terça-feira, 26 de março de 2013


Vivendo em comunidade: Dt 5:6-21


Frase: “ser salvo é fácil – terrivelmente difícil – é tornar-se uma comunidade”.  Dt 5:6-21.

·        No livro de Exodo temos o cantico de Moisés (Ex 15:1-3), a salvação através da passagem do mar vermelho.  Tres dias depois, o povo se  queixava porque a água tinha gosto desagradável. Deus lhe deu água fresca (Ex 15:23-25). Um mês e meio depois, voltaram a se queixar  porque não gostavam da comida. Deus lhes deu “pão do céu”, o maravilhoso maná, com instruções como recebê-lo. Mas o povo não obedeceu (Ex. 16).

·        Nos primeiros meses de sua salvação, encontramos cartoze referencias da incapacidade do povo de agir como comunidade (“murmurar”, nove vezes (Ex 15:24; 16:2,7; contender, três vezes (Ex 17:2) e dois exemplos de desobediência (16:20,28).

·        Foram necessários mais de 38 anos para voltarem, desta vez, preparados para entrar na terra -, um período  de treinamento rigoroso para se tornarem uma comunidade capaz de viver livremente obediente e fiel em amor (Dt 2:14). “Murmurastes nas vossas tendas” (Dt 1:27).

Introdução: DEZ PALAVRAS PARA VIVER EM COMUNIDADE.


·        Costumamos chamá-las, convencionalmente, de Dez Mandam  entos, mas o texto hebraico fala de Dez Palavras (Dt 4:13; 10:4). As Dez Palavras definem as condições necessárias para uma comunidade do povo de Deus livre, amorosa e justa desenvolver-se e prosperar. A comunidade é constituída de várias pessoas com diversos estados de espírito, idéias, necessidades, experiências, dons e dores, desejos e decepções, bênçãos e perdas, inteligência e estupidez, vivendo numa relação mutua de proximidade e respeito e adorando a Deus com fé. As Dez Palavras são dispostas em quintetos, em dois grupos de cinco. O primeiro quinteto determina as condições referentes a Deus; o segundo, as referentes aos seres humanos.

1)    Primeira palavra (Dt 5:6-7): 


·       Antes de ele nos dizer o que fazer, nos mostra o que fez; ele nos salvou de uma vida de escravidão.

2)    Segunda Palavra (Dt 5:8-10). Não farás imagem de escultura...

·       Não façam formas de Mim nem tentem desenhar perfis de Mim. Pois Eu sou aquele que não tem forma. Aquele que está fora do tempo que vocês conhecem. Eu sou a essência daquilo que não há, mas perpassa a realidade de vocês a todo momento (Sl 115). 

3)    Terceira Palavra (Dt 5:11). 

·       Uma palavra – qualquer palavra, mas começando pelo nome “Deus” – usada “em vão” logo é reduzida a termos que sugerem consumo descartável. A advertência abrange todas as formas de uso descuidadas, impensadas e vulgarizadas do nome de Deus.

4)    Quarta Palavra (Dt 5:12-15). Guardar o dia de sábado.


·       Todo individuo recebe um dia para recobrar a dignidade simples de ser ele mesmo ou ela mesma dentro da comunidade, não importa sua função ou posição. Isso inclui até cães e gatos.

5)    Quinta Palavra (Dt 5:16). Honra teu pai e a tua mãe. 



·       A vida com outros é vivida de acordo com as condições que nos são dadas, e não nas que escolhemos. E nada nos é dado de maneira mais incondicional do que nossos pais. Ninguém pode escolher os próprios pais. E não é fácil crescer nos relacionado com eles (Ex 21:17).

6)    Sexta Palavra (Dt 5:17).  Não matarás!


·       A vida é sagrada e inviolável. 

7)    Sétima Palavra (Dt 5:18). 

·       O Casamento é sagrado e inviolável.


8)    Oitava Palavra (Dt 5:19). Não furtarás. 
·       As coisas são sagradas e invioláveis.

9)    Nova Palavra (Dt 5:20). Não dirás falso testemunho contra o próximo.


·       As palavras que usamos sobre o nosso próximo ou para ele são tão sagradas quanto aquelas que usamos sobre Deus ou para ele. Conversas frívolas e vazias que rebaixam ou vulgarizam pessoas são sacrílegos e mentirosas. A linguagem é o que dá sangue a comunidade; se o sistema circulatório adoecer, a comunidade adoece e sucumbe a males como a mentira e a fofoca.

