunca à cidade de Deus. A Babilônia tentou chegar ao céu por seus esforços e foi dispersa em Babel. 

§  Mas a cidade santa, vem do céu, tem sua origem no céu, foi escolhida, chamada, amada, separada, santificada e adornada por Deus para o seu filho. Deus é o seu arquiteto e construtor (Hb 11:10).

Conclusão: Novo céu e a nova terra lugares de bem-aventurança eterna.
§  A vida no novo céu a na nova terra será como uma festa de casamento que nunca termina (21.2). as bodas passavam por quatro fases: 1) compromisso; 2) preparação; 3) A vinda do Noivo; 4) a festa. Esta festa nunca vai acabar!


terça-feira, 17 de setembro de 2013

O milênio e o juízo final (Ap. 20).



O que são os mil anos? “Sugiro-lhes que é uma figura simbólica com o intuito de indicar a perfeita extensão de tempo, conhecida de Deus, e unicamente de Deus, entre a primeira e a segunda vindas. Não são mil anos literais, mas a totalidade do período enquanto Cristo está reinando até que seus inimigos sejam feitos estrado de seus pés e Ele regresse para o juízo final”. Matyn Lloyd-Jones

1)    O que significa a prisão de Satanás?
o   Segundo Apocalipse 9:1,11; 11:7; 20:1-3, podemos concluir que o poço do abismo tem uma tampa (Ap. 9:1), que pode ser aberta (9:2), fechada (20:3) e selada (20:3). João vê que o anjo tem a chave do abismo e uma grande corrente (20:1). Diz que ele prendeu a Satanás por mil anos (20:3). E que o fechou no abismo até completarem os mil anos. Os demônios de Lucas 8:31 temiam esse abismo.

o   Um espírito não pode ser amarrado com corrente. Prendeu, fechou e selou são termos que denotam a limitação do seu poder. Nem no próprio abismo, nem sobre a terra, nem no céu ele tem poder para agir livremente. Satanás só pode ir até onde Deus permite (Jó 1:12; 2:6).

1.2)         O que significa que Satanás não pode mais enganar as nações?
o   A prisão de Satanás tem a ver com a primeira vinda e não com a segunda vinda: Vários textos bíblicos comprovam isso (Mt 12:29; Lc 10:17-18; João 12:31-32; Colossenses 2.15; Hb 2:14; 1 João 3:8; Ap. 12:5-17: que a expulsão de Satanás foi o resultado da coroação de Cristo).

o   A prisão ou restrição do poder de Satanás tem a ver com a obra de Cristo na cruz e com a evangelização das nações, de onde Deus chama eficazmente todos os Seus eleitos. Satanás está restrito em seu poder no sentido de que não pode destruir a igreja (Mt 16:18) nem pode impedir que os eleitos de todas as nações recebam o evangelho e creiam (Rm 8:30).


1.3)         O que significa o pouco tempo em que Satanás será solto depois do milênio?
o   Esse pouco tempo retrata o mesmo período da grande tribulação, a apostasia e o reinado do anticristo. Esse é o tempo que antecede à segunda vinda de Cristo.

o   A libertação do Diabo significa um novo período de prova pra os cristãos, e há momentos da vida quando uma situação de prova é essencial para a preservação da fé.

1.4)         O que significam os mil anos durante os quais Satanás é preso?
o   O numero dez significa plenitude, e visto que mil é dez elevado à terceira potencia, podemos pensar que a expressão “mil anos” é uma representação de um período completo, um período muito longo, de duração indeterminada.

o   Mil anos é o tempo que vai da primeira vinda de Cristo até o tempo da grande tribulação, da apostasia, do aparecimento do homem da iniqüidade, do período chamado “pouco tempo” de Satanás, que precede à segunda vinda de Cristo. É o período que Cristo está reinando até colocar todos os inimigos debaixo dos Seus pés (1 Co. 15:23-25).

