O Novo céu e os
desafios dos cidadãos. Ap. 22
“O céu, segundo imagino, vive-se e trabalha-se em lugar de
jogar e fingir. Lá encaramos as coisas como elas são; escapamos de tudo, exceto
do fascínio; e a constância e o risco são nossa glória”. Eugene Petersen – O trovão
inverso.
“Então o anjo me mostrou o rio da água da vida...”.
O rio da vida flui do trono de Deus. Ele simboliza a vida eterna, a salvação
perfeita e gratuita, o dom da soberana
graça de Deus (Gn 2:10, Sl 46.4; Ez 47:1-12). Os versículos 1 e 2 apresentam
riqueza de água e alimento, nossas duas necessidades básicas.
1)
Os
habitantes da Nova Jerusalém devem guardar a Palavra do seu Senhor (Ap.
22.6-11,18,19).
1.1)
A
revelação do apocalipse é absolutamente confiável (Ap. 22.6). Este livro não é
o Apocalipse de João, mas é o Apocalipse de Jesus.
1.2)
A
observância da revelação do Apocalipse produz bem-aventurança (Ap. 22.7 b).
Guardar significa aceitar o conteúdo como legitimo, não mudar, não acrescentar
nem subtrair nada a ele (Dt 4.2; Pv 30:5-6). Guardar também significa obedecer,
praticar, observar.
1.3)
A
mensagem do Apocalipse vem de Deus, é sobre Jesus, por meio do anjo a João,
para a igreja (Ap 22.8-9). É a segunda vez que o apóstolo tenta adorar o anjo
em vez do Deus revelado (Ap. 19.10). Por que tanta dificuldade para entender? Por
quê acontece o mesmo conosco? Simples: porque é mais fácil se entregar ao êxtase
do que obedecer, perseguir o fascínio com o sobrenatural do que servir a Deus.
A censura veio imediata e grave: levante-se. Fique de pé. Adore a Deus, e
somente a Deus.
1.4)
A
mensagem do Apocalipse não deve ser selada, mas proclamada (Ap. 22.10). A
Daniel foi ordenado selar o livro até ao tempo do fim. A mensagem da vitória de
Cristo e da Sua igreja precisa ser publicada, anunciada, pregada, a todo o
povo.
1.5)
A
mensagem do Apocalipse precisa ser mantida intacta (Ap. 22:18-19). Dois perigos
rondam a igreja: o primeiro deles é o liberalismo, ou seja, nega a inspiração
da Palavra de Deus. O segundo é o misticismo, ou seja, tenta acrescentar algo à
escritura. Paulo diz que ainda que venha um anjo do céu para pregar outro
evangelho deve ser rejeitado (Gl. 1.8).
2.
Os
habitantes da Nova Jerusalém devem estar preparados para o julgamento do Senhor
(Ap. 22:12-15).
2.1)
Jesus
virá como aquele que julga retamente (Ap. 22.12). ele vem julgar. Ele tem
galardão. Ele vem retribuir a cada um segundo as suas obras.
2.2)
Jesus
é o juiz que tem credencial para julgar retamente (Ap. 22.13). Ele está no
começo e no fim. Ele conhece tudo. Ele é o Pai da eternidade, a origem e a
consumação de todas as coisas. Os homens ímpios vão se desesperar (Ap.
6.16-17).
2.3)
O
critério para a salvação não são as obras, mas a obra de Cristo na cruz (Ap.
22.14). Os habitantes da Nova Jerusalém, entrarão na cidade pelas portas, não
por causa das suas obras, mas por causa do sangue do cordeiro (Ap. 12:11).
2.4)
Todos
aqueles que não foram lavados pelo sangue do Cordeiro ficarão de fora da cidade
santa (Ap. 22.15). os pecados relacionados são de impiedade (relacionamento com
Deus – feitiçaria e idolatria) e perversão (relacionamento com homens), ver Ap.
21.8,27.
2.5)
Depois
do juízo é impossível mudar o destino das pessoas (Ap. 22.11). Em Genesis 2:1-2
a obra da criação foi concluída. Em João 19.30 a obra da redenção é consumada. Em
apocalipse 21.6, a consumação de todas as coisas é declarada. Agora, o destino
final das pessoas é selado (Ap. 22.11). Só há dois grupos na humanidade: os que
fazem injustiça e são imundos e os que praticam justiça e são santos. HAVERÁ
UMA hora que será tarde demais para o arrependimento.
Conclusão: chronos e kairos. Chronos se relaciona a duração; Kairos, a
oportunidade. Costumamos medir o primeiro friamente com relógios e calendários.
Perdemo-nos com fervor no segundo quando nos aproximamos ou abraçamos a fé. Se somos
dominados pelo senso de chronos, o futuro é uma fonte de ansiedade, que suga
energia do presente ou deixa-nos queixosos e descontentes com o que acontece
agora, como crianças ansiosas que não podem esperar pelo presente de Natal. Mas,
se formos dominados por kairos, o futuro será fonte de expectativa que infunde
energia no presente (Mt 13:26; Mc 13.33; Ap 1:7; Ap 3.3; Ap. 16.15).
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