quinta-feira, 27 de dezembro de 2012


OS MISERÁVEIS - VICTOR HUGO - o que nos ensina...




Em três dias devorei o livro recontado do grande escritor francês Victor Hugo: "Os miseráveis".  Não é propriamente o livro original mas uma versão recontada/sumariada para a língua portuguesa. Os personagens principais desse livro são: Jean Valjean, Jarvet  e Cosete.

Jean perde os pais ainda criança, sendo criado pela irmã. Quando ela fica viúva com sete filhos para criar, ele começa a ajudá-la. Um inverno, porém, ele não consegue emprego; desesperado ele rouba um pão. É pego e condenado a 10 anos de trabalhos forçado, que acrescidos de diversas fugas, somam-se 19 anos. 




Jarvet é o inspetor/frances/cartesiano e totalmente cego pela lei e pela ordem e dedica a sua vida a combater o crime e a perseguir aqueles que são criminosos. Por ver o mundo em preto e branco não dar quaisquer mostra de compaixão genuína pelo humano, torna-se o principal inimigo de Jean. 



 Cosete é uma pobre criança/ingênia e  amplamente maltratada e desamparada pela casal (gananciosos e ordinários) que a acolhe a pedido de Fantine, sua mãe. De uma frágil e assustada menina Cosete fica sob a guarda de Jean Valjean - fugitivo da cadeia. 



       Neste livro percebe um homem que por uma necessidade:  fome -  ousou roubar pão para os sobrinhos que passavam fome, entretanto foi preso e nisso pegou 19 anos de cadeia. Nesse tempo de cadeia se tornou  insensível, acostumado com a maldade e as adversidades da vida. É expulso de todos os lugares, pelo simples fato de ser um ex-presidiário. Ninguém lhe dava serviço...

Até que se deparou por um bispo benigno, que o tratou com humanidade e ternura e lhe disse para fazer o bem e não o mal! Diante da bondade este homem foi tocado profundamente e a sua vida sofreu uma metamorfose. Abriu uma fábrica numa determinada cidade francesa, tornou-se empresário e prefeito da cidade.

Por causa da bondade recebida do bispo, doravante, bondade e não a maldade tornou-se a sina desse homem. Com isso a gente percebe o quanto é necessário receber toque de bondade e de esperança diante de um mundo sobrecarregado na maldade e na condicionalidade do modelo da lei de Talião: olho por olho e dente por dente.
Mas esse personagem – Jean - era constantemente perseguido pelo passado: ex-condenado, ou seja, prisioneiro e, para piorar, fugitivo da justiça. Javert era o policial que o perseguia constantemente e sem cessar. O que aprendemos com isso: sempre haverá alguém que vai duvidar da nossa mudança, operada pelo Espírito Santo em nós. Enquanto Jean procurava viver acima da circunstancia, pagar o mal com o bem, o policial escrupuloso, legalista, e perseguidor vivia numa concepção que “pau que nasce torto morre torto”. 

Cosete, uma menina, abandonada pela mãe por causa da extrema pobreza e que fora dada a uma familia mercenária e sem principio. Mas o nosso personagem - Jean - apareceu na sua vida para resgatá-la dessa vida pregresssa e sem futuro: dando-lhe futuro e dignidade.

O que posso compreender diante dessa literatura: sempre haverá toques de misericórdia apesar de um mundo cujo principio é a essência da maldade. Sempre devemos desconfiar dos legalismos, da justiça extremada, jamais devemos ser demasiadamente severos. E, quanto a menina Cosete - acostumada com a maldade, com a indiferença, com a ruindade - foi resgatada e a sua vida transformada por um homem transformado pela boa ação do padre Benvides.



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