2)    O reinado dos salvos com Cristo no céu (Ap. 20:4-6).
o   Quem são esses que estão reinando com Cristo? Em primeiro lugar, todos os que foram martirizados por sua lealdade a Cristo. A palavra que se usa pra dizer “foram mortos” é o termo grego que significa ser decapitado com uma tocha. Trata-se da forma mais violenta, cruel e crua de execução. Foram, então, fieis até a morte.

o   Em segundo lugar, os que não adoraram à besta e não o receberam sua marca sobre suas frontes. Trata-se de todos os que, embora não tendo sofrido martírio, estiveram submetidos a outras classes de tortura e sofrimento pelo fato de serem crentes, como poderiam ser prisão, reprovação, boicote, perda de bens materiais, dificuldades familiares e em suas relações pessoais por causa de sua fidelidade a Cristo.

o   Qual é a missão daqueles que estão reinando com Cristo? Eles estão assentados em tronos para julgar. Os santos vão julgar as doze tribos de Israel (Mt 19:28), o mundo (1 Co 6:2) e os anjos (1 Co. 6:3).

o   Qual é o significado da primeira ressurreição e da segunda morte? Aqueles que nascem somente uma vez, pelo nascimento físico, morrem duas vezes, morrem duas vezes, uma física e outra eternamente. Os que nascem duas vezes morrem  somente uma vez, pela morte física. Estes últimos são os remidos. A regeneração é uma espécie de ressurreição espiritual (Jo 5:24; Jo 11:25-26; Rm 6:11; Ef 2:6; Cl 3:1-3).

3)    A derrota final de Satanás (Ap 20:7-10).
o   Os exércitos inimigos são numerosos (“...como areia do mar...). todo o mundo iníquo vai perseguir a igreja. A perseguição será mundial. É o ultimo ataque do dragão contra a igreja. Essa realidade corrige dois erros: Primeiro, otimismo irreal. O mundo no tempo do fim não será de paraíso, mas de tensão profunda; segundo, pessimismo doentio. Não importa a fúria ou a força numérica do inimigo, a vitória é do Cordeiro e de Sua igreja.

o   O apostolo Paulo diz que Cristo matará o homem da iniqüidade com o sopro da sua boca na manifestação da segunda vinda (2 Ts 2.8). o apostolo João diz que o anticristo e o falso profeta são lançados no lago de fogo (Ap. 19.20).

Conclusão: O juízo final:

o   Cristo assenta-se no trono como juiz (Ap. 20.11). O trono branco fala da santidade e da justiça do juiz e do julgamento. Diante dEle o próprio universo se encolhe.

o   Os mortos ressuscitam para o julgamento(Ap. 20:12-14). Todos estarão diante de Deus, de todos os tempos, de todos os lugares.

o   Dois tipos de livros: Primeiro, vem o livro que contém as ações dos homens. Ou seja, no curso de nossa vida estamos escrevendo a história de nosso triunfo ou fracasso aos olhos de Deus, a história de nosso destrino, que provocará honra ou vergonha no dia do juízo. Segundo,  o Livro da vida. Nele estão escritos os nomes dos justos (Ex 32:32; Sl 69:28; Is 4:3; Fl 4:3; Ap 3:5 e Ap. 13.8).


o   A morte o inferno serão lançados no lago de fogo (Ap. 20.14).O lago de fogo é o lugar onde os ímpios vivierão para sempre separados do Deus vivo e sofrerão eternamente os tormentos do inferno. 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Existem apóstolos nos dias de hoje?

Nunca se viu tantos apóstolos como neste início de século. Em cada canto, esquina e cidade encontramos alguém reivindicando o direito de ser chamado apóstolo.

Entendendo o movimento de restauração e o movimento apostólico:
O chamado movimento de restauração defende a tese de que Deus está restaurando a igreja. Para estes, após a morte dos primeiros apóstolos, a igreja de Cristo paulatinamente experimentou um processo de declínio espiritual culminando com a apostasia vivenciada pelos seus adeptos no período da idade média.

