sábado, 23 de junho de 2012


O JUIZO FINAL: APOCALIPSE 18 À 20.

 

·        Ap 6:10. “Até quando, Ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”. 

  É uma pergunta antiga. O desejo de ver o julgamento, muitas vezes se transformando em uma exigência, está profundamente impregnado na vida do povo que ora a Deus. “até quando, Senhor?  (Sl 13:1-2). A expressão repetida quatro vezes aqui nesse texto é reproduzida e elaborada em todas as circunstancias possíveis na história da salvação – doença, exílio, dúvida, derrota, dor e aflição.

·        Até quando será permitida a violação da bondade, beleza e verdade por manipuladores insensíveis e ímpios? Até quando teremos que suportar a arrogância deles, que acreditam que força é sinônimo de direito? Ap. 6:11: “então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, lhes disseram que repousassem ainda por um pouco de tempo, até que também se completasse o numero dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram”.

·         A combinação de injustiça e demora é como sal na ferida; não é bálsamo. Uma das características mais notáveis das comunidades de fé é que, mesmo diante de injustiça sem punição, elas perseveram crendo na justiça e no julgamento de Deus.

1)    Adoração, cântico de Moises  (Ap 15:3-4).

1.1)         Antiadoração, diante da demora do juízo, temos:
·        Desanimo: deixa de freqüentar a casa do Senhor; Subversão: Transformam a casa de Deus num lugar de entretenimento (diversão) para alivio de consumidores entediados e cansados, transmitindo-lhes um pouco de animo;  Preguiça: indiferença.

·         João demonstra a continuidade orgânica entre os atos de Deus e o nosso testemunho e louvor, que é adoração, a partir dos quais Deus cria sua ação entre nós e no mundo. Nada que fazemos tem mais influencia no céu  ou na terra do que o culto a Deus. Ap 15:2: “vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do numero do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus”.  Púlpito, mesa e pia batismal compõem o mobiliário do culto cristão. Na pia os pecados são lavados (Rm 6:4); a mesa, recebemos o alimento do corpo e sangue de Cristo; e, do púlpito, a palavra de Deus é pronunciada com autoridade.

1.2)         As taças da ira de Deus.
·        As dez pragas na época do Êxodo não aconteceram por serem os egípcios extraordinariamente maus, mas por uma única razão que não tem qualquer conteúdo moral aparente: eles estavam determinados a evitar que o povo de Israel fosse adorar a Deus. A tarefa de Moisés, era formar um povo que adorasse ao Senhor (Ex 4:31).

·        Faraó pecou ao impedir. As pragas de julgamento aconteceram por esse único motivo. O pior inimigo externo que o povo de fé enfrenta é a obstrução à adoração. O pior inimigo interno que o povo de Deus enfrenta é a subversão da adoração.

1.3)         A grande prostituta (Ap 17 -18).
·        Êxodo 14 narra a história do julgamento do Egito, que foi, ao mesmo tempo, a salvação de Israel;  o capitulo 15 traz um cântico sobre o mesmo tema. João também usa esse padrão de fala/cântico, mas substitui o Faraó e os egípcios pela Grande Prostituta e seus amantes.

·        O símbolo da Grande Prostituta como experiência cotidiana é uma cidade onde a vida corre tranqüila. A mulher e a besta escarlate sobre a qual ela se assenta abrangem as ruas que percorremos as lojas em que compramos verduras enquanto conversamos trivialidades com o proprietário.

·        O mais terrível com relação à prostituta não é o fato de ela se deitar com estranhos, mas que, fazendo isso, ela usa o corpo para mentir sobre a vida: não há união de vidas; só de órgão genitais. Lutero identificou a lascívia como uma batalha espiritual, não apenas como uma batalha física. A lascívia estimula nosso afastamento do sexo planejado por Deus, substituindo-o por um atalho: um mundo ilusório de autogratificação.

Conclusão: A Noiva de Cristo e a Adoração a prostituta.
  Para a prostituta, o sexo está a serviço do comércio; para a Noiva (Ap 19), um ganho para toda a vida. Para a primeira, o sexo é ganho, para a outra é dádiva.  A adoração prostituta é um assunto para momentos e ocasiões. A Adoração Noiva envolve e une todas as partes da vida. A Adoração prostituta é praticada sob o principio da atração e do prazer. A relação adoração-noiva é no melhor ou no pior, na a saúde e na doença, até que a morte nos separe. A adoração-prostituta traz-nos grandes ganhos: conseguimos tudo o que queremos, na hora em que queremos. Já adoração-noiva envolve doação: nos entregamos e não sabemos quanto tempo teremos de esperar pela satisfação de nossa ansiedade.  

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