terça-feira, 17 de julho de 2012


O culto como compromisso, não como guerra. Cl 3:14-16).
a maioria das pessoas  de maior poder aquisitivo tende a cultuar a profissão, a trabalhar na hora do lazer e a se divertir no culto a Deus. Como resultado, seus valores e significado de vida estão distorcidos. Seus relacionamentos se desintegram antes que consigam restaurá-los, e seu estilo de vida se parece com o de um elenco de atores que procura um enredo para atuar”.

Ou seja, a perspectiva horizontal focaliza o homem: suas realizações, sua importância, sua lógica, seu sentido, sua opinião, sua eficiência, seus resultados.

As coisas importantes, entretanto, são diferentes. São quietas e reservadas. Elas operam a partir de uma perspectiva vertical e chamam a atenção para as coisas de Deus: sua palavra, sua vontade, seus planos, seu povo, sua maneira de agir, suas razões para a vida, sua glória, sua honra. E qual é o objetivo dessas coisas? O culto a Deus.

1)    Prioridade insubstituível  - João 4:16-20. Jesus está em Samaria, falando com uma mulher daquela região. A cena apresenta dois escândalos: primeiro, era impensável que um homem judeu, especialmente um rabino, se dispusesse a conversar com uma mulher samaritana, como fez Jesus -  usando palavras dignas e honrosas. Segundo, era um fato extraordinário encontrar um judeu em Samaria! Havia tensão racial entre judeus e samaritanos.

·        A dificuldade da samaritana não era a falta de entendimento da adoração, mas falta de relacionamento com aquele a quem adorava (João 14:6; Rm 1:16). A salvação ocorre somente por meio da fé em Jesus Cristo (1 Tm 2:5; Mt 7:14).

·        João 4:23 “...os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura”.  O que Deus procura em seus seguidores? ADORAÇÃO. Deus se alegra quando nos relacionamos com ele, quando nossa atenção está voltada totalmente em sua direção.


2)    A essência do culto.
·        A palavra hebraica para “cultuar” tem origem em um verbo que exprime a atitude  de reverenciar ajoelhado. Interessante observar que a raiz da palavra grega adoração, proskuneo, se refere ao costume de “prostrar-se diante de alguém e beijar-lhe os pés”, transmitindo a idéia de prestar homenagem. Adorar provém do latim adorare e exprime, por extensão do sentido, o significado de “ter veneração por (algo ou alguém); ter grande apreço por; reverenciar. Adorar nosso Deus, portanto, é atribuir apreço supremo ao único digno de honra e louvor.

·        A essência do culto a Deus não está ligada a determinadas ações externas. A adoração ocorre no íntimo; está vinculada à mente e ao coração. Adorar é um ato pessoal de contemplação e reverencia a Deus. É a reação natural daqueles que reconhecem quem Deus é e o que ele fez a nosso favor. A essência do culto a Deus está relacionada à interiorização de nossa adoração.


·        A Expressão do culto, entretanto, refere-se às manifestações externas de adoração, aos modos de exprimir nosso louvor a Deus. Essas expressões podem variar conforme as diferentes culturas; algumas são calorosas e animadas, outras são mais reservadas.

3)    De que maneira o culto nos conecta – Atos 2:42-43.
·        Adorar é um verbo, é algo que fazemos. Com essa compreensão em mente, o culto na igreja pode ocorrer de maneiras distintas. “ELES SE DEDICAVAM”. Envolve devoção nascida de um entusiasmo interior, que por sua vez tem origem na essência da adoração.

·        Trata-se de ouvir a mensagem do pastor com engajamento ativo, e não com passividade. É entregar-se de mente e alma às verdades dignas de nosso tempo e atenção. É acompanhar a pregação das Escrituras com a ponta do dedo sobre as paginas da Bíblia.

·        O culto também acrescenta outra dimensão aos relacionamentos, ultrapassando a esfera de amizade comum. Isso ocorre pelo fato de o Senhor participar dessa comunhão, tornando-a avivada e atraente. Participarmos do batismo e do partir do pão: cultuar. E, envolve também oração (Cl. 3:16). Instrumentos musicais também podem ser usados para louvar ao Senhor: Salmos 150:3-5.

4)    Tradições autoperpetuantes – Mateus 15:1-9.
·        Os líderes religiosos obedeciar a um sistema que exigia a lavagem meticulosa das mãos antes das refeições, sob pena de se tornarem imundos. A “tradição dos anciãos” era um conjunto de regras e comportamentos detalhadas, estabelecidas a partir da interpretação das leis do Antigo Testamento pelos rabinhos. De acordo com a “tradição dos anciãos”, um simples mandamento da Velha Aliança poderia ter centenas de aplicações especificas, por exemplo: de que modo lavar as mãos antes da refeição. Honravam a tradição e desonravam as Escrituras, versos 3-6 (Mt 15:7-9).

·        A tradição não é inspirada. Os preceitos dos homens não são as doutrinas de Deus e jamais serão! Deus não quer que nossos lábios apenas formulem palavras ou entoem canções. Isso não é adoração verdadeira (Dt 6:5; Mt 22:37). Gostos de ritmos, não canto o seu ritmo.

CONCLUSÃO: Filipe Melanchton: “nas coisas essenciais, união. Nas coisas não essenciais, liberdade. E em todas as coisas, caridade”.  Ou seja, NAS COISAS ESSENCIAIS: aos assuntos absolutamente fundamentais à fé cristã, todos nós devemos concordar sem divergências (Jo 17:20-21); NAS COISAS NÃO ESSENCIAIS, LIBERDADE, significa que, quanto aos assuntos não fundamentais de nossa fé, devemos agir com magnanimidade com as pessoas que tem opiniões diferentes. São assuntos pelos quais não devemos brigar, incluindo-se os estilos de cultuar a Deus; EM TODAS AS COISAS CARIDADE, sempre deve prevalecer o amor dos cristãos uns pelos outros (Cl 3:14-16).

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