Com o advento da Reforma Protestante, os defensores desta teologia afirmam que Deus começou a restaurar a saúde da igreja. Segundo estes, Lutero foi responsável pela redescoberta da salvação pela graça, e agora no século XXI, estamos vivendo a restauração do ministério apostólico. Os teólogos desta linha de pensamento afirmam que a restauração dos apóstolos é uma das últimas coisas a serem feitas pelo Senhor, antes de sua vinda. Para os adeptos desta linha de pensamento, os apóstolos de hoje possuem, em alguns casos, maior autoridade do que os apóstolos do primeiro século, até porque, para os defensores desta corrente teológica a glória da segunda casa será maior do que a primeira.

Para estes o ministério apostólico não acabou. Na verdade, tais teólogos advogam que o ministério apostólico é perpétuo e que o livro de Atos ainda continua a ser escrito por santos homens de Deus, os quais, mediante a sua autoridade apostólica, agem em nome do Senhor.

Este movimento tem suas semelhanças com o surgimento dos mórmons e a Igreja dos Santos dos Últimos Dias, que ensina que o corpo de escritos inspirados por Deus não se fechou e que Deus tem muita coisa nova para dizer e para revelar aos seus santos através de seus apóstolos.

Infelizmente, assim como os mórmons, os adeptos do movimento apostólico consideram a Bíblia uma fonte importante, mas não única para a fé. Para os apóstolos deste tempo, Deus, através de seus profetas, pode revelar coisas novas, ainda que isso se contraponha a sua Palavra. Basta olharmos para as doutrinas hodiernas que chegaremos à conclusão que os apóstolos do século XXI, acreditam que suas revelações são absolutamente diretivas, normativas e inquestionáveis.

Segundo a bíblia quais deveriam ser as credenciais de um apóstolo?
1. O apóstolo teria de ser testemunha do Senhor ressurreto. Em Atos vemos os apóstolos reunidos no cenáculo, conversando sobre quem substituiria Judas. Em Atos 1.21-22 lemos: “É necessário pois, que, dos homens que nos acompanham todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia em que dentre vós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição”. Paulo diz que viu Jesus ressurreto: “Não sou, porventura livre? Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, Nosso Senhor?” (1Co 9.1)

2. O apóstolo tinha de ter um chamado especial da parte de Cristo para exercer este ministério. As Escrituras são absolutamente claras em nos mostrar que os apóstolos, incluindo Paulo, foram chamados por Cristo (Mt 10.2-4; Gl 1.11-24).

3. O apóstolo era alguém a quem foi dada autoridade para operar milagres. Isso fica bem claro em 2Coríntios 12.12: “Pois as credenciais do meu apostolado foram manifestadas no meio de vós com toda a persistência, por sinais prodígios e poderes miraculosos”. Era como se ele dissesse: “Como vocês podem questionar meu ofício de apóstolo, se as minhas credenciais foram apresentadas claramente entre vós”. Sinais, milagres e prodígios maravilhosos.

4. O apóstolo tinha autoridade para ensinar e definir a doutrina firmando as pessoas na verdade.

5. Os apóstolos tiveram autoridade para estabelecer a ordem nas igrejas. Nomeavam os presbíteros, decidiam questões disciplinares e questões doutrinárias, e falavam com autoridade do próprio Jesus.
Será que diante destas questões os “apóstolos” da modernidade podem de fato reivindicar o título de apóstolo de Cristo? Por acaso, algum deles viu o Senhor ressurreto? Foram eles comissionados por Cristo a exercerem o ministério apostólico? Quantos dos apóstolos brasileiros ressuscitaram mortos? E suas doutrinas? Possuem elas autoridade para se contraporem aos ensinamentos bíblicos?

Pois é, infelizmente os “apóstolos” do nosso tempo não possuem respostas a estas perguntas.

