O esplendor da Nova
Jerusalém. Ap. 21:9-27.
“Conheço um jardim”. Martinho Lutero.
Carta escrita em 1530 ao filho Hans Lutero, então com quatro
anos de idade.
“Filhinho querido do meu coração: soube que você estuda muito
e ora com devoção. Continue assim, meu filho. Quando eu voltar para casa, vou
levar um lindo presente para você. CONHEÇO UM JARDIM, cheio de crianças
alegres, vestidas com casaquinhos de ouro, que colhem belas maçãs, peras,
cerejas e ameixas das arvores. Elas cantam, pulam e brincam. E tem lindos
cavalinhos com sela de ouro e arreios de prata. Perguntei ao homem que cuidava
do jardim que eram aquelas crianças e ele respondeu: _ Sãs as crianças que
gostam de estudar, de orar e de ser boazinhas. Então eu disse: _ Caro senhor,
tenho um filhinho chamado Hans Lutero. Ele pode vir a esse jardim, colher
lindas maçãs e peras, andar nesses belos
cavalinhos e brincar com essas crianças? Ele respondeu: _ Se ele quiser
estudar, orar e ser bonzinho, pode vir a esse jardim. E pode trazer os amigos
dele, Lippus e Justus, também. Se vierem juntos podem tocar e ouvir flautas,
tambores, alaúdes e muitos outros instrumentos. Vão pode dançar e atirar com
arco e flecha. Então ele me mostrou um lugar para dançar, bem no meio do
jardim, cheio de flautinhas de ouro, tamborezinhos e arcos de prata. Mas era
muito cedo para ver a dança, porque as crianças ainda iam almoçar. Eu disse:
_Ah, senhor, vou escrever agora mesmo ao meu filhinho Hans, para ele estudar,
orar e ser bonzinho para poder vir a esse jardim. Ele tem uma prima, chamada
Lena, que vai querer vir junto com ele. Ele então me disse: _ Muito bem. Vá
para casa e escreva para ele”.
1)
A
Nova Jerusalém (Ap. 21:-10).
·
No
apocalipse, o nome Jerusalém ocorre somente aqui e em Apocalipse 3.12. É uma
alusão não à capital de Israel, mas à cidade espiritual de Deus. A cidade
eterna não é somente o lar da noiva, ela é a noiva. A cidade não sãos os
edifícios, mas pessoas. A cidade é santa e celestial. Ela desce do céu. Sua
origem está no céu. Ela foi escolhida por Deus. Diz Russel Shedd que tanto a
noiva (Ap. 21.9) como a “cidade santa” (21.2) são figuras pra representar a
igreja.
·
A Nova Jerusalém é bonita por fora –
ela reflete a glória de Deus (Ap. 21.11). Quando
João tentou descrever a glória da cidade, a única coisa que pode fazer foi
falar em termos de pedras preciosas, como quando tentou descrever a presença de
Deus no trono (Ap. 4.3).
·
A nova Jerusalém tem 12 portas – são
as 12 tribos de Israel. São três portas
ao leste, três portas ao oeste, três portas ao sul e três portas ao norte. Espantoso foi Deus ter decidido usar vidas humanas tão
obstinadas e destituídas de atrativos para formar a base da grande obra de
salvação que completou em Jesus. O pai dos 12, Jacó, depois Israel, tinha
poucas qualidades a recomendá-lo, e sua semente não melhorou em seus filhos.
Encontramos histórias de brutalidade, fraude, violência, abuso sexual e
covardia. Contudo, nessas vidas e através delas, Deus persistentemente trouxe
salvação a miseráveis que não mereciam ser salvos e revelou, assim, sua
glória.
“Doze portas fala da oportunidade de entrar nesse glorioso
e maravilhoso companheirismo com Deus. Venham de onde vierem, as pessoas podem
entrar. Os habitantes dessa cidade são aqueles que procedem de toda tribo,
povo, língua e nação”.
·
A Nova Jerusalém não é aberta a tudo
(AP. 21:12,27). A cidade tem uma grande e alta
muralha. A muralha fala de proteção, de segurança. Embora haja portas (21.13) e
portas abertas (21.25). o muro demarca a santidade de Deus (Ap. 21.10),
separando o puro do impuro (21.27). Deus é o muro de fogo que protege Sua
igreja (Zc 2:5). Aqueles que se mantém no seu pecado não podem entrar na
Jerusalém celeste, mas somente aqueles cujos nomes estão no Livro da Vida (AP.
21.27).
·
A Nova Jerusalém está construída
sobre o fundamento da verdade (Ap. 21:14). A igreja está edificada sobre o fundamento dos
apóstolos (Ef 2.20). A pedra sobre a qual está edificada não é Pedro nem nenhum
papa. Jesus Cristo é o único fundamento da igreja (1 Co 3:11).
·
Os fundamentos adornados de pedras preciosas (AP.
21:18-21): Jaspe: uma pedra translúcida de tonalidade esverdeada, capaz
de refletir a luz. Safira:
azul celeste com mancha dourada; calcedônia: cobre azulado; A
esmeralda:
a mais verde de todas as pedras; O sardônio:
tinha o aspecto do ônix branco como jaspe com vermelho e marrom.; O sárdio: uma cor vermelha escura; O crisólito:
uma pedra preciosa da cor do ouro; O
berilo: azul marinho ou verde-mar; O topázio:
era uma pedra transparente de cor verde-dourada; O crisópraso: verde-clara;
O jacinto: azul
celeste; ametista: azul mais forte.
·
A Nova Jerusalém tem espaço para
todos os remidos (Ap. 21:15-17). A cidade é quadrangular: comprimento, largura e altura iguais.
A cidade tem doze mil estádios, ou seja, 2.200 km de comprimento, de largura e
altura. É uma cidade que vai de São Paulo a Aracaju. Esses números simbolizam a
simetria, a perfeição, a vastidão e a totalidade ideais da Nova Jerusalém.
“Não existe bairros
ricos e pobres nessa cidade, toda a cidade é igual. Não há casebres nessa
cidade. Existem, sim, mansões, feitas não por mãos. Deus é o arquiteto e
fundador dessa cidade. A muralha da cidade mede 144 côvados, ou seja, 70 metros
de altura. A medida da cidade é um símbolo da sua majestade, magnificência,
grandeza e suficiência”.
Conclusão: (Ap: 21:23-27).
·
João
afirma que na cidade não haverá noite (AP. 21.24).Não haverá escuridão. Na
história sucedeu repetidas vezes que uma
idade de luz foi seguida por uma idade de trevas.
·
João,
como os antigos profetas, fala muitas vezes dos gentios e os reis dos gentios
que trazem seus dons a Deus (Ap. 21. 24). Todo homem, quando entra a igreja,
deve trazer sua melhor qualidade como oferta, e pô-la aos pés de Cristo e ao seu serviço.Não há dom
que Cristo não possa usar, e cada homem, quando entra na igreja, deve trazer o
que é e o que saber fazer.
·
Este
capítulo termina com uma ameaça (v. 27). Ficarão excluídos os que,
deliberadamente e com os olhos bem abertos, continuam no pecado, aqueles que
conhecendo o caminho de Cristo, contando com a oferta de Cristo, decidem,
entretanto, seguir seu próprio caminho, rejeitando a graça que poderia
limpá-los de todo pecado.
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