terça-feira, 3 de setembro de 2013

As vozes da queda da Babilônia – Ap. 18.



Introdução

·        A Babilônia tem significado histórico e simbólico ao longo das Escrituras. Babel foi o lugar onde os homens se uniram pela primeira vez para edificar uma cidade e uma torre; eles tinham um desejo declarado: “E façamo-nos um nome” (Gn 11.1-5). Posteriormente, a Babilônia de Nabucodonosor serviu como símbolo de poder e riqueza suprema no mundo, e como conquistador temporário do povo de Deus. No livro de Apocalipse, o nome “a grande Babilônia” é dado à própria civilização humana. A Babilônia aqui é um símbolo da rebelião humana contra Deus.

·        João ouviu quatro vozes que sintetizam a queda da Babilônia: a voz da condenação, a voz da separação, a voz da lamentação e a voz da celebração.

1)    A voz da condenação (Ap. 18:1-3).
·        A queda da BabiLônia é um fato consumado na soberania de Deus. Essa queda já havia sido declarada (Ap. 14.8; Ap. 17:16).  A Babilônia é “morada de demônios”  porque os valores expressos na sociedade que a BabiLônia representa estão em conflito com os valores do nosso Deus.

·        OU seja, o sistema babilônico intoxicou as pessoas do mundo inteiro, levando as pessoas a adorarem o dinheiro e se dobrarem diante de outros deuses. Os homens tornaram mais amantes dos prazeres do que de Deus (2 Tm 3:4). O dinheiro é um deus (1 Jo. 2:15-17).

2)    A voz da separação (Ap. 18:4-8).
·        A ordem de Deus é para Sua igreja sair desse sistema do mundo (Ap. 18.4): “sai dela, povo meu”.  Em todo o tempo, a igreja de Deus deve apartar-se do mal, do sistema do mundo, da falsa religiosidade.

·        Sair da Babilônia significa não participar dos seus pecados, não ser enganado por suas tentações e seduções. Deus mandou Abraão sair da sua terra e do meio da sua parentela para conhecer e servir o Deus vivo (Gn 12.1). Deus mandou Ló deixar Sodoma antes dela ser destruída pelo fogo (Gn 19:14). Deus ordenou à sua igreja a afastar-se desse sistema religioso e mundano (2 Co 6:14 – 7:1).


1.1)         Por que temos que sair?
·        Para que a igreja não se torne cúmplice de seus pecados (Ap. 18.4). Participar da Babilônia significa ser igual a ela e afundar-se com ela. O crente não pode tornar-se participante dos pecados do mundo. Ele é santo, separado, diferente. Ele é sal e luz.

·        Para que a igreja não participe dos juízos que sobrevirão à Babilônia (Ap. 18.4). deus pacientemente suportou os pecados da Babilônia. Mas o dia do juízo virá e então, ela sofrerá os castigos da ira de Deus  (18.5).

·        Para que a igreja entenda quais são os critérios do julgamento divino (Ap. 18:6-8). Quais são os pecados específicos que Deus julgará? 1) Orgulho (18.7). A soberba é a porta de entrada da tragédia. O culto a si mesmo é abominável para Deus. Ela não deu a glória e agora está sendo destruída. 2) O culto ao prazer e à luxúria (18.7). O sistema do mundo enxerga os bens materiais e os prazeres do mundo como as coisas mais importantes da vida. Os homens trocam a Deus pelo prazer. Amam mais o prazer do que a Deus.

·        Para que a igreja entenda que o juízo de Deus virá repentinamente (18.8). O povo de Deus não pode demorar-se em sair desse sistema do mundo, porque o juízo de Deus cairá sobre ele repentinamente e o desmantelará num só dia (Is 47.9; Jr 50.31 e Hb 10:31: “horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo”).

3)    A voz de lamentação (18:9-19).
·        Em 1929, quando houve a queda da bolsa de valores, muitos moradores de Nova Iorque abriram suas janelas e saltaram. Ele compreenderam completamente a tristeza expressa aqui: “todas as coisas gostosas e excelentes se foram de ti, e não mais as acharás”.

·        Em primeiro lugar, vejamos o lamento dos reis e dos homens poderosos, homens de influencia na terra (Ap. 18:9-10). Esses reis são os políticos e aqueles que se renderam às tentações da Babilonia e desfrutaram de seus deleites. Os políticos, governados pela luxuria, ganância e soberba vão ficar assustados  quando esse sistema entrar em colapso e vão chorar e lamentar em alta voz (Ap. 18:9-10).

·        Em segundo lugar, vejamos o lamento dos mercadores (Ap. 18:11-16). Os mercadores aqui são empresários, negociantes e todos aqueles que têm colocado o coração nas mercadorias e deleites do mundo.  

·        João cita aqui 30 artigos de luxo. Na contagem o numero 4 desempenha um papel importante: 1) quatro artigos de jóias (18;11-12) – mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas; 2) quatro tecidos de luxo (18:12) – linho finíssimo, púrpura, seda, escarlata. Foi assim que a meretriz se vestiu (Ap. 17.4).  3) Quatro artigos para ornamentação (18:12) – toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore; 4) quatro artigos cosméticos (18:13)- canela de cheiro, incenso, ungüento e bálsamo; 5) Quatro artigos de cozinha (18:13) – vinho, azeite, flor de farinha e o trigo; 6) quatro artigos de mercadorias viva (18:13) – gado e ovelhas, escravos e almas humanas. No Império Romano havia 60 milhões de escravos.

·        Em terceiro lugar , vejamos o lamento dos homens de navegação (18:17-19). Mencionam-se quatro tipos: os pilotos, os passageiros dispostos a negociar, os marinheiros e os que ganham a vida no mar, a saber, os exportadores, os importadores, os pescadores e os mergulhadores em busca de pérolas.

·        “por terem confundido a sombra com a realidade, a cena transitória com estabilidade, e o temporal com o eterno, foram incapazes de suportar a sensação de perda. Como é terrível ser um cidadão da Babilônia”.

4)    A voz da celebração (Ap. 18:20-24).
·        Em contraste com o lamento dos ímpios, a igreja no céu está celebrando a vindicação da justiça divina (18.20).Esta celebração não é o grito da vingança pessoal, mas o regozijo pelo justo julgamento de Deus.

·        Assim como uma pedra arrojada no fundo do mar, Babilônia cairá para não mais se levantar. Depois da morte vem o juízo (Hb 9.27) e depois do juízo vem a condenação eterna (Mt 25:41-16).

·        A Babilônia torna-se o lugar onde todas as coisas boas estão ausentes (18:22-23).  Não tem musica: Lá só se ouvem voz de lamento, e não voz de harpistas. Não tem arte criadora: não tem artista. Não tem suprimento: os moinhos já não moem mais . Não tem luz: as trevas são um símbolo da efusão final da ira de Deus. Deus é luz. Não tem relacionamento: não tem casamento, nem poesia, nem sonhos.

CONCLUSÃO: Babilônia é um sistema destruído do mundo, é um símbolo da oposição de Deus e à sua Igreja. Babilônia é a sede da feitiçaria, o espírito que substitui Deus por magias e também o centro de perseguição à igreja, onde os profetas e santos foram mortos.


Pergunta: você é cidadão da grande Babilônia, a cidade condenada ou cidadão da Nova Jerusalém, a cidade celestial?

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