terça-feira, 22 de maio de 2012


Aí vem o Sonhador! Gn 37:1-11.



Introdução.  Jacó, patriarca da família. O que se percebe nesse texto é que o velho Jacó não estava conseguindo controlar a sua família, perdeu o rumo. Os filhos de Lia: Ruben, Simeão, Levi, Judá, a maioria se sentiam superiores e guardavam para si os assuntos familiares, pois eram os mais velhos. Cada um dos filhos de Jacó queria seguir seu próprio caminho. Sabemos das artimanhas e da brutalidade de Simeão e Levi  (Gn 34:25), do incesto de Ruben (Gn 35:22)e da leviandade e lascívia de Judá (Gn 38).
·        Jacó, outrossim, mantinha viva na mente deles a lembrança de sua preferência por Raquel, ao fazer de José o seu preferido, vestindo-o com uma “túnica longa” exclusiva (Gn 37).
1)    José – diferente.
·        José se achava diferente do resto da família em preferências, valores, objetivos e crenças. Ele não se encaixava no padrão estabelecido pelos irmãos. A divisão dentro da família envolvia questões muito mais profundas do que a definição de quem era filho de quem ou de quem possuía e de quem não possuía uma túnica longa.  Os irmãos de JOSÉ, estavam unidos e, deliberadamente, adotavam objetivos e valores escolhidos por eles mesmos, que os levavam a uma direção oposta à tradição familiar.
·        Somente José, separado e sozinho, tinha ouvido e respondido à mesma chamada que havia separado Abraão, Isaque e Jacó de seu “mundo”  - a chamada que fizeram deles homens de Deus, diferente dos outros. Para eles, José era, exatamente, aquilo que eles tinham decidido não ser.
2)    A Palavra de Deus.
·        É dentro deste triste e amargo cenário familiar que José tem seus dois sonhos. SONHOS: naqueles dias o sonho era um meio pela qual as pessoas supersticiosas acreditavam que recebiam misteriosas comunicações vindas do outro mundo sobre o seu futuro
·        José sentia que aquela era uma mensagem genuína de Deus para sua família, justificando a posição que ele fora levado a assumir quanto à tradição de seus antepassados. Tal como o profeta Jeremias, José se conteve o mais que pôde, num vão esforço de reter aquilo que tinha pavor de proclamar (Jr 20:9; 6:11).
contou como, um dia, o seu feixe de trigo se levantaria e os feixes de seus irmãos o rodeariam e se curvariam diante dele. Tive outro sonho, e desta vez o sol, a lua e onze estrelas se curvavam diante de mim”.  Jacó, responde: que sonho foi esse que você teve? Será que eu, sua mãe, e seus irmãos viremos a nos curvar diante de você (v.10)”. O profeta Jeremias sentiu-se abandonado pelos familiares (Jr 12:6; 15:10). Quando Jesus disse “...eu vim para fazer que o homem fique contra seu pai, a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra...”
3)    Eles passaram a odiá-los ainda mais”.
·        Os irmãos de José entenderam muito bem o significado dos sonhos: eram uma ameaça imediata à sua ferrenha oposição a José! Não odiavam mais José pela sua túnica longa ou pelo favoritismo de seu pai. Eles o odiaram porque ouviram dos lábios dele a verdade sobre Deus e sobre si mesmos – e tinham consciência disso. Naquele momento, eles “...o odiaram ainda mais, por causa do sonho e do tinha dito” (v.8).
CONCLUSÃO: “Como voce sabe, seus irmãos estão apascentando os rebanhos perto de Siquém. Quero que você vá até lá”. Eis-me aqui, Sim Senhor! Deus queria saber até onde ele estava realmente preparado para ir, em plena confiança, em resposta à sua Palavra. Abraão: “Eis-me aqui” (Gn 22:1-11); Isaias: Eis-me aqui (Is 6:8). Jesus nos ensina: se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me (Mt 16:24). Ser chamado por Deus implica renuncia de nossa vontade própria diante dele, abdicação, em seu favor, de qualquer tentativa de autopreservação, de nossa segurança humana, dos direitos ou liberdades e dos confortos, de concessões, dos amigos e da reputação.

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