O posicionamento da ortodoxia evangélica entende que o ministério apostólico cessou com a morte dos apóstolos no primeiro século. Sem a menor sombra de dúvidas, considero a utilização do título “apóstolo” por parte dos pastores como uma apropriação indevida de um ministério, o qual não existe mais nos moldes que vemos no Novo Testamento.
Por: Renato Vargens


terça-feira, 10 de setembro de 2013

O encontro da Noiva com o Noivo e a vitória do cordeiro de Deus. Ap. 19




·        Estamos chegando ao momento culminante da história da humanidade. Em Apocalipse 1-11 vimos a perseguição do mundo sobre a igreja e como Deus enviou seus juízos sobre ele. Em apocalipse 12-16, vemos como esta batalha se torna mais renhida e agora o dragão, o anticristo, o falso profeta e a grande meretriz se juntam para perseguir Cordeiro e a Sua igreja.

·        Nos capítulos 17 e 18 de Apocalipse vimos o sistema do mundo, representado pela religião falsa e os sistemas político e econômico entram em colapso.

1)    A salvação de Deus chegou, exultem os céus!
·        Este cântico de louvor e ação de graças começa com a palavra “Aleluia” (halleluyah). Esta é uma palavra muito freqüente no vocabulário religioso. É interessante, portanto, assinalar que as únicas quatro vezes que aparece nas Escrituras estão neste capítulo do Apolicalise (Vs, 1, 3, 4 6).

·        A palavra Aleluia significa, literalmente, “louvai ao Senhor”. Deriva de  duas palavras hebraica, hallelu (louvai) e Yah (Senhor).

·        POR QUE DEVEMOS LOUVAR AO SENHOR? Por que a Ele pertence a salvação, a glória e o poder. E cada um destes três grandes atributos deve despertar no homem uma resposta e essas respostas formam o verdadeiro louvor. A salvação de Deus deve despertar no homem uma resposta de gratidão. A glória deve despertar no homem uma resposta de reverência. O poder, que Deus exerce sempre em termos de seu amor, deve despertar no homem uma resposta de confiança.

1.1)         Os seus julgamentos são verdadeiros e justos!
·         Em primeiro lugar, somente Deus pode penetrar nos pensamentos mais íntimos do homem; somente a Deus estão abertos, não só nossas ações, mas também nossos sentimentos, pensamentos e intenções. Em segundo lugar, somente Deus possui a pureza que é capaz de julgar sem preconceito, sem parcialidade. Só a perfeita bondade pode julgar de maneira perfeitamente reta. Em terceiro lugar, somente Deus possui a sabedoria para encontrar o veredicto exato e o poder para levá-lo a prática. O juízo de Deus é perfeito

·        A grande meretriz  é condenada por dois motivos: Primeiro, ela corrompeu a terra com a sua prostituição (AP. 19.2). Ela levou as nações a se curvarem diante de ídolos. Ela desviou as pessoas do Deus verdadeiro. Ela ensinou falsas doutrinas. Devemos rogar a Deus que nos perdoe, sobretudo, o pecado que ensinamos a outros fazerem, porque essa será a principal causa contra nós no juízo. Segundo, ela matou os servos de Deus (Ap. 19.2). Ela matou os santos, os profetas, os apóstolos e muitos mártires ao longo da história. 

·        Em Apocalipse 19:3-5 as hostes angélicas cantam um segundo Aleluia. Louvam a Deus porque a fumaça do incêndio de Babilônia sobe ao céu pelos séculos dos séculos. Quer dizer, a destruição de Roma é total e definitiva, nunca mais tornará a erguer-se de suas ruínas.

·        A seguir (Ap. 19.4) vem a segunda quebra de onda de louvor. É o louvor dos vinte e quatro anciãos e dos quatro seres vivente. Os  vinte e quatro anciãos representam de maneira conjunta os doze patriarcas e os doze apóstolos. Simbolizam a totalidade da Igreja. Os quatro seres viventes, que são, respectivamente, o leão, o boi, o homem e  a águia, simbolizam tudo o que tem de valente, forte, sábio e rápido na natureza e são os querubins.

