sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Intimidade, tempo e aliança.



O tempo, o tempo. O amor tem mil inimigos, mas o pior deles é o tempo. O tempo ataca em silêncio. O tempo usa armas químicas... O tempo captura o amor e não mata na hora. Vai tirando uma asa, depois a outra (Luis Fernando Veríssimo).

1)    A intimidade e o tempo, e a aliança.
·        Nos dias atuais, o conceito de intimidade foi reduzido à mera experiência de conhecer ao outro sexualmente. A intimidade, porém, é construída ao longo da vida, na medida em que ganhamos consciência de quem o outro é, e isso em detalhes. Suas preferências, suas opiniões, suas manias, seus vícios, entre outras coisas.

·        Tempo. Duas pessoas se vêem confusas quanto ao fazer com toda a intimidade adquirida ao longo dos anos. Momentos foram vividos juntos, juras foram feitas, limitações expostas, confissões verbalizadas e sonhos descritos.

·        Aliança: Quando você promete amar alguém para sempre, está prometendo o seguinte: “Eu sei que nós dois somos jovens e que vamos viver até os 80 anos de idade. Sei que fatalmente encontrarei centenas de mulheres mais bonitas e inteligentes que você ao longo de minha vida e que você encontrará dezenas de homens mais bonitos e mais inteligentes que eu. É justamente por isso que prometo amar você para sempre e abrir mão desde já dessas dezenas de oportunidades conjugais eu surgirão em meu futuro. O Objetivo do casamento não é escolher o melhor par possível mundo afora, mas construir o melhor relacionamento possível com quem você prometeu amar para sempre”.

2)Um casal altamente bíblico.

2.1) Um anseio: intimidade (Ct 1:2).
·        O vinho, dentre outras coisas, tem a capacidade de criar um clima de suposta intimidade. Pessoas embriagadas falam umas com as outras como se fossem íntimas. No entanto, passado o efeito do álcool, sentem-se envergonhadas pelo que foi dito e reclusas  na forma de agir.  Nos dias de hoje, muitos casamentos parecem estar sendo estabelecidos sobre “muito vinho”: apartamento decorados, viagens para o exterior, bens materiais. “muitos beijos e pouco vinho”: eles querem construir um relacionamento concreto com o outro, enquanto pessoa, e não com as coisas.

2.2) Uma dificuldade: encontros e desencontros (Ct 3:1,2; 5:5,6).
·        A história desse casal não é marcada apenas por dias de intensa comunhão e romance. Existem também os momentos de desencontros. Existem momentos em que o homem bate à porta de sua amada, mas ela não responde, e quando ela decide levantar-se para atende-lo, ele não está mais à sua espera.  Três coisas: 1) intimidade não é algo que alcançamos da noite para o dia; 2) a intimidade implica em encontros e desencontros; 3) a intimidade só é alcançada por aqueles que perseveram.

 2.3) Uma demanda: Aliança (Ct 8:6).
·        O selo na antiguidade era o símbolo maior de um acordo estabelecido, um compromisso assumido ou uma aliança feita. Assim, o selo no coração e o selo no braço manifestam uma decisão tomada. Enquanto o selo no coração aponta para uma decisão íntima, o selo no braço fala de uma decisão pública. E qual é esta decisão? Um homem e uma mulher não mais pertenceriam a si mesmos, mas um ao outro. O amor também é comparado com a morte, significando um caráter definitivo da decisão de amar um ao outro.

·        (Ct 8:7). As muitas águas e as correntezas são sinônimos das adversidades enfrentadas que sobreveem ao amor. Os bens oferecidos em troca do amor, representam as propostas sedutoras que tentam sabotar o amor dedicando-o a outra pessoa que não o cônjuge.

CONCLUSÃO: A MEDIDA DO AMOR É AMAR SEM MEDIDA.


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