10)                      Décima Palavra (Dt 5:21). Não desejar a mulher do próximo.

·       Quando temos o hábito de cobiçar pessoas ou coisas (normalmente ambas), logo tramamos formas de impor nossa vontade sobre elas e conquistá-las a qualquer custo. Nada é sagrado.

terça-feira, 19 de março de 2013


De cara a cara com o inimigo  1 Pedro 5:8-11.


Introdução

Satanás significa “adversário”, como nome próprio significa o inimigo de Deus e de seu povo (Mt 4.10; 12.26). No hebraico, significa “odiar, opor-se”.

Diabo. O termo grego “diabállo” é formado por dois termos: “dia” (através de) e “bollo” (jogar). Significa “jogar por cima ou através de, dividir, semear contendas, acusar, fazer acusações, caluniar.  Em Apocalipse 12.10 afirma que o inimigo da nossa alma é o acusador de nossos irmãos, ele nos acusa de dia e de noite. Nos acusa diante de Deus, como também para nós mesmos.

Sua queda: Os anjos foram criados em estado de perfeição, mas perderam seu estado de santidade após a queda, tornando-se anjos maus (Mt 25:41; Ap 9:11). Não há dúvida de que Satanás tenha sido o chefe da apostasia (Is 14:12-15 e Ez 28:12-15).

1)    Sua identidade, estilo e propósito.
ü sede sóbrio, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar, ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo” (1 Pe 5:8,9).

ü Anda em derredor. Ele vem furtivamente e opera em segredo. Seus planos são sombrios. Ele nunca chama a atenção para a sua aproximação ou para o seu ataque.

ü Ele está bramando como um leão. Ele é uma fera, uivando e rugindo com fome, buscando a quem possa tragar! Para personalizar isso, substitua quem possa pelo seu nome. “Seu adversário anda em derredor, bramando como leão, buscando tragar ______________(seu nome)”.

ü “o objetivo do diabo é a destruição da humanidade. Satanás quer todos nós”. Ele anda ao derredor, espreitando todos os nossos passos, esperando por um momento estratégico para pegar-nos desprevenidos. Seu objetivo? Devorar-nos, consumir-nos, comer-nos vivos.

ü “Não importa quão pequenos sejam os pecados, contanto que seu efeito cumulativo seja afastar o homem da luz e levá-los para o Nada. Na verdade, o caminho mais seguro para o Inferno é o caminho gradual: ladeira suave, solo macio, sem curvas súbitas, sem marcos, sem sinalização.

2)    NOSSA REAÇÃO: sede sóbrio, vigiai (1 Pedro 5:8).

ü Vigie. Satanás é um inimigo perigoso. Ele é uma serpente que pode picar-nos quando menos esperamos. Ele é um destruidor...um acusador. Ele é um inimigo atemorizante. Devemos ter sobriedade diante da sua sagacidade.

ü Respeite-o. A fim de derrotar o diabo, precisamos, primeiro estar alertas à sua presença. Assim, respeite-o. Não o tema, nem o reverencie, mas respeite-o, assim como um eletricista respeita o poder letal da eletricidade.  O cuidado para não sobreestimar (dar valor demasiadamente) ou subestimar (menosprezar o seu poder).

ü Resista-o. Não corra com medo do inimigo. Não o convide, nem brinque com ele. Mas também não tenha medo dele. Resista-o. Pelo poder do Senhor Jesus Cristo, resista-o com firmeza.

ü A palavra grega traduzida como resisti significa “agüentar, ficar, firme contra o ataque de outra pessoa, e “não lutar contra ela”. O cristão fará bem se lembrar que não pode lutar com o diabo. Ele é originalmente o anjo mais poderoso e sábio que Deus criou, e Ele ainda conserva grande parte desse poder e sabedoria, basta dar uma olhada nas paginas da historia humana.

ü Um exemplo disso pode ser visto nas tentações que Cristo sofreu no deserto, quando Ele resistiu a Satanás com a Palavra de Deus (Mt 4:1-11, Efesios 6:10-11- Tg 4:7).

CONCLUSÃO: 1 Pedro 5:10 “E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá”


terça-feira, 12 de março de 2013


Pastoreando o rebanho de Deus. 1 Pedro 5:1-4.

Introdução: “Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra dos holofotes”
“Pastores buscam o bem das ovelhas, os lobos buscam os bens das ovelhas”.