·        A voz que vem do trono (AP. 19.5) deve entender-se como a de um dos querubins. “louvai ao nosso Deus, diz essa voz, vós, todos os seus servos, e vós o que temeis”.
·        No apocalipse há dois grupos de pessoas que recebem de maneira privilegiada o titulo de “servos de Deus”. Estes são os profetas (10.7; 11.18; 12.6) e os mártires (7.3; 19.2). Em primeiro lugar, então, este é o louvor dos profetas e dos mártires, que deram testemunho de Deus com sua palavra e com suas vidas. Em segundo lugar, estão os pequenos e os grandes.

2)    As bodas do cordeiro (Ap. 19:6-10).
·        A meretriz é julgada, enquanto a esposa é honrada (19.7-8). Enquanto a meretriz, a falsa igreja, é julgada, a verdadeira igreja, a esposa do cordeiro, é honrada. Enquanto a meretriz tem suas vestes manchadas de prostituição, as vestes da esposa do Cordeiro são o mais limpo, o mais puro e o mais fino dos linhos.

·        A esposa se atavia, mas as vestes lhe são dadas. A igreja se santifica, mas essa santificação vem do Senhor. A igreja desenvolve a sua salvação, mas é Deus quem opera nela tanto o querer como o realizar.

·        Entendemos a cultura dos hebreus, quanto ao casamento. O costume matrimonial dos hebreus tinha quatro fases distintas: 1) em primeiro lugar, o noivado. A obrigação do matrimônio era aceita na presença de testemunhas e a benção de Deus era pronunciada sobre a união. Desde esse dia o noivo e a noiva estavam legalmente casados (2 Co 11.2). 2) Em segundo lugar, o intervalo. Durante este tempo, o esposo pagava ao pai da noiva um dote. A noiva devia apresentar-se ao noivo como noiva santa, pura, sem mácula. 3) Em terceiro lugar, a procissão para a casa da noiva. O noivo em seu melhor traje, era acompanhado de seus amigos que cantavam levando tochas e seguiam em direção à casa da noiva. O noivo recebia a noiva e a levava em procissão ao seu próprio lar. Em quarto lugar, as bodas propriamente ditas. As bodas incluem a festa que durava de sete ou quatorze dias. Agora a igreja está desposada com Cristo. Ele já pagou o dote por ela. Ele comprou a sua esposa com o seu sangue (19:7: “alegremo-nos e exultemos e demos-lhe glória, porque são chegadas as bodas do cordeiro, cuja esposa a si mesmo já se ataviou”).

Conclusão: A vinda triunfal do noivo: a) a aparição do noivo, o Rei dos reis. João vê Jesus vindo vitoriosamente do céu.
b)    A descrição do noivo: Ele é fiel e verdadeiro; seus olhos são como chama de fogo: Ele vai julgar palavras, obras e os segredos do coração; na sua cabeça há muito diademas: muitas coroas, símbolo da Sua suprema vitória; Ele é insondável no seu ser; Ele é a Palavra de Deus em ação; Seu manto é manchado de sangue, não o sangue da cruz, mas o sangue dos seus inimigos. Ele vem para o julgamento (Ap. 14:17-20).

c)     Os exércitos ou acompanhantes do Noivo, o Rei dos reis (19.14). o rei virá em glória, ao som retumbante da trombeta de Deus. Cristo descerá do céu, todo olho o verá. O rei virá com os seus anjos e com os remidos (Mt 24.31; Mc 13.27; Lc 9.26).

d)    A derrota dos inimigos pelo Rei dos reis é descrita em toda a sua hediondez (19:17-18). Enquanto os remidos são convidados para entrar no banquete das bodas do Cordeiro, as aves são convidadas a se banquetearem com as carnes dos reis, poderosos, comandantes, cavalos e cavaleiros.


e)     O Rei dos reis triunfa sobre seus inimigos na batalha final, o Armagedom (19:19-21). Jesus Cristo destruirá o anticristo com o sopro da sua Boca pela manifestação da sua vinda. O anticristo e o falso profeta serão lançados no lago de fogo, onde a meretriz também estará queimando. 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

As vozes da queda da Babilônia – Ap. 18.



