terça-feira, 16 de julho de 2013

A igreja selada e perseguida e a sétima trombeta (Ap. 11:1-19).

Introdução: Vimos no capítulo 10 sobre o anjo forte com o livrinho na mão e como João recebeu ordem de comer o livro e depois profetizar. A igreja precisa interiorizar a Palavra, comê-la e proclamá-la. Essa palavra é doce e também é amarga. Doce para quem a proclama, amarga para quem a rejeita. Ela traz vida e também juízo.

1)    A igreja é representada pelo santuário de Deus sendo medido (Ap. 11:12).
Ø O que representa esse santuário? Simboliza a igreja verdadeira, ou seja, todas as pessoas salvas, todos os verdadeiros filhos de Deus que o adoram em espírito e em verdade.

Ø Esses que são medidos são os verdadeiros adoradores, o verdadeiro Israel de Deus, a verdadeira igreja em contraste com os gentios, aqueles que permanecem na sua impiedade, e vão perseguir a igreja e adorar o anticristo.

Ø  O que simbolizam esses quarenta e dois meses (1260 dias)? Esse período não é literal. Ele fala da perseguição do mundo durante todo o período da igreja, da primeira à segunda vinda de Cristo.

Ø No livro de Apocalipse  esse tempo representa: o tempo em que a cidade santa é oprimida (Ap. 11:2), o tempo em que as duas testemunhas executam o seu testemunho (Ap. 11:3), a mulher celestial, a igreja, será preservada no deserto (Ap. 12:6,14), e o tempo em que a besta tem permissão para exercer sua autoridade (Ap. 13:5). Esse é o período que Satanás exerce o seu poder no mundo, especialmente nos últimos dias, com a atuação do anticristo.

2)    A igreja é representada pelas duas testemunhas (Ap. 11:3-14).
Ø Quem são essas duas testemunhas? Uns entendem que elas falam de Enoque e Elias. Alguns acreditam assim, em virtude de que esses foram os dois homens que subiram para o céu sem experimentarem a morte. Outros, entendem que elas falam de Moisés e Elias (Mt 17).

Ø Na verdade, João vê essas duas testemunhas como características desses dois profetas. Elias é representado, nos versos 5 e 6 e Moisés é representado no verso 6 b. Moisés e Elias (A lei e os profetas) representam toda a igreja; essas duas testemunhas são o povo de Deus na terra, a igreja de Deus no mundo, o povo de Deus entre as nações, aqueles para quem o evangelho é doce em meio àqueles os quais o evangelho é amargo.

Ø A Lei (Moises) é a revelação da verdade de Deus. Ele deseja que saibamos o que é real. Há inteligibilidade na criação, e Deus a mostra para nós: nas rochas e no clima, na imoralidade e no pensamento, na oração e no culto.

Ø A profecia (Elias) é a aplicação imediata da verdade na história corrente e pessoal. A profecia se dirige à vontade, com um convite para participarmos da vontade de Deus.

2.1) Duas testemunhas: agencia missionária na terra.
Ø Primeiro, as duas testemunhas são duas oliveiras e dois candeeiros (Ap. 11:4). Estas duas figuras são encontradas em Zacarias 4:1-7, referindo-se a Josué e Zorobabel que anunciam a Palavra no poder do Espírito para restaurar Israel (Sl 52:8).

Ø Segundo, assim como os missionários eram enviados de dois em dois, assim a igreja cumpre a sua missão no mundo.

Ø Terceiro, assim como o fogo do juízo e condenação saíram da boca de Jeremias (Jr 5.14), devorando os inimigos de Deus, assim também a igreja anuncia os juízos de Deus aos ímpios.

Ø Quarto, assim como Elias orou e o céu fechou-se e Moisés recebeu autoridade para converter a água em sangue, assim também quando o mundo rejeita a mensagem, ele se expõe ao juízo de Deus. Somos perfumes de vida e aroma de morte para a morte (2 Co 2.15-16).

2.2) Cinco verdades solenes sobre a igreja.
Ø Em primeiro lugar, a igreja será indestrutível até cumprir cabalmente a sua missão (Ap. 11:7). A igreja é provada, mas, não desamparada. As testemunhas são preservadas até concluírem o seu testemunho. Sua VOCAÇÃO é adorar a Deus (santuário) e PROCLAMAR a Palavra (testemunha). Satanás não pode deter o avanço da igreja (Mt 16:18).

Ø EM SEGUNDO LUGAR, a igreja será perseguida e sofrerá a morte (Ap. 11:7-9). O espírito do anticristo sempre esteve no mundo (1 João 2:18-22). O anticristo vai fazer guerra e os vencer (Ap. 13:7). Ele é o homem da iniqüidade (2 Ts 2:3-9). Ele vai querer ser adorado como Deus (Ap. 13.8). bem próximo ao fim da história, haverá uma terrível matança contra a igreja e ela dará todas as evidencias de estar por baixo. Jesus disse que se esse tempo não fosse abreviado a igreja não suportaria (Mt 24:11). A igreja sofrerá mas continuará indestrutível.

Ø Em terceiro lugar, a vitória do mundo sobre a igreja será passageira e infundada (Ap. 11:8-11). Essa cidade é o mundo hostil a Deus e à igreja. O mundo sempre teve a pretensão de destruir a igreja de Cristo. As perseguições desde o começo visaram banir a igreja e calar a sua voz. Os homens ímpios odeiam a Palavra de Deus. Exemplos na história: A Noite de São Bartolomeu (1572): 70.000 huguenotes morreram; Revolução Francesa (1789) e Revolução Russa (1917).

Ø “Há uma celebração festiva: Moises morreu – não temos mais que nos lembrar do objetivo da criação. Elias morreu – não precisamos mais pensar no destino que nos espera! Estamos livres para explorar a terra, oprimir os inimigos, manipular os amigos, desfrutar de nossas emoções e mimar nossos corpos”.

Ø Em quarto lugar, a ressurreição gloriosa  da igreja (Ap. 11:11). Esses três dias e meio representam um numero simbólicos. A igreja que experimentou a comunhão no sofrimento de Cristo, agora experimenta o poder da sua ressurreição (1 Ts 4:16-17 e 1 Co 15:52).

Ø Em quinto lugar, o terror indescritível dos ímpios (Ap. 11:13-14). A alegria do mundo transformar-se rapidamente em grande temor. A terra está tremendo. É o mesmo quadro de apocalipse 6:12. Os ímpios são cobertos de terror.

CONCLUSÃO: João destaca quatro verdades: 1) um anuncio de vitória. O céu prorrompe em vozes  de exaltação a Cristo (Ap. 11.15). Lembremos que a parousia aponta o fim das oportunidades, e não é um dia, mas “dias” (Ap. 10:7).2) O reinado vitorioso e eterno de Deus e di seu Cristo é proclamado pelos anjos (Ap. 11:15). 3) uma aclamação de louvor (Ap. 11:16-17). 4) a igreja anuncia as cenas do juízo final, onde as glórias da igreja serão contrastadas com o tormento dos ímpios (Ap. 11:18).


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