1)    Não deve haver orgulho da posição:  presbíteros com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que há de ser revelada.

ü se exaltaremos a nós mesmos, nos tornaremos desprezíveis, e não exaltaremos nosso trabalho e nem o Senhor. Somos servos de Cristo, não senhores de sua herança. Os ministros são para as igrejas, e não as igrejas para os ministros. ..Cuide de não ser exaltado mais do que se deve, para que não se transforme em nada”.  O caso de Paulo ele se descreve como “o menor dos apóstolos” (1 Co 15:9), “o mínimo de todos os santos” (Ef 3:8) e o “principal dos pecadores” ( 1 Tm 1:15-16).

ü Cinco marcas de humildade de Paulo são identificadas em 1 Corintios 4. Em primeiro lugar, ele estava contente como servo: “que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus”. A palavra que ele usou para “despenseiros” é huperetes, que, literalmente, refere-se a um remador inferior, aquele que remava na fileira inferior de uma embarcação  de guerra.
Uma segunda marca da humildade de Paulo foi a sua disposição de ser julgado por Deus. Em 1 Corintios 4.4 ele escreveu: ” Quem me julga é o Senhor”. Paulo não buscava a aprovação dos homens e também não se importava  com os que os homens pensavam dele. 
Em terceiro lugar, Paulo se contentava em ser igual aos outros servos de Deus. Em 1 corintios 4:6, ele os adverte para que não o comparem a Apolo. Ele não queria que seus leitores o elevassem.

ü Descrição de um homem humilde: quando olha para um outro pecador, considera que já foi pior que ele; um coração humilde considera-se ainda pior; Foi Deus que o fez, e nada fez por si mesmo; considera que o mais vil dos pecadores pode ser, no devido tempo de Deus, melhor que ele.

ü Em quarto lugar, Paulo estava disposto sofrer (1 Co 4:12-13). Ele sofreu pela causa de Cristo como poucos sofreram na história, cumprindo assim a predição do Senhor no momento em que se converteu (Atos 9:16).
 Por fim, Paulo estava contente por sacrificar sua reputação (1 Corintios 4. 9,13).

2)    É necessário que haja um coração de pastor. “apascentai o rebanho de Deus que está entre vós” (1 Pe 5:2).

ü O rebanho não é propriedade do sub-pastor, nem por ele é controlado: ele é o povo de Deus! O rebanho deve responder, em ultima instancia, a Ele, e deve viver perante o Senhor. O rebanho deve obedecer a Ele. É a Sua Palavra que guia a todos nós, pastores, rebanho, igualmente.

ü Por definição o verdadeiro  presbítero é o pastor do rebanho em que Deus o colocou, e que carrega no coração, procura-o quando este se dispersa, defende-o dos perigos , conforta-o em sua dor e alimenta-o com a verdade”. Não somos falsificadores da Palavra de Deus (2 Co 2.17), falsificadores são mascates espirituais e trapaceiros que barganham a Palavra de Deus com falsidade para enriquecimento próprio.
3)    Três atitudes essenciais para pastores não religiosos.

ü “Não por força, mas voluntariamente”. A atitude numero um é uma atitude de disposição. Não por força, mas voluntariamente. Força pode significar ser compelido.  Paulo afirma, em suas ultimas palavras, que os mensageiros de Deus devem estar preparados a tempo e fora de tempo (2 Tm 4:2). Os pastores fieis devem estar dispostos a tempo e fora do tempo, quando estivermos com vontade ou não.

ü Nem por torpe ganância, mas de animo pronto”.  A versão King James chama torpe ganância (dinheiro) de lucro imundo (Atos 20:33; Mt 6:24). São os falsos profetas que se empenham na busca frenética do lucro monetário ( Is 56.11; Jr 6:13). Pedro enfatiza o ânimo: sua compaixão pelos não salvos se torna a compaixão deles.

ü Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho”.  Versão de Eugene Petersen: não como mandões, dizendo aos outros o que fazer, mas apontando o caminho com toda gentileza.  Moises, próximo do fim de sua vida, foi descrito como sendo mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra (Nm 12.3). Esse era um homem que “pastoreava” milhões de pessoas, porém, que também se recusava a ceder à sua fama. Ele não dava a mínima importância ao reconhecimento público e não manipulava as pessoas. Pelo contrário, contrito de coração perante Deus, chegou a dizer: “então tira o meu nome do teu livro” (Ex 32.32).