Introdução

·        A Babilônia tem significado histórico e simbólico ao longo das Escrituras. Babel foi o lugar onde os homens se uniram pela primeira vez para edificar uma cidade e uma torre; eles tinham um desejo declarado: “E façamo-nos um nome” (Gn 11.1-5). Posteriormente, a Babilônia de Nabucodonosor serviu como símbolo de poder e riqueza suprema no mundo, e como conquistador temporário do povo de Deus. No livro de Apocalipse, o nome “a grande Babilônia” é dado à própria civilização humana. A Babilônia aqui é um símbolo da rebelião humana contra Deus.

·        João ouviu quatro vozes que sintetizam a queda da Babilônia: a voz da condenação, a voz da separação, a voz da lamentação e a voz da celebração.

1)    A voz da condenação (Ap. 18:1-3).
·        A queda da BabiLônia é um fato consumado na soberania de Deus. Essa queda já havia sido declarada (Ap. 14.8; Ap. 17:16).  A Babilônia é “morada de demônios”  porque os valores expressos na sociedade que a BabiLônia representa estão em conflito com os valores do nosso Deus.

·        OU seja, o sistema babilônico intoxicou as pessoas do mundo inteiro, levando as pessoas a adorarem o dinheiro e se dobrarem diante de outros deuses. Os homens tornaram mais amantes dos prazeres do que de Deus (2 Tm 3:4). O dinheiro é um deus (1 Jo. 2:15-17).

2)    A voz da separação (Ap. 18:4-8).
·        A ordem de Deus é para Sua igreja sair desse sistema do mundo (Ap. 18.4): “sai dela, povo meu”.  Em todo o tempo, a igreja de Deus deve apartar-se do mal, do sistema do mundo, da falsa religiosidade.

·        Sair da Babilônia significa não participar dos seus pecados, não ser enganado por suas tentações e seduções. Deus mandou Abraão sair da sua terra e do meio da sua parentela para conhecer e servir o Deus vivo (Gn 12.1). Deus mandou Ló deixar Sodoma antes dela ser destruída pelo fogo (Gn 19:14). Deus ordenou à sua igreja a afastar-se desse sistema religioso e mundano (2 Co 6:14 – 7:1).


1.1)         Por que temos que sair?
·        Para que a igreja não se torne cúmplice de seus pecados (Ap. 18.4). Participar da Babilônia significa ser igual a ela e afundar-se com ela. O crente não pode tornar-se participante dos pecados do mundo. Ele é santo, separado, diferente. Ele é sal e luz.

·        Para que a igreja não participe dos juízos que sobrevirão à Babilônia (Ap. 18.4). deus pacientemente suportou os pecados da Babilônia. Mas o dia do juízo virá e então, ela sofrerá os castigos da ira de Deus  (18.5).

·        Para que a igreja entenda quais são os critérios do julgamento divino (Ap. 18:6-8). Quais são os pecados específicos que Deus julgará? 1) Orgulho (18.7). A soberba é a porta de entrada da tragédia. O culto a si mesmo é abominável para Deus. Ela não deu a glória e agora está sendo destruída. 2) O culto ao prazer e à luxúria (18.7). O sistema do mundo enxerga os bens materiais e os prazeres do mundo como as coisas mais importantes da vida. Os homens trocam a Deus pelo prazer. Amam mais o prazer do que a Deus.

·        Para que a igreja entenda que o juízo de Deus virá repentinamente (18.8). O povo de Deus não pode demorar-se em sair desse sistema do mundo, porque o juízo de Deus cairá sobre ele repentinamente e o desmantelará num só dia (Is 47.9; Jr 50.31 e Hb 10:31: “horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo”).

3)    A voz de lamentação (18:9-19).
·        Em 1929, quando houve a queda da bolsa de valores, muitos moradores de Nova Iorque abriram suas janelas e saltaram. Ele compreenderam completamente a tristeza expressa aqui: “todas as coisas gostosas e excelentes se foram de ti, e não mais as acharás”.

·        Em primeiro lugar, vejamos o lamento dos reis e dos homens poderosos, homens de influencia na terra (Ap. 18:9-10). Esses reis são os políticos e aqueles que se renderam às tentações da Babilonia e desfrutaram de seus deleites. Os políticos, governados pela luxuria, ganância e soberba vão ficar assustados  quando esse sistema entrar em colapso e vão chorar e lamentar em alta voz (Ap. 18:9-10).

·        Em segundo lugar, vejamos o lamento dos mercadores (Ap. 18:11-16). Os mercadores aqui são empresários, negociantes e todos aqueles que têm colocado o coração nas mercadorias e deleites do mundo.  

·        João cita aqui 30 artigos de luxo. Na contagem o numero 4 desempenha um papel importante: 1) quatro artigos de jóias (18;11-12) – mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas; 2) quatro tecidos de luxo (18:12) – linho finíssimo, púrpura, seda, escarlata. Foi assim que a meretriz se vestiu (Ap. 17.4).  3) Quatro artigos para ornamentação (18:12) – toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore; 4) quatro artigos cosméticos (18:13)- canela de cheiro, incenso, ungüento e bálsamo; 5) Quatro artigos de cozinha (18:13) – vinho, azeite, flor de farinha e o trigo; 6) quatro artigos de mercadorias viva (18:13) – gado e ovelhas, escravos e almas humanas. No Império Romano havia 60 milhões de escravos.

·        Em terceiro lugar , vejamos o lamento dos homens de navegação (18:17-19). Mencionam-se quatro tipos: os pilotos, os passageiros dispostos a negociar, os marinheiros e os que ganham a vida no mar, a saber, os exportadores, os importadores, os pescadores e os mergulhadores em busca de pérolas.

·        “por terem confundido a sombra com a realidade, a cena transitória com estabilidade, e o temporal com o eterno, foram incapazes de suportar a sensação de perda. Como é terrível ser um cidadão da Babilônia”.

4)    A voz da celebração (Ap. 18:20-24).
·        Em contraste com o lamento dos ímpios, a igreja no céu está celebrando a vindicação da justiça divina (18.20).Esta celebração não é o grito da vingança pessoal, mas o regozijo pelo justo julgamento de Deus.

·        Assim como uma pedra arrojada no fundo do mar, Babilônia cairá para não mais se levantar. Depois da morte vem o juízo (Hb 9.27) e depois do juízo vem a condenação eterna (Mt 25:41-16).

·        A Babilônia torna-se o lugar onde todas as coisas boas estão ausentes (18:22-23).  Não tem musica: Lá só se ouvem voz de lamento, e não voz de harpistas. Não tem arte criadora: não tem artista. Não tem suprimento: os moinhos já não moem mais . Não tem luz: as trevas são um símbolo da efusão final da ira de Deus. Deus é luz. Não tem relacionamento: não tem casamento, nem poesia, nem sonhos.

CONCLUSÃO: Babilônia é um sistema destruído do mundo, é um símbolo da oposição de Deus e à sua Igreja. Babilônia é a sede da feitiçaria, o espírito que substitui Deus por magias e também o centro de perseguição à igreja, onde os profetas e santos foram mortos.


Pergunta: você é cidadão da grande Babilônia, a cidade condenada ou cidadão da Nova Jerusalém, a cidade celestial?