CONCLUSÃO: E, quando aparecer o Sumo Pasto, alcançareis a incorruptível coroa de glória.

terça-feira, 5 de março de 2013


Passando por ardentes provações – 1 Pedro  4:12-19.

Introdução: Verdades práticas sobre provações

“meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações, sabendo que a prova da vossa fé produz a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma” (Tiago 1:2-4).

ü É comum que cristãos tenham provações. Então nunca permita que alguém diga a voce que, quando uma pessoa se torna cristã, suas provações terminam e, a partir de então, ela pode confiar em Cristo e voar como pássaro em direção ao céu.

ü As provações vêm em várias categorias. Podem ser físicas, emocionais, financeiras, interpessoais ou espirituais. E podem surgir e bater à porta do seu negócio, da sua igreja ou da sua casa. Elas podem chegar em qualquer hora ou em qualquer época. Elas podem vir de repente, ou podem ser prolongadas.

ü As provações colocam nossa fé à prova. Não importa a fonte ou a intensidade do sofrimento, existe algo nele que simplifica a vida e leva-nos de volta ao básico. O sofrimento leva-nos de volta as coisas simples e de volta as pessoas que amamos.

ü Sem provações, não poderia haver maturidade. Tiago mostra que enfrentamos provações para que possamos torna-nos perfeitos e completos (v.4). “Se eu nunca tivesse um problema, nunca saberia que Ele poderia resolvê-lo. Eu nunca saberia o que a fé em Deus poderia fazer”.

1)    Amados, não estranheis a prova que vem sobre vós...

1.1)         Como reagir. Curiosamente, nossa primeira reação a uma prova costuma ser a surpresa: “não acreditando que isto está acontecendo!” Contudo, Pedro diz: não estranheis. A Ausência do estranhamento permitirá que permaneçamos calmos (II Tm 3:12, 1 Pe 1:7).

ü Assim como o oleiro ou o ourives ajusta o forno para o vaso de barro ou de ouro, de modo a não ser quente demais ou frio demais, assim Deus ajusta a provação de acordo com a força do homem e com a graça que lhe confere, não permitindo que seja tentando acima de sua capacidade

ü Nossa maturidade cristã é medida pela capacidade de suportar os testes que surgem em nosso caminho sem que eles abalem nosso alicerce ou lance-nos em confusão emocional ou espiritual.  Voce tem passado pelos testes?

1.2)         ALEGRAI-VOS POR SERDES PARTICIPANTES DAS AFLIÇÕES...

ü O quê? Você está brincando comigo? Nós estamos falando sobre provações, certo? Nós estamos falando sobre provas ardentes, correto? Correto. E Voce está me dizendo para eu me alegrar? Errado! Eu não estou dizendo-lhe isso. Deus está dizendo-lhe para alegrar-se.

ü Em Tiago 1:2: tende grade gozo. Por quê? Porque as provações permitem que tenhamos uma associação mais íntima com Cristo e, se suportamos fielmente, receberemos uma recompensa futura (Fl 3:10; II Co 4:17).

2)    O QUE LEMBRAR.

ü Provações são uma oportunidade de aproveitar o poder ao máximo: “se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus”.

ü As vezes, nosso sofrimento é merecido. “que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como que se entremete em negócios alheios”.

ü A maioria dos sofrimentos não deve, de maneira alguma, nos envergonhar-nos. “mas se padece como cristão, não se envergonhe; antes, glorifique a Deus nesta parte”.

ü O sofrimento costuma ser oportuno e necessário. “porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus”. A limpeza não é apenas necessária entre as pessoas da Casa de Deus, mas também na Igreja como um todo (1 Pe 4:17,18; Pv 11:31). Ou seja, voce acha que sua prova é difícil, imagine quão difícil é passar por provações sem o Senhor. A pessoa não tem alicerces, não tem limites, não tem certezas, não tem razão para prosseguir...

ü Não há comparação entre o que sofremos agora e o que os ímpios sofrerão depois. Se nós, que somos justificados pela fé, temos agora provas ardentes em nossa caminhada, imagine o inferno que os perdidos enfrentarão no futuro (Ap. 20:10-15).

CONCLUSÃO: EM QUE DEVEMOS CONFIAR? “PORTANTO, também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-lhe a sua alma, como ao fiel Criador, fazendo o bem”. Encomendar é um termo financeiro no texto original, que